17 de janeiro de 2011

Processo eleitoral na ACIJ (2)


Processo eleitoral na ACIJ (2)

O jornalista Claudio Loetz deu seqüência ao tema da eleição na ACIJ e publicou na sua coluna duas notas, a primeira originada numa quase entrevista do pre-candidato Udo Dohler, com o titulo: Bastidores da sucessão da ACIJ, que transcrevemos em azul.

BASTIDORES DA SUCESSÃO NA ACIJ

O empresário Udo Döhler retorna telefonema da coluna ontem, no começo da tarde, para confirmar, sim, que é candidato de consenso à presidência da Associação Empresarial de Joinville (Acij). E explica os bastidores do processo. Diz que a gestação durou “quatro meses até o final de 2010” e, que, neste tempo todo, só aceitava retornar ao posto se houvesse acordo em torno dele. Lembra que algumas pessoas declinaram de se apresentar por razões pessoais de cada um e, “por isso, então, coloquei-me à disposição”.

Döhler entende que a Acij é uma entidade “essencial” na formulação de pleitos e de sugestões aos órgãos e poderes para a melhoria da qualidade de vida. Revela que aceitar a candidatura – será a quinta vez que o empresário assumirá o comando da Acij – “não foi um gesto impulsivo”. Ao mesmo tempo, explica que “a atual gestão da entidade está em curso, mas fui cobrado com força” (para aceitar).

A informação de “Livre Mercado”, publicada ontem, antecipou, publicamente, o que habitualmente fica restrito a um círculo pequeno de interlocutores até mais perto da data da eleição. O mandato de Carlos Rodolfo Schneider à frente da entidade vai até junho.

Döhler conversou com Schneider sobre o tema ainda na segunda-feira. E até terça também falou com muitos vice-presidentes. Só não encontrou três interlocutores, “que estão no exterior”. O empresário afirma estar convicto: “Tomei a decisão acertada e que foi amadurecendo ao longo do tempo”.

Agora, mais do que nunca, ele se torna um sério candidato a ser ouvido no contexto da sucessão futura de Carlito Merss à Prefeitura de Joinville, em outubro de 2012. Em relação à ação da Acij no âmbito comunitário, é claro: “Eventual retorno ao comando da Acij só faz sentido se puder contribuir para diminuir os problemas locais e melhorar a gestão (pública)”.

Convidado por Luiz Henrique da Silveira para se filiar ao PMDB, Döhler fala: “Sou grande amigo do senador, tenho conversado com ele no dia a dia”. E reforça: ele (LHS) deu contribuição extraordinária ao desenvolvimento de SC, tanto como prefeito, como governador de Santa Catarina. “Só acho que poderia ter trazido um pouco mais em obras para Joinville”.

Como virtual futuro presidente da entidade empresarial, vai se colocar de peito aberto nas questões de infraestrutura. “Não podemos conviver com a cidade inundada a cada chuva”.

E avança: na próxima geração, a população de Joinville terá 700 mil habitantes e será preciso oferecer ensino de ponta, aeroporto condizente e melhor qualidade de vida, com parques. “No verão, o povo demora quatro horas para ir ou para voltar da Enseada e chega exausto. Os parques vão ajudar a descomprimir esta pressão por lazer”.

A nota alem de servir para confirmar a informação veiculada no dia anterior, permite conhecer o plano de governo do candidato a presidência da ACIJ, ainda que o seu programa para promover o desenvolvimento da entidade não tenha sido citado em nenhum momento, todas as metas e ações propostas encaixam com um projeto político municipal.

Na entrevista o pré-candidato confirma que o processo já iniciou nos últimos meses de 2010, praticamente por tanto a partir da reeleição do atual presidente, ninguém pode negar que em termos de previdência e planejamento esta é uma candidatura vencedora. A sensação é que o consenso propalado é hoje menos consensual do que se pretende no discurso. Mas o candidato trabalha firmemente com a certeza que depois que ele tenha colocado o bloco na rua, não deverá surgir nenhum outro candidato, com força para enfrentá-lo e produzir uma disputa que poderia servir para oxigenar e renovar a centenária entidade. Uma pena porque a ultima vez que isto sucedeu, já faz quase 25 anos, foi o inicio de uma década de renovação, dinamismo e vitalidade excepcional para a entidade empresarial.

O discurso de que foi cobrado com força para aceitar é tão verdadeiro e as solicitações tão prementes que de acreditar no presidente da entidade o tema ainda não foi tratado na diretoria e ele só foi informado na segunda feira dia 11, por tanto quase 5 meses depois de iniciado o processo. O que põe em questão a insistência e a pressão externa, máximo quando o numero de participantes a reunião que disparou o processo não chegou a meia dúzia de vice-presidentes, sendo que um deles foi o próprio Udo Dohler. O mais provável é que o processo tenha sido iniciado e estimulado pelo próprio candidato, seguindo o modelo das anteriores ocasiões em que se lançou como candidato de consenso, premido pela pressão das bases.

O próprio Udo Dohler confirma que os contatos com o presidente, Carlos Rodolfo Schneider e com os vice-presidentes só teve lugar na mesma semana, por tanto mais para informar que para consultar, uma vez que a decisão já tinha sido tomada, no que é uma característica forte da sua personalidade e da sua forma de agir.

A vontade de contribuir desde o comando da maior entidade empresarial de Joinville é algo que já teve oportunidade de fazer na sua ultima gestão a frente da entidade e a sua contribuição efetiva nos temas da UFSC e da Sub-estação da Eletrosul despertaram muitas duvidas. Tanto na gestão Tebaldi, como na gestão do prefeito Carlito, teve oportunidade de dar a sua contribuição e de fato as apoiou abertamente em varias ocasiões. Ficará muito interessante acompanhar a mudança de atitude do novo presidente da ACIJ, no duplo papel de presidente e de pré-candidato a eleição majoritária. A sua candidatura traz com uma boa antecipação motivo para acompanhar mais de perto a hermética Associação Empresarial de Joinville e ver se o modelo de gestão do próximo presidente será mais democrático e transparente ou se seguira o padrão que lhe é habitual.

Sobre o seu plano de governo, para ACIJ, é impossível identificar meta que se relacionem com o desenvolvimento da entidade diretamente, como o aumento do numero de associados, a ACIJ que já teve mais de 2.300 associados hoje tem menos da metade disto, ou desenvolver mais e melhores serviços e parcerias com entidades publicas e privadas para promover o desenvolvimento dos seus associados. Este novo foco na infra-estrutura de Joinville, pode significar que teremos durante dois anos dois prefeitos, um o eleito democraticamente e outro propondo obras e investimentos públicos, que podem ser ou não os mesmos previstos pelo prefeito Carlito Merss. Sem duvida a pré-candidatura do empresário Udo Dohler agrega emoção ao quotidiano de Joinville.

O comentário da nota oficial da ACIJ no próximo post.

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