Na campanha eleitoral
de Joinville a mobilidade é um dos temas comuns ao discurso de todos os
candidatos. Cada um apresenta as suas versões diferentes e até divergentes das
soluções propostas para resolver um problema que é comum a todas as cidades que
não tem um planejamento adequado e que ganha uma maior gravidade nos países em
vias de desenvolvimento como o Brasil.
A falta de políticas públicas
adequadas a nível nacional, a priorização do automóvel como meio de transporte
e inclusive a redução de impostos para estimular ainda mais o uso do carro, sem
os investimentos necessários em infraestrutura e nos demais modais de
transporte público, fazem das cidades e Joinville é um bom exemplo, uma bomba
de tempo.
A verticalização e o
adensamento desenfreado, em áreas que não dispõem da infraestrutura urbana
adequada, criarão a curtíssimo prazo gargalos impossíveis de resolver. No caso
de Joinville, nenhum é mais evidente que o formado pelo inicio da Rua Blumenau,
no trecho do Hospital Dona Helena e a sua prolongação formada pela Rua Henrique
Meyer até o hotel Tannenhof. Além dos edifícios já construídos há mais três edifícios
comerciais em construção e um prestes a iniciar. A estes polos geradores de
trafego há que acrescentar o fluxo de ônibus e a sua localização na área de
influencia do Shopping Mueller, outro dos grandes polos geradores de trafego na
cidade.
Em quanto se propõem
elevados, duplicações, tuneis e outras soluções pontuais e desconectadas do
planejamento, ou deveríamos falar da falta dele? Outras cidades no mundo que já
sofreram o preço da sucessão de erros que nos estamos comentando optam por
recuperar espaços públicos degradados, demolir elevados e criar parques,
jardins e áreas verdes aonde até pouco tempo atrás só havia degradação urbana e
transito pesado e caos.
Quem sabe os nossos políticos
e principalmente os responsáveis pelo planejamento urbano de Joinville acordem
a tempo e evitem que tenhamos que percorrer um caminho que já se sabe aonde
conduz.
As imagens do antes e
do depois da região central de Boston mostram como é possível ter cidades
melhores, com maior qualidade de vida e sem que para isso seja preciso promover
o desenvolvimento a qualquer custo.
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