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7 de janeiro de 2019

A reunião do colegiado

Reunião do Secretariado
Horário 6:30 da manhã
Local Sede da Prefeitura Municipal
Rua Hermann Lepper – Sala do Colegiado

Prefeito: Bom dia. Vou fazer a chamada.

Secretario 1: Presente

Secretario 2: Presente.

Secretario 3: Presente

Secretario 4: Correndo esbaforido e buscando um lugar para sentar. Presente!!!

Prefeito: Chegou atrasado. A reunião começou as 6:30 e já são as 6:37. Fica de castigo sem bolachas.

Secretario 4: Desculpe prefeito, o carro caiu num buraco e tive que trocar um pneu.

Prefeito: Buracos? Onde? Não há buracos em Joinville. O secretario 7 informou no relatório que tenho aqui no meu smartfone que tampou 4.568 buracos só neste mês.

Secretario 7: Efetivamente prefeito. Tampamos 4.568... Desculpe o novo numero é 4.569. Atualizado pelo aplicativo “Buracos.Joinville.app” que mantem todos os dados atualizados. Em quanto estamos nesta reunião foram tampados 347 buracos e foram criados 598 novos buracos.

Secretario 9: Mas se abrimos mais buracos dos que conseguimos fechar, cada vez teremos mais buracos e menos asfalto?

Prefeito: Secretario 9, você não entende nada de aritmética. Mostrando o seu smartfone e ficando vermelho em quanto agita furiosamente o telefone na tela do aplicativo. Não há buracos em Joinville. Os poucos que ainda quedam são por culpa da chuva. Alias secretario 11 como esta o plantio de novas arvores?

Secretario 11: Ainda não plantamos nenhuma por conta da seca. A pertinaz seca que assola Joinville desde faz 6 anos não tem nos permitido alcançar a meta de 200.000 arvores previstas no Plano 15.

Secretario 13: Mas se os buracos são por culpa da chuva, como pode ser que não se plantem as arvores por culpa de seca?

Prefeito: Vocês estão interrompendo o ritmo e a sequência da reunião. Não há buracos nas ruas e em Joinville temos muitas arvores no morro do Boa Vista e acima da Cota 40 está cheio de arvores, não precisamos de mais arvores. Estes ecologistas não querem que Joinville progrida. Secretario 7 como estão as obras da nova ponte?

Secretario 7: Que ponte?

Prefeito: Como que que ponte? A ponte que está no Plano 15.

Secretario 7: Soltando uma gargalhada. Ah! Aquela ponte. A que ia a ser construida pelos chineses. Essa ponte ainda não tem projeto executivo, nem foram feitos os estudos ambientais. Acho difícil que saia nesta gestão.

Prefeito: Como pode ser que não saia, se em cada entrevista falo dessa ponte?
Secretario 7: Sim prefeito, O Senhor fala o tempo tudo da dita ponte, mas ela só existe nas suas fantasias. Sem um projeto executivo bem feito não vai sair nunca. Lembre da duplicação da Santos Dumont. Quanta vergonha. Olhe o resultado da falta de um projeto adequado e da falta de planejamento. 

Prefeito: E o Parque?

Secretario 8: Que parque prefeito?

Prefeito: Como que que parque? Vocês estão atrapalhando o desenvolvimento de Joinvillle. O parque que está no Plano 15. Este parque é uma promessa de campanha e vamos fazer. Onde esta o projeto? Já acharam um aplicativo para fazer parques? Quero todas as informações do que não estamos fazendo atualizadas no meu smartfone.

Secretario 8: O parque previsto na região da Serra do Mar? Mas esse não é o parque que os joinvilenses pediram e precisam.

Prefeito: Secretario 8, quem lhe disse que esta gestão ouve ou esta interessada em atender as demandas dos joinvilenses? Aliás vocês ainda não entenderam que para não escutar os contribuintes criamos a ouvidoria? A ouvidoria faz de conta que ouve e as pessoas ficam felizes acreditando que sua solicitação será atendida. Para encerrar secretario 9 como foi a programação do final de ano? Nosso modelo de gestão não ouve, não escuta, não planeja e não executa. Somos modelo e referência em não cumprir prazos e campeões nacionais em devolver recursos federais por falta de projetos. Essa é a marca da nossa gestão.

Secretario 9: Prefeito eu estava em Piçarras.

Prefeito: Mas não tinha nenhum secretario na cidade?

Secretario 5: Eu estava em Florianópolis e a festa lá estava ótima.

Secretario 1: Eu estava em São Francisco e as praias estavam lotadas.

Secretario 3: Barra Velha estava bombando.

Secretario 4: Itapoá abafou.

Secretario 10: Balneário Camboriú fez um show de fogos espetacular.


Prefeito: 7:15 deu o horário. A reunião está encerrada. Na reunião de amanhã quero a lista de escusas e justificativas para seguir sem fazer as licitações do Transporte Coletivo e do Estacionamento Rotativo. Secretario 5 lembre de reagendar para as Calendas gregas a inauguração da obra do Rio Mathias. 

8 de agosto de 2014

A solução para a Joinville das enchentes


Estão em testes os primeiros ônibus adaptados ao novo plan MOB. A licitação do transporte coletivo em Joinville prevê novos modais e nos bairros mais sujeitos a enchentes as empresas implantarão esses modernos ônibus aquáticos. 


14 de janeiro de 2014

Mais concorrência é melhor?


Ganha corpo à ideia que a licitação do transporte coletivo de Joinville deve prever que tenhamos mais empresas operando o sistema. Que a concorrência é boa e que isso vai pressionar a tarifa para baixo. Se fala muito sobre o transporte coletivo em Joinville é há opiniões para todos os gostos, mas os temas importantes estão sendo mantidos fora do debate, Qual o modelo de transporte para as próximas décadas, seguiremos apostando no óleo e no pneu? Como será feita a integração com futuros modais? Os terminais continuarão por outros 30 anos? Qual a política tarifaria? Entre outros muitos.

 Em quanto estes temas ficam fora da pauta, o poder público vai colocando engodos para manter a patuleia entretida debatendo, a necessidade de que haja mais empresas é dessas ideias que só podem ter surgido das mentes brilhantes que pululam as margens do Cachoeira. Alguém imagina que as três ou quatro empresas que operem o sistema em Joinville competirão entre si? Que oferecerão ônibus com diferentes graus de conforto? Ou que as tarifa de cada empresa será diferente e sofrera o impacto da livre concorrência? Ou alguém imagina os usuários do transporte coletivo esperando no ponto e deixando de subir em um ônibus da empresa X para esperar o próximo da empresa Y? Ou que a qualidade do serviço melhorará por conta de ter mais empresas?

 As empresas que vençam a licitação dividirão a cidade em fatias, operaram linhas diferentes e não concorrerão entre si, porque a tarifa será a mesma em todas elas, para permitir a integração do sistema. Joinville será dividida como uma pizza gigantesca e o obsoleto terminal central continuará sendo o ponto de integração e transbordamento de passageiros. Num modelo vetusto e ultrapassado que obriga ao passageiro a subir e descer do ônibus para facilitar a vida e o negocio das permissionárias. Seria bom sim, que o administrador municipal olhasse o usuário do sistema e começasse a pensar como fazer o sistema de transporte público mais eficiente, moderno, confortável e rápido. Seja ele operado por uma, por dois ou por uma dúzia de empresas. Esse é o debate que Joinville deveria ter. E para o que também estamos atrasados. Assustadora essa nossa capacidade de chegar sempre tarde às coisas importantes.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

25 de novembro de 2012

Taxi e Transporte público



Cidades do porte de Joinville devem ao abordar o problema do transito incluir todos os elementos que contribuem e avaliar o impacto positivo ou negativo que cada um deles tem, qual é sua contribuição ao todo e como o poder público pode estimular ou desestimular o uso de um ou de outro. Pensar o transporte coletivo para além do ônibus, do pneu e do diesel é um primeiro passo. Priorizar a mobilidade de pedestres e ciclistas e outro. Desestimular o uso do carro para determinados trajetos e horários e outro que já é pratica comum em muitas cidades. No nosso caso um dos elementos que tem reiteradamente ficado de fora deste debate é o táxi.

O taxi tem um papel importante a jogar como parte da mobilidade urbana. Em Joinville o debate tem ficado circunscrito ao aumento ou não do numero de placas e indiretamente a manutenção ou não do privilegio que detém os taxistas nesta cidade. Cobrando preço de limusine para um serviço de terceira. O poder público tem evitado enfrentar o debate, eu até diria que tem fugido claramente dele. A força do coletivo não é desprezível e um poder público fraco dificilmente poderá resolver o problema.

Algum leitor utiliza normalmente táxi como uma alternativa de transporte? Em Joinville táxi é um artigo de luxo. Chegamos ao absurdo que é muito mais caro a carreira da rodoviária a qualquer um dos bairros do centro que a viagem de ônibus desde a maioria das cidades de Santa Catarina para Joinville. Esquece, convenientemente, o poder público que a compra de táxis é subsidiada com a redução de impostos, justamente por que se trata de um serviço público, porem este subsidio que deveria beneficiar o usuário, acaba no bolso do proprietário da placa ou da licencia. O táxi em Joinville deixou de ser um serviço público para se converter numa capitania hereditária, em que o proprietário dificilmente trabalha como taxista e tem vários “pilotos” para os que de uma ou outra forma aluga o direito.

A função do táxi como serviço público é o de oferecer uma alternativa de transporte público de qualidade, a preço adequado para quem precisa outro modal diferente do ônibus, seja por conforto, por horário, por trajeto ou por necessidade. O município deve liderar este debate e passar a defender os direitos dos usuários em lugar de só se preocupar com os dos taxistas. Nenhuma ação foi feita para que o serviço seja mais econômico, esteja mais perto do cliente e sirva como alternativa real a deixar o carro em casa.

Um bom inicio de conversa seria comparar tarifas de táxi de outras cidades brasileiras para percorridos semelhantes. Da mesma forma que se fazem comparações com as tarifas de ônibus. Comparar com a maioria de cidades e capitais da América Latina seria uma covardia, Como lá o táxi é um serviço público a comparação seria uma comparação entre coisas diferentes. 

Publicado no jornal A Noticia de Joinville, Santa Catarina

29 de julho de 2012

Qual é o melhor modelo de cidade?


Enrique Peñalosa é ex-prefeito de Bogotá, é dele o projeto das ciclovias, das calçadas largas e acessíveis e da priorização do transporte coletivo, incluindo táxis como uma alternativa real de transporte publico.

11 de fevereiro de 2012

Lendas urbanas

Uma lenda urbana em Joinville é o transporte publico gratuito ou com tarifa zero. Será que isso existe em algum lugar do mundo?

A "navette" em Dijon na França mostra que sim é possível.


Para quem não domina o francês, uma dica Gratuite quer dizer de graça

22 de novembro de 2011

O VLT e o trem bala (*)


VLT e Trem Bala

Uma declaração de Udo Dohler serviu para colocar em pauta o tema do VLT ou metro de superfície, gente que entende do riscado, acha que é viável e que esta na hora de começar a pensar nisto, sob risco que nunca seja possível. Gente que esta no governo municipal e que da noite para o dia virou especialista no tema, a defendendo o modelo movido a pneu e diesel, mais barulhento, poluidor e de tecnologia ultrapassada. Acrescentam ainda a informação saída quem sabe de onde que este modal de transporte só é adequado para cidades com mais de 1.000.000 de habitantes, seria conveniente avisar as prefeituras de Delft, na Holanda, ou de Grenoble ou Dijon na França por citar só algumas cidades de pequeno ou médio porte que tem menos de 500.000 habitantes que o VLT não é adequado.

Empresários do setor do transporte coletivo consideram que um VLT ligando nada a coisa nenhuma e sem integração não é rentável, e não estão isentos de razão. O governo da presidente Dilma, coincidentemente do mesmo partido que a equipe que governa Joinville, tem desenvolvido um modelo de investimento em transporte publico, para o Trem Bala, que caso saia do papel, algum dia ligará Campinas – São Paulo e o Rio de Janeiro. O modelo da engenharia financeira, utiliza o velho e bom BNDES, e permite que os empresários participem do investimento com 30% do valor e banco publico aporte os outros 70 %. Um modelo capaz de convencer o inversor mais temeroso. Ainda para ajudar a viabilizar o negocio esta prevista uma garantia da demanda de passageiros por meio de subsídios ou de mágicas financeiras.

O trem bala tem que balizar preços com a ponte aérea, que é a seu principal concorrente. O transporte coletivo de Joinville, concorre com carro usado, motos, com prestações do tamanho do custo de passagem de ônibus.


Estimular ou não o uso do transporte coletivo é uma decisão que precisa ser tomada, o que até agora não tem acontecido, ao contrario ao longo do tempo, temos contribuído a criar e consolidar a situação atual, o aumento do perímetro urbano, a incorporação de gratuidades e subsídios sociais, lançados integralmente sobre a tarifa, tem feito que o modelo atual seja caro e concorra em desvantagem com outros modelos de transporte, mais rápidos e mais econômicos.

Colocar Joinville as portas do futuro, ou continuar apostando em modelos ultrapassados é uma decisão de governo, a diferença de decisões de cidade e de governo e sutil, as primeiras são de longo prazo e são estratégicas, as segundas tem um horizonte de no máximo quatro anos e uma abordagem mais paroquial.

24 de janeiro de 2011

Um calendário e um relógio (*)


Um calendário e um relógio

Alguma alma caritativa deveria oferecer ao prefeito quanto antes um relógio e um calendário. Tanto ele como, especialmente, sua equipe mostram uma enorme dificuldade em entender e praticar conceitos simples de tempo. O relógio nos permite acompanhar o tempo mais imediato, serve para marcar horas, minutos e segundos. Duas voltas completas do ponteiro pequeno equivalem a 24 horas e num calendário é registrado como sendo um dia completo. Para períodos de tempo maiores que 24 horas o calendário é mais aconselhável. Tem vários modelos, alguns utilizam uma folha para cada dia, ou as 24 horas do relógio, outros uma folha a cada mês.

Independentemente do modelo escolhido, seja um relógio analógico o digital, ou seja um calendário de um dia por folha ou de um mês por folha, o objetivo é o mesmo, nos ajudar a ter noção do tempo. Do tempo transcorrido, do tempo que falta. Das horas que faltam para que conclua a jornada, ou os dias que já transcorreram desde que iniciou o mandato, ou os dias que faltam até a próxima eleição.

O tempo a todos nos iguala, todos têm 24 horas por dia para usar como convier, ou 1440 minutos para ficar olhando o infinito e filosofar sobre o tempo e como passa rápido ou para trabalhar, amar, prosperar, para usar ao bel prazer.

Antes de o prefeito ser candidato já sabia que a concessão do transporte coletivo de Joinville venceria em 2012. Ao assumir como prefeito tinha o conhecimento que seria na sua gestão que seria preciso fazer a nova licitação. Teria ainda a oportunidade de corrigir todos os erros e todas as malandragens que o modelo atual incorporou ao longo de anos. E agora somos informados que quatro anos não será tempo suficiente para que a nova licitação fique pronta. Nos parques, no asfalto, nos buracos, nos binários, as escusas para não cumprir os prazos são as chuvas ou a necessidade de desapropriações. No caso da licitação nem a chuva, nem as desapropriações são justificativas validas.

Fica muito difícil para a população entender que em quatro anos não seja possível fazer uma licitação tão esperada como a do transporte publico. Quando foi informado, que se criou uma comissão interna na prefeitura, formada pelos mesmos órgãos e setores que tem dificuldade em cumprir prazos para trabalhos simples e prosaicos, os joinvilenses entenderam rapidamente que a licitação do transporte coletivo, como tantas outras obras, ficou, com sorte, para o próximo prefeito.

11 de janeiro de 2011

Tem gente vendendo ar (*)


Licitação e tarifa de ônibus


O recente aumento do transporte coletivo voltou a colocar na mesa a idéia que a inclusão de novas empresas permitira que o preço baixe ou no mínimo deixe de subir. Destacadas figuras da administração municipal, os mesmos que tradicionalmente tem ataques furibundos de verborragia, alimentam a idéia que Joinville deve ter três empresas, porque a entrada de mais empresas servira para estimular a concorrência e teremos tarifas menores.


Imaginar que maior numero de empresas representará preços menores, é vender ar, confundir a sociedade e representa um atestado de estultícia de quem administra hoje o sistema. Porque mais empresas não representa menor preço na tarifa? Inicialmente lembrar que estamos falando de transporte coletivo urbano. O modelo de passagem integrada que Joinville adotou, impede que os preços baixem, ou que empresas com custos diferentes possam praticar preços diferenciados. É um modelo que não estimula a excelência e a competitividade. O calculo da tarifa se baseia numa planilha que utiliza um índice denominado IPK (Índice de Passageiros x Quilometro) quantos menos passageiros transportados por quilometro rodado a tarifa será maior. Ainda outros fatores como o preço dos insumos, os salários e os combustíveis incidem sobre a tarifa.


Continuar mantendo o mesmo modelo de transporte publico representa a certeza que o numero de passageiros continuará caindo e a tarifa aumentará a cada ano acima da inflação. Continuaremos escutando as desculpas esfarrapadas dos administradores de plantão e assistindo a representação de teatro das empresas que pedem mais do que sabem que receberão e do prefeito que sempre concede menos que o desejado pelas empresas e mais do que o população espera.


Joinville só poderá construir um modelo de mobilidade urbana adequada, quando se pense em atender os interesses de toda a sociedade. Se contemplem todas as alternativas de transporte individual e coletivo. Se passem a priorizar pedestres e ciclistas nas distancias curtas e se estabeleça uma política publica justa. Em quanto a mobilidade urbana seja tratada com a demagogia e amadorismo com que tem sido tratada até hoje, a próxima tarifa continuará sendo maior que a inflação e o numero de passageiros continuará diminuindo.

11 de dezembro de 2010

VLT cada vez mais perto de Joinville

O VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos) esta cada vez mais perto de Joinville, se bem é verdade que ainda não chegará ao perímetro urbano no primeiro momento, o projeto de ligação entre Jaragua do Sul e Guaramirim, pode ser ampliado e atender também a "Grande Jaragua". Pelo que é possivel que se os tecnicos do IPPUJ mudassem de opinião, algo que tem sido pouco freqüente, o VLT chegue a Joinville no inicio do próximo século.


O anuncio que Jaragua do Sul é Guaramirim estarão unidas pelo VLT, traz cada vez mais perto o VLT de Joinville (VLT JGS-GUA)

As cidades de Crato e Juazeiro no Ceara já contam com o serviço do VLT, neste caso desenvolvido com tecnologia nacional (VLT CRA-JUA)

Em quanto isto em Joinville...

15 de novembro de 2010

Europa é diferente (*)


Europa é diferente


Vez por outra Europa entra nas conversas como referencia, como modelo. Definitivamente não tudo o que vem de lá é melhor, como não todo o que temos aqui é ruim.


A Europa tem as suas monarquias, os reis, rainhas, princesas e príncipes, formam as casas reais e como uma grande família vez por outra se reúnem em casamentos, velórios e aniversários. Um dos grandes casamentos recentes foi o da princesa Victoria, herdeira da coroa sueca é filha de uma brasileira, a Rainha Sylvia. A princesa casou com o seu personal trainer, numa atitude plebéia, o seu irmão o príncipe Carlos Felipe namora a simpática Sofia uma modelo e striper profissional. No que poderíamos considerar uma família completamente normal.


Aqui no Brasil republicano, estamos caminhando na direção de um modelo interessante, a monarquia eletiva. O candidato a Rei, Lula I, acompanhado pela Rainha Marisa, reúne a corte republicana na Granja do Torto, para animadas Festas Juninas. As pesquisas de opinião que dão ao rei uma aprovação de inacreditáveis 80 %, aproximam a nossa realidade, da das monarquias absolutistas, se naquela época tivesse também institutos de pesquisa. Brasília emula a Versailles, tanto pelo luxo que ostentam os membros da corte, como pela forma como distribuem benesses e proventos aos amigos do rei. A conhecida frase do Rei Sol, “o estado sou eu”, ganhou novo significado na voz de Lula I.


Voltando ao casamento real sueco, dois pontos para comentar, o primeiro e que a sociedade sueca achou estranho que os recém casados fossem passar a sua lua de mel na Polinésia, e o fizessem a bordo do avião particular do milionário sueco Bertil Hule, que também emprestou o seu iate. A sociedade sueca entendeu que o desprendimento do empresário, pode ter outros objetivos, menos prosaicos e que receber este tipo de agrados, pode ser considerado corrupção. Aqui no Brasil a sociedade é menos susceptível a este tipo de coisas e acredita piamente que não tem nada de errado em presidentes, reis e príncipes podem receber todo tipo de presentes, sem que isto possa despertar suspeitas. O outro ponto de destaque é a chegada a festa de casamento da Rainha Beatriz de Holanda, ela o fez utilizando o ônibus circular numero 4. As empresas Gidion e Transtusa estão cogitando contratar a simpática Rainha Holandesa, para que seja a estrela da próxima campanha, para estimular o uso do transporte coletivo em Joinville. Europa é diferente.


24 de agosto de 2010

VLT e Trem Bala (*)


VLT e Trem Bala

Uma declaração de Udo Dohler serviu para colocar em pauta o tema do VLT ou metro de superfície, gente que entende do riscado, acha que é viável e que esta na hora de começar a pensar nisto, sob risco que nunca seja possível. Gente que esta no governo municipal e que da noite para o dia virou especialista no tema, defendendo o modelo movido a pneu e diesel, mais barulhento, poluidor e de tecnologia ultrapassada.

Empresários do setor do transporte coletivo consideram que um VLT ligando nada a coisa nenhuma e sem integração não é rentável, e não estão isentos de razão. O governo do presidente Lula, coincidentemente do mesmo partido que a equipe que governa Joinville, tem desenvolvido um modelo de investimento em transporte publico, para o Trem Bala, que caso saia do papel, algum dia ligará Campinas – São Paulo e o Rio de Janeiro. O modelo da engenharia financeira, utiliza o velho e bom BNDES, e permite que os empresários participem do investimento com 30% do valor e banco publico aporte os outros 70 %. Um modelo capaz de convencer o inversor mais temeroso. Ainda para ajudar a viabilizar o negocio esta prevista uma garantia da demanda de passageiros por meio de subsídios ou de mágicas financeiras.

O trem bala tem que balizar preços com a ponte aérea, que é a sua principal concorrente. O transporte coletivo de Joinville, concorre com carro usado, motos, com prestações do tamanho do custo de passagem de ônibus.


Estimular ou não o uso do transporte coletivo é uma decisão que precisa ser tomada, o que até agora não tem acontecido, ao contrario ao longo do tempo, temos contribuído a criar e consolidar a situação atual, o aumento do perímetro urbano, a incorporação de gratuidades e subsídios sociais, lançados integralmente sobre a tarifa, tem feito que o modelo atual seja caro e concorra em desvantagem com outros modelos de transporte, mais rápidos e mais econômicos.

Colocar Joinville as portas do futuro, ou continuar apostando em modelos ultrapassados é uma decisão de governo, a diferença de decisões de cidade e de governo e sutil, as primeiras são de longo prazo e são estratégicas, as segundas tem um horizonte de no máximo quatro anos e uma abordagem mais paroquial.
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