22 de novembro de 2008

A chuva de hoje dia 22


Um leitor que não quis se identificar, escreveu, aqui no blog este comentário, que vale a pena compartilhar.

Quem percorreu a cidade hoje, dia 22 de Novembro, pode perceber que a natureza é implacável e, chuvas desta natureza são recorrentes. Já diz uma famosa frase de que a pior enchente é aquela que ainda não aconteceu. Então, se continuamos a desfiar a natureza devemos pagar algum preço. O problema é que a conta cai para os mais pobres que, na busca de dignidade pagam lotes em áreas impróprias a agentes imobiliários inescrupulosos assim como as autoridades sempre se eximem de culpa, dando aos antecessores a responsabilidade. Hoje, várias ruas e casas sofreram inundações, encostas ruíram e os prejuízos foram imensos. Cobiça, avareza e falta de responsabilidade são as principais causas. Quando se fala em proteger as faixas de drenagem dos rios, proteger as encostas e manter a massa vegetal que as sustenta, muitos são contrários, defendendo ferozmente o desenvolvimento a qualquer custo. Eis a conta Senhores!

E remete a um ponto nevrálgico, o custo da conta, ou melhor o custo das contas que achamos que não precisamos pagar, ou que podemos empurrar para os outros pagar, é fácil, muito fácil, fazer uma lista de todas as contas que empurramos " pra frente". Como a do terreno da UFSC, quanto custará a mais para todos nós a escolha errada do imóvel? Quanto acrescentar a construção dos acessos viários e aos custos de transporte de todos os alunos?.
É o novo Shopping? quem pagara o custo da duplicação da Avd. Santos Dumont? que já hoje, vive congestionada durante quase todo o dia entre a rua João Colin e o trevo das universidades. Quem pagará os prejuízos dos joinvilenses que perderam seus bens e moradias por conta de enchentes recorrentes e rotineiras?
Não da para ficar empurrando tudo com a barriga, pode ser que não seja nesta gestão, nem na próxima, porem não tenha duvida que será do SEU bolso, que será você quem pagara toda a conta, como sempre.
Este desenvolvimento caolho nós passara a conta, muito antes do que imaginamos.

8 comentários:

  1. Jordi

    O teu artigo sobre as enchentes é de total conhecimento de cidadãos da terra que não podem se externar e que nao conseguem publicar um artigo nos jornais locais, que dão mais espaço para o padrecos BOFFe, do que para cidadãos preocupados com a qualidade de vida da cidade e do Estado.

    Anote o exemplo escandaloso da engenharia que não teve a cadeira de cálculo na "faucudadi" : a ponte que fica defronte ao Tênis clube que tem 14 metros de vão rebaixado que recebe todas as aguas que passam sob a ponte da Fabril Lepper, com 28 metros de largura com vão ampliado.
    Levei o tema diversas vezes ao CEAJ - CENTRO DE ENGENHEIRO E ARQUITETOS DE JOINVILLE, mas como a entidade só é colonizada pelos engenheiros que projetam e aprovam tais aberrações , recebi do Eng. Julio Fialkoski - hoje CONURB,
    me proibindo de frequentar as reuniões enquanto presidente da entidade. Fiquei proibido de apresentar projetos que iam ao encontro de determinados profissionais da prefeitura. O CEAJ não representa a engenharia, a arquitetura e a agronomia de Joinville.
    Não tem expressão alguma, quando poderia ser um dos maiores icones do municipio e do Estado.
    Voltando à ponte:
    Chove torrencialmente e a agua que não consegue passar pela ponte do tenis, vai para o centro da cidade.
    Erro proposital e consentido da engenharia pública

    Mas o prefeito que autorizou a construção de ponte, recebeu o projeto de um engenheiro que assinou uma ART, UMA CONSTRUTORA QUE SE SUJEITOU (CONCORRENCIA FRAUDULENTA ganha pelo menor preço e ai quem ganhou não respeito o gabarito de 24 metros e fez a obra nos 14.) Certamente deu comissão para todo o bando.
    Minha familia que tem uma casa na rua Jeronimo Coelho, não consegue se livrar do elefante atolado na água, cada vez que chove.
    Toda a familia sofre. O cheiro de mofo e podre que sobra depois das enchentes faz o pessoal todo ficar doente. Minha sogra, a mulher do Pizzatto da Brahma, que fez tanto bem para Joinville, sofre aos 84 anos por que um engenheiro achou que pela ponte de 14 passa toda a agua que passou pela ponte de 24.

    Trata-se de uma corja de FDP irresponsaveis, bandidos e criminosos que pouco se importam com a dor alheia e o mal que causam aos contribuintes que pagaram milhões de reiais durante dezenas de anos para receber na idade avançada essa qualidade de vida.

    Enquanto isso desfilam com carros importados comprados com dinheiro sujo que todos sabemos donde veio.

    Mas tambem tem um prefeito que autorizou construir a casa verde dentro do Rio Cachoeira. Veio para o IAPTEC, - iNSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÕES DOS TRANSPORTES (MOTORISTAS DE CAMINHÃO E ONIBUS) para construir a sede em Joinville. Como não tinham um terreno, o prefeito paternalista e safado, disse:
    Tem um terreninho que esta cheio de mangue na beira do Rio Cachoeira que esta de bobeira ali. Só funciona quando da enchentes.
    Por que não construimos a casa verde nesse terreno? Dai, olhando de cima - Google Hearth - voce vê nitidamente a safadeza que
    cometeram contra as pessoas que sofrem ha tantos anos com as enchentes na rua do Principe, Rio Branco, Itajai, Nove de março, Terminal, tudo em homenagem a esse fdp do prefeito de então e de seus engenheiros que deixaram fazer.
    Enquanto não tivermos a coragem de mostrar as canalhices praticadas em nossa cidade com o dinheiro do contribuinte, continuaremos escrevendo artigos que são publicados, criam a revolta por sabermos que ninguem vai sofrer nenhuma penalidade pelo uso do dinheiro publico para beneficio proprio prejudicando tanta gente por tanto tempo.

    Abracos do Gert

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  2. Joinville precisa saber que as inundações fazem parte desde 9 de março de 1851 e que elas ocorrerão cada vez mais (com maior impacto e com maior frequência) nas vidas das pessoas, mesmo com a tendência de menores índices de precipitação pluviométrica (em Joinville e no mundo).
    A impermeabilização do solo, o asfalto, a urbanização, o crescimento populacional, a supressão de vegetação, as terraplenagens, o lixo no rio, a ganância dos loteadores e a incapacidade do poder público de atingir com suas ações (na mesma velocidade) o avanço progressivo da degradação ambiental, são exemplos de fatores que contribuem para o caos.
    A população precisa saber que isso trará impactos sociais, ambientais e econômicos.
    Não adianta alargar o Rio Morro alto, isto é uma medida estrutural mitigadora, mas nunca o problema será resolvido. Precisamos aprender a conviver com as inundações.............
    No final, ricos ou pobres seremos as únicas vítimas de nossas ações.

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  3. ... quando a casa da sogra foi construída não havia enchentes naquela região? ... será que a família do "nobre" agrônomo não foi informada que já em 1911, houve uma enchente que alagou a referida região, onde não haviam construções?
    qual era mesmo o nome do instituto que recebeu o terreno doado para erguer um edifício? e os engenheiros da época que tiveram que estar por diversas vezes na obra? e a retificação do rio, em diversos trechos para construção dos muros de pedra, avenidas, fabricas? afinal, quem construiu "o que" em cima "do quê"? pelo que vejo, todos construíram em áreas sujeitas a enchentes... não é mesmo? e não só no centro da cidade, mas também em praticamente todos os bairros de nossa cidade!

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  4. Na medida em que se constrói mais, que as intervenções tem um impacto maior, as enchentes aumentam, areas que antes estavam livres de enchentes hoje são afetadas.
    O crescimento desordenado e sem planejamento tem impacto sobre todos e cada um de nós.
    Pode ser que hoje nos toque pagar pelos erros que outros cometeram no passado.
    A certeza é de que não existe jantar de graça e que os custos serão pagos por toda a sociedade. Inclusive vôce.

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  5. definitivamente, todos nós abemos, vimos e vivemos o que acontece em joinville por conta das enchentes e das marés... o que não dá é para assistir um "agrônomo" bradar e conduzir a opinião pública diretamente a determinadas construções... pois assim, como algumas empresas midiáticas, ele está promovendo a discriminação e elevando as vozes daqueles que são os atingidos pelas águas, mas não sabem como o problema foi-se construindo... a conta é paga por toda a população da cidade... por aqueles que estão aqui desde princípio, quanto por aqueles que chegaram agora... mas volto a frisar... quem aqui não sabe quais as áreas que sempre alagaram? sugiro que voltem ao passado e vejam qual era o traçado natural do rio cachoeira, dos ribeirões, onde sempre - sempre - alagou... agora, dizer que a jerônimo coelho enche por culpa de "daquela casa verde construída em cima do rio", é no mínimo desconhecer a história da cidade... porque a construção não está e nunca esteve em cima do rio... temos problemas? temos... os ribeirões canalizados, com muretas de pedra, muros altos, construções como as existentes em cima do ribeirão mathias, e desmatamento dos morros, os loteamentos construídos no mangue, a retirada do seixo dos rios, todo o entulho que a própria população jogou e ainda joga nos rios... ok... mas o que vamos fazer agora? olhar o mapa do google e ver (ou pensar que viu) uma construção em cima do rio? e o antigo clube náutico cachoeira? e o clube atlântico? ambos de remo... por acaso foram construídos no mangue também? os recém chegados não vão saber do que eu estou falando... mas os antigos... e volto a dizer... a maioria das ruas centrais sempre alagaram...
    ou será que só eu me lembro disso?

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  6. Interesante o debate que se iniciou, parece inegavel que a ponte na frente do tenis clube, estrangula o rio Cachoeira, imagens novas das enchentes disponiveis aqui no blog, mostram a largura e a vasão do rio Cachoeira frente ao seu passo pelo supermercado Angeloni.
    O estreitamento do seu curso perto da prefeitura municipal, parece ser uma das causas dos alagamentos no centro, pode ser que não a unica.
    A falta de escoamento das aguas pluviais na região central, junto a impermeabilização do solo urbano tem a ver com isto.
    Teremos que conviver com enchentes, porem temos que procurar minimizar os seus impactos e reduzir os prejuizos.

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  7. ... teremos uma nova perspectiva política a partir de janeiro com novos vereadores, alguns deles oriundos das áreaa mais atingidas pelas cheias dos últimos dias... pois acredito que será com o esforço conjunto entre técnicos, políticos e cidadãos, que nossos problemas terão soluções... todos nós sonhamos com o fim da "era do eu que mando, eu que sei, eu que faço, e eu que aconteço"!
    Ah... e parabéns por este espaço!

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  8. De fato vivemos um momento de esperança, é porem importante que não se criem expectativas alem do bom senso, que gerem uma frustração também desproporcional.
    Nada melhor que o bom senso.

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