17 de setembro de 2017

Caderno de viagem - Tunísia

Os minaretes das mesquitas se destacam na linha que formam os telhados brancos da Medina de Tunes







Caderno de viagem


Tunísia é conhecida pelas suas portas. Nas ruelas da Medina de Tunes as portas são, na maioria dos casos a unica parte visível das casas, todas elas voltadas para dentro. Os pátios internos não são percebidos desde fora. Sem janelas só as portas ligam as residencias com o exterior, simbolizam a riqueza e o poder dos proprietários, são também simbolo de identidade.








5 de maio de 2017

A maior cidade do estado


Joinville vive dividida entre o seu sonho de ser grande e sua necessidade de ser melhor. Fez a pior escolha e renunciou a ser melhor para seguir crescendo com a mesma logica que utilizam as células cancerígenas e o resultado é o titulo de maior cidade do estado. Santa Catarina é o único estado em que a capital não tem a maior população e total para que?

Ser a maior só garante que os problemas que Joinville sejam também os maiores. Os indicadores são perversos e mostram o quanto a cidade é penalizada por essa ânsia de crescer. Um crescimento sem planejamento e sem recursos. Podemos acrescentar ainda sem ideias, sem visão e sem outro modelo que não seja o de seguir crescendo. Há no imaginário dos dirigentes locais a ideia consolidada que é possível seguir crescendo indefinidamente. É um conceito que já tem sido abandonado pela maioria de cidades modernas e avançadas, que entendem que não é possível crescer sem que se estabeleçam parâmetros e indicadores de qualidade para a população. O modelo das cidades grandes é o que se baseia ainda no principio de economia linear, aquela que precisa de recursos infinitos num mundo finito.  As cidades inteligentes estão orientadas no modelo da economia circular. Cidades pensadas para ser sustentáveis. Para ser mais econômicas e eficientes. Para oferecer mais qualidade de vida aos seus habitantes. Os pedestres ganham mais espaço e o espaço público é planejado para permitir que haja uma menor necessidade de deslocamentos de um extremo ao outro da cidade. Se desestimula o transporte individual, cada vez é maior o número de cidades que fecham as áreas centrais aos veículos individuais. Nos próximos 10 anos já haverá cidades que não permitirão o acesso aos carros.


Joinville cresce muito e continua crescendo mal. As obras públicas são mal planejadas, pior executadas e a quantidade de imóveis públicos abandonados ou em péssimo estado de manutenção é a melhor prova do descaso com que é tratada a coisa pública. Ainda há tempo para reagir, mas a mudança exigiria um esforço enorme do poder público que parece aceitar bovinamente e sua incapacidade para fazer e para fazer bem feito por se isso não fosse suficientemente grave o joinvilense tem desistido de acreditar que outra Joinville é possível e aceita a inépcia como modelo de gestão e o tamanho como modelo de cidade.

22 de abril de 2017

Lei Cardosinho declarada inconstitucional

No AN o jornalista Jefferson Saavedra comenta a sentencia que declara inconstitucional a absurda "Lei Cardosinho", a lei que legitimava as ilegalidades construídas por toda a cidade a espera da anistia que lei propiciava.

Ex tunc
Ao final da decisão do Tribunal de Justiça de declarar inconstitucional a lei de Joinville sobre regularização de construções, a Lei Cardozinho, está a expressão "com efeitos `ex tunc'". isto é, 'desde o início' e não 'deste momento em diante' (ex nunc). Portanto, a decisão é com efeitos retroativos.

Os impactos
Claro que tal posicionamento deverá ser melhor esclarecido mais adiante e pode ser alvo de novos recursos, mas é possível que venha confusão caso sejam anulados os acordos que foram fechados desde 2011, ano da última versão da lei questionada pelo Ministério Público. Até a Prefeitura já deve ter gasto boa parte do dinheiro que recebeu dos donos dos imóveis como compensação prevista na lei.

16 de abril de 2017

Rio Cachoeira

Os guaras pincelam o mangue de vermelho e o céu de cor.





Moinho Joinville


O Moinho Joinville é um marco histórico da cidade. Finalizada a sua etapa como moinho de trigo é necessário tomar a iniciativa de propor um novo futuro para um prédio que forma parte da nossa historia.
Que esta sendo feito de concreto para garantir a sua preservação e fazer que siga servindo para promover o desenvolvimento econômico de Joinville? O silencio ensurdecedor preocupa.

8 de março de 2017

Começou a cansar


A administração municipal segue patinando, não sai do lugar e na medida que o joinvilense comum se da conta que nada vai mudar e que o cenário é de quatro anos mais de inépcia e de frustração, as pessoas assumem cada dia com maior frequência que cansaram de defender a gestão municipal e o alcaide. Na medida que o tempo passa e sem nenhum cambio de atitude e ritmo até os seus apoiadores mais recalcitrantes mostram sintomas de esgotamento. Cada vez mais esta mais difícil encontrar argumentos para defender o gestor municipal e sua administração. Até o momento os defensores de ontem ainda não expressam raiva o revolta, só decepção. A decepção resultado da perda da esperança. Faltam muitos meses ainda para que o governo acabe e não seria nenhuma surpresa se esta decepção fosse se transformando em raiva.

5 de março de 2017

As enchentes e o lixo.


Repetir uma mentira mil vezes faz que se converta em verdade. Em alguns casos só precisa ser repetida uma dúzia de vezes e pimba! Já tem uma serie de bobos repetindo-a e jurando que é verdade. Assim o poder público conta com a ajuda inestimável desde exercito de zumbis que repetem qualquer idiotice ou invencionice que escutam.

No caso das enchentes é evidente que o aumento da frequência, da intensidade, da gravidade e do nível das aguas tem muitas causas é não se pode reduzir unicamente a culpar de forma genérica as pessoas que jogam lixo na rua. Mesmo sabendo que a justificativa é estulta, não passa enchente que não escutemos estas sandices.

Não se sustenta a afirmação que o lixo, que uma minoria ainda joga nas ruas e córregos, seja a causa das enchentes. Temos um serviço de limpeza eficiente, as ruas estão limpas, mais ainda se as comparamos com o estado geral de abandono da cidade, chegamos inclusive ao perfeccionismo de pintar os meio fios tortos e jogados na calçada, mas não há papel ou lixo jogado na cidade. Assim que há que identificar outras causas para as enchentes em Joinville.
A falta de manutenção de rios e córregos, o secretário responsável reconhece que o ideal seria fazer quatro vezes ao ano, mas por falta de recursos só é feita a limpeza duas vezes, por tanto só a metade do necessário. Há muita gente que mora perto destes rios afirmando não ter visto ninguém limpando faz mais de um ano.

Limpeza de bocas de lobo e valetas é outra das tarefas que a prefeitura fica sempre devendo, nem adianta perguntar ou cobrar, na ouvidoria a resposta sempre será que já esta incluída na programação e fica por isso mesmo.
O aumento da impermeabilização do solo urbano ou a perda da permeabilidade é outra das causas e esta ainda unida aos aterros constantes das áreas de espraiamento das aguas de chuva, sem ter por onde infiltrar no solo a agua de chuva chega mais rapidamente às ruas e as enchentes são mais rápidas e mais intensas.

A ocupação dos fundos de vale, a redução do afastamento das margens dos rios, o corte indiscriminado da mata ciliar, a falta de fiscalização, a busca de liminares para construir em recuos menores que os previstos em lei, a construção sobre rios e a canalização de córregos e rios tem um peso muito maior que o lixo eventual que uma minoria possa ainda seguir jogando. Mas o governo e as autoridades insistem que esse é o problema e seguem sem fazer nada. Até a próxima enchente quando incluirão na lista de motivos as milenares marés, como responsáveis. Porque os culpados são sempre os outros.

Mentiras


Saramago escreveu sobe George W. Bush: "Ele sabe que mente, sabe que nos sabemos que esta a mentir, mas, pertencendo ao tipo comportamental do mentiroso compulsivo, continuará a mentir.

Sem muito esforço posso fazer uma lista de politicos locais que tem o mesmo comportamento e atitude. Mentem, sabemos que mentem e continuam mentindo cada dia, mentem sobre coisas banais, mentem sobre pessoas, sobre prazos e datas, mentem sobre metas e objetivos, não há nada sobre o que não mintam. 

O resultado mais perverso desta mitomania compulsiva e sistemática e que no dia seguinte acreditam nas mentiras que publicam os jornais, resultado das suas mentiras, empulhações e patranhas de hoje. Ao final não conseguem diferenciar mais a realidade da mentira. 

1 de março de 2017

A velha e boa classe média

VELHA E EFICIENTE RECEITA....

Vejam este diálogo de quase 400 anos.
O diálogo, da peça teatral
"Le Diable Rouge", de Antoine Rault, entre os personagens Colbert e Mazarino,
durante o reinado de Luís XIV, século XVIII que, apesar do tempo decorrido, é bem atual.

Atentem principalmente ao último trecho:

Colbert:
Para arranjar dinheiro, há um momento em que
enganar o contribuinte já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente,
que me explicasse como é possível continuar a gastar
quando já se está endividado até o pescoço.

Mazarino:
Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas
e não consegue honra-las, vai parar na prisão.
Mas o Estado é diferente!
Não se pode mandar o Estado para a prisão.
Então, ele continua a endividar-se.
Todos os Estados o fazem!

Colbert:
Ah, sim? Mas como faremos isso,
se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino:

Criando outros.

Colbert:
Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino:
Sim, é impossível.

Colbert:
E sobre os ricos?

Mazarino:
E os ricos também não.
Eles parariam de gastar.
E um rico que gasta, faz viver centenas de pobres.

Colbert:
Então, como faremos?

Mazarino:

Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente!
Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer.
É sobre essas que devemos lançar mais impostos,
cada vez mais, sempre mais!
Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos.
Formam um reservatório inesgotável...
É a classe média

11 de fevereiro de 2017

Honestidade?

Em tempos em que a honestidade parece um diferencial no cenario politico o jornal A Notícia publicou este texto, que compartilho aqui no blog.




Honestidade?

Vivemos uma crise de valores e sofremos a perda de referencias. Provavelmente a honestidade é o valore mais em questão neste momento no país. Na recente campanha eleitoral não houve candidato que não se apresentasse como paladino da honestidade. No momento em que a percepção é que estamos sendo arrastrados por um tsunami de desonestidade é normal que o que deveria ser um pré-requisito passe a ser um atributo diferencial. Assim no meio de uma sociedade órfã de referencias chegamos ao extremo de considerar a qualquer um que não tenha sido pego em flagrante, julgado e condenado como sendo alguém honesto. Sem entender que a honestidade tem princípios e bases muito mais firmes que a do julgamento e a posterior condenação. Especialmente os homens públicos não só devem ser honestos, devem também parecer honestos. Transpirar honestidade. Ser referentes de comportamento e modelos de virtude. Utópico? Provavelmente no Brasil atual seja.

Nem faz tanto tempo assim que na televisão estávamos sendo diuturnamente bombardeados por coreografias e jingles propalando a honestidade de candidatos a todo tipo de cargos. O tempo esta nós permitindo descobrir que a maioria deles nem são tão honestos assim ou que é preciso muito mais que bater no peito autoproclamando-se honesto para poder ser considerado realmente honesto. Numa sociedade que tem critérios tão elásticos de avaliação nos deparamos com governantes aclamados como honestos, mas porque não realizaram nenhuma obra importante e assim não puderam fazer as falcatruas que lhes teriam permitido receber propinas. Porque são justamente as grandes obras que alimentam as grandes propinas e os maiores corruptos.

Como não é possível pegar dinheiro diretamente do cofre, porque há um maior controle da sociedade e a vigilancia dificulta muito que isso aconteça. Hoje podemos considerar que somos governados por três tipos de políticos, os corruptos profissionais que eventualmente podem ser descobertos, julgados e condenados, os ineptos considerados honestos pela sua baixa efetividade e finalmente pelos honestos que mesmo sendo cada vez menos insistem em se candidatar mesmo com minimas possibilidades de serem eleitos. Este é o dilema da nossa sociedade espremida entre corruptos competentes e incompetentes honestos, sem que tenham oportunidade os honestos competentes.

Na Vila muda tudo, para que tudo continue como antes

A propalada reforma administrativa acabou não mudando nada. Muita pirotecnia, muita pressa e pouca economia.


O estilo do gestor municipal é e sempre foi o mesmo o de fazer de conta. É oportuna e precisa a analise do jornalista Jefferson Saavedra no jornal A Notícia, ele disecciona o impacto da nova fase da reforma administrativa e mostra que o resultado em termos de redução de cargos é inexpressivo ou nulo. Surpresa? Só para quem não conhecesse a forma de administrar do prefeito. 



5 de fevereiro de 2017

Planejamento e gestão...

                   

Se alguma coisa esta faltando em Joinville é planejamento e gestão. Os que acham que ainda sobrevive algo disso, reconhecem que o planejamento é de quinta categoria e a gestão esta mais proxima do gesticular que do gestionar. O mais curioso é que a Prefeitura insista em que tudo esta impecável, que não há do que se queixar.



Quer um bom exemplo de como a Companhia Águas de Joinvile (CAJ), a Prefeitura Municipal de Joinville, a Celesc, a empreiteira contratada e a fiscalização estão em perfeita sintonia e tudo flui na maior harmonia? Olhe as imagens da Rua Otto Bohem. E ainda tem quem não entenda porque os empresarios e os moradores daquela rua estão tão descontentes com a gestão municipal. Pior ainda é que os pagadores de impostos estejam cada dia mais explorados. Quem vai pagar o prejuizo destas empresas? Ainda tem a cara de pau de dizer que tudo isso é para melhorar a cidade. Primeiro pioram tudo o que podem. Depois fazem estas porcarias e as obras se alastram por meses e anos a fio sem previsão de conclusão.



Do lado publico só silencio ou respostas desencontradas o contribuinte que se exploda. 
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