A recente noticia da mudança do comando na Embraco, representa a priori uma perda para Joinville. Ernesto Heinzelmann é um destes joinvilenses internacionais, que tem colocado a nossa cidade no cenário mundial e tem projetado a sua imagem mais moderna e cosmopolita.
Na plenitude da sua capacidade intelectual e profissional, abandona, uma das melhores empresas de cidade, cedo demais. A sua inesgotável participação em causas voluntárias de interesse publico, merecem o nosso reconhecimento e aplauso.
Joinville ficará com a sua saída um pouco menor, mais provinciana e menos global. Agora só nos queda desejar sucesso ao seu sucessor e esperar que a empresa supere com serenidade o difícil momento que atravessa.
Com a saída de Ernesto Heinzelmann da Embraco, a empresa para de contar com sua contínua contribuição. Isso é um fato. Mas é importante entender que Ernesto deixa a herança viva de uma obra robusta marcada por grande paixão pela excelência e pela construção de valores não tangíveis infelizmente atípicos no mundo corporativo.
ResponderExcluirQuanto à sua participação nos assuntos de interesse público, não creio que Joinville deva se preocupar. Acredito que sua contribuição continuará presente e, torçamos, ainda mais frequente.
Talvez o executivo se aposente. O líder, duvido.
Caro Mario,
ResponderExcluirIrretocavel o seu comentario, voce soube com clareza complementar o que faltou ao meu post.
Parabens e obrigado!
3 MOMENTOS DE UMA HISTÓRIA DE SUCESSOS
ResponderExcluirEm 10 de março de 1971 é fundada a Empresa Brasileira de Compressores S.A. - EMBRACO. Nas palavras do seu fundador, Wittich Freitag, a Embraco “foi toda planejada”. Uma demonstração disso foi a idealização do logotipo pelo Diretor Comercial, Gilberto Krause, em novembro de 1971. O desenho constitui-se de três compressores estilizados, que representam as marcas que se uniram para formar a nova organização (Consul, Springer e Refrigeração Paraná). Em 1974 A fábrica começa a operar. O primeiro compressor, um PW com tecnologia da empresa dinamarquesa Danfoss, sai da linha de montagem em 6 de setembro. Em 1994 é eleita, no Brasil, a "Empresa do Ano", entre duas mil companhias que tiveram seus balanços analisados pela publicação Melhores e Maiores, da revista Exame.
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“Não há hoje quem não reconheça a pujança e o futuro do Brasil. Ninguém também ignora que uma fábrica de moto-compressores instalada no Brasil e que atenda às exigências técnicas será fatalmente a abastecedora do mercado da América Latina, no mínimo.”
Wittich Freitag, diretor geral da Consul, durante a assinatura do contrato com a empresa dinamarquesa, em 9 de julho de 1971.
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“Em 1971, o Brasil produzia perto de 700 mil geladeiras por ano e, acompanhando a euforia econômica do País, o mercado crescia 9% ao ano. Os compressores herméticos eram, em grande parte, importados. A produção local era limitada, e a qualidade não equivalia à internacional. A Embraco nasceu como uma resposta a essa oportunidade mercadológica. Logo no início, o planejamento da fábrica a ser construída ficou condicionado a duas alternativas: projetá-la visando apenas o mercado nacional ou entrar decididamente no mercado internacional com um produto competitivo. O cenário implicava três desafios em relação aos concorrentes já tradicionais: o da qualidade, o tecnológico e o mercadológico. O primeiro, no sentido de atender às rigorosas especificações internacionais de funcionamento e durabilidade. O segundo era desenvolver um projeto inovador, em termos eletromecânicos - alta eficiência, baixo consumo de energia e custo compatível ao nível dos preços internacionais. E o terceiro era romper a resistência de um mercado dominado por marcas tradicionais, oferecendo produtos de um país sem tradição, sem imagem tecnológica e com pequena participação no mercado internacional. Nossa opção foi disputar no exterior. O risco era evidente, mas, a partir dessa decisão, a Embraco começou a fazer investimento que impedia recuos, procurando produzir, a curto prazo, pelo menos 3 milhões de unidades por ano, um nível maior do que o consumo do País, pois, abaixo dessa capacidade de produção, nosso tipo de indústria torna-se inviável"
Rodolpho Bertola - paulista de 61 anos, neto de imigrantes italianos, que levou a Embraco à liderança desse segmento. Em 1977, ele assumiu as funções de superintendente, mas, desde 1965, trabalhava no grupo Brasmotor, detentor do controle acionário da empresa.
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“Eu acho que tem muito a ver com fé, tem muito a ver com acreditar nas possibilidades do ser humano, acho que sonhar é tentar prever o futuro, ou melhor, desenhar o futuro. Desenhar é uma coisa extremamente importante e lutar para que aconteça.. Melhor do que ter sonhos é poder realizá-los e para isso é necessário uma boa dose de vontade, de crédito e acreditar que um sonho pode ser realizado e obviamente trabalhar muito para que ele se realize. A questão da fé em Deus, eu diria que não sou um assíduo frequentador da nossa igreja, sou Evangélico Luterano, mas a gente sempre volta ao mesmo ponto, chamar e pedir por Ele, principalmente nas épocas de dificuldades, de grandes choques.” (entrevista ao Portal NetBabillons)
Ernesto Heinzelmann, joinvillense, engenheiro mecânico ngressou na Empresa Brasileira de Compressores S.A - Embraco em 1976, tendo sido responsável pela criação da área de Pesquisa & Desenvolvimento, da qual tornou-se diretor em 1989. Desde 1993 foi Presidente e CEO da Companhia.
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A vinda do executivo João Carlos Brega, do México nos remete a uma dura constatação, pois indica que a cidade não detém mais a administração de uma empresa tão fortemente aqui radicada, e sim os seus controladores que espalham-se pelo mundo. Esperamos que Joinville tenha a mesma sorte deste passado espetacular de empreendedores visionários e profissionais apaixonados que olharam a cidade como parte indissociável deste grande empreendimento.
O Ernesto passa a fazer parte desta história de sucesso num dos mais importantes momentos do país e, leva consigo nosso grande orgulho de ser joinvillense.