12 de abril de 2009
Da Folha de São Paulo ( 2)
A segunda nota publicada pelo jornalista Elio Gaspari, reproduz a incompetência que viceja nas estruturas publicas. Da que tampouco a nossa Joinville esta a salvo.
Poderes do Planalto
Pela enésima vez Nosso Guia reuniu sua equipe para pedir que as coisas aconteçam. Sua queixa é a mesma: o governo decide, os burocratas aplaudem, o tempo passa e tudo continua na mesma. Trata-se de uma briga eterna. Os poderes do Planalto, supostamente infinitos, às vezes são humilhados. Em 1966 o presidente Castello Branco e o presidente da Câmara, Adauto Lúcio Cardoso, entraram num curso de colisão quando o deputado se recusou a aceitar a cassação do mandato de seis parlamentares.
O marechal achou que só havia um caminho: fechar a Câmara. Planejou-se a operação militar, a tropa cercou o Congresso e uma equipe foi mandada ao centro de distribuição de energia elétrica para que, à hora combinada, o prédio ficasse às escuras.
Tudo funcionava de acordo com o plano. As comunicações telefônicas já haviam sido cortadas e, quando chegou o momento do apagão, o chefe de Serviço Nacional de Informações, Golbery do Couto e Silva, e seu secretário, Heitor Ferreira, foram a uma janela do Planalto para ver o espetáculo.
Tchan. Apagaram-se as luzes do Palácio do Planalto.
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