22 de junho de 2013
4,5,6 Milhões de habitantes em Joinville?
28 de março de 2013
31 de agosto de 2012
2 de junho de 2012
Caderno de viagem
Banco Aliado - Cidade do Panama |
O novo ícone da cidade |
Cidade do Panamá a nova Miami |
O céu é o limite |
No outro lado da baia o casco antigo esta preservado e em pleno processo de reconstrução mantendo os padrões originais de construção, recuperando velhas técnicas construtivas e preservando a historia.
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Casco Antigo - Cidade do Panamá |
1 de abril de 2012
Cidades mais compactas e aumento do perímetro urbano
14 de janeiro de 2012
Aonde foi o verde urbano? (*)
16 de julho de 2011
13 de julho de 2011
Naum Santana - Entrevista
2 de julho de 2011
Do jornalista Jefferson Saavedra
Os grandes vazios
Joinville tem também as áreas vazias dentro do perímetro urbano, divulgadas no ano passado. São 51,4 km2, equivalentes a cinco mil campos de futebol. Mesmo com o desconto das áreas que não dá para ocupar (entraves ambientais, declividades etc.), ainda sobram muitos terrenos.
Como este blog já tinha comentado, a insistente "vontade" por verticalizar e adensar, com tantos vazios urbanos é no mínimo, estranha.
17 de junho de 2011
31 de maio de 2011
145 assinaturas

145 é mais que 20
As contas são sempre as contas, excluindo aqueles que gostam de espremer os números para que confessem verdades diferentes, os números mostram as suas verdades com crueza. Desprovidos das empulhações a que estão tentando nos habituar, os números, como os aprendemos na escola, dizem que um e mais que dois e que três é mais que quatro.
A esdrúxula iniciativa de um pequeno grupo de proprietários da rua Aquidaban, que sem ser moradores, na sua maioria, apresentaram um abaixo assinado contendo 20 assinaturas, solicitando a mudança do zoneamento para que deixasse de ser residencial unifamiliar e passasse a permitir prédios de até 12 pavimentos, teve surpreendentemente boa acolhida na comissão de urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville, que inclusive assinou o projeto de lei em bloco, situação estranha de paternidade compartilhada.
Afortunadamente a sociedade uma vez mais se mobilizou, e numa iniciativa que cada vez é mais freqüente, um grupo significativo de moradores, não só da rua Aquidaban, como também das ruas vizinhas, incluídas na área de influencia da desastrada proposta verticalizadora, participou de forma organizada da audiência publica promovida pela Câmara de Vereadores e se engajou em recolher assinaturas para contrapor ao abaixo assinado que deu inicio ao processo. Com rigor e seriedade só foram aceitas as assinaturas dos diretamente afetados, e 145 eleitores assinaram, manifestando-se abertamente contrários a mudança do zoneamento.
Ninguém pode ainda acreditar que a guerra esta ganha e o inimigo vencido, mas o coro dos que se empenham em defender um modelo de cidade, um conceito de qualidade de vida, aumenta a cada dia, quanto mais fica evidente o impacto negativo que o adensamento desordenado e o custo adicional que a gestão venal do planejamento urbano de Joinville representa para todos, maior o numero de cidadãos que tomam consciência e se posicionam abertamente.
Frente ao movimento que em nome do desenvolvimento, defende o adensamento desordenado e a verticalização até o infinito, outro movimento surge com vitalidade inusitada, para defender o pouco que ainda queda, do avance das tribos bárbaras que aqui querem aportar, utilizando como cavalo de tróia a cobiça de alguns proprietários locais, com o objetivo do lucro fácil, a custa de destruir um modelo de cidade mais verde e com maior qualidade de vida. Por isto é bom lembrar que 145 assinaturas são mais que 20 assinaturas.
Publicado no Jornal A Noticia de Joinville SC
3 de maio de 2011
Planejamento urbano
O galo do João
Outro dia, li que “os vazios urbanos de Joinville devem render capítulos interessantes na discussão sobre a nova Lei de Uso e Ocupação do Solo”. Ao ler isto me lembrei do poema de João Cabral de Melo Neto, “Tecendo a Manhã”, que em parte diz: “Um galo sozinho não tece a manhã/ ele precisará sempre de outros galos”.
Leva-me o poema a pensar nas muitas discussões ásperas e míopes, sobre urbanismo, que se têm visto em Joinville. Pouco estudo e muito achismo, chegando-se ao cúmulo de se fomentar guerras entre as diferentes classes sociais, como se isto fosse o fulcro principal e não a desigualdade que impera na cidade como um todo.
Edificar a cidade baseado em dados e estudos profundos será muito mais saudável (uso do solo, ventilação, insolação, bem-estar da população) do que apenas ficar discutindo e disputando como se fosse um “cabo de guerra”, se deveremos verticalizá-la ou não ou mudando “rua a rua” o tipo de ocupação.
A impressão que se tem é que os galos não estão tecendo a manhã, mas, sim, concorrendo entre si: quem canta mais alto, quem é o mais bonito, quem empola mais o peito, e que se dane a cidade.
Pelo contrário, se o objetivo de quem a planeja é o bem comum, vislumbro que, para tê-lo, o trabalho deverá ser coletivo e solidário, utilizando-se da beleza do simbolismo do poema.
É imprescindível escutar todos os “galos” para traçar novos rumos para a cidade. É hora de definir objetivos e arregaçar as mangas, empenhando-se e caminhando na mesma direção. Mas só se conseguirá isto se os planejadores estiverem ávidos por ampliar saberes, compartilhar experiências e, acima de tudo, baixando o tom, desempolando o peito e voltando a atenção para o que está acontecendo ao derredor.
“Tecendo a Manhã” deve iluminar o pensamento dos que têm a obrigação de planejar a cidade e deixar claro que um galo sozinho não tece uma manhã”, muito menos o amanhã. E ainda não temos a cidade que desejamos, só tecendo juntos é que teremos a possibilidade de construí-la. Entendo que esta construção deve ser feita em coro, com harmonização das diferentes vozes e, principalmente, com a humildade dos gestores, que também têm a tarefa de cantar com os demais e sem desafinar.
hans.moraes@gmail.com
21 de abril de 2011
30 andares
20 de abril de 2011
Fazendo as contas da verticalização

Sérgio Gollnick mostra como avaliar o impacto que um prédio representa para uma rua, bairro, cidade...
Fazendo algumas contas:
Prédio Residencial
Terreno:
Área Pavto Tipo:
Total Construído: 6.500 m2 (garagens e térreo
– 86% de ocupação do terreno) + 19.500 m2 (pavimentos tipo) = 26.000 m2 (25% de área para permeabilidade)
Unidades por Pvto. 6 UH (+ 125 m2 área total por unidade)
Unidades Totais:
Pessoas Habitando: 600 pessoas
Numero de vagas de garagem: 312 vagas = 6.240 m2
Efluentes gerados: 72.000 lts/dia
Água consumida: 72.000 lts/dia
Resíduos sólidos: 360 kg/dia
Tráfego gerado veicular: 811 viagens/dia
Agora multiplique esta quantidade por vários prédios na mesma rua.
19 de abril de 2011
Para pensar acordado
26 de janeiro de 2011
Predios altos reduzem a insolação

Prédios altos "roubam" até 6 horas de sol em SC
Sombra começa às 14h em praias de Balneário Camboriú
Secretário diz que não adiantaria colocar um limite agora, já que restam poucos terrenos disponíveis na orla
LUIZA BANDEIRA
ENVIADA ESPECIAL A BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC)
São 15h e o comerciante Vanderlei Knerek, 41, recolhe barracas e cadeiras que aluga na praia Central, em Balneário Camboriú.
Instalado em frente ao recém-construído edifício Metropolis, de 44 andares, ele vê uma grande sombra se formar no seu ponto, fazendo com que os banhistas deixem a praia ou procurem trechos ainda ensolarados.
Os prédios altos da orla se tornaram os vilões do verão em um dos destinos turísticos mais procurados do litoral de Santa Catarina.
Os edifícios fazem sombra na praia a partir das 14h. "Roubam" até seis horas de sol dos turistas -no horário de verão, as praias costumam ficar cheias até as 20h.
Segundo Carlos Haacke, presidente do sindicato da construção civil do município, os espigões começaram a surgir na década de 80.
A preocupação foi não construir um prédio "colado" ao outro, acabando com a ventilação na orla.
Para compensar perdas com trechos vazios, investiu-se em prédios altos, com mais apartamentos.
Nos últimos anos, disse Haacke, houve uma explosão de prédios altos. O preço dos apartamentos pode chegar a até R$ 7 milhões.
INCÔMODO
Na quinta-feira, a única barraca que ainda restava na sombra do Metropolis era a do motorista Jorge Moreira, 39. Ele havia aproveitado pouco mais de uma hora de sol. "Todos os dias a gente dá o azar de ficar em um lugar com sombra", reclamava.
A argentina Julieta Carradori, 25, disse que tem procurado outras praias.
Já o professor Paulo Fraga, 45, aproveitou a sombra para levar a mãe, que não pode pegar sol forte, à praia.
Não há limite de altura para os prédios na orla, segundo a prefeitura. O secretário de Planejamento do município, Auri Pavoni, disse que não adiantaria colocar um limite agora, já que restam poucos terrenos disponíveis.
Apesar de não ter sido motivado pelo problema da sombra, um projeto para ampliar a faixa de areia na praia -que diminuiu devido ao avanço do mar- é apontado como a única solução.
"Derrubar os prédios é impossível", disse Pavoni.
O problema também atinge outras praias brasileiras, como a de Guarujá, em SP.
23 de janeiro de 2011
Tem mais gente achando que o modelo esta errado
Verticalização
De grande lucidez e bom senso o comentário “Chuvas denunciam modelo de crescimento”, do jornalista Claudio Loetz (coluna “Livre Mercado”, 21/1), ao destacar que as chuvas estão denunciando nosso falho modelo de crescimento. Como especialista em direito ambiental, sempre me posicionei contrário à aplicação dos recuos previstos no Código Florestal dentro da cidade.
Mas estas enchentes diárias me fizeram repensar. Se a verticalização fosse positiva para evitar nossos graves problemas de inundações, São Paulo, uma das cidades mais verticalizadas do mundo, seria um verdadeiro paraíso.
A preservação parcial do verde nos morros de Joinville se deu ao preço da ocupação desenfreada dos mangues, mas os morros correm sério risco diante da pressão imobiliária, como se observa nas gigantescas muralhas de concreto sobre o morro atrás do antigo Anthurium Parque Hotel.
As cercanias das ruas Jacob Eisenhut e Otto Boehm também estão sendo impermeabilizadas pelo concreto dos prédios, da via ao topo dos morros. Parafraseando Loetz, é hora de agir pensando no bem-estar coletivo e não nas vantagens imediatas.
Estamos destruindo Joinville. A continuarmos nesta marcha, nossos netos vão querer se mudar daqui, como 51% dos paulistas sonham abandonar sua antes bela capital.
Carlos Adauto Virmond Vieira
Joinville
21 de janeiro de 2011
Enchentes - Causa e Efeito

A Coluna Livre Mercado do jornalista Claudio Loetz publica duas notas que reproduzimos em azul
- CHUVAS DENUNCIAM MODELO DE CRESCIMENTO
As chuvas na noite de quarta-feira e de ontem causaram estragos pessoais e econômicos raramente antes percebidos em Joinville. Em novembro de 2008, demorou quatro dias para ocorrer enchente de gigantescas proporções. Desta vez, foram suficientes só quatro horas para a água atingir espaços que nunca tinham sido atingidos.
Há duas constatações: na região central e em outras áreas, trocou-se o verde de jardins e quintais por cimento e construções. Impermeabilizou-se o solo para se ganhar dinheiro. Uma cidade é um ente vivo, dinâmico, que reage ao que dela querem fazer.
Há algo errado. Joinville mudou de patamar sob aspecto geológico nos últimos cinco anos. É preciso repensar o modelo de desenvolvimento desejado para a Joinville de nossa e de futuras gerações. Cuidar de garantir qualidade de vida para todos implica viabilizar a expansão econômica subordinada a projetos de efetiva sustentabilidade ambiental. Se isto não for feito de forma consciente e rapidamente, o custo econômico de morar e investir em Joinville tornará o município não mais tão atrativo, como ainda é. A hora é de agir pensando no bem-estar coletivo. E não nas vantagens imediatas. Parece retórico, mas colhemos o que semeamos. Então, que sejamos prudentes e sensatos.
Hoje, Joinville é cidade receptiva a migrantes. E está mudando: está em transformação urbanística rápida a exigir criatividade, inteligência, ausência de preconceitos e rigor técnico-científico das autoridades e agentes econômicos.
Em São Paulo, 51% dos moradores sairiam da capital paulista para viver em outra cidade se pudessem. É o que mostra a segunda edição dos Indicadores de Referência de Bem-estar no Município (Irbem), divulgada pela Rede Nossa São Paulo. Claro que este é o caso extremo. Guardadas as devidas proporções, é este caminho que queremos para Joinville daqui a dez, 15 anos?
Controle do uso do solo
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville, Luiz Carlos Presente, entende que “a elevada taxa de ocupação de uma cidade, em determinados locais, influencia, sim, como um dos fatores importantes para provocar áreas de inundações”. Argumenta que a verticalização é positiva, porque “teremos menos área de terrenos e coberturas da edificação por m² de ocupação”.
Diz que o Sinduscon tem orientado a incorporar nos projetos “a maior quantidade possível de áreas permeáveis”. E reforça: “Políticas públicas, com planejamento, construções de novas obras, manutenções do sistema e, principalmente, o controle do uso e ocupação do solo são fatores determinantes para evitar acontecimentos desagradáveis e manter o bem-estar da comunidade”.
SEM COMENTARIOS
27 de dezembro de 2010
Comentando a entrevista do Presidente do IPPUJ (1)
A densidade da entrevista concedida ao jornalista Claudio Loetz, pelo presidente do IPPUJ, aconselha que o tema seja tomado com parcimônia. A quantidade de afirmações proferidas e o caminho que propõe para Joinville, exigem uma analise cuidadosa.
Existe uma diferença sensível entre a realidade de Blumenau e a de Joinville, que o presidente de Joinville ainda não tem percebido, os muitos anos longe de Joinville, morando as margens do rio Itajaí, podem telo feito esquecer que a topografia das duas cidades é diferente, que o tamanho é diferente e que principalmente os prédios e a verticalização que em Blumenau fazem a diferença entre sofrer ou não com as enchentes. Não tem em Joinville os mesmos defensores como ele mesmo reconhece.
A sua cruzada pessoal em prol da verticalização, tem cada dia mais a imagem de uma luta quixotesca para defender um modelo que não forma parte do modelo de desenvolvimento urbano de Joinville. A frase “Os nossos filhos terão outra compreensão do espaço urbano. E vão naturalmente morar em prédios. Diferente da concepção de muitos da nossa geração, que preferem casa.” Parece mais própria da Mãe Dinah que do presidente do Instituto de Planejamento de Joinville e do Conselho da Cidade e reconhece que a pesar de que a maioria da população de Joinville preferir morar em casas, o modelo que ele defende e se empenha em promover é o da verticalização em forte desencontro aos desejos da população.
16 de dezembro de 2010
Verticalização ?

Com o título Verticalização o jornal A Noticia publica a carta de Carlos Adauto Virmond Vieira que reproduzimos na integra pela sua contundencia e clareza.
· Verticalização?
A verticalização, acima de dez andares, em decorrência do adensamento de pessoas, tem sido apresentada como paliativo aos problemas de mobilidade urbana. Não concordo. O adensamento de pessoas traz os automóveis, o lixo, o esgoto, o barulho etc. Ao contrário do que se propaga, onde se permite a construção de prédios muito altos não se atinge grande densidade populacional, porque prédio alto tem custos de construção e manutenção elevados e só atende ao mercado de alto poder aquisitivo.
Acompanhamos a verticalização de cidades como Curitiba, Florianópolis e Balneário Camboriú, e ela só piorou a qualidade de vida por lá. Nos debates, não se fala sobre a paisagem, a insolação, o regime de ventos, que sofrerão com a verticalização. Muralhas de concreto, de até 24 andares, são uma insanidade. Os primeiros exemplos desta insanidade estão ficando prontos, e assustam. Em uma cidade como Joinville, marcada por umidade e calor, privar as propriedades da luz solar e do regime de ventos é condená-las ao mofo e à insalubridade.
O grande diferencial paisagístico de Joinville são seus (ainda) verdejantes morros. Mas aos poucos a pressão imobiliária está cercando e cobrindo os morros pelo concreto. Nosso espetáculo natural mais belo é o pôr-do-Sol na serra Dona Francisca, que marca o perfil geológico de Joinville. Mas os prédios acima de dez andares cobrem o desenho da serra, nos privando desta paisagem maravilhosa. Em países mais desenvolvidos, como a França e a Alemanha, é direito de todo cidadão usufruir da paisagem. Lá o planejamento urbano proíbe prédios que limitem a vista dos Alpes, da Torre Eiffel ou da Catedral de Colônia. O que nos falta é coragem para tentar um novo modelo de desenvolvimento. A proposta da verticalização tem mais de 50 anos e não apresentou resultado positivo em lugar nenhum. Por uma razão muito simples; ela é contra a natureza do ser humano.
Carlos Adauto Virmond Vieira
Joinville