Mostrando postagens com marcador flotflux. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador flotflux. Mostrar todas as postagens

29 de março de 2010

Sistema de flotação tampouco funcionou em São Paulo

O jornal Folha de São Paulo publica no seu caderno Cotidiano a informação que o sistema de flotação não funcionou para limpar o rio Pinheiros.

O sistema utiliza a mesma tecnologia que o sistema que foi implantado, também sem sucesso, em Joinville na gestão Tebaldi e que recebeu o nome de Flot-Flux e que custou alguns milhões de reais aos cofres públicos, do dinheiro do contribuinte. Permanecem no rio Cachoeira as "ruinas" da instalação, sem que exista nenhuma iniciativa para retira-las do rio.

SP falha em teste para limpar o rio Pinheiros
Governo do Estado gastou R$ 80 milhões e 2 anos de tentativas para tratar a água do rio e levá-la limpa à represa Billings

Sistema de flotação dos resíduos, que foi utilizado durante os experimentos, obteve avanços, mas não conseguiu barrar a poluição.

Fracassaram as primeiras tentativas do governo do Estado de São Paulo para tratar a água do rio Pinheiros e levá-la limpa à represa Billings, uma das principais fontes de abastecimento da região metropolitana. Foram consumidos dois anos de testes e R$ 80 milhões.
O sistema testado no Pinheiros foi a flotação, que consiste em reunir a sujeira em flocos e levá-la para a superfície do rio. Forma-se um lodo na parte de cima, que, então, é removido.
Embora tenha havido avanços, os testes conduzidos pelo governo José Serra (PSDB) mostraram que a flotação não foi capaz de barrar completamente a poluição.
Os experimentos acabaram no final de 2009. Por não ter obtido êxito, o governo será obrigado a testar a flotação em um canal fora do rio -etapa que deve começar em abril.
As falhas na flotação impedem, ao menos temporariamente, os planos do governo de submeter parte da água (em vez de "toda a água") do rio ao tratamento -o projeto estava previsto para começar em 2010.
Um acordo firmado na Justiça obriga o Estado a atender requisitos especificados pelo Ministério Público Estadual se quiser emplacar o projeto, estimado em R$ 350 milhões, segundo a Secretaria Estadual de Saneamento e Energia.
Entre as substâncias para as quais o tratamento é ineficaz está o nitrogênio amoniacal, indicador de presença de esgoto -impensável para estar na água levada para a Billings.
A substância também provoca a formação de algas, que podem interferir no gosto da água e levar à morte de peixes.
Sem dar solução para o problema, a flotação não pode ser implantada em todo o rio Pinheiros, disse o promotor José Eduardo Ismael Lutti, responsável pelo caso. "A qualidade da água obtida nos testes não atende os padrões legais e certamente virá a causar danos irreversíveis à Billings e, possivelmente, em consequência, à Guarapiranga, tanto sob o ponto de vista ambiental quanto no de saúde pública."
Mesmo em parâmetros onde o tratamento resultou em melhoria o resultado foi considerado insuficiente. Foi o caso do fósforo, formador de algas, cuja presença na água caiu 91%. Segundo a equipe técnica da FSP (Faculdade de Saúde Pública) da USP, porém, o que sobra de fósforo afeta a qualidade da água -a queda precisaria ser próxima a 99%. A FSP auxilia o Ministério Público no caso.
Também houve melhora na concentração de metais na água, no aumento de oxigênio dissolvido e na contaminação pela bactéria Escherichia coli, presente nas fezes humanas.
"O sistema de flotação -como concebido e testado- é insuficiente e inadequado para a missão a que se propõe: reverter esta água "melhorada" para a Billings", diz Lutti. Daí a necessidade de mais testes que comprovem a eficácia do sistema.
Como os testes são caros -os custos com produtos químicos consomem 80% do total investido-, há risco de o projeto se tornar inviável, diz o promotor.

Lodo
Há outro empecilho para implantar a flotação no Pinheiros: a necessidade de reduzir o volume de lodo que o sistema forma, disse Pedro Mancuso, especialista em reúso da água da FSP-USP e coordenador da equipe técnica que auxilia a Promotoria no assunto.
Para onde destinar o lodo é mais um problema: não há, em São Paulo, aterro sanitário capaz de receber o lodo da flotação. Há tecnologias disponíveis para resolver isso, mas que ainda não foram muito estudadas.
Governo afirma que sistema de flotação passa por melhorias
 A Secretaria de Saneamento e Energia disse que o sistema de flotação está passando por melhorias "para se obter maior eficiência do processo".

Em nota enviada à Folha, a pasta classificou os testes do sistema de "bem-sucedidos", embora admita que não tenham atingido os "índices rigorosos exigidos pelo Ministério Público".

"Um dos principais ganhos evidenciados pelos testes foi a remoção significativa de fósforo total (91%), de grande relevância para o controle de eutrofização (proliferação de algas) no reservatório Billings. O teste também demonstrou desempenho positivo em relação a outros parâmetros, como a contaminação por Escherichia coli (redução de 90%), remoção de matéria orgânica (DBO, 53%) e aumento do oxigênio dissolvido (34%)", diz a pasta.
Os padrões, afirma a secretaria, superam o exigido em resolução nacional quanto aos níveis de lançamento em corpos d'água e estão muito próximo ao exigido pelo Ministério Público. Segundo a Promotoria, no entanto, "a melhora está longe de evitar impactos significativos na Billings ou de atingir os índices legais exigidos".

A pasta não respondeu sobre a presença de nitrogênio amoniacal na água nem o que está fazendo para remover o lodo. Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria informou que a secretária Dilma Pena poderia falar sobre o assunto somente depois da Semana Santa. De acordo com o Ministério Público, estudos estão sendo feitos pelo governo nesse sentido.
O governo José Serra (PSDB) ressaltou ainda manter ou ter executado outras ações para despoluir o Pinheiros, entre as quais o Projeto Tietê, recuperação de mananciais (infraestrutura de saneamento, urbanização de favelas e criação de áreas verdes), despoluição de córregos e desassoreamento e barco cata-lixo, investimentos que somam R$ 2,835 bilhões.




Share/Bookmark

17 de fevereiro de 2010

Rio Cachoeira


Em quanto o governo federal empurra goela abaixo a transposição do Rio são Francisco, aqui os novos sambaquianos desenvolveram o projeto da transposição dos rios Cubatão e Pirai para o Cachoeira. Um projeto inteligente e de uma simplicidade impressionante.

O rio Cachoeira tem perdido ao longo dos anos boa parte dos seus afluentes, a canalização das suas margens, a tubulação de dezenas dos seus afluentes, a construção de galerias e inclusive de prédios sobre os corregos, por tanto o seu caudal tem diminuindo sensivelmente. Para evitar que o rio seque, as águas dos rios Cubatão e do Pirai são diariamente bombeadas para a cidade. Depois de uma breve escala técnica nas residências, comércios e industrias da cidade de Joinville a agua e vertida no Rio Cachoeira, que com isto consegue manter o seu fluxo regular de agua.

Esta engenhosa iniciativa, tem um minimo custo ambiental, Representa para o Cachoeira uma merma da qualidade da agua, porque a agua da transposição não chega com a mesma qualidade com que é captada, ela volta acrescentada de nutrientes orgânicos e outros componentes inclusive inorgânicos, que reduzem a transparencia, mas agregam uma solida consistencia ao liquido e lhe conferem um elevado teor de riqueza que poderia inclusive ser melhor explorado.

Para homenagear todos aqueles que ao longo dos anos desenvolveram ideia tão criativa, um grupo de cidadãos anónimos realizou uma singela homenagem as margens do Rio Cachoeira.
Imagem do projeto de Outdoor previsto para ser colocado as margens do rio.




( Texto elaborado a partir de uma ideia do Eng Gert Fischer)

10 de abril de 2009

O Aumento da conta de água



Parece incrível a capacidade que esta administração municipal tem de fazer as leituras erradas e se envolver num turbilhão de criticas e comentários que poderiam ser até elogios se a estratégia mudasse de foco.


A discussão da tarifa de água é hoje um debate político, que esta sendo utilizado muito melhor pela ferrenha oposição que a administração do PT há conseguido aglutinar e a que alimenta a diário com a sua falta de ação e principalmente de visão.


Numa cidade que tem um saneamento africano, não existe espaço para reduzir o preço da água, o problema principal que Joinville enfrenta hoje é o da falta de saneamento, o foco agora e o esgoto e deverá ser enfrentado com urgência.


A partir da municipalização do serviço, duas situações convivem em Joinville, a primeira é que não tem faltado água, os rodízios formam parte do passado, o dinheiro que era drenado de Joinville e transferido para Florianópolis ou que era utilizado no chamado subsídio cruzado, em nome de manter a tarifa em outros municípios menores. Retirava recursos de Joinville que agora passaram a estar disponiveis para novos investimentos. A segunda permitiu comprobar uma vez mais que uma empresa municipal pode ser tão ineficiente ou politiqueira quanto uma estadual ou federal, ou que a utilização política de Companhia Águas de Joinville alcançou um nível equivalente ao que era habitual na tristemente famosa Casan.


A Companhia Águas de Joinville tem em caixa 37 milhões de reais, depois de ter distribuido 10 milhões e meio de Reais em dividendos, todos eles canalizados para o caixa da prefeitura, o que pode ser visto como algo positivo e elogiável, porem evidencia uma distorção do objetivo da empresa, que deixou de investir em saneamento basico, com a conivência da Amae, que como agencia reguladora, deveria ter estabelecido metas para a expansão da rede de esgoto, sem apoiar e permitir experiências custosas e de resultados duvidosos, como o malfadado Flotflux. Para ficar guardando dinheiro no colchão.


Uma empresa municipal, pode e deve ter lucro, a diferencia é qual será o destino deste seu lucro. Si se devem destinar a pagar a ampliação da Arena Joinville, ou do Boulevard Cachoeira, ou utilizar os recursos para melhorar e ampliar a rede de esgoto e a melhorar a eficiência do fornecimento atual é futuro. Entendo que este deveria ser o tema a ser debatido com a sociedade, reduzir o debate ao valor da tarifa é pura demagogia de palanque.

1 de dezembro de 2008

O flotflux no meio da enchente

Uma bela imagem do site Terra, mostrando o nosso Flotflux funcionando a toda potencia, para melhorar a qualidade da agua do Rio Cachoeira. Quanto foi que custou?

1 de março de 2008

A cidade impermeável


As enchentes que Joinville viveu nos últimos dias, levam forçosamente a duas reflexões, a primeira é que a maré alta acontece diariamente, duas vezes ao dia, Não é por tanto uma novidade para os joinvilenses, acontecia inclusive muito antes que estas terras fossem ocupadas por caiçaras e tupis-guaranis. A maré de lua acontece com a regularidade de um relógio lunar a cada 28 dias, também desde tempo imemorial.

As fortes chuvas são também uma constante da região, desde o el Niño e la Nina, por tanto mesmo que estes acontecimentos sejam intensos, não podemos nos deixar surpreender, por algo que a natureza, teimosamente nos oferece como os amanheceres e os entardeceres.

Nada mais injusto que culpar a Natureza, e as inclemências do tempo pelos transtornos que ocasiona, como dizia Moscatelli A natureza não se defende... ela se vinga!!!

A segunda nos leva a procurar entender melhor, porque os estragos são cada vez maiores, porque o prejuízo para os cidadãos é maior e mais freqüente. Inclusive não tem sido poucos os depoimentos de joinvilenses, que a cada chuva, mesmo as menos fortes, tem sofrido enchentes e perdido os seus bens duramente conquistados.

Devemos buscar os responsáveis por este agravamento dos problemas ocasionados pelas chuvas, e devemos responsabilizar aqueles que permitiram de forma criminosa que a cidade se expandisse por áreas que historicamente sofriam alagamentos, alagamentos que no passado não revestiam maior gravidade, por acontecer em áreas pouco populosas ou inclusive rurais. A ânsia de dinheiro fácil levou loteadores e políticos irresponsáveis a autorizar loteamentos em áreas sujeitas a enchentes.

E ainda, a constante impermeabilização da cidade, que perde a cada dia os seus jardins e quintais, não constrói novas áreas verdes, não as exige por lei e não toma medidas para proteger as poucas que ainda permanecem. Faz que a cada nova nuvem os joinvilenses olhem o céu com apreensão e temor.

A cada dia a água da chuva, sem espaço permeável para se infiltrar no solo, percorre com maior velocidade as ruas e calçadas, em direção aos pontos mais baixos e em menor tempo se produzem enchentes mais graves, que não dão tempo a se proteger e defender. A proposta de construir piscinões, comentada pela imprensa recentemente é mais uma destas idéias, que aparecem em ano eleitoral, como o Flotflux ou a construção de um bulevar as margens do Cachoeira, nada que mereça ser levado muito a serio.

Publicado no AN Cidade

25 de novembro de 2007

Cachoeira Vivo !



Confesso que durante muito tempo, estive enganado, defendi que o rio Cachoeira deveria ser um rio limpo, sem esgoto, sem poluição, sem sujeira.

Nunca aprovei, esta engenhoca maluca do Flotflux, e difícil imaginar, que esta proposta possa ser a solução ideal. Como tampouco posso imaginar que a construção de um muro de concreto que encaixote o rio seja o melhor para a preservação da vida, no Cachoeira.

Recentemente, numa conversa, com uns amigos, tomei conhecimento que o Cachoeira é um rio que esta recuperando a vida, alem dos dois conhecidos jacarés, o Fritz e o Jaca, tem multidão de tartarugas, de preás, de garças, até um que outro socó, as vezes, inclusive, um colhereiro tem feito a sua aparição, para se alimentar da fauna que fervilha nas suas águas.

Altamir Andrade tem dedicado horas do seu tempo a fotografar, filmar e registrar toda a força desta vida e esta empenhado, numa cruzada quase messiânica, a nos mostrar a força do rio vivo.

Na hora, entendi que o nosso desafio é defender, um Cachoeira vivo, cheio de vida, com as margens verdes, sem estes muros cinzentos que estão construindo na frente do nosso paço municipal.

Também conheço bem, a cruzada, que para preservar e recuperar o Rio Morro Alto, a Associação de Moradores do Bairro América, tem travado, envolvendo empresários e vizinhos, defensores, de soluções viáveis, possíveis, adequadas a nossa realidade e aos nossos orçamentos. Soluções simples que funcionam e que são possíveis pela sua própria simplicidade.

Das viagens e das experiências acumuladas ou adquiridas pelos moradores, tem surgido exemplos de cidades tão distantes como Georgetown, nos Estados Unidos, ou Zurich, Baden – Baden ou Estrasburgo, a capital administrativa da Europa unificada, que esta cortada por córregos e canais límpidos e transparentes, exemplos para todos nós, que podem ser aplicados, em Joinville, inclusive em parceria com empresas locais.

As propostas, da Prefeitura Municipal, devem considerar, não só um rio limpo, devem a partir da agora, prever um rio vivo, parece hoje mais adequado pensar em um rio, que na medida em, que deixou de receber esgoto domestico, e faz tempo que não recebe mais poluentes industriais, começa a se recuperar e a ganhar vida de novo.

Devemos defender, não só um rio limpo, vamos defender um Cachoeira vivo, porque da sua própria vida depende, cada dia mais, a nossa.

Publicado no AN Cidade

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...