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7 de abril de 2013

A banalização da viagem


Viajar

Nesta época viajar tem se convertido quase que numa obsessão. Quem pode aproveita para viajar e quem não pode aproveita as oportunidades que oferece um crediário com prazos a perder de vista para não ficar aqui. Há até quem consegue unir as prestações a pagar de uma viagem com as da próxima, no que poderia ser considerado o suprassumo do  “perpetuum mobile” um movimento perpetuo que nos permite ficar endividados agora por conta de uma viagem que faremos no futuro.

Claro que viajar expande os horizontes, que morre um pouco quem não viaja e que é a melhor forma de conhecer o mundo, outras culturas, outras comidas, outras cores e cheiros. Mas não deixa de me surpreender que todos decidam viajar para os mesmos lugares. É mais fácil encontrar um joinvilense em Orlando que em Joinville nesta época do ano. Ir a Paris tem se convertido em algo tão banal, como era ir a Curitiba faz um tempo, quando em Joinville não havia shoppings e as marcas mais conhecidas não se encontravam no comercio local. Cancun é hoje o balneário caribenho dos catarinenses.

O que não parece que faça tanto sentido é viajar durante horas para ficar uma semana comendo o mesmo hambúrguer que podemos encontrar por aqui, é verdade que aqui é mais caro. Comprar, durante dias, as mesmas marcas de roupa e calçado que encontramos aqui pelo dobro do preço e que em longínquos outlets podem ser conseguidos por preços que aqui não encontraríamos nem nas lojas de segunda linha. Tampouco parece fazer muito sentido que o nosso único contato com a população do país que visitemos sejam exclusivamente os vendedores ou vendedoras brasileiras das lojas que visitamos.

Pode ser que o prazer de viajar hoje tenha se convertido nisso mesmo. Em poder comprar pela metade de preço os mesmos produtos que encontramos no comercio local e possamos voltar carregados de malas e mostremos as nossas compras como antigamente os caçadores mostravam os seus troféus de caça. Uma bolsa de tal marca por menos de US$ 125 e um perfume de tal outra marca por menos de US$ 25, são mostrados como se de um grande lougro se tratasse. Estudos científicos comprovam que comprar produz endorfinas, serotonina e dopamina  são as proteínas que produzem sensação de felicidade. Viajar tem perdido parte do encanto que tinha, sem o componente de aventura e de descobrimento que tinha no passado, hoje é uma forma de ir longe para ficar no mesmo lugar.

Aos que buscam ainda o prazer de viajar e descobrir outros lugares e viverem novas aventuras, umas dicas: Cambodia, Sri Lanka, Kenia, Tanzânia, Albânia, Marrocos, Timboctu. É verdade que os shoppings não são tão elegantes e a gastronomia rica e variada pode não ser a preferida para quem este acostumado ao hambúrguer e ao milkshake, o maior problema está em que na maioria dos casos não há um voo direto partindo do Brasil. 

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

15 de janeiro de 2013

Anotações de viagem [4]



Restaurantes

Entrei num restaurante praticamente vazio, um único cliente sentado num canto bebericava uma xícara de café. Sentei numa mesa e esperei que o garçom aparecesse para tomar o meu pedido. Depois de mais de quinze minutos sem que ninguém aparecesse comecei a ficar irritado. Perguntei ao solitário ocupante da outra mesa, como ele tinha conseguido o seu café.

Ele me respondeu sem imutar-se, nem parecer constrangido:

- Eu sou o garçom.

Aeroportos

Hoje é normal que passemos mais tempo no aeroporto que voando. Os aeroportos tem se convertido em espaços hostis. Há sempre mais gente da que cabe. Grupos de gente de todas as idades, cores e tamanhos deslocam-se indo ou voltando, alguns correndo esbaforidos, outros passeando lentamente, como se tivessem, e provavelmente tenham, todo o tempo do mundo entre uma e outra conexão.

Os aeroportos são hoje espaços muito mais democráticos do que já foram no passado. E a verdade é que se você forma parte do seleto grupo que dispõe de um cartão de milhagem ouro, ou de um infinitum ou principalmente viajou tanto durante os últimos 12 meses que se fez merecedor de um cartão diamante da “global galaxie” achará que os aeroportos são espaços muito bem equipados e que além de bebidas e comidas grátis oferecem outras comodidades interessantes e acredite que este é um serviço disponível a todos. É bom ter claro que não é.

Companheiro de viagem

Companheiro de viagem não se refere a aquela pessoa que viaja com você, que compartilhará toda a sua aventura. Companheiro de viagem é aquela pessoa que ocupa o assento ao seu lado numa viagem. Digamos que você tenha o assento 14 A, o seu companheiro de viagem é quem esta sentado no 14 B.

O companheiro de viagem é aquele/a que tem a capacidade de fazer que a sua viagem seja mais ou menos incomoda. A palavra conforto foi abolida do dicionário dos viajantes já faz algumas décadas, quando a classe turista passou a ter os seus assentos construídos utilizando as mesmas medidas ergonômicas de uma lata de sardinhas.

Se tiver a sorte ou o azar de ser sorteado com um companheiro de viagem que responda a algum dos critérios seguintes, a sua viagem tem tudo para ser um inferno.

1.- O desastrado/a – E aquele que deixa cair tudo, quando chega a comida, consegue derrubar o copo de suco de laranja sobre você e ficará com a calça molhada e gosmenta durante as próximas 10 horas de voo.

2.- O carente – que puxa constantemente conversa e você não tem certeza se não se trata de um agente disfarçado de algum serviço secreto, porque insiste em querer saber tudo sobre a sua vida, sua viagem e sua família. Um livro pode servir para se proteger deste tipo de companheiro de viagem. Os bons conseguirão facilmente burlar a proteção que o livro oferece e importunarão você durante toda a viagem.

3.- De mudança – É aquele/a que não tendo conseguido colocar toda sua bagagem de mão no compartimento superior ainda coloca suas “outras” bagagens no meio das pernas, em baixo do assento, ao lado e em todo e qualquer canto disponível. Acrescente a isso que constantemente busca alguma pacotinho que ficou numa das bagagens, em geral o pacotinho estará sempre no ultimo lugar que ele/a procure. A viagem ficará um autentico inferno.

10 de janeiro de 2013

Anotações de viagem [3]


Anotações de viagem

Malas.

Carregar malas tem, em português, varias acepções, uma a primeira que nos vem a cabeça é a que se refere a bagagem que nos acompanha numa viagem. Há quem tenha aprendido a viajar com pouca bagagem, há quem parece que esteja em permanente mudança. Carregando praticamente uma casa nas costas. A outra acepção é a de viajar com um/a mala, não há outra forma de estragar uma viagem que escolhendo o companheiro de viagem errado.

Tente não carregar muitas malas, saiba escolher exatamente o que precisa. Não há nada melhor que viajar ligeiro de bagagem. É comum na África escutar que se quer ir rápido é melhor ir sozinho, mas se você quer ir longe é melhor viajar acompanhado.

Bagagem de mão.

 O nome se refere a bagagem que pode ser carregada na mão. Depois da invenção da roda o conceito de bagagem de mão tem mudado muito. É cada vez mais comum encontrar pessoas que carregam três ou quatro peças de bagagem de mão. Uma das experiências mais divertidas para quem viaja é observar a dificuldade que algumas pessoas tem para estabelecer uma relação direta entre espaço disponível no bagageiro e volume da mala de mão. É conhecido que um peru não cabe num pires, da mesma forma e por muito que soquemos as malas grandes não cabem nos espaços pequenos. Os conceitos de largo e comprido também são muito complexos para que possam ser compreendidos pela maioria dos passageiros que viajam em avião. Que insistem pela força em colocar a sua bagagem de mão em locais em que não há espaço nem para uma mala da metade do tamanho.

Um teste que facilmente desqualificaria a metade dos pretendentes a um cargo de gestão seria o de acomodar a bagagem de mão no bagageiro de um avião. É interessante observar como pessoas que aparentam até certa intimidade com o fato de viajar, enfrentam tanta dificuldade em relacionar coisas tão simples como volume de bagagem e espaço disponível.

Menção especial merecem os que viajam acompanhados por violões e todo tipo de instrumentos musicais, bicicletas ou pranchas de surfe e outros equipamentos para a pratica esportiva. Quando consegue passar com este tipo de artefatos como sendo bagagem de mão a confusão esta garantida.

Restaurantes.

 A ma qualidade do serviço em bares e restaurantes é uma constante em quase todos os países. Quando um restaurante oferece um bom serviço a noticia se espalha com rapidez e o lugar adquire rapidamente notoriedade.

Em viagens longas é comum que percamos a noção do tempo e atravessar diversos fusos horários ajuda ainda mais a que não tenhamos muito claro se esta na hora do almoço ou do jantar. Um restaurante que tenha horários um pouco mais flexíveis é sempre bem apreciado.

Ao chegar num restaurante recentemente, perguntei a que hora poderia jantar. A resposta de um dos garçons que estava concentrado arrumando as mesas, foi:

- O restaurante abre as 7:00 as 11:00 da noite. Nos jantamos as 8:30.

Eu respondi:

- Muito obrigado, voltarei as 9:00.

O garçom amabilíssimo me respondeu:

- NOS jantamos as 8:30 e comemos muito, acabamos com quase tudo. Seria bom que você viesse jantar mais cedo.

Agradeci a dica e fui jantar antes das 7:30. Antes que a comida acabasse.

11 de dezembro de 2012

27 de novembro de 2012

Viajar

É mais fácil viajar a destinos consolidados. Paris, Londres, Milão, Miami, Nova Iorque ou Buenos Aires são  alguns dos destinos preferidos para os turistas brasileiros. Poucos são os que se atrevem a aventurar além dos destinos consolidados. A busca de referencias conhecidas é um sintoma ou melhor uma prova clara de insegurança.

Anais Nin dizia que ser hostil ao que nos é desconhecido é uma prova de insegurança. É bom sair do lugar comum, descobrir outros destinos, experimentar outras comidas, estar aberto a aceitar outros costumes e passar a gostar de aromas e cores diferentes.

Viajar é uma forma de nos descobrir de novo.



31 de março de 2011

28 de fevereiro de 2011

Como brindar em 40 idiomas

Do site do Yahoo.es, Dicas de viagem, como brindar em 40 idiomas.

Alemán
: Prosit (pro-zit) o prost.
Albano
: Gezuar.
Armenio
: Genatzt.
Austriaco
: Prosit.
Azerbayano
: Nuş olsun (Nush ohlsun).
Belga
: Op uw gezonheid.
Birmano
: Aung myin (Au-ng my-in).
Bosnio
: Živjeli (Zhee-vi-lee).
Brasileño
: Saude.
Catalán
: ¡Salut!
Checo
: Přípitek.
Chino
: Ganbei.
Coreano
: Kong gang ul wi ha yo.
Croata
: Nazdravlje Zhee-ve-lee (Naz-dra-vlee).
Danés
: ¡Skål!
Euskera
: Osasuna.
Egipcio
: Fee sihetak.
Eslovaco
: Na zdravie (Naz-drah-vee-ay).
Estonio
: Tervist.
Francés
: ¡Santé!
Filipino
: Mabuhay.
Finlandés
: Kippis (Kip-piss).
Galés
: Iechyd da.
Gallego
: Salud.
Hawaiano
: Okole malune.
Hebreo
: L'Chaim.
Hungaro
: Kedves egeszsegere.
Holandés
: Proost o Geluch.
Indio
: A la sature.
Inglés
: Cheers.
Italiano
: Salute o chin chin.
Japonés
: Kampai.
Latín
: ¡Salutem!
Lituano
: I sveikas.
Macedonio
: На здравје (Na zdravye) .
Mongol
: Эрүүл мэндийн төлөө (Eruhi mehdiin toloo).
Neozelandés
: Kia ora.
Noruego
: Skal.
Portugués
: ¡Á vossa!
Esperanto
: Je via sano.
Hebreo
: Lechaym (le-chaim).
Islandés
: ¡Skál!
Polaco
: Na zdrowie.
Rumano
: ¡Noroc!
Ruso
: Na zdorovje (pronunciado algo como nazdarobia; se usa solo en algunas regiones de Rusia).
Sueco
: Skal.
Tailandés
: Chok dee.
Turco
: Şerefe Sher-i-feh.
Ucraniano
: Boodmo.
Vietnamita
: Dô (Jou).
Yiddish
: Sei gesund (Say geh-sund)

26 de abril de 2010

Bogotá


Bogotá


Com seus 9 milhões de habitantes, Bogotá surpreende ao visitante. A sua arquitetura moderna, o verde urbano representado pelos seus dois pulmões os parques El Tunal e Simon Bolívar e pelas milhares de arvores das suas ruas, praças e parques.As feições atuais da cidade devem muito ao arquiteto Jorge Gaitán Cortes, que foi prefeito da cidade de 1961 a 1966, visionário que percebeu que a cidade crescia 7,5 % ao ano e que dobrava de tamanho a cada 12 anos.Projetou na década de sessenta uma cidade para 8 milhões de habitantes, pouco mais dos que tem hoje.


Em 1966 previu um sistema de metro com 12 km de percorrido e 15 estações, que nunca chegou a sair do papel. Hoje a cidade tem graves problemas de mobilidade. Bogotá tem uma frota de táxis moderna e econômica. O transporte coletivo convive com algumas líneas do Transmilenio, com uma passagem que custa pouco mais de R$ 1,50 e com milhares de ônibus privados atrapalhando o transito. É consenso entre os bogotanos com quem tenho oportunidade de conversar, nas constantes viagens que faço a capital colombiana, que o Transmilenio é um arremedo para o metro que nunca saiu do papel e que agora volta a ser cogitado, com uma linha menor e um orçamento muitas vezes superior ao original.


As cidades as vezes perdem as oportunidades, a falta de continuidade dos projetos do prefeito Jorge Gaitán, se mostram hoje um erro e tem um custo alto. Administradores visionários acontecem com pouca freqüência e não sempre quando são eleitos conseguem ver implantados seus projetos. Administradores públicos com visões menores e imediatistas, fazem das nossas cidades esta mistura de reformas, remendos e miudezas em que as nossas cidades estão se convertendo.


Aproveitando se for a Bogotá, não deixe de visitar o Museu do Ouro, quase no centro, um percorrido pela historia da América pré-colombina. Através da historia do ouro, da metalurgia, da habilidade dos ourives e artesões, que fizeram do ouro, a prata o cobre as suas formas de expressão. O rico patrimônio do museu mostra o culto ao ouro e a forma como era utilizado pelos indígenas para personificar a deidade dos seus reis.


Publicado no jornal A Noticia




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24 de abril de 2010

Viajar


Quem viaja com certa freqüência, já tem experimentado a sensação que a cada dia parece que as empresas aéreas reduzem o espaço e o conforto para o passageiro.

A maioria dos mortais e provavelmente dos leitores deste blog, já tem se sentido como o herói deste simpático comercial.



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18 de abril de 2010

Nuvem de Cinzas e Caos Aéreo

Nuvem de Cinzas e Caos Aéreo

Quer acompanhar on line todos os voos do mundo? Saber aonde esta exatamente neste momento quaisquer voo comercial? visite o site Flightradar

Acompanhe o apagão aéreo no norte da Europa e no atlântico norte.

Um link para guardar no seu computador, cada avião corresponde a imagem em tempo real de um voo, clicando no avião pode conferir companhia aérea e numero de voo e ainda o prefixo da aeronave.

7 de abril de 2010

Viagem a Bogota (*)


Viajar

Ao viajar expandimos nossos horizontes, enxergamos mais longe, agregamos novas experiências ao nosso quotidiano. Nas sociedades antigas os que tinham a oportunidade de viajar recebiam o reconhecimento do seu maior conhecimento e experiência. A historia relata as aventuras e epopéias de grandes viajantes, como Ulisses, Marco Pólo, Colombo, James Cook, Shackelton e tantos outros. Cada um destes viajantes escreveu a sua historia a partir de sua vivencia.

Os viajantes, porem, enxergam o mundo a partir de suas vivencias, de suas experiências e conhecimentos anteriores, se um grupo realiza a mesma viagem, as experiências e relatos de cada um, serão distintos, em alguns casos podemos até chegar a conclusão que cada participante viajou a lugares e destinos diferentes.

Existe uma lenda indiana que relata a experiência de um grupo de cegos ao se encontrar por primeira vez com um elefante, cada um deles o descreveu com precisão a partir da sua realidade, aquele que abraçou uma das patas, definiu o elefante como uma coluna maciça. O seu companheiro que tinha em suas mãos os colmilhos, afirmou com ênfase que o elefante era afiado como uma lança. Discordou o que segurava a tromba. O elefante é uma serpente. Ao apalpar o corpo, o outro cego declarou: o elefante é forte como um muro.

Esperamos com ansiedade o retorno da alegre comitiva joinvilense, que viajou a Colômbia, para que apresente e divulgue seus relatórios e possamos conhecer como é o elefante que os viajantes encontraram em Bogotá.

Publicado no Jornal A Noticia
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7 de janeiro de 2009

Um vídeo interessante

O Mundo em 24 horas



Este vídeo mostra o movimento do transporte aéreo no mundo, ao longo de 24 horas.
É interessante acompanhar as mudanças de intensidade e de frequência ao longo do dia, identificando os horários de maior demanda e as principais rotas internacionais e nacionais.
As aeronaves são identificadas pelos pequenos pontos amarelos e permitem facilmente acompanhar a intensa movimentação aérea.

O mais interessante é que se no Brasil, o transporte aéreo já esta a confusão que esta, com tão pouco movimento, se comparado com Europa, Estados Unidos ou alguns países da Ásia, imaginem se de fato aumentasse o movimento aéreo.
Não teríamos nem aeroportos, nem controladores, nem aviões, nem empresas aéreas capazes de gerenciar uma demanda como esta.

10 de novembro de 2008

Tebaldi desiste de viagem à Europa

O jornal A Noticia informa que o prefeito Tebaldi desiste de viagem à Europa

O prefeito Marco Tebaldi comunicou há pouco a assessores que desistiu da viagem para a Alemanha e França, onde assinaria convênios de intercâmbio com cidades-irmãs de Joinville. A missão oficial está mantida e Tebaldi será substituído pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Bérgson. A princípio, Tebaldi desistiu por problemas particulares. Os motivos serão divulgados ainda hoje pela assessoria de imprensa da Prefeitura.

Opinião deste blog: SEM COMENTARIOS

7 de novembro de 2008

Viajar


Por conta das novas tecnologias que nos obrigam a passar a maior parte do tempo da viagem em filas, em salas de embarque cheias em aeroportos distantes ou em situações que relembram sessões de strip-tease de inicio do século XIX, tendo que tirar sapatos e cintos em controles de segurança cada vez mais exigentes. Viajar perdeu boa parte do encanto de outras épocas.

No meio de uma viagem destas, a internet me permitiu receber a informação de outra viagem, a do nosso prefeito, com a correspondente comitiva e custeada pelos cofres públicos.

Como o que me sobrava era tempo, comecei a pensar na possibilidade que a qualquer momento aparecesse ele, seguido da sua comitiva, para a sua última viagem internacional. Imaginei se no seu roteiro para Alemanha e França, não teria a oportunidade de me deparar com a sua comitiva oficial, formando um grupo animado e festeiro. Alegre e divertida, encaminhando se a cumprir uma heterogênea agenda política e administrativa.

Mas por mais que me esforce, não consigo imaginar que importantes motivos oficiais levam o nosso alcaide a realizar uma viagem internacional, quando lhe restam menos de dois meses de mandato. Qual o custo da viagem, qual o tamanho da comitiva? E principalmente quais os tratados internacionais, as reuniões e as visitas previstas? Qual a importância desta viagem? Até foram realizados determinados questionamentos em sessão da Câmara de Vereadores. Evidentemente não seria esta Câmara a que poderia negar a autorização para a viagem, inclusive por contar com a participação de dois parlamentares.

Convenci-me depois de um tempo de reflexão, que minhas preocupações, careciam de fundamento. Uma viagem internacional, neste momento, Não poderia ser uma viagem oficial. Só poderia se justificar por motivos pessoais, uma viagem de férias, puro lazer, porque ninguém é de ferro. Para se repor do esforço realizado ao longo de todo seu mandato. Melhor, porque além de não onerar os cofres públicos, acredito que ele, mais do que ninguém merece umas boas férias. Depois de tanto trabalho árduo.

Claro que tem quem possa pensar que as férias do prefeito, poderiam começar depois do dia primeiro de janeiro, quando do seu retorno ao quadro de funcionários da Prefeitura Municipal de Joinville. O que não deixa de ter a sua lógica.

Publicado no Jornal A Noticia



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