26 de abril de 2010

Bogotá


Bogotá


Com seus 9 milhões de habitantes, Bogotá surpreende ao visitante. A sua arquitetura moderna, o verde urbano representado pelos seus dois pulmões os parques El Tunal e Simon Bolívar e pelas milhares de arvores das suas ruas, praças e parques.As feições atuais da cidade devem muito ao arquiteto Jorge Gaitán Cortes, que foi prefeito da cidade de 1961 a 1966, visionário que percebeu que a cidade crescia 7,5 % ao ano e que dobrava de tamanho a cada 12 anos.Projetou na década de sessenta uma cidade para 8 milhões de habitantes, pouco mais dos que tem hoje.


Em 1966 previu um sistema de metro com 12 km de percorrido e 15 estações, que nunca chegou a sair do papel. Hoje a cidade tem graves problemas de mobilidade. Bogotá tem uma frota de táxis moderna e econômica. O transporte coletivo convive com algumas líneas do Transmilenio, com uma passagem que custa pouco mais de R$ 1,50 e com milhares de ônibus privados atrapalhando o transito. É consenso entre os bogotanos com quem tenho oportunidade de conversar, nas constantes viagens que faço a capital colombiana, que o Transmilenio é um arremedo para o metro que nunca saiu do papel e que agora volta a ser cogitado, com uma linha menor e um orçamento muitas vezes superior ao original.


As cidades as vezes perdem as oportunidades, a falta de continuidade dos projetos do prefeito Jorge Gaitán, se mostram hoje um erro e tem um custo alto. Administradores visionários acontecem com pouca freqüência e não sempre quando são eleitos conseguem ver implantados seus projetos. Administradores públicos com visões menores e imediatistas, fazem das nossas cidades esta mistura de reformas, remendos e miudezas em que as nossas cidades estão se convertendo.


Aproveitando se for a Bogotá, não deixe de visitar o Museu do Ouro, quase no centro, um percorrido pela historia da América pré-colombina. Através da historia do ouro, da metalurgia, da habilidade dos ourives e artesões, que fizeram do ouro, a prata o cobre as suas formas de expressão. O rico patrimônio do museu mostra o culto ao ouro e a forma como era utilizado pelos indígenas para personificar a deidade dos seus reis.


Publicado no jornal A Noticia




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Um comentário:

  1. Cito aqui Chioc Xavier: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
    Eis que nossos gestores nada mudaram continuando no mesmo marasmo, com a mesma inoperência e fórmulas dos antecessores, fazendo-nos perceber que pouco ou nada mudou, senão a certeza de que estamos cada vez mais distantes dos nossos sonhos. Assim, se queremos ver nossa cidade melhor devemos melhorara nossas esccolhas.

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