Viajar
Um grupo representativo do poder público tanto do executivo, como do legislativo, acompanhado de representantes da iniciativa privada e das concessionárias do transporte coletivo da cidade, num total de 12 pessoas, viajou a Colômbia para conhecer a evolução do sistema de transporte coletivo naquele país.
Viajar sempre representa uma oportunidade para aprender, que a cidade esteja investindo, recursos tanto públicos como privados, para que mais pessoas conheçam outra realidade é elogiável.
É importante que estas viagens se transformem em resultados concretos para a cidade, não necessariamente na forma de projetos faraônicos, porem na forma de propostas concretas, viáveis e aplicáveis a nossa realidade local. Caso contrario alguns contribuintes podem erroneamente chegar a conclusão que o objetivo tenha sido exclusivamente turístico.
Por outro lado, é bom lembrar que o modelo implantado em Colômbia, com um orçamento significativo, utiliza tecnologia brasileira, concretamente paranaense, teria sido mais econômico e produtivo, para conhecer o impacto e os resultados do sistema, escolher uma van para depois de percorrer pouco mais de 100 km, poder conhecer os problemas que o sistema de Curitiba, começa a apresentar pela pura saturação e esgotamento do modelo
Transmilênio - Para quem pensa que esse modelo de sucesso poderia ser exportado de Bogotá para o Brasil, é bom lembrar que a inspiração para o Transmilênio veio de cidades brasileiras. Durante a elaboração do projeto, os colombianos coletaram informações sobre vários sistemas de transporte. Entre os locais pesquisados, algumas capitais brasileiras tiveram destaque, como Curitiba, São Paulo, Porto Alegre e Goiânia. As canaletas (vias exclusivas para os ônibus, com isolamento físico), a organização do sistema em terminais de integração e estações intermediárias, a cobrança antecipada da tarifa e o embarque em nível, por exemplo, há tempo fazem parte do cotidiano dos usuários de transporte público em Curitiba. Consultores brasileiros viajaram à Colômbia para participar da implantação do Transmilênio. As idéias brasileiras foram aprimoradas e adaptadas à realidade local. “Eles levaram a nossa experiência às últimas conseqüências”, diz Washington Martins, consultor da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). Outro ponto importante. O Transmilênio tem 8 fases de implantação que irão até 2030. Apenas duas foram implantadas e qtendem a 28% dos passageiros. Custaram 2,4 milhões de dólares por quilometro porque utilizaram eixos viários já existentes e com poucas situações para desaprorpiação. A seguna etapa custará para os cofres colombianos 14 milhões de dólares por quilômetro. O únicpo eixo que teria uma situação identica aos Transmilênio de Bogotá seria a Beira Rio. A Adaptação custaria aos cofres públicos 15 milhões de dólares ou, aproximadamente 25 milhões de reais. Para um eixo como a Marques de Olinda, seriam necessários 130 milhões de dólares ou aproximadamente 230 milhões de reais(incluídas as desapropriações). Beleza! Depois que a excursão dos cargos comissionados da Prefeitura de Joinville e dos Concessionários que pagaram a conta do passeio voltarem da Colombia será que vamos ter os recursos necessários para investir? Olha, em 2005 já foi uma leva de cupinchas do poder úblico neste mesmo passeio e nada aconteceu. Então!!!!!!!
ResponderExcluirPrezado Sérgio,
ResponderExcluirPassarei os próximos 15 dias em Colombia, não só em Bogota, também em Cartagena, em que o transmilenio também esta em implantação.
Na volta trarei fotografias para poder compartilhar com os leitores do blog.
Eu viajarei as minhas expensas o que me permite uma isenção total.
Jordi
ResponderExcluirNem tudo é como parece.Um estudo realizado pelos especialistas em planejamento urbano e de transporte Johann Dilak Julio Estrada (Secretaria Distrital do Habitat, Bogotá, Colômbia / Universidade Externado de Colômbia) e Fábio Duarte (arquiteto e doutor em transporte da Pontifícia Universidade Católica do Paraná) cujo título é "Transporte e mercado imobiliário: uma lógica urbana sustentável? Estudo sobre o Transmilênio, Bogotá", revela que o mercado imobiliário ao longo dos corredores do Transmilênio sofreu um grande impacto negativo e aconteceu o processo de desertificação dos negócios afugentando donos dos pequenos comércios e fazendo com que centenas de im´veis fossem desocupados em uma extensa área urbana. Tal o impacto negativo que o governo de Bogotá deverá realizar um projeto de requalificação urbana para reverter este problema que gerou desemprego e imensos prejuízos na economia local. Quando se estuda e planeja transporte urbano é necessário avaliar com clareza e exatidão todos os aspectos, pois existem influências na dinâmica econômica que pode ser positiva ou negativa toda a vez que a intervenção segrega espaços públicos urbanos. É o caso dos corredores exclusivos ou faixas exclusivas feitas intempestivamente e sem estudos mais aprofundados dos impactos. Tomara que alguém lá em Bogotá mostre este lado aos viajeiros joinvillenses.