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1 de junho de 2010

Claudio Loetz no AN

O jornalista Claudio Loetz na sua coluna no jornal A Noticia, recomenda a leitura do texto "Perfídia na Fiesp" a situação em muito se assemelha a de outras instituições empresariais de outros estados, inclusive Santa Catarina. Para quem não teve acesso ao texto publicado na Folha de São Paulo, postamos a versão original.

Perfídia na Fiesp

JOSÉ HENRIQUE NUNES BARRETO


O cenário é de turbulências, pois o contexto recente aponta para o uso da Fiesp em projetos políticos não previstos em estatuto

Em uma época nem tão longínqua, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) era considerada uma entidade poderosa e influente. Suas reuniões despertavam a atenção da fina flor do jornalismo brasileiro.

Os pronunciamentos do seu presidente eram comentados pelas pessoas mais influentes do país.
Seu nome era sinônimo de respeito, atitude e correção. Nos últimos anos, contudo, a situação se assemelha à do gabinete de Ouro Preto, o último do Império.

Há algum tempo, a Fiesp deixou de ser frequentada por empresários de ideias e visão de futuro. Circulam pelos corredores do prédio da avenida Paulista poucos e atônitos donos de indústrias.
O cenário é de questionamentos e turbulências, pois o contexto recente aponta para o uso da Fiesp na direção de projetos políticos não previstos em finalidade estatutária.

Em primeiro lugar, trata-se de um contrassenso: o comandante de uma agremiação que prega a livre iniciativa se coloca como candidato do Partido Socialista Brasileiro.

Uma contradição que nem precisa de mais explicações.

Mas o problema não termina aí. A imagem do candidato, associada ao Sesi (Serviço Social da Indústria) e ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), foi indevidamente veiculada na TV. Quem nos responde sobre a finalidade da contratação do publicitário Duda Mendonça, até pouco tempo atrás pago com recursos da entidade?

Quer mais um exemplo? A principal plataforma política do presidente da Fiesp é a educação. Sua mensagem: ele vai levar o padrão de alta qualidade do ensino do sistema Sesi/Senai às escolas estaduais. Ou seja, subliminarmente, os eleitores têm a impressão de que ele é o idealizador do sistema, um desrespeito à memória de companheiros como Roberto Simonsen. A verdade é que tanto o Sesi quanto o Senai foram criados há mais de 50 anos, sempre com altos índices de excelência.

Ultimamente, contudo, o nível de ensino já não é o mesmo -os índices de empregabilidade dos alunos deixam a desejar, ao contrário do que diz a publicidade na TV.

Mas nada parece pior do que o processo de descumprimento das finalidades estatutárias que a Fiesp vem sofrendo. Não há agenda e os grandes problemas da indústria parecem não merecer atenção.

Justamente nesse momento, em que a Fiesp deveria jogar todo seu peso político na defesa da indústria paulista e na sua recuperação.

Mas o que se fez? A federação cancelou, de forma desrespeitosa, o congresso anual comemorativo do Dia da Indústria, em 25 de maio, em função da agenda eleitoral dos pré-candidatos à Presidência.

Nossa indústria é maior do que isso. Não podemos continuar assistindo ao desdobramento de interesses de cunho pessoal e estranhos à finalidade da entidade.

O presente autismo em que se encontra a Fiesp já não é ignorado pelos empresários paulistas. A resposta dos industriais comprometidos com a retidão, a modernidade e a livre iniciativa deve vir em breve.


JOSÉ HENRIQUE NUNES BARRETO, industrial e economista, é presidente do Sindifumo (Sindicato da Indústria do Fumo do Estado de São Paulo), membro do Conselho de Representantes e diretor eleito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em tempo , a definição de Perfídia no dicionário é: Ação ou qualidade de pérfido; deslealdade, traição.

2 de dezembro de 2007

O aumento do IPTU



Em recente entrevista a imprensa, Paulo Skaf, presidente da poderosa Federação das Industrias de São Paulo, declarou, que “o governo arrecada muito e gasta muito e gasta mal” a afirmação não é novidade, mais é significativa, no momento em que as entidades empresariais, com diversos tipos de intensidade e comprometimento se engajam, numa luta não só contra a renovação da CPMF, como contra o aumento dos impostos de uma forma geral e contra a voracidade do estado.

A fúria arrecadadora dos nossos administradores públicos, esta mais ligada ao aumento desenfreado da estrutura publica e ao fato de gastar mal, gastando muito no custeio e ficando sem recursos para as obras de infra-estrutura e para os investimentos tão necessários para o pais.

No caso de Joinville, algumas noticias recentes, merecem atenção, a primeira é a informação que o IPTU, devera aumentar para o próximo ano, mais de 50 %, acima da inflação, por conta de uma nebulosa desatualização histórica, que nunca se atualiza definitivamente e que serve, sempre para dar mais uma mordida, no contribuinte.

Outra informação traz a luz, que a maior empregadora do município, é a nossa prefeitura que com aproximadamente 12.000 funcionários, aos que ainda é preciso somar os professores, uns 1.200 e os ligados a Conurb, em resumo, quase três vezes mais, que as maiores industrias da cidade, logicamente a maior “empresa” da cidade precisa ser uma voraz, maquina de arrecadação.

Para concluir, a declaração surpreendente do presidente da ACIJ, considerando “aceitável” um aumento superior a 50 %, para o IPTU. Não parece aceitável, que não exijamos do poder publico os mesmos critérios de produtividade, eficácia e eficiência, que o setor privado pratica, querer justificar o inaceitável é difícil de aceitar.

Claro, que o Brasil, é um pais cheio de contrastes, em quanto alguns setores empresariais, se empenham em frear a sanha arrecadadora, exigem redução de custos e melhoria da eficiência da maquina publica, outros se empenham, com muito menos entusiasmo.

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