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10 de outubro de 2010

Votou Certo? Votou por Joinville?


Votou Certo? Votou por Joinville?


Vez por outra vem a tona antes das eleições a Campanha Vote Certo, Vote por Joinville, iniciativa da ACIJ, na gestão de Edgard Meister, reeditada posteriormente com o apoio de todas as entidades empresariais de Joinville. Uma vez conhecido o resultado das urnas, aparecem os matemáticos de plantão para fazer contas e apresentar equações, teorias e projeções, com o objetivo de provar qualquer conclusão, por estapafúrdia que seja. Está comprovado que quando espremidos os números servem para provar qualquer coisa.


A campanha estava alicerçada em estudos consistentes e tinha uma estratégia bem definida, constava de 6 etapas, estruturadas cronologicamente e em seqüência. A sua origem foi a eleição de Wittich Freitag como Deputado Estadual, com uma votação arrasadora, porem como único Deputado de Joinville. Analisar as causas e buscar alternativas foi o primeiro passo.


A primeira fase tinha como objetivo aumentar o numero de eleitores, motivar os jovens a votar, fazer que o colégio eleitoral fosse maior. A segunda fase estava orientada a que eleitores residentes em Joinville, que não tivessem transferido ainda o seu titulo de eleitor o fizessem. Um trabalho coordenado com os cartórios eleitorais, que se desdobraram para atender a uma demanda crescente de imigrantes, que mantinham os seu domicilio eleitoral fora de Joinville. A terceira fase, sem duvida a mais complexa, foi a de conversar com todos os partidos, mostrando a necessidade de reduzir o numero de candidatos, com menos candidatos os votos se dispersariam menos e as possibilidades de eleição seriam maiores. Administrar egos e interesses menores foi o maior desafio, ainda hoje, muitos candidatos só se lançam para reforçar seu nome para a próxima eleição para a Câmara de Vereadores, sem reais possibilidades de ser eleitos, mas dividindo votos, que poderiam ser úteis. A quarta fase tinha como objetivo que os eleitores conhecessem quais eram os candidatos “Por Joinville” e foram feitas milhares de colas, suprapartidárias divulgando os nomes dos candidatos da região. Indiretamente o resultado desta iniciativa era a de identificar os candidatos chamados popularmente de pára-quedistas. A quinta etapa do projeto foi uma campanha de mídia, para que os eleitores não deixassem de votar, nem anulassem o seu voto, que contou com o apoio dos meios de comunicação, que reaplicaram centenas vezes os spots da campanha. Finalmente os eleitores exerceram o seu voto consciente e referendaram nas urnas a iniciativa.

Publicado no jornal A Noticia

24 de junho de 2009

Vote Certo, Vote por Joinville

Os empresários e a política


Com certa frequência alguns empresários esquecendo a máxima de Otto Bismarck, que lembrava que “ A política não é uma ciência exata” se envolvem em empreitadas políticas, as vezes, com mais entusiasmo que conhecimento. Ao aproximar se 2010, uns e outros se manifestam sobre a conveniência ou não de reeditar a campanha “Vote Certo, Vote por Joinville”.


Seria bom lembrar as bases desta iniciativa de sucesso nas suas primeiras edições, que com o tempo perdeu a efetividade, por esquecer os seus pontos básicos. A proposta estava estruturada a partir de varias ações, que se conduzidas de forma ordenada e coordenada, poderiam, como de fato levaram ao sucesso. Imaginar que só algumas partes dela, as mais vistosas e que menos esforço exigem, podem garantir o sucesso é um erro de julgamento.


Não parece lógico imaginar que um apelo encaminhado aos diretórios dos partidos locais, possa ter o menor efeito, se não for acompanhado de reuniões, negociações e articulações, para mostrar a sustentação dos dados. Vemos a cada dia como novos partidos definem o numero de candidatos, de acordo com a sua estrategia particular. É justo aqui lembrar a capacidade negociadora do saudoso Edgard Meister. O seu infatigável esforço, para convencer a uns e outros do melhor para Joinville. É evidente que a humildade e a capacidade para escutar são virtudes imprescindíveis para conduzir este processo, com um mínimo de possibilidade de sucesso.


Reduzir o Vote Certo a uma campanha publicitária, representa enxergar uma parcela menor do que Joinville é e representa. Querer usar a campanha para beneficiar a uns em detrimento de outros e desvirtuar uma iniciativa que tinha na democracia e participação de toda a sociedade a sua força e o seu esteio.


Se na sua primeira edição os resultados foram surpreendentes, foi porque o esforço e o trabalho não foram medidos, para obter os resultados propostos, e os quatro deputados estaduais eleitos naquele pleito, são a melhor prova disto. Como do trabalho de seguimento e apoio aos deputados eleitos por Joinville. Só que isto exige também esforço, persistência e continuidade.


Ambrose Pierce escreveu que “A política é a condução dos assuntos públicos, para o proveito dos particulares”. Lamentavelmente esta afirmação parece a cada dia mais atual.


Publicado no Jornal A Noticia

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