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16 de dezembro de 2010

Um Parque para Joinville

Quando o jornal A Noticia lançou a campanha "Um parque para Joinville" este blog se fez eco do sentimento de muitos joinvilenses que acreditavam que nenhum lugar seria mais apropriado para a construção do grande parque que a cidade tanto precisa que a area atualmente ocupada pelo 62 BI. Parabéns ao presidente da CDL Joinville pela coragem e a Ely Diniz que publica hoje sua coluna no jornal A Noticia

Um parque para Joinville 1


Até pensei!

“Junto à minha rua havia um bosque / Que um muro alto proibia / Lá todo balão caía, toda maçã nascia / E o dono do bosque nem via.”

Chico Buarque, nosso compositor maior, expressou nesse trecho da canção, sem saber, o que hoje sentimos em relação ao belo parque que poderíamos ter. Por isso, foi com alegria que li uma entrevista que o futuro presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Joinville, Carlos Grendene, deu ao colunista Cláudio Loetz, em que colocou como uma de suas metas “trabalhar para que a área central onde está o 62º Batalhão de Infantaria se transforme num grande parque para a população”.

O que está acontecendo com essa área reflete as transformações urbanísticas por que toda cidade passa ao longo de sua existência. Antigamente, os trilhos das ferrovias cortavam as cidades e isso era sinônimo de progresso, pois o trem era o melhor e mais rápido meio de transporte para passageiros e cargas. Atualmente, é um transtorno, mas os municípios têm conseguido mudar o traçado das ferrovias para fora do perímetro urbano e aproveitar a faixa ferroviária para parques, jardins e outros bens públicos.

Quando foi construído o quartel do Exército na área central, não havia a orientação que hoje norteia os planejadores urbanos, de que as cidades precisam de parques públicos de fácil acesso. Por outro lado, se o Exército não tivesse construído o quartel, aquela área, muito provavelmente, poderia estar tomada definitivamente por casas e prédios comerciais.

Portanto, temos que olhar pelo lado positivo. Se os organismos oficiais e representativos da cidade – políticos, empresários, urbanistas, ecólogos, militares – se envolverem numa discussão de alto nível com o comando do Exército, poderá se achar uma solução que seja ganha-ganha, boa para a cidade e para a instituição. A Prefeitura precisa se envolver, oferecendo uma área pública adequada à construção de um novo quartel. Creio que também para o Exército seria positivo, pois se faria um projeto novo e adequado às necessidades de hoje que, sabemos, são bem distintas da época em que o atual foi construído.

Enfim, diálogo respeitoso, mas urgente, deve ser iniciado para alcançar o que fala a canção. “A felicidade morava tão vizinha...”

elydiniz@edmlogos.com.br

ELY DINIZ, EMPRESÁRIO DE COMUNICAÇÃO

4 de novembro de 2010

Ninguém merece !


O empresario Ely Diniz, publicou hoje no jornal A Noticia um texto forte, contundente e real, porque o relato se desenvolve a partir da sua própria experiência. O exemplo de compartilhar o espaço urbano com vizinhos indesejaveis, barulhentos e desrespeitosos. A falta de fiscalização adequada e o conseqüente descumprimento da legislação atual e principalmente a ausência de leis que se adequem a realidade do dia a dia, merece atenção e resposta adequada do poder publico.

Joinville tem se convertido na meca do desenvolvimento a quaisquer preço e a quaisquer custo.

Ninguém merece!

Há alguns meses, aposentei o despertador. Sei o que você está pensando: estou dormindo mais, curtindo mais a vida e me desligando do trabalho rotineiro. Não, meu amigo. Todos os dias, de segunda a segunda, sábado, domingo e feriados incluídos, eu e todos os moradores do meu prédio e da vizinhança, na rua Expedicionário Holz, somos acordados invariavelmente entre 6h30 e 7 horas da manhã pelo barulho da construção de um prédio de 18 andares. Todas as manhãs!

No início, ficamos indignados, imaginando que a construtora estivesse extrapolando o horário permitido, e fomos em comissão reclamar a todas as instâncias do Poder Executivo. Para nossa surpresa, soubemos que tudo estava de acordo com a legislação.

Os códigos de postura e meio ambiente do município, implantados há dez ou 15 anos, permitem que edifícios sejam erguidos de forma ininterrupta. A única coisa que a legislação exige é que a poluição sonora não ultrapasse 60 decibéis (?), em determinados dias e horários.

Para verificar isso, a Fundema seria obrigada a colocar um técnico de plantão em cada obra, durante 12 horas, pois o barulho intenso não é constante. O ruído ensurdecedor de serra elétrica, trator, caminhão, etc. é pontual. Apenas o suficiente para cortar o sono, seja no início da manhã ou à tarde – se num sábado, depois do almoço, você tiver a ideia absurda de descansar.

O mais interessante é que numa madrugada, por volta de 1h30, fomos todos à janela acordados pelo barulho ensurdecedor de um caminhão imenso descarregando um trator igualmente titânico. Isso se repetiu outro dia, às 5h30, com o descarregamento de uma máquina para fazer os buracos da fundação do prédio.

Esse tipo de transporte que atrapalha o trânsito só pode ser feito entre meia-noite e 6 horas da manhã. Incrível, o trânsito não pode ser prejudicado, mas o nosso sossego pode.

Com o atual boom imobiliário, as construções pipocam, principalmente nas zonas residenciais, onde se presume que os moradores tenham alguns direitos ao conforto urbano. O progresso precisa ter limites. Essa legislação, feita sei lá quando nem de que forma, precisa ser revista pelos poderes constituídos, para o bem de Joinville.

elydiniz@edmlogos.com.br

ELY DINIZ, EMPRESÁRIO DE COMUNICAÇÃO


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