Mostrando postagens com marcador FCJ. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FCJ. Mostrar todas as postagens

20 de abril de 2009

Parada Gay


Pela insistência com que alguns radialistas da cidade citam a realização de uma "parada gay" chamada oficialmente de Marcha da Diversidade, parece que existe a preocupação que a participação seja obrigatória.

Pelas informações divulgadas até o momento pela Fundação Cultural, não existe duvida, a participação não será obrigatória, os radialistas que decidam acompanhar a marcha, poderão faze-lo livremente, sem constrangimento e tem ainda o recurso de poder alegar que estavam cobrindo o evento. Sua masculinidade não deverá ser questionada, caso sejam vistos participando da marcha ou nas proximidades do local no dia do evento.

4 de janeiro de 2009

11 Projeto (Fazendo) Arte na Calçada

A obra Tocos em Equilíbrio Insustentável, é o novo trabalho apresentado pelo Projeto (Fazendo) Arte na Calçada. O trabalho mostra com um vigor surpreendente, a imagem forte de um conjunto de tocos que firmemente fixados ao solo, tentam romper as amarras que os retém. A vontade de escapar, de buscar a liberdade.

O trabalho de autor anônimo se destaca na rica paisagem urbana joinvilense, pela sua força e pela sua perfeita integração com o ambiente urbano, a barreira permeável que cria, separa e une ao mesmo tempo, permite uma transparência e nos escassos dias de sol, cria um jogo de luzes e sombras que acrescenta uma rica abordagem cinética.

Não é de hoje, que as ruas e calçadas de Joinville, são tomadas por aproveitadores, bucaneiros e gente de moral e princípios pouco rígidos. O autor consegue, com uma proposta simples e criativa denunciar o uso privado dos espaços públicos, a ocupação das calçadas, que devem pertencer a todos, por parte de minorias, na maior parte das vezes providos de patentes de corso e com a vergonhosa anuência das autoridades de plantão.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos públicos )

19 de dezembro de 2008

Estação Ferroviaria de Joinville




O belo trabalho de Fabrizio Motta, disponível no site do Jornal A Noticia, mostra a Estação Ferroviária de Joinville, recentemente restaurada pela Fundação Cultural de Joinville.
Em quanto uma parte da historia de Joinville é patrolada pela sanha desenvolvimentista, que tem se empenhado em não deixar tijolo sobre tijolo, Outra é preservada e sobrevive, para o deleite das gerações futuras.

13 de julho de 2008

48 horas


48 horas, foi o tempo necessário para desmontar telha por telha e tijolo por tijolo, uma residência construída na década de 20, do século passado, quase 90 anos de historia, que de forma meticulosa foram desmontados e desapareceram para sempre.

Imagino que a ausência do prefeito municipal, na hora de entregar o alvará de demolição, deveu se principalmente a outros compromissos mais importantes, agendados com anterioridade.

De todos modos o fato que a demolição se realizasse a menos de 30 metros da sua residência e praticamente na mesma quadra, não deve ter passado despercebido ao nosso alcaide. Paladino do desenvolvimento, Atila da cultura e da preservação.

O fato que a prefeitura só trabalhe pela manha e que os serviços de fiscalização permaneçam desmobilizados nos finais de semana e nos numerosos feriados, que o nosso calendário local nos brinda, faz que Joinville tenha optado por crescer mais nos finais de semana e as tardes.

Este crescimento tem duas vertentes, o das construções ilegais, que depois precisarão de lei especifica para regularizar o irregularizavel, como tem evidenciado as três edições da lei Cardozinho, que tomou o nome do vereador que a propôs. A outra vertente mais perversa, é a que terraplena a nossa historia e os nossos referenciais nos finais de semana, como já aconteceu na residência que ocupava a esquina das ruas 9 de Março e Henrique Meyer. Nenhuma sentença judicial a poderá trazer de volta.

Não tem a menor importância neste texto se a casa em questão localizada na Rua Marechal Deodoro tinha ou não valor histórico, se estava ou não tombada ou em processo de tombamento. Nada disto servira para trazer de volta o que ela representa, as historias que abrigou e a parte de cada um de nós que se perdeu junto com ela.

Na medida em que não seja importante a preservação dos referenciais históricos desta cidade, e que em nome do desenvolvimento possamos destruir todos e cada um dos elementos que formaram a identidade de Joinville e dos que nela moram, veremos ser arrasado o nosso passado.

Nós seremos o resultado das escolhas que fazemos hoje.

12 de junho de 2008

O Antigo e o Velho

O Antigo e o Velho

Numa cidade com pouco mais de 150 anos, como Joinville, a história mais antiga está presente demais. É fácil em esforço de memória ou perguntando aos mais velhos recuperar os nomes e as anedotas de cada uma das poucas gerações que formam a nossa história.

É neste contexto em que se situa o debate entre o que é velho e o que antigo, ou, em outras palavras, o que tem valor e deve ser preservado e o que pode ser destruído em nome do progresso. Não é uma escolha fácil numa sociedade como a nossa, que está destruindo a passos agigantados a sua memória, porque tudo parece velho, sem que nada ganhe a categoria de antigo.

Em culturas e sociedades com uma história mais longa e rica que a nossa, a diferença entre o velho e o antigo, muitas vezes é de mais de dez séculos. Fica fácil, portanto, estabelecer uma linha clara e bem compreendida, mesmo pelos menos esclarecidos.

Joinville está terraplanando a sua memória e está perdendo os referenciais que um dia podem servir para contar a história do que foi esta cidade. Há dificuldade para reconhecer entre a velharia e o que representa parte da nossa identidade e da nossa herança. Faz que em nome do progresso estejamos soterrando partes do passado, que seriam alicerces do futuro.

Poucos dos casarões que conferiam a Joinville um ar senhorial e aristocrático, construídos ao longo da rua Procópio Gomes, permanecem em pé e dos que permanecem, a maioria está em péssimo estado de conservação e de uso.

Quase nenhum dos jardins que tanto impressionaram ao presidente Affonso Pena na década de 30, quando visitou Joinville e a chamou "Cidade Jardim do Brasil" mantem o seu encanto e a sua cor. Quase nada queda da rica vida cultural de outrora, da qualidade dos nossos artesãos e da riqueza cultural, que fizeram desta uma cidade grande.

Vivemos uma invasão de trogloditas culturais, que em nome do desenvolvimento, não estão deixando pedra sobre pedra, da sua passagem fica só um rastro de destruição e ignorância, que nos transporta as épocas mais escuras da história. Joinville não merece que estes aiatolás do concreto, estes fundamentalistas ignaros que destroem tudo ao seu passo, tenham feito desta terra o seu alvo.

A cidade em nome do progresso tem dado passo a uma nova fisionomia, que parece renegar do seu passado e da sua origem. Uma Joinville que parece condenada a ficar velha, sem ter tido a oportunidade de um dia alcançar a elegância clássica, que está reservada só aquelas cidades que foram capazes de tomar as decisões certas para equilibrar preservação e desenvolvimento. Preservando o velho, para que um dia possa chegar a ser antigo.

Publicado no Jornal A Noticia

1 de abril de 2008

Projeto (fazendo) Arte na Calçada II


O Bairro Boa Vista é um dos que tem recebido as primeiras ações do projeto. Com um numero significativo de instalações artísticas, nesta primeira fase do projeto, a obra que apresentamos hoje, tem por titulo " Solidez Contemporânea" a peça, composta por três elementos, de formas distintas e com uma interesante mescla de materiais. O autor percorre com a mesma tecnica tanto o plastico, como o concreto e ainda o aço.
Mostra um equilíbrio interessante ao combinar as linhas retas com as arredondadas.
O trabalho mostra não só a solidez e o concretismo da proposta do artista, expõe de uma forma crua a dureza da nossa paisagem urbana.
A escolha dos materiais e o estudado abandono do conjunto, contribuem a transmitir a mensagem da agressividade e da violência que permeia a sociedade atual.
As cores escolhidas, destacando cinza sujo, o amarelo empoeirado e o preto saco de lixo, reforçam ainda mais a linguagem urbana.
O solido bloco retangular, apresenta ainda um engaste de aço enferrujado, que reforça a vinculação com a cidade e o seu entorno industrial.
Um pequeno jardim, suaviza a forte dureza do conjunto. O elemento plástico, confere ao tudo um ar contemporâneo e moderno.
O conjunto, como todos os selecionados para o projeto, é de uma esmerada qualidade.
O Projeto ( fazendo ) Arte na Calçada, conta com o apoio cultural da Conurb e da Seinfra e com o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Joinville.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção, nem é custeada com recursos publicos )

veja tambem Projeto (fazendo) Arte na Calçada

26 de março de 2008

Projeto (fazendo) Arte na Calçada


A Conurb, em parceria com a Seinfra, tem iniciado o projeto (fazendo) Arte na Calçada, o projeto cultural, tem como objetivo, embelezar ruas e calçadas da cidade, com obras de arte ou instalações artísticas.
Objetos sem nenhuma utilidade aparente, passam a partir deste projeto, a formar parte do quotidiano urbano da cidade dos príncipes.
Uma das primeiras intervenções é na rua Albano Schmidt, no bairro Boa Vista, o trabalho de autor desconhecido, leva por titulo "Laranja Infinito" composto poruma estrutura tubular em aço galvanizado, de cor laranja, com patina envelhecida, cria um contraste, com a horizontalidade da rua e com a arquitetura do entorno.
Os pequenos detalhes como o lindo jardim minimalista, de uma simplicidade que tem influencia oriental, rodeando e envolvendo a base do importante elemento escultorico e a suave irregularidade e desalinhamento do meio fio, estão cuidadosamente integrados na paisagem urbana da rua.
Cada um dos detalhes que formam o conjunto, reforçam a atenção e o esmero do trabalho.
Parabéns para esta importante iniciativa cultural.

( Esta iniciativa cultural não conta com o apoio da FCJ - Fundação Cultural de Joinville e tampouco recebe nenhum tipo de incentivo ou subvenção legal, nem é custeada com recursos publicos ) )
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...