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16 de julho de 2014

Enchentes la e aqui

Na Suíça as cidades tem mapeadas as áreas sujeitas a enchentes, como também em Joinville, a diferença é que em caso de risco de enchentes se dispara um processo para minimizar os estragos e reduzir a perda de patrimônio.

Áreas alagáveis são bem identificadas e a sua ocupação é proibida ou permitida só para determinados usos. Aqui as áreas alagáveis estão mapeadas, mas o poder público não acha necessário tomar nem medidas de proteção para as atividades já instaladas, nem implantar nenhum tipo de restrição a novas ocupações destas áreas.

O sistema de barreiras moveis temporárias das imagens foi instalado para que as enchentes, caso venham a acontecer, não representem uma grande perda para a cidade e os munícipes. O sistema suíço não deveria parecer tão fora da nossa realidade, mas aqui é impensável.



Quem quiser se aprofundar mais no tema vale a pena visitar o site da empresa http://www.beaver-ag.com/


4 de fevereiro de 2011

Depois da tempestade


Depois da tempestade


As chuvas deste verão permitiram varias constatações, a primeira é que o numero de meteorologistas amadores aumentou em Joinville ao ponto que poderíamos formar uma associação. A segunda, que Joinville é uma cidade mal planejada e a terceira, que não estamos preparados para agir com eficiência numa situação de emergência.


Cada uma das autoridades entrevistadas citava dados diferentes e inclusive divergentes, sobre a quantidade de milímetros, litros e centímetros. Os prejuízos evoluíam de pouco a uma enormidade, os valores monetários passavam dos milhões, isto sem ninguém ter em mão dados verazes e verificáveis. A maioria, dos que não tinham nada, tinha perdido tudo. Em resumo uma confusão só. Em que só faltou a imagem do prefeito com o colete laranja da Defesa Civil. Sobro chute, achismo e faltou informação e precisão.


Sobre o planejamento melhor nem falar, ficou escancarada a forma amadorística com que o tema é tratado em Joinville desde faz anos. As autoridades de plantão dedicaram todo o esforço possível a achar culpados e desculpas. Nem São Pedro, nem os colonizadores, nem todas as administrações anteriores ficaram a salvo do dilúvio de bobagens. As soluções apontadas iam desde a dragagem da barra do Rio Itapocu, até levantar a cidade cinco metros, com um complexo sistema de macacos hidráulicos e a construção de diques, galerias, canais extravasores e obras públicas que rivalizariam em complexidade e orçamento com as pirâmides do Egito ou a Muralha da China. De concreto pouco, um montão de palpites e a insistência em seguir ocupando áreas de risco e alagáveis com projetos habitacionais de alta densidade.


A ausência de um alerta, para uma sociedade sem preparo, nem treinamento para reagir em casos de catástrofe, obrigou os voluntários a correr riscos desnecessários. A Defesa Civil supriu como sempre a falta de meios com o excesso de voluntarismo e de coragem. Joinville precisa estar melhor preparada frente a situações de risco, cada vez mais freqüentes e mais graves.


Quando Joinville ainda define o futuro no seu Plano Diretor, é o momento oportuno para fazer as correções de rumo necessárias, para construir uma cidade sustentável, desestimulando a ocupação das áreas de risco e priorizando o debate dos temas importantes para a sociedade. Pilotando a nave, com pericia, mantendo o debate eqüidistante do imediatismo fácil e da megalomania irreal.



Publicado no jornal A Noticia de Joinville

16 de janeiro de 2011

As prioridades da Conurb


As prioridades da Conurb



Confesso que gostaria de ver a mesma eficiência que a Conurb mostra para montar blitz para arrecadar sendo direcionada para o bem.


A cada nova chuva os mesmos pontos sofrem alagamentos, os mesmos pontos oferecem riscos e com freqüência, motoristas desavisados acabam com seus veículos presos numa rua alagada. Para os conhecedores da cidade, os pontos de alagamento e as áreas de risco já são conhecidos porque ano trás ano e chuva trás chuva são os mesmos. Pontos de risco que parecem ser ignorados pelos órgãos públicos, que não parecem ser capazes, nem de agir preventivamente, nem de ajudar posteriormente.


Como gostaria de ver os cegonheiros que usualmente são usados para transportar os veículos que estão em situação irregular sendo usados para resgatar veículos das áreas alagadas. Melhor ainda seria ver funcionando um operativo de segurança que informasse os motoristas das áreas de risco, das ruas e caminhos alternativos e das formas de contornar o perigo.


Melhor seria que as rádios da cidade transmitissem informações instantâneas sobre as situações de risco e as áreas a evitar. Que de uma forma geral a cidade estivesse preparada para uma contingência, ou uma tragédia que a cada dia parece mais próxima e que cada vez será mais grave.


O ideal, contudo seria que o poder publico, alem de não ter permitido a ocupação de áreas sabidamente alagáveis, e olhar para o outro lado para a ocupação de morros e encostas, agisse com a firmeza que só ele pode usar para remover os ocupantes destas áreas e com isto reduzisse o risco para os moradores e os custos para a sociedade. Ideal seria que o zoneamento destas áreas fosse alterado para evitar que continuassem sendo ocupadas, inclusive legalmente, como resultado da cobiça de uns e da omissão dos outros.


Sem estar preparados para agir com eficiência em situações de risco, sem sistemas de alerta e ação treinados, organizados e coordenados para agir de forma simultânea e com informações fidedignas , Joinville se vê obrigada a continuar lamentando as perdas materiais, curar os feridos e chorar os mortos. Esperando até a próxima fatalidade.

28 de novembro de 2008

Do jornal A Noticia 28/11/08


Na seção de cartas dos leitores, que é sempre um berçário de novas ideias e um bom caminho para sentir o pulsar da sociedade, transcrevo o seguinte texto.

- Mais uma vez, estamos vendo a desorganização do País. Faz seis dias que famílias estão desabrigadas, sem água, sem comida e sem cama. Por que, em vez de donativos como água, leite, alimentos e colchões ficarem se acumulando em ginásios e escolas, o Exército não organiza tendas com cozinhas comunitárias, chuveiros e ambulatórios médicos?

Para que perder tempo “cadastrando” famílias enquanto supermercados estão sendo saqueados? Por que arrecadar dinheiro? Agora, o fim da picada veio com a demagogia do nosso presidente oferecendo verba. Até a burocracia liberar a tal verba, o pobre coitado do brasileiro já se reergueu sozinho. Acorda, Brasil!

Erna Marlene Rzeppa
Joinvill
e

Pelo posicionamento a Sra. Erna, poderia ser uma colaboradora "ad honorem" deste blog. Não tenho nada a acrescentar, só subscrever o seu texto. É neste momentos de crise em que podemos perceber bem como a nossa sociedade funciona e o tipo de lideres que temos.
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