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2 de abril de 2019

Quantas mortes por acidente de transito?

1,2 milhões de mortes por acidentes de transito no mundo por ano. Um número assustador sobre o que ninguém parece se importar. A cultura e o culto ao carro é responsável por 3,4 mil mortos por dia.  A estes números, que por si só já arrepiam, ainda é preciso incluir os 20 a 50 milhões de motoristas, passageiros e principalmente pedestres que sofrem ferimentos graves e ficam com sequelas a cada ano. 




Se em lugar de continuar priorizando o carro e estimulando este modal as políticas públicas de mobilidade considerassem esses números fossem considerados como muito graves e passassem a balizar as políticas públicas e os projetos de mobilidade, teríamos uma redução significativa das despesas com saúde, teríamos uma sociedade mais sadia, cidades menos poluídas e com mais qualidade de vida e destinaríamos menos recursos públicos para infraestrutura viária. Recursos que poderiam ser destinados a melhorar a qualidade das calçadas e passeios, a estimular a caminhada para trajetos curtos e principalmente a investir em malhas ciclo viárias de qualidade e seguras. Mas como estes números não são divulgados e quando são divulgados não geram nenhuma reflexão mais profunda entre a sociedade carro-dependente, carros matam mais pessoas que armas de fogo, incluindo as guerras. 

10 de janeiro de 2019

Carrocentrismo

Carrocentrismo

O modelo de desenvolvimento urbano que adotamos e seguimos é carrocentrista, alguns o denominam antropocentrista, colocando, no seu discurso o homem no centro do modelo, mas cada vez mais estamos implantando um modelo carrocentrista, aquele em que o veiculo é o centro de todas as decisões que tomamos. Há vários motivos que justificam e que incentivam esta modelo, mas há poucos estudos sobre o impacto e o preço que estamos pagando e seguiremos pagando por décadas por esta serie de decisões equivocadas, pior que equivocadas, que já é grave, são decisões ultrapassadas porque a maioria de cidades localizadas nas sociedades mais desenvolvidas já faz tempo que estão na contramão deste modelo e avançam firmemente na direção a partir de um modelo de planejamento urbano mais humanizado em que o pedestre seja o centro e a sustentabilidade, a natureza, a permeabilidade, a transparência, a saúde, em definitiva a qualidade de vida seja o eixo principal do desenvolvimento.

Já há estudos que provam o impacto dos 8 anos de Uber no mundo, houve uma redução no numero de proprietarios de carros nas grandes cidades, paralelamente a este dado há cidades e especialmente bairros de renda alta em que o numero de veiculos aumentou gerando medias superiores a um carro por habitante. 

Joinville tem tomado uma serie de decisões equivocadas no que se refere ao planejamento urbano, são décadas de erros. Só agora começam a ser evidentes os resultados desta continua serie de erros e só agora o cidadão começa a pagar o preço de toda esta incompetência. Quando se planeja uma cidade os impactos, tanto positivos, como negativos, muitas vezes levam tempo para ser percebidos. A decisão de priorizar o uso do carro em detrimento do estimular a mobilidade a pé ou por bicicleta tem impacto na saúde dos joinvilenses, caminhando menos temos uma geração mais sedentária, mais obesa, com mais doenças respiratórias, cidades que utilizam combustíveis fósseis, como gasolina e óleo diesel tem uma qualidade do ar pior e isso tem impacto sobre todos os habitantes.

Quando afastamos o pedestre da rua, as ruas estão mais desertas, menos seguras e isso estimula o aumento da violência urbana e a insegurança, cada vez mais pessoas evitam caminhar por ruas pouco movimentadas e a cidade vai se esvaziando. Ruas bem iluminadas, com calçadas largas e arborizadas são mais seguras, estimulam a caminhar, o comercio vende mais e aumentam a atratividade da cidade.

Quando Joinville permitiu que os veículos ocupassem toda a frente dos imóveis para estacionar e manobrar, aumentou o risco de acidentes para os pedestres, se perdeu permeabilidade, porque áreas que até aquele momento eram verdes foram calçadas. O interesse de uma minoria teve acolhida na Câmara de Vereadores e o prefeito não vetou uma lei absurda. Do mesmo jeito quando a legislação exige que cada prédio tenha estacionamento para os moradores e visitantes ou clientes se busca desafogar as ruas de carros, mas se encarece cada vez mais o acesso a moradia. Quantos metros quadrados Joinville construiu nos últimos anos exclusivamente para servir de garagem? A que custo? Em quanto na maioria de cidades europeias são os municípios os que constroem ou estimulam em parceria com a iniciativa privada a construção de estacionamentos públicos e os recursos arrecadados se destinam a investimentos em melhoria da mobilidade, a construção de mais e melhores calçadas e passeios, a construção de praças e áreas verdes, ao plantio de arvores e a implantação de ciclovias bem planejadas e seguras aqui nem sonhamos em algo parecido.


Políticas públicas de desenvolvimento urbano hoje devem considerar que o modelo atual está obsoleto e não pode ser mantido por mais tempo. As cidades devem buscar obsessivamente a preservação da qualidade de vida e principalmente ter uma visão de futuro em que se deixe de priorizar o carro como modal de transporte e se desestimule o uso de veículos movidos a combustível fóssil. Em quanto, nos países desenvolvidos vemos cada vez mais cidades restringirem o acesso dos carros aos seus centros urbanos, agregando mais e mais ruas a lista e expandindo as áreas livres de carros, aqui estamos fazendo tudo para colocar o carro na sala e no quarto. Já pensou em quanto espaço estamos destinando aos carros e quanto custa? Já pensou se este espaço não poderia ser melhor utilizado? Já fez contas de quanto custa todo esse espaço?

26 de janeiro de 2013

Os carros da Câmara


Os carros da Câmara de novo

Algumas coisas não mudam, e é uma pena, porque os eleitores votaram justamente para que as coisas mudassem. No caso da nossa Câmara de vereadores, de novo volta à tona o tema dos carros do legislativo. As informações publicadas mostram que há gente interessada em imbecilizar a sociedade, achando que apresentar o problema reduzindo-o a um debate sobre se é melhor alugar o comprar os ditos carros é a solução.

Na verdade o problema dos gastos excessivos do nosso legislativo se origina na frouxidão do executivo, que não busca adequar o orçamento da Câmara de Vereadores a valores acordes com a realidade de Joinville. Alguns podem achar que é pura venalidade ou simplesmente debilidade do executivo que não quer enfrentar o legislativo e que prefere deixar correr solto. Não é o caso neste momento, quando o prefeito conseguiu cooptar a 18 dos 19 vereadores. O momento político é o adequado para colocar o tema do orçamento e do custo da Câmara em pauta.

O presidente da Câmara adotou uma posição bíblica, estilo Poncio Pilatos, encaminhou um questionário aos nobres edis para que se manifestem sobre o uso do carro oficial. E a partir das respostas se farão os estudos econômicos para definir se a melhor opção é o aluguel ou a compra dos veículos. O questionamento deve ser abordado a partir de outra premissa: Precisam os nossos vereadores de veículos? Quantos são necessários para atender as necessidades de serviço da Câmara? Durante a campanha eleitoral era comum ver os vereadores / candidatos se dirigir aos seus compromissos de campanha utilizando o veiculo da Câmara, o que deve ser considerado uma vantagem desproporcional frente aos demais candidatos. Perguntar aos atuais vereadores se querem um carro oficial, para levar para casa e ir ao supermercado, é o equivalente a uma criança se quer bala. A resposta é clara.

A proposta mais coerente deveria ser a de que os vereadores de Joinville usassem o transporte coletivo, poderiam inclusive estar mais próximos dos seus eleitores, postos a continuar na mesma linha de raciocínio deveriam se comprometer a ser atendidos pelo SUS e conhecer de perto os PAs, o Hospital Municipal São José (HMSJ) e aqueles com filhos em idade escolar deveriam optar também por levar os filhos ao CEI ou a escola municipal mais próxima da sua residência. O resultado imediato além de reduzir o custo da Câmara seria também uma melhora sensível dos serviços públicos utilizados pela população.

Achou demagógico? Bom não fui eu que escolhi ser vereador. Quem foi eleito para representar a sociedade deve começar olhando com outros olhos o chamado dinheiro público, porque esse dito dinheiro público é na verdade o dinheiro do contribuinte. Por tanto é o seu, o meu, o nosso dinheiro. E deve ser mais bem administrado.

27 de maio de 2012

Desconto de IPI e juros para carros


As maiores facilidades para a compra de carros promovidas pelo governo federal para aquecer a economia, devem produzir situações inusitadas. Como a da imagem. Um grupo de babuínos depois de economizar durante alguns meses, obtiveram com o gerente da sua agencia bancaria um empréstimo que lhes permitiu adquirir um veiculo novo e 100% financiado.


O dinheiro economizado foi destinado ao consumo de amendoim e bebidas não alcoólicas para celebrar a adquisição do novo carro.

O Babuíno Alpha informou que com o novo veiculo o grupo não utilizara mais o transporte público: "A gente ficava muito espremido e os babuínos não toleramos o cheiro de suor dos outros usuários. O nosso olfato é muito desenvolvido. De agora em diante vamos só no friozinho do ar condicionado"

10 de março de 2012

O automóvel é uma vaca leiteira


É bom começar esclarecendo que “vaca leiteira” é uma expressão coloquial (significa geração de caixa) e que neste texto é usada de forma retórica. Ultimamente as pessoas andam com os nervos à flor de pele e se sentem interpeladas por qualquer tolice.

O carro é a vaca leiteira que sustenta uma parte importante da nossa economia pública, na outra ponta é preciso incluir os custos com a imobilidade, os investimentos necessários para construir duplicações, binários e elevados, o aumento dos custos no sistema de saúde para fazer frente aos acidentes de transito e a irreparável perda de jovens, que na flor da idade perdem a vida ou são mutilados em números que superam o de muitos países em guerra.

Cada vez mais o tema mobilidade está em pauta. Na verdade, quanto menor o nível de mobilidade urbana, mais o tema é debatido. Transporte público, elevados, bicicletas, ciclovias, faixas de pedestres é por aí afora são objeto de textos, debates e devaneios de uns e outros. Em comum, o fato de demonizar o automóvel e ver a sua expansão e aumento como um fato inevitável. Os maiores inimigos do carro se situam entre os ocupantes de cargos no poder público e os diretamente vinculados ao transporte coletivo, estes últimos por motivos óbvios.

É conveniente revisar alguns dados que podem ajudar a entender melhor esta situação em que, por um lado, se demoniza o carro e, pelo outro, se estimula a sua expansão e se trabalha para manter o maior nível de mobilidade individual. O carro é, no Brasil de hoje, uma vaca sagrada, de úberes fartos e generosos. Isso ocorre desde que se iniciou o irreversível sucateamento da malha ferroviária, para criar as condições propícias ao desenvolvimento do mercado rodoviário. Quando se fez a aposta de trocar um modal por outro, o Brasil tomou uma decisão estratégica: o tempo e os fatos têm se encarregado de mostrar o acerto ou não da decisão.

Hoje a nossa economia está atrelada ao carro. A arrecadação da própria prefeitura é dependente dos recursos originados pelo automóvel. O joinvilense paga mais de IPVA que de IPTU. O total arrecadado com IPTU em 2011 foi de R$ 67 milhões. O IPVA representou R$ 87 milhões e destes a metade fica no município e a outra vai para o Estado. Para ter noção de grandeza, os R$ 43,5 milhões que correspondem a Joinville são um valor maior que o empréstimo do BNDES, na cifra de R$ 40 milhões, que é apresentado como a solução para a maioria dos problemas de trânsito da cidade. Estas contas não incluem os valores arrecadados com multas, que estão na ordem de R$ 12 milhões ao ano, ou o ICMS que incide sobre o álcool, a gasolina e o diesel que os nossos veículos consomem e que representa outra parcela significativa das receitas públicas.


A equação mobilidade urbana versus imobilidade urbana precisa considerar outras variáveis além da visão simplista de ônibus X VLT ou bicicleta X carro. Implica um debate sobre o modelo de cidade e a implantação de um plano de mobilidade urbana que faça desta uma cidade mais eficiente, mais competitiva e preparada para o futuro. 


Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

13 de fevereiro de 2012

Uma questão de escolha

Os trés vereadores que optaram por não utilizar os carros alugados pela Câmara de Vereadores de Joinville tem mais chances de ganhar o voto dos eleitores conscientes que acham que o aluguel de um carro para cada parlamentar é um gasto desnecessário. Pense nisso na hora de fazer a sua escolha em outubro.

São eles:

James Scroeder (PDT)
Jucelio Girardi (PMDB)
Manoel Bento (PT)

Lembrando que o vereador Jucelio Girardi foi flagrado usando o carro para ir a jogar futebol em 2010 e neste ano decidiu não utilizar o veiculo.

31 de julho de 2011

Vá de Porsche

CONRADO CORSALETTE - Folha de São Paulo

Para além do Porsche


"Se eu tivesse comprado um apartamento de R$ 500 mil, seria [considerado] normal. Só que eu continuei morando com os meus pais. E comprei o carro há quatro meses. Era um sonho meu. Acho lindo, acho bacana."
Com essa declaração, o engenheiro Marcelo Malvio Alvez de Lima, 36, tentou atribuir à marca de seu veículo, um Porsche, o tamanho da repercussão do caso no qual está envolvido.
Em 9 de julho, ele acelerou além da conta numa rua do Itaim Bibi e bateu no Tucson da advogada Carolina Cintra Santos, 28. Ela morreu.
Sem entrar em mais uma discussão sobre o acidente, a declaração de Marcelo diz tudo sobre a importância que boa parte dos brasileiros dá ao carro. E essa cultura automotiva deixa marcas indeléveis nas ruas de grandes cidades.
Ao transformar o seu veículo numa extensão da casa (ou na melhor parte dela), há quem tenha perdido a noção de que a rua é um espaço público. Daí a se achar inimputável sobre quatro rodas é um pulo (ou uma acelerada a mais, mesmo após uns goles).
Para além do Porsche, a ode ao transporte individual criou uma realidade trágica na metrópole: horas perdidas no trânsito, tensão no ir e vir, ar sufocante nas estações secas -neste mês, a poluição causada principalmente pela queima de combustíveis foi a pior registrada desde 2008.
Tomar consciência de que não precisa ser assim leva tempo. Basta lembrar da mutação ocorrida na percepção geral sobre o fumo, por exemplo. Em meados do século passado, Humphrey Bogart era "lindo" e "bacana" com seu cigarro no canto da boca. Hoje, os galãs do cinemão americano passam longe da nicotina.
A compreensão de que o cigarro tem um custo social ajudou na campanha para desglamourizá-lo. Com o tempo, será possível convencer as pessoas de que ser veloz e furioso também passa longe de ser "lindo" e "bacana". Pois o custo social do uso indiscriminado do carro, apesar do valor que a indústria automotiva ainda tem para a economia, é enorme.
Aqui e ali, já surgem iniciativas de desglamourização. Acesse, por exemplo, o site www.vadegalinha.org.br, criado a partir de dados publicados na Folha, e ria um pouco de si mesmo. Lembre-se de que, na hora do rush, a velocidade dos motorizados paulistanos não passa de 15 km/h, performance galinácea.
A campanha de respeito ao pedestre da Prefeitura de São Paulo também colabora para colocar as coisas nos eixos. No que se refere a governos, no entanto, esperam-se medidas mais radicais de melhoria real do transporte público.
A meta é inverter a presente situação: há metrô de menos e carros demais. Hora de pensar no que fazer, portanto, com os 7 milhões de veículos da cidade, mais de um para cada dois moradores. Uma proporção "feia" e "tacanha".

CONRADO CORSALETTE é editor-adjunto de Cotidiano.

2 de abril de 2011

Taxar os carros


FERNANDO DE BARROS E SILVA - Folha de São Paulo


Taxar os carros

SÃO PAULO - Pego o carro em casa e em 10, no máximo 15 minutos estaciono na garagem da Folha. Eventualmente faço o percurso a pé -uma caminhada de menos de 40 minutos. Ônibus? Metrô? Jamais.


Sou mais um paulistano acomodado a esbravejar contra o trânsito infernal da cidade. "Mas o transporte público não nos dá alternativa, é precário, de péssima qualidade" -é muito comum ouvir isso na classe média motorizada. Uma meia verdade que serve como álibi.


Público, para nós, não designa aquilo que é comum, a que todos têm direito, mas aquilo a que estão condenados os que não podem pagar pelo serviço privado. Vale para a escola particular, vale para o plano de saúde, vale para o carro...


É óbvio que os 70 km de metrô existentes na cidade são insuficientes (o dobro disso seria razoável). É sabido que o transporte público é deficiente. Mas isso vale sobretudo para a periferia. É o ônibus do morador do Grajaú que passa sempre atrasado e vive superlotado.
Em termos de conforto, é claro que nada substitui o carrinho -horários flexíveis, som à la carte, privacidade. Mais do que um meio de transporte, ele é um modo de vida. Encapsulados ali, travamos nas ruas uma espécie de guerra hobbesiana, de todos contra todos.


Mas veja que coisa: na liberal Inglaterra, 93% dos londrinos fazem uso do transporte público. Os estacionamentos foram proibidos nas regiões centrais da cidade e quem circula por ali paga um pedágio. Foi o arquiteto Richard Rogers, criador do Beaubourg, de Paris, quem lembrou isso à Folha nesta semana.


Por que não taxar a circulação de carros nas regiões mais saturadas da cidade? Que prefeito bancaria isso? Logo desconfiamos que o dinheiro não seria usado para financiar a melhoria do transporte coletivo e ainda lembramos que muitos políticos são só larápios de gravata.


Essa talvez seja uma verdade e meia. Mas é também um álibi para que tudo fique como está. Ou piore.

16 de fevereiro de 2010

Carros da Camara


Foco no problema ou na solução




No caso dos carros da Câmara o foco do debate com a sociedade poderia se orientar na busca de uma solução adequada. Devemos nos focar no problema ou na solução, em outras palavras, foco na oferta ou na demanda?

Na abordagem que a Câmara utilizou o foco foi na “oferta”, quer dizer cada vereador tem a sua disposição um carro, tenha ou não demanda para ele, rode muito ou rode pouco, e o custo total é alto. Não é a melhor abordagem e não é a melhor alternativa para o uso do dinheiro publico, porque se paga pelo que não se usa. Pagar carro para ter o carro a disposição é desperdiçar os recursos públicos.

A abordagem mais adequada, a luz das informações obtidas com saca-rolhas pelo jornal A Noticia, mostram que os carros da Câmara rodam pouco, e que seria melhor aplicado o princípio da economicidade, se o foco da solução fosse a "demanda".

Os vereadores devem ter um carro a disposição para o serviço, quando for preciso. A solução mais lógica, poderia ser uma licitação entre as cooperativas de táxis de Joinville. Os táxis são um serviço publico. Os carros estão emplacados aqui e pagam aqui o seu IPVA, ofereceriam o serviço e seriam remunerados por viagem, aplicando a mesma tarifa que se aplica aos demais joinvillenses. Ainda como seria uma licitação seria possível que a Câmara obtivesse um desconto sustancial sobre a tarifa aplicada, pelo volume de viagens que estariam sendo contratadas.


O modelo atual ainda retira das suas importantes funções os assessores parlamentares, que convertidos em motoristas parlamentares deixam de prestar sua importante trabalho em corredores e gabinetes. Corremos o risco ainda que em pouco tempo a Câmara convoque um novo concurso publico para atender a demanda do cargo recentemente criado de APM - Assessor Parlamentar Móvel ou CQAPL - Condutor Qualificado de Autoridade Parlamentar Local, com o que criaríamos de forma definitiva, novos custos permanentes, para a nossa enxuta câmara de vereadores.

É só um problema de enfoque, se enfocamos no problema ou na solução. Se na oferta ou na demanda. Se na gastança ou na economia.


Publicado no jornal A Noticia

8 de julho de 2009

Demorou muito


A noticia de que os carros da Câmara de Vereadores de Joinville, circulam sem identificação, demorou muito.

Ninguém deve se surpreender com a informação, a única surpresa pode ser só para os estultos, que ainda não identificaram corretamente o elevado padrão moral e ético que rege o nosso legislativo.

Tudo aquele teatro com a licitação para aluguel dos carros da Câmara, a transparência e a lisura, não passou de um ginhol, um teatro de fantoches.

A Câmara poderia, punindo os responsáveis, sinalizar com um mínimo de moralização e ética. algo que tem tido dificuldade em deixar transparecer e tem evitado fazer com avareza típica de um tio patinhas. Um estudo criterioso sinaliza que a possibilidade que isto possa acontecer é menor que a possibilidade que a cidade alcance 100 % de de saneamento básico instalado na próxima década.

Desta Câmara é melhor não esperar muita coisa boa, Pode até não ser por falta de vontade, é pura incapacidade mesmo. Tem se convertido numa satrapia, que vive de costas a população que deve representar. Não podemos deixar de destacar sua capacidade para simultaneamente ignorar o eleitor e descumprir a suas próprias leis e regulamentos.

Deve ser o Senado Federal fazendo escola. Pode ser que o presidente da Câmara tenha assinado atos secretos isentando os veículos da Câmara de circular com identificação. O que os citados veículos sejam utilizados em perigosas missões secretas, que exijam discrição e sigilo próprios aos nossos edis.

28 de dezembro de 2008

Quando o governo estimula a industria...


Clique na imagem para aumentar e entender o nível de promiscuidade que existe hoje na indústria automobilística. O setor hoje mantém um elevado nível de interação entre os diversos fabricantes, o que se por um lado reduz o risco para a indústria, cria uma falsa ilusão de diversidade de oferta para os compradores.
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