20 de setembro de 2012
19 de maio de 2012
O inimigo externo
Na posguerra ficou no lado comunista da cortina de ferro e se converteu numa das piores e mais fechadas ditaduras comunistas da epoca. Escolhendo a aliança com o comunismo radical de China de Mao, que o stalinismo sovietico considerado moderado demais.
Durante os anos mais duros da ditadura o governo criou o mito do inimigo externo, como uma forma de manter a população preparada e unida para defender o pais da ameaça que representava o inimigo externo. Num pais que na epoca tinha menos de 2,5 milhões de habitantes foram construidos mais de 700.000 bunquers para formar uma linha de defesa para proteger o pais. Mais de um bunker para cada familia. Nunca existiu um perigo real e inmediato de invasão por parte de nenhum vizinho ou de nenhuma potencia estrangeira. Albania era e continua sendo hoje um objetivo pouco importante estrategicmente para que alguem possa imaginar uma invasão.
Criar inimigos externos reais ou imaginarios é uma pratica comum na politica. A Argentina fez isto em plena ditadura militar, para unir um pais e uma sociedade fragmentada frente a um suposto inimigo externo, o resultado foi a desastrada guerra das ilhas Falklands/Malvinas. Agora de novo tentou reviver o tema do conflito bélico, com pouco exito e optou por fazer da expropriação incruenta do capital espanhol na petrolera YPF uma nova versão de união de todos contra um inimigo externo. A Bolivia vem fazendo isso em doses menores mas com maior frequencia. A propria Petrobras já foi vitima deste jogo politico.
A nivel local há uma propensão tambem a construir ou até inventar inimigos externos ou internos. Às vezes é o Governo do Estado, outras o PI (Partido da Ilha), outras os estados vizinhos e em épocas passadas o governo federal, nosso atual melhor amigo. Outras vezes os inimigos são internos, as viuvas de um , os aliados de ontem, os criticos de sempre. Às vezes até os elementos da natureza têm sido apresentados como inimigos que ameaçam a paz e a harmonia desta magnífica cidade. É bom saber separar os inimigos reais, dos fantasmas e dos monstros imaginários, que inventamos para amedrontar crianças e eleitores.
12 de maio de 2011
Índole (*)
Índole
Algumas pessoas e organizações, quando submetidas a um mínimo de pressão ou afrontadas, não conseguem conter se e acabam escancarando a sua verdadeira a sua índole, o seu temperamento, a sua propensão natural. A saída em bloco do PMDB do governo municipal permitiu identificar quem no governo mantém a cordura e quem virou cachorro louco.
As agressões gratuitas aos aliados de ontem, não ajudam em nada aos poucos bombeiros cordatos, que ainda se mantém heroicamente na primeira linha de batalha. A habilidade de alguns desequilibrados em atirar para dentro do forte faz que os últimos meses do governo municipal, fiquem cada dias mais parecidos aos filmes de bang – bang, quando os colonizadores, formavam um circulo defensivo, com as carretas, e hordas de peles vermelhas os rodeavam e atacavam com setas, balas e o que tivessem a mão.
O espírito de sacrifício dos colonizadores era digno de encômio, mas nunca, sob nenhum conceito era recomendável atirar para dentro do circulo. A fábula do escorpião que ao atravessar o rio, mata o elefante que o transportava, porque esta era a sua índole serve para ver o quanto de suicida tem este tipo de comportamento. Hoje a impressão é que tem mais escorpião dentro do circulo das carretas que peles vermelhas atacando do lado de fora.
Atacar, com virulência, os aliados de ontem, é coisa de guaipeca, aquele cachorro que quando você chega, abaixa a orelha e encosta o rabo no chão e quando você vira as costas, avança e morde. Esta agressividade mostra imaturidade e falta de sabedoria política. Sobrará mais trabalho para os poucos que ainda mantêm um mínimo de cordura no meio do turbilhão em que a prefeitura esta mergulhada. Será preciso construir todas as pontes que agora estão sendo dinamitadas. Porque a historia ensina que aliados de hoje podem ser inimigos amanhã, da mesma forma que inimigos de hoje podem ser os aliados de amanhã.
É a índole o que nos permite identificar se os aliados o inimigos são confiáveis e se são leais, porque também entre os inimigos deve existir a lealdade, mas isto é para gente de outra índole. Não os que saem apunhalando pelas costas e maldizendo a boca pequena.