31 de dezembro de 2012

Feliz 2013


Feliz 2013 aos mais de 300.000 seguidores do blog, especialmente aos críticos, que me ajudam instigando,cobrando e fiscalizando.

Esperanças renovadas, problemas de sempre.




Final de um ano e inicio de outro é a época certa para renovar as esperanças, se reviramos um pouco nos arquivos de faz um ano ou dois, nos encontraremos a mesma situação. Acreditamos, não sei se não seria mais correto dizer, gostamos de acreditar que por arte de mágica todos os problemas serão resolvidos. Os mesmos problemas que nos acompanham por anos, lustros, décadas ou até por séculos, se resolverão rapidamente e de forma fácil.

No caso de Joinville o inicio de um novo governo dá novas esperanças, as mesmas que já tivemos em 2009 e que pouco a pouco foram ficando esquecidas e abriram espaço para as frustrações de hoje. Há uma relação direta entre a renovação das esperanças de hoje e as frustrações de amanha. Quanto maiores e mais desproporcionais sejam umas, maior o risco que as nossas frustrações aumentem.

Encerramos o ano acreditando que o próximo será melhor. Fazemos pouco para que seja verdadeiramente melhor, no máximo torcemos para que seja, mas é pouco o que acabamos fazendo para que melhore. Se listássemos os problemas que afetam a Joinville, nem precisaríamos ser muito criativos, são os mesmos desde sempre, eles se alastram a traves do tempo e permanecem firmes e fortes.

Continuamos com índices de saneamento básico inadmissíveis, as carências em infraestrutura já são um freio ao desenvolvimento da cidade, parques e áreas de lazer, que mereçam este nome, ainda são uma exceção por aqui. Escolas públicas de qualidade são difíceis de encontrar. Museus e espaços culturais interditados são uma ferida aberta na Joinville do Pibão. Uma saúde que trate as pessoas como seres humanos e não como gado ou mercadoria é uma divida que Joinville não consegue pagar a pesar dos custos crescentes e dos recursos carimbados.

É fácil acreditar que o novo governo vai resolver todos estes problemas e todos os que nem foram aqui citados. Que o choque de gestão de que tanto se falou na campanha vai fazer desta cidade outra Joinville. O certo é que a cada novo ano renovamos as nossas esperanças numa Joinville melhor e mais justa. A cada final de ano ao olhar para o ano que conclui ficamos com o sentimento que enfrentaremos de novo os mesmos problemas uma e outra vez.

Feliz ano novo e que o ano que agora inicia seja melhor que o que acaba. Acreditemos nesta Joinville melhor e mais que torcer, façamos um esforço para que o futuro nos proporcione mais prosperidade e qualidade de vida que o presente e ainda mais que o passado que hoje se encerra.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

30 de dezembro de 2012

Homem de sorte




Antes mesmo de assumir o cargo o prefeito Udo Dohler já recebeu um bom presente. O seu antecessor, Carlito Merss decidiu conceder um aumento na passagem de ônibus superior a inflação. Em Joinville agora a passagem adquirida antecipadamente custa R$ 3,00 e a passagem quando comprada diretamente no ônibus passou a custar R$ 3,35.

Que o prefeito Carlito Merss tenha dado um presente deste tamanho tem deixado a uns e outros surpreendidos, primeiro porque não precisaria conceder o aumento, é bom lembrar que no seu primeiro ano de governo o aumento só foi concedido no mês de abril. Tampouco precisaria conceder um aumento acima da inflação. A pratica tinha sido até este momento conceder a reposição da inflação.

Assumindo todo o desgaste político de uma medida tão pouco popular, o prefeito Carlito Merss pode se candidatar ao premio “Leopold von Sacher-Masoch” de masoquismo. E deve ter boas possibilidades de obter no mínimo uma menção honrosa. Por outro lado fica difícil entender tanto desinteresse e altruísmo. Assumir o desgaste sem pedir ou receber nada em troca não é uma pratica comum no mundo político, menos ainda entre candidatos que se enfrentaram numa eleição. É possível que tudo seja o resultado do forte espírito natalino que se respira no paço municipal, também é provável que existam outros motivos que não sejam evidentes neste momento mas que serão conhecidos oportunamente.

De momento só nos cabe parabenizar ao prefeito eleito Udo Dohler por contar com amigos tão sinceros e desinteressados que evitam que inicie o seu mandato enfrentando o dilema de conceder ou não o aumento da passagem de ônibus solicitado pelas empresas. Se o concedesse atenderia o pleito de bons amigos, se não o fizesse ganharia o apoio do eleitor e arrumaria problemas na outra frente. Ficamos durante um tempo sem poder saber qual teria sido a sua decisão.

Nova sinalização para as ciclofaixas em Joinville


O perigo que representam as ciclofaixas em Joinville justifica a instalação de novas placas de transito que avisem os ciclistas que por elas ousem se aventurar que é bom pensar duas vezes.

29 de dezembro de 2012

Achou que tudo se aprende na escola?


Pense melhor. Há gente que não aprendeu nada na universidade e outros que sem ter educação básica são verdadeiros gênios. Escolha bem os seus interlocutores

28 de dezembro de 2012

Comedia ou tragedia




Ao concluir o mandato do prefeito Carlito Merss é evidente que a sua gestão é vista de forma bem diferente pelos seus seguidores incondicionais e pela população em geral.

Estes quatro anos da historia recente de Joinville podem ser vistos e analisados desde duas perspectivas distintas, Uma visão mais apaixonada é a que enxerga o prefeito e sua gestão como se de uma tragédia se tratasse e ele fosse o protagonista de uma epopeia que culminou com a sua eleição. A maioria dos seus companheiros de partido tem esta visão e a tem externado com frequência. Os obstáculos, as dificuldades, as dividas herdadas da gestão anterior, a luta titânica contra todo e contra todos. A chegada do PT ao poder na maior cidade de Santa Catarina. Um representante dos trabalhadores na cidade das industrias.

Outra perspectiva é que considera que estes quatro anos tem sido uma comedia, uma sucessão ininterrupta de erros, de trapalhadas, de desencontros. Os atrasos nas obras públicas, as licitações embargadas na justiça, as escolas e predios interditados, as obras inacabadas, a sucessão de liminares e de ações contra as ações do seu governo. Os decretos anulados, os erros crassos na contabilidade que levaram até a ter a sua candidatura cassada por não levar o mais elementar controle dos seus gastos de publicidade. A avaliação acaba sendo que a tropa quem ruidosa algaravia tomou de assalto o paço municipal e indiretamente a cidade não estava preparada para a responsabilidade que assumiu.

A gestão do prefeito Carlito será avaliada pela historia a partir de duas perspectivas distintas a paixão dos que o vem como o herói de uma tragédia ou o cinismo dos que o enxergam como o protagonista de uma comedia de erros.

26 de dezembro de 2012

Esquentou?

E você acha que não tem nada a ver com isso? Melhor pensar de novo.


O que fazemos localmente tem impacto global

23 de dezembro de 2012

Dia 25



É fácil acreditar que como o mundo é redondo nos somos o centro dele. Achamos que tudo gravita em redor de nos. O ser humano esta cada vez mais deixando de ser humano. Às vezes nos sentimos tentados a pensar que tendo sido feitos a imagem e semelhança de Deus estamos mais próximos de semideuses que dos homens. Há quem acredite que somos mesmo superiores, chegamos a acreditar que somos melhores que as outras raças com as que compartilhamos este planeta. É justamente esta ausência total de humildade a que nos perde e nos faz esquecer que somos simplesmente seres humanos.

Quanto mais conheçamos e convivamos com outros seres humanos, maior será a probabilidade que descubramos o quanto há de igual entre cada um de nos e o pouco que há que nos diferencie. Se fizermos um pequeno esforço nos daremos conta que não só não somos superiores a ninguém, pode até ser que sejamos inferiores a muitos outros.

A pesar da mensagem natalina, ser uma mensagem de amor e paz. Obviamos o quanto há de humildade numa família que não tendo onde ficar acabaram passando a noite num estábulo e uma criança nasceu numa manjedoura, tendo por companhia um boi e um asno. Se esta reflexão não for suficiente, seria bom lembrar que a maioria dos mais de sete bilhões de habitantes deste planeta, não celebram o dia 25 de dezembro. Para Budistas, muçulmanos, judeus, hindus e a maioria das religiões animistas, o dia de Natal é um dia como qualquer outro.

Natal deve ser um tempo para reflexão sobre a vida, sobre a tolerância, sobre o amor, sobre a família. Um tempo que tem se convertido numa data comercial, em que há neve nos trópicos, renas puxando trenós impossíveis e velhinhos acima do peso descendo de helicóptero em centros comerciais ou em campos de futebol. O consumismo e o materialismo nos afastam da origem e da mensagem de fé e amanha será outro dia. Quando ter for mais importante que ser a mensagem é que estamos a cada dia mais longe do espírito natalino. O dia 26 de dezembro tem se convertido no dia de trocar os presentes recebidos pelos que teríamos gostado de receber. As festas natalinas são o tempo de cometer excessos gastronômicos e etílicos permitidos. Em definitiva Natal parece ter se convertido mais num tempo em que nos dedicamos a afastarmos mais do que deveria ser a sua origem e objetivo em lugar de nos dedicar a aproximarmos dele e recuperar os valores e princípios que de verdade são importantes.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

Programação do fim do mundo

Só depois que o evento foi oficialmente cancelado que recebemos o programa oficial do Fim do Mundo


06:30 - Início do Fim
07:00 - Chuva de meteoritos
08:30 - Chegada da primeira tsunami
10:00 - Boas vindas dos OVNI's
10:30 - OVNI's dançando Gangnam Style em flashmob
11:36 - Início da Destruição
12:00 - Eclipse e alinhamento de todos os planetas do sistema solar
12:00 a 14:00 - pausa para almoço
14:15 - Inversão dos Pólos Magnéticos da Terra
15:00 - Super Aquecimento Global
16:30 - Início da Aniquilação dos Terráqueos
17:00 - Show do Latino
18:00 - Revelação de Terráqueos Alienígenas
19:00 - Resgate de prisioneiros da área 51 e de Varginha
20:00 - re-abertura do túnel São Tomé Das Letras/ Machu Picchu
21:00 - Aproximação do planeta Nibiru
22:00 - Revelação de amigo secreto dos UFO's
23:00 - Chegada do Tinhoso pra terminar o serviço
23:30 - Fim do Mundo

21 de dezembro de 2012

O Fim do Mundo é hoje

E eu continuo pagando contas, agendando compromissos para a semana que vem.
Comprei presentes para entregar neste natal e ainda nem cortei o cabelo. Isso quer dizer que não estou levando esta historia do fim do mundo muito a serio.

Pode ser que depois de ter sobrevivido a tantas estripulias não acredite mais num fim do mundo com data marcada.

20 de dezembro de 2012

Impostos




 Os 10 países onde MENOS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2011.

1. Maldivas: 0 horas
2. Emirados Árabes Unidos: 12 horas
3. Bahrein: 36 horas
4. Qatar: 36 horas
5. Bahamas: 58 horas
6. Luxemburgo: 59 horas
7. Omã: 62 horas
8. Suíça: 63 horas
9. Irlanda: 76 horas
10.Seicheles: 76 horas


Os 10 países onde MAIS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2011:

1. Brasil: 2.600 horas ( é mais que o dobro do 2º colocado! )
2. Bolívia: 1.080 horas
3. Vietnã: 941 horas
4. Nigéria: 938 horas
5. Venezuela: 864 horas
6. Bielorrússia: 798 horas
7. Chade: 732 horas
8. Mauritânia: 696 horas
9. Senegal: 666 horas
10.Ucrânia: 657 horas

Fonte: Banco Mundial (Doing Business 2011)

"O Brasil tem a maior carga tributária do mundo para pagar a maior corrupção do mundo"

19 de dezembro de 2012

Não deu


NÃO DEU.

O ano do Judiciário está terminando no dia 20.12 e a Procuradoria do Município de Joinville não conseguiu, por ora, suspender a liminar que sustou a realização da Conferência das Cidades concedida pelo Juiz Roberto Lepper no dia 17 de Outubro.Apesar de apresentar novo recurso( embargos de declaração), a Justiça somente vai  apreciar o pedido após a manifestação dos autores da Ação Popular, o que deve ocorrer em 2013, já com o novo Prefeito empossado.


Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento n. 2012.073443-8/0001.00, de
Joinville
Embargantes : Município de Joinville e outro
Advogados : Drs. Franciano Beltramini (21345/SC) e outro
Embargados : Regis da Silva Palácio e outros
Advogado : Dr. Gustavo Pereira da Silva (16146/SC)
Interessados : Vladimir Tavares Constante e outros
Relator: Des. Domingos Paludo
DESPACHO
Os embargos pretendem alteração da decisão, caso em que deverá ser
ouvida a parte contrária, para que não se viole o princípio do devido processo legal
(STF - RE 250.396-7/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, de 14-12-99 e STJ ED no Resp
172.082, rel. Min. Hamilton Carvalhido, de 28-05-03).
Intimar e, após, voltar.
Florianópolis, 13 de dezembro de 2012.
Domingos Paludo



18 de dezembro de 2012

Final triste e melancólico


Prefeito Carlito Merss depois de décadas de vida política continua sem entender nem a sociedade, nem as forças que compõem a cidade, as suas declarações hoje para o jornal A Noticia reforçam a mensagem que sempre há que buscar outros culpados pelos seus erros e pela incompetência dele e da sua equipe.

LEI DE ORDENAMENTO TERRITORIAL

É um atraso político (a LOT não estar aprovada). Até hoje, não sei a que interesses os senhores que moveram a ação contra o Conselho da Cidade atendem. O Udo disse que não é gente dele, tanto que perdeu agora também na tentativa de colocar o projeto em votação. Não é gente ligada ao Sinduscon, nem mesmo a outros grandes empresários. Não sei qual a motivação para emperrar um assunto tão importante para o futuro da cidade.

Na sua visão míope e simplista da cidade e da sociedade, continua sem conseguir enxergar que haja em Joinville outras entidades representativas da sociedade diferentes da ACIJ de Udo Dohler e do Sinduscon. Justamente por não ter conseguido ao longo de quatro anos entender esta complexidade de visões e de interesses em jogo.

Que um grupo, cada vez maior, de cidadãos e cidadãs se proponha defender um modelo de desenvolvimento urbano diferente do oficial. Um modelo de cidade que anteponha a qualidade de vida à cobiça e as pessoas ao dinheiro e os interesses imobiliários.  Parece algo totalmente fora da sua capacidade de compreensão e discernimento, e mostra o quanto tem feito um governo distante da sociedade que voto nele e acreditou nas suas propostas.

Um final triste e languido em que o discurso continua sendo o mesmo que prevaleceu durante todo o seu governo, “Os culpados são os outros” ele nada fez de errado e ainda acredita que teria sido reeleito caso não tivesse sido pela perseguição que sofreu durante os quatro anos de mandato.

Um final triste, melancólico, de alguém que jogou fora um patrimônio político construído ao longo de anos de trabalho.

A integra da entrevista esta no link Entrevista Carlito A Noticia

17 de dezembro de 2012

Pergunta que não quer calar...


 Você o conhece?

Formou-se em Direito pela Faculdade de São Bernardo do Campo, e nos governos petistas de lá foi secretário de governo e de assuntos jurídicos.

Entrou para juiz do Tribunal de alçada criminal de São Paulo indicado pela aberração que é o quinto constitucional, uma vaga que não depende de concurso público, e é preenchida por indicação em lista tríplice da OAB local.

A partir daí ele foi para o TJ de São Paulo, também sem concurso, evidentemente, até porque para o TJ é nomeação do governador, e depois para o STF, também, evidentemente, sem concurso.

Ou seja, toda uma carreira na administração superior da justiça construída na boquinha a partir dos serviços prestados como secretário do PT em São Bernardo do Campo.

Faltou dizer abaixo, que ele chegou ao STF porque a mãe dele era muito amiga da Marisa Letícia em São Bernardo (SP) e foi ela (primeira-dama) que pediu ao Lula para indicá-lo ao STF...)

Ricardo Lewandowski é o nome de quem também mandou interromper uma investigação onde juízes são acusados de receber R$700.000,00 de auxílio moradia. (ah!!) ele também recebeu...).

16 de dezembro de 2012

As duas Joinvilles



As duas Joinvilles

O poeta espanhol Antonio  Machado escreveu: “Españolito que vienes al mundo te guarde Dios, Una de las dos Españas há de helarte el corazon” numa tradução livre seria: “Espanholzinho que vens ao mundo, Deus te guarde, uma das duas Espanhas vai gelar teu coração”.

A divulgação dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) de 2010 apresenta dados que nos próximos dias serão explorados por uns e outros para mostrar o bom momento que vive Joinville. Temos o 25 0 PIB do país o que representa em dados de 2010 18 Bilhões de Reais. Frente a esta informação que evidencia a capacidade que esta cidade e os seus cidadãos tem de empreender, de produzir e de gerar riqueza é importante identificar qual das duas Joinvilles é a nossa. Os números mostram também que o PIB per capita local é de R$ 35.854,42, em 2010. E a pergunta volta com força, qual é esta Joinville que tem um PIB per capita deste tamanho?

Estamos falando da Joinville industrializada e rica que atrai tanta gente de fora para aqui trabalhar, investir e prosperar? Ou estamos falando da que vive um caos permanente na saúde, com o São José e o Regional lotados e obrigando aos profissionais a trabalhar em condições precárias e inadmissíveis? A Joinville que tem mais de 40% das suas ruas sem pavimentação? Ou a que não consegue tratar 70% do seu esgoto?

Estamos falando da Joinville do Bairro América, do Atiradores, do Saguaçu? Ou estamos falando dos bairros da periferia sem infraestrutura, dos "aglomerados subnormais"?  Qual é a imagem que representa esta Joinville do PIBÃO como diria a nossa presidente?

https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif
A Joinville de hoje é exatamente ambas, não há como separar uma da outra. Estão umbilicalmente ligadas. A prosperidade de uma se nutre também na miséria da outra. Uma cidade prospera e rica convive lado a lado com outra pobre que procuramos ignorar nos discursos oficiais e nas imagens que daqui divulgamos, fazendo de conta que não existe. É esta outra Joinville invisível a que não se beneficia deste PIB que será elogiado nos discursos oportunistas que ouviremos até a saciedade nos próximos dias e meses. São justamente os oradores de ocasião os que nos empurram entre estas duas Joinvilles de acordo com as suas conveniências e interesses pontuais.

Uma destas duas cidades há de nos congelar o coração

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

14 de dezembro de 2012

Para pensar acordado







Se você acha caro contratar um profissional, confira os custos depois de contratar um amador. 

Paul Neal "Red" Adair (1915 - 2004), especialista em controle de incêndios 

13 de dezembro de 2012

LOT - Lei de Ordenamento Territorial


Lei de ordenamento

Muito me admira presenciar fato como este que diz respeito a lei de ordenamento territorial (LOT). O assunto, que para muitos passa despercebido, é de suma importância para a cidade de Joinville. Se algum tempo atrás alguém me perguntasse de que se tratava esta sigla, eu certamente não saberia responder, mas, mudei ao presenciar, a cada dia, o levantar de um grande arranha-céu próximo à minha casa, ignorando totalmente o direito de cidadão, o deixando totalmente cercado por paredões limitando seu acesso à ventilação e à luz solar e desvalorizando o seu imóvel.

O que fazer? A quem recorrer? Como defender nosso direito de morar em casas? Recorri à associação de moradores do bairro, onde me puseram a par da situação. Hoje, sabendo muito mais do que ontem, posso garantir a você, caro leitor, que ficam as perguntas, as quais, publicamente, como eleitora e cidadã, faço à Câmara de Vereadores de Joinville.

1 – Por que a urgência em votar se, legalmente, ela estaria impossibilitada de ser votada ainda este ano, pois existe uma liminar proibindo este ato em função de irregularidades?

2 – O que leva alguns vereadores a se reunirem para pôr em votação a lei na ausência do presidente da Câmara (Odir Nunes), um dia após ele ter declarado publicamente a intenção de deixar a votação para o ano que vem?

3 – Por que a pressão da nova gestão na aprovação da lei antes de assumir a Prefeitura?

Encerro ressaltando que o eleitor joinvilense está cada vez mais esclarecido, e está pronto para exigir respostas de seus representantes eleitos.

Adriana Borges

Publicado na seção de cartas do jornal A Noticia de Joinville SC

Caderno de viagem




La Tour Hassan é visita obrigada para quem for a Rabat. A impressionante vista do que em outro tempo foi uma gigantesca mesquita, A sua posição sobre uma colina com vista sobre o oceano agrega emoção ao lugar

12 de dezembro de 2012

Artesanato



As formas e figuras geométricas são uma característica do artesanato Imigonogo. Os desenhos originalmente feitos pelas mulheres serviam de decoração para suas casas, o material original era o esterco seco de gado e só se utilizavam corantes naturais. Agora é possível achar tabuletas de madeira policromada que reproduzem os motivos tradicionais e utilizam as cores branco e preto, como dominantes e a cor terracota.

Novos artistas utilizando a mesma tecnica incluem trabalhos com outras cores e tons.

Rosegate

Lula saiu de cena oportunamente e deve estar sofrendo de grave crise de afonia. O que nos poupa, mesmo que temporariamente da sua verborragia costumeira.

Na sua volta da sua longa viagem internacional encontrará a sua espera o mesmo escândalo de que quis se afastar, não deverá encontrar um "Porto Seguro"

A tática que deverá empregar para sair indemne uma vez mais é a que mostramos no gráfico a seguir:



Este gráfico esta disponível na internet.

11 de dezembro de 2012

Viajar


Quem viaja na classe "Friends Forever" sabe o que é bom.

SER OU NÃO SER DELIBERATIVO


 SER OU NÃO SER DELIBERATIVO


A proliferação dos sistemas de gestão democrática, mediante a criação de Conselhos, comitês, comissões e órgãos colegiados na promoção de políticas públicas, é fruto da Constituição Federal de 1988. Entendeu o legislador constituinte que o ranço autoritário impregnado na Administração Pública, sobrepondo suas decisões aos súditos sem consulta prévia, teria que ser paulatinamente substituído por um novo modelo de gestão de interesse público. Neste modelo, o cidadão passa a protagonizar um novo e ativo papel como colaborador, co-gestor, parceiro e fiscal das atividades da Administração Pública, atuando como uma espécie de mecanismo de controle integrado às prioridades sociais estabelecidas nessas instâncias legitimamente construídas.

Instrumentos democráticos por excelência, os Conselhos Municipais têm a missão de romper comportamentos clientelistas históricos de agentes políticos, identificar malfeitos, minimizar barganhas, negociatas, trocas de apoios e votos nas relações populistas e promíscuas entre os Poderes Executivo e Legislativo, responsáveis por manter a população refém de elites políticas e econômicas.
 Responsável pela definição de políticas públicas, costurando consensos e pactos entre o Poder Público e os diversos setores da sociedade, o Conselho da Cidade não está sujeito a qualquer subordinação no exercício de suas atribuições. Alçado à plataforma de desenvolvimento urbano e parte integrante da administração pública, o Conselho Municipal da Cidade concebido pela Lei Complementar 380/2012 não pode ter sua importância relativizada a organismo de consulta, destinado a autorizar alterações no zoneamento urbanístico e nas leis de ocupação do solo em privilégio de setores, beneficiando determinadas áreas da cidade, sob o esquálido discurso desenvolvimentista.

Parafraseando Hannah Arendt, se  enquanto súditos, temos o “Direito a ter Direitos”, neste século XXI, a política urbana adquiriu uma nova dimensão, eis que o ordenamento do solo não deve ser pensado e planejado como se fosse um compartimento estanque, ignorando aspectos sócio-culturais, ambientais,a participação democrática popular,a  humanização, a qualidade da vida e sustentabilidade.O dogma do direito absoluto da propriedade oriundo do pensamento clássico liberal foi substituído pela função social da propriedade urbana,  estabelecendo uma conformação que assegure o pleno exercício do direito à Cidade por todos os seus habitantes, integrando-o à ordem urbanística como categoria de direitos de interesse de toda a sociedade, tutelados pelo Estatuto das Cidades.

A bem da verdade, está sendo ensaiada a troca da guarda no Paço Municipal e um novo ponto de interrogação paira sobre a importância deste instrumento de gestão participativa das Cidades. A compleição naturalmente deliberativa do Conselho da Cidade, unanimidade entre cabeças coroadas até o dia de ontem adquiriu status consultivo no dia hoje.O que virá depois?

Gustavo Pereira é Advogado e Presidente da Associação de Moradores do Bairro Santo Antonio.

10 de dezembro de 2012

Para pensar acordado




Analfabetismo urbanístico além de perdoável é reversível.

Analfabetismo democrático é imperdoável, irreversível e danoso.

Copa das confederações

Na Folha de São Paulo de ontem o jornalista Elio Gaspari mostra como é possível desperdiçar R$ 14 milhões para oferecer um beneficio 10 vezes menor. Por estas e por outras como estas que é difícil entender este pais e mais difícil ainda entender o que passa pelas cabeças coroadas que governam


Gracinha

Nas negociações com a Fifa combinou-se que seriam oferecidos 50 mil ingressos para os jogos da Copa das Confederações, a R$ 28 cada um, para torcedores jovens e pobres.

Como a Fifa exige que os beneficiados sejam sorteados a partir de um cadastro eletrônico, o comissariado decidiu que em janeiro os laboratórios de informática das escolas públicas serão abertos para atender aos interessados. Isso porque eles pensam que jovens pobres não conseguem achar um computador. Tudo bem. Afinal, por R$ 1,4 milhão, 50 mil torcedores poderão ver os jogos.

Em cima disso, o Ministério do Esporte cogita lançar uma campanha publicitária para incentivar os jovens a se cadastrar.

Custo da campanha: R$ 14 milhões. Querem tomar da Viúva uma quantia dez vezes superior ao benefício, com o único propósito de fazer propaganda do comissariado às custas dos pobres que, em última análise, pagam a conta com seus impostos.

9 de dezembro de 2012

Final de governo...

O jornal A Noticia divulga na sua coluna Portal que acabou até o papel higiênico na sede da prefeitura municipal de Joinville


Acabou o papel

Há duas semanas, os funcionários da Prefeitura de Joinville convivem com a falta de papel higiênico. A informação foi confirmada por Márcio Cysne, secretário de Administração. Para poderem ir ao banheiro, os servidores estão levando rolos de papel de casa.

Má qualidade

O problema, segundo Cysne, é que o fornecedor de papel higiênico está enviando um produto de qualidade abaixo do que a Prefeitura havia contratado. O governo não aceitou o que foi entregue e o fornecedor se recusa a enviar outro produto. Agora, foi aberto um processo administrativo para desqualificar o fornecedor.

A noticia que poderia ser totalmente intranscedente evidencia o que é um final de governo triste e melancólico  não são só as obras públicas como as da bacia do Rio Morro Alto, ou os parques que nunca concluem. Até os elementos mais básicos faltam. Os lamentos que surgem cada vez com maior frequência do setor da saúde devem merecer maior atenção, se falta até papel higiênico, que mas deve estar faltando?

Genocídio



Genocídio foi incorporado ao vocabulário mundial na metade do século XX, a raiz dos julgamentos de Nuremberg, quando foram julgados os crimes cometidos pelos nazistas. Sua origem esta em duas palavras gregas “Gene”, por raça ou tribo e “Cidio”, por crime ou assassinato, Genocídio é o assassinato de todo um povo.

Em viagem a Ruanda, pais encravado na África equatorial, com uma população de pouco mais de 11 milhões de habitantes e uma densidade de mais de 450 habitantes por km2, é obrigatório visitar o Memorial Kigali, para tentar entender que foi e como se preparou o genocídio que em 100 dias assassino brutalmente mais de 1,4 milhão de integrantes da minoria Tutsi, violou mais de 500 mil mulheres, muitas delas contaminadas por AIDS de forma intencional, num pais em que a AIDS representa uma condena a morte certa pela falta de acesso aos medicamentos de ultima geração.

A brutalidade, a aleivosia e a premeditação com que o genocídio foi preparado e executado impressionam e deixam sem palavras. Não como não se sentir emocionalmente abalado ao sair de novo à luz depois de percorrer todas as salas do memorial. A exposição permite que conheçamos com detalhe o que aconteceu a partir de abril de 1994. O Assassinato simultâneo dos presidentes de Ruanda e Burundi criou o vazio de poder que permitiu que em poucas horas se desencadeasse a perseguição e assassinato sistemático de todos os Tutsis.

Bloqueios nas ruas e estradas, listas cuidadosamente elaboradas e perseguição em todos os recantos do pais, foram parte do plano traçado pelos lideres Hutus que dominavam 100% do exercito e que criaram e equiparam as milícias Interahamwe. A emissora de Radio das Mil Colinas se dedicou durante anos a promover o racismo, a perseguição e o ódio contra os Tutsis e emitia as consignas que desencadearam o ataque.

Frente a inoperância das forças da ONU, os famosos capacetes azuis, que receberam ordens de não se envolver no conflito interno do país e que se dedicaram a proteger os interesses ocidentais em lugar de evitar a massacre. Os Tutsis buscaram refugio nas igrejas e isso acabou facilitando o trabalho dos seus assassinos que em alguns casos demoliram as igrejas com eles dentro, em outros casos as incendiaram depois de trancar as suas portas ou simplesmente as dinamitaram.

Ruanda tenta entender porque aconteceu e busca evitar que uma loucura como esta volte a se repetir. O Memorial Kigali é um elemento deste processo de reconstrução de um pais em que assassinos e sobreviventes compartilham as mesmas ruas e continuam sendo vizinhos, como foram no passado recente. O que leva a assassinar com crueldade vizinhos com quem havia uma amizade e um convívio de décadas continua sendo um mistério.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

A Casbah dos Oudayas







A Casbah dos Oudayas é um dos pontos mais bonitos de Rabat, as suas ruas estreitas e as suas casas brancas e azuis contrastam com a imponência dos seus muros e torres vistos desde o mar.

O conjunto oferece uma imagem formidável e facilmente deveria inibir qualquer ataque tanto pelas suas muralhas como pelos canhões que a protegiam.

8 de dezembro de 2012

Memorial Kigali


O Kigali Memorial Centre em Gizeni é uma visita obrigada para quem querer conhecer a historia recente de Ruanda


Numa das salas as imagens de mais de 6.000 ruandeses brutalmente assassinados durante os pouco mais de 100 dias do genocídio. As fotografias permitem que os cadáveres dos mais de 1,4 milhões de ruandeses que foram massacrados durante o genocídio tenham um rosto.



A unica das seis fossas comuns que permite que seja observado o seu interior, diariamente recebe flores em homenagen aos mais de 250.000 mortos enterrados só no Memorial. 



A simplicidade das fossas comuns contrasta com a brutalidade do crime que aconteceu no pais



Diariamente as fossas comuns recebem homenagens anonimas


Ruanda tenta reconstruir o pais, a partir da preservação da sua historia. No Memorial há também referencias a outros genocídios como o dos Herero pela Alemanha na Namíbia, o  dos mais de 2 milhões de Armênios assassinados ou deixados morrer de fome e frio pelos Turcos, o perpetrado pelo Khmer vermelho em Cambodja, o dos Nazis contra os judeus e os sofridos recentemente pela minoria muçulmana na antiga Iugoslávia.

7 de dezembro de 2012

Buscando novas oportunidades de emprego

A lista dos 30 treinadores de futebol melhor pagos


01. José Mourinho (Portugal) Real Madrid (España) 15,3
02. Carlo Ancelotti (Italia) PSG (Francia) 13,5
03. Marcelo Lippi (Italia) Guangzhou Evergrande (China) 10
04. Alex Ferguson (Escocia) Manchester United (Inglaterra) 9,4
05. Arsène Wenger (Francia) Arsenal (Inglaterra) 9,3
06. Guus Hiddink (Holanda) Anzhi (Rusia) 8,3
07. Fabio Capello (Italia) Selección Rusia 7,8
08. Tito Vilanova (España) Barcelona (España) 7
09. José Camacho (España) Selección China 5,9
10. Roberto Mancini (Italia) Manchester City (Inglaterra) 5,9
11. Frank Rijkaard (Holanda) Selección Arabia Saudita 5,3
12. Jupp Heynckes (Alemania) Bayern Munich (Alemania) 5,2
13. André Villas-Boas (Portugal) Tottenham (Inglaterra) 4,5
14. Harry Redknapp (Inglaterra) Queens Park Rangers (Inglaterra) 4
15. Jorge Jesus (Portugal) Benfica (Portugal) 4
16. David Moyes (Escocia) Everton (Inglaterra) 3,6
17. Manuel Pellegrini (Chile) Málaga (España) 3,6
18. Paulo Autuori (Brasil) Selección Qatar 3,6
19. Abel Braga (Brasil) Fluminense (Brasil) 3,5
20. Luciano Spaletti (Italia) Zenit (Rusia) 3,3
21. Antonio Conte (Italia) Juventus (Italia) 3
22. Cesare Prandelli (Italia) Selección Italia 3
23. Vanderlei Luxemburgo (Brasil) Grêmio (Brasil) 3
24. Muricy Ramalho (Brasil) Santos (Brasil) 3
25. Tite (Brasil) Corinthians (Brasil) 3
26. Ottmar Hitzfeld (Alemania) Selección Suiza 2,6
27. Joachim Low (Alemania) Selección Alemania 2,5
28. Marcelo Bielsa (Argentina) Athletic Bilbao (España) 2,5
29. Martin O'Neil (Escocia) Sunderland (Inglaterra) 2,5
30. Roy Hodgson (Inglaterra) Selección Inglaterra 2,5

Anoitecer em Kigali






5 de dezembro de 2012

Os royalties do petróleo



RESPOSTA DE UM MINEIRO AO PEDIDO DE CARIOCAS NO "VETA DILMA"SOBRE OS ROYALTIES DO PETRÓLEO.
 
" Minas Gerais carregou o Brasil e a Europa nas costas durante 150 anos, nos ciclos do ouro e diamante! Ficaram para os mineiros os buracos e a degradação ambiental! 

Depois veio o ciclo do minério de ferro, até hoje principal item da pauta de exportações brasileiras, que rendeu ao Rio de Janeiro uma das maiores indústrias siderúrgicas do Brasil, a CSN, e a sede da VALE. 

Curioso é que o Rio de Janeiro não produz um único grama de minério de ferro, mas recebeu a siderúrgica rendendo impostos e gerando empregos e a sede da mineradora recebendo royalties de exploração de minério. Mais uma vez Minas Gerais carregando o Brasil nas costas e, de vinte anos para cá, ajudada pelo Pará em razão das reservas de minério de ferro descobertas nesse Estado. 

Outra vez ficam para os mineiros e paraenses os buracos e a devastação ambiental. Isso sem falar da água; quem estudou geografia sabe que Minas Gerais é a "caixa d'água do Brasil", aqui nascem praticamente todos os rios responsáveis pela geração de energia hidráulica e, embora a usina de FURNAS seja em MG, a sede é no Rio. 

Me causa estranheza essa posição de alguns cariocas/fluminenses, pois toda riqueza do subsolo, inclusive marítimo, pertence a UNIÃO. Ao contrário do ouro, do diamante e do minério de ferro que estão sob o território mineiro, as jazidas do pré-sal estão a 400 quilômetros do litoral do Rio do Janeiro e nenhum Estado Brasileiro, inclusive o RJ, tem recursos aplicados na pesquisa, exploração e refino de petróleo, pois todo dinheiro é da UNIÃO que é a principal acionista da PETROBRAS. 

Acho piada de mau gosto quando esses políticos fluminenses falam em "Estados produtores de petróleo" sabendo dessas características da exploração do petróleo e dos eternos benefícios que o RJ recebe, tais como jogos panamericanos, olimpíadas, etc. Acho um absurdo ver crianças de outras regiões mais pobres do Brasil estudando em salas de aula sem luz, sentadas duas ou três numa mesma cadeira, quando há cadeira, enquanto que a prefeitura de Macaé/RJ gasta, torra, esbanja, joga fora dinheiro pintando de cores berrantes passeios públicos! 

Proponho que todos brasileiros dos outros Estados façam o protesto VOTA DILMA e mandem e-mails para seus deputados e senadores para acompanhar de perto essa questão do pré-sal.
É como disse certa vez um compositor, cujo nome me esqueci, 'o Rio de Janeiro é um Estado de frente para o mar e de costas para o Brasil'. Sérgio Cabral, vá te catar! VOTA DILMA. Se você concordou: espalhe essa mensagem."

Assino embaixo.
Meireles Jr
Brasileiro, Mineiro acima de tudo.

Caderno de viagem





Um dos lugares menos divulgados de Rabat é a Casbah dos Oudayas, um recindo fechado por fortes muralhas em que mora uma pequena comunidade que não tem o habito de trancar as suas portas.
Todas as casas são pintadas de azul e branco e caminhar pelas suas ruas é voltar no tempo.
Construída no final do seculo XI a casbah é a fortaleza que guarda e protege o acesso desde o mar.


4 de dezembro de 2012

Manobra para aprovar a LOT - Hoje


 Soubemos há poucos minutos que está em curso uma MANOBRA rasteira patrocinado por um grupo de vereadores, apoiada por entidades e especuladores imobiliários para aprovar a Lei de Ordenamento Territorial  HOJE, 04 DE DEZEMBRO DE 2012.

 A manobra é a seguinte: O presidente Odir Nunes estará em viagem no dia de hoje (que estranho...) e seu vice, o Vereador Osmari Fritz vai colocar o projeto da LOT PLC 69-2011 em pauta, cerca de 30 minutos antes do início da sessão. 

As comissões de Legislação e Justiça da Câmara irão se reunir, aprovar um parecer jurídico não subscrito pelo Jurídico do Legislativo e as 18 emendas da lei, que necessitariam ser lidas em plenário, serão retiradas, possibilitando a imediata votação da LOT. 

Vamos mobilizar a sociedade contra este ato vergonhoso destes agentes políticos.

Beber e dirigir



Tem gente que não aprende, bebe, bebe, bebe e dirige. O que representa um risco para toda a sociedade. As blitz, o bafômetro e as pesadas multas são formas de coibir esta forma de agir.

O ultimo caso foi o do Luciano Huck, antes dele muitos outros nomes conhecidos foram pegos em blitzes e se negaram a fazer o teste do bafômetro. São situações graves que exigem uma mudança de hábitos. Eu por exemplo procuro não beber quando saio e se a bebida é inevitável, peço uma carona.

O outro dia a noite, sentindo que tinha ultrapassado meu limite, fiz algo que não tinha feito antes, tomei um táxi. Inclusive tinha uma blitz perto de casa e o táxi nem foi parado. Assim que cheguei a casa sem problema, sem risco de ganhar pontos na carteira e sem sofrer nenhum acidente, o que foi uma verdadeira surpresa porque eu nunca tinha dirigido um táxi antes.

Agora o problema é que não sei que fazer com o táxi que ficou na garagem, não lembro aonde foi que o peguei, não tenho a menor ideia de como vou fazer para devolvê-lo.

3 de dezembro de 2012

Lua cheia em Kigali


Lua cheia em Kigali, esta é a vista do restaurante Heaven. Não poderia ter nome mais apropriado.
A vista, a comida, o ambiente e a companhia não poderiam ser melhores.

Vai aprovar a LOT? Pense antes


Votar a LOT - por Osny Martins


Por Osny Martins no seu programa matutino de rádio "É verdade que há a motivação de alguns dos titulares da Casa, por se trabalhar muito e de forma intensiva agora, afim de se aprovar a LOT. Mas é justamente neste ponto, que é melhor não trabalhar. Se é pra isso, melhor deixar como está. Ora, aprovar a toque de caixa a LOT, é sinônimo de ir contra os interesses da cidade. Infelizes as forças, lideranças e entidades que pressionam pela aprovação da LOT ainda este ano. Infelizes e suspeitos todos eles. Dá pra desconfiar de quem levanta bandeira pela aprovação já.

Os trâmites legais devem ser seguidos. Isto não é uma ideia, não é uma sugestão. É uma obrigação. Qualquer outra alternativa, vai cheirar a esquemas negligentes, que, certamente, terão por pano de fundo o interesse de auxiliar este ou aquele ao arrepio da lei.

E note que nem estamos falando da questão moral. Afinal de contas, algo tão importante como a LOT, ser aprovada por pessoas já claramente reprovadas pela população em sua maior parte – visto a renovação dos vereadores para a próxima Legislatura. Portanto, seja pela pressa na aprovação, seja pela responsabilidade a ser dada a um grupo sem maiores comprometimentos com o futuro na Casa, melhor mesmo é seguir o ritmo normal. Atrasado está, mas melhor atrasar mais um pouco ainda do que fazer com que a Câmara herde uma grande questão judicial a resolver em 2013.

Como se não bastasse, nos bastidores, vereadores eleitos da base aliada, receberam um puxão de orelha do prefeito eleito. “Ou se é Legislativo ou se é Executivo” teria dito Udo Dohler no decorrer da semana. É que alguns teriam apresentado listinhas extensas com sugestões de nomes para segundo e terceiro escalão na Prefeitura, sem contar os lobbies para os cargos de primeiro escalão. Vereadores eleitos querem articular seus esquemas e colocar um pé no Executivo."

2 de dezembro de 2012

Simplicidade capciosa


 Se em nome do desenvolvimento e do progresso, se apresenta para a sociedade o modelo de planejamento urbano e não se inclui também o impacto que cada uma das propostas terá sobre o tecido urbano, seja no transito ou na instalação de atividades industriais junto a áreas residenciais, ou a redução da permeabilidade e do verde urbano, por citar só alguns dos pontos convenientemente esquecidos, a sociedade receberá uma proposta superficial e simplista.  Há uma tendência em querer simplificar coisas complexas, com a alegação que assim ficará mais fácil a sua compreensão e se simplificarão muito os tramites burocráticos e a concessão de licenças, por isso os técnicos municipais defendem a atual proposta da LOT saída dos seus gabinetes e com traços de ter sido aprimorada em outros.

Há uma simplicidade capciosa, tanto no discurso, como principalmente na proposta, parte da simplicidade se origina na estultice dos seus mentores, ainda que é evidente em alguns casos a completa incapacidade da atual estrutura para lidar com abordagens mais complexas de planejamento. Os projetos de rotatórias, binários e de ciclo faixas parecem ter levado a capacidade da equipe além do seu limite.

Planejamento urbano exige muito mais que distribuir índices, eixos viários e coeficientes de forma alegre e multicolorida sobre a planta da cidade.
Para alguns leigos a imagem resultante parece mais uma colcha de retalhos resultado da habilidade de uma artesã criativa, que uma proposta concreta para a Joinville das próximas décadas.

O verde tem sido a cor escolhida para dar uma impressão menos agressiva na planta divulgada pelo IPPUJ, Se a cor escolhida tivesse sido o cinza concreto, teríamos uma imagem muito mais mais próxima da Joinville real. A planta em questão permite visualizar de forma simples o que deveria ser o resultado de aprofundado estudo, que deveria considerar toda a complexidade do planejamento urbano de uma cidade que hoje já tem mais de 500.000 habitantes e anos de ma gestão ou simplifica artificialmente algo que realmente deveria ser complexo? Fico com a segunda opção.


Quanto mais gente passa a tomar conhecimento do que implicaria a aprovação da LOT na sua versão original, é maior numero de vozes se somam aos questionamentos feitos. Fica também mais evidente que não estamos frente a um modelo de desenvolvimento urbano e sim uma proposta muito concreta de ocupação urbana norteada pela ganância e a cobiça de uma minoria.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

1 de dezembro de 2012

Anvisa, a praga dos sete anos


Anvisa, a praga dos sete anos

Por Katia Abreu – Senadora e Presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura)

As recentes denúncias de irregularidades praticadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no registro de produtos fitossanitários, vulgarmente conhecidos por agrotóxicos ou defensivos agrícolas, são apenas a ponta mais visível do iceberg de ineficiência dessa agência que tem empacado o agronegócio.
O uso desses produtos não é uma opção. É uma imposição para proteger a nossa agricultura tropical das pragas e das ervas daninhas, assim como é fundamental para melhorar a produtividade das lavouras, em qualquer parte do planeta.

Mas, no Brasil, a agência reguladora trabalha sem transparência e a passos de cágado, fingindo desconhecer os prejuízos impostos ao produtor, a ponta mais frágil desse mercado gigantesco que movimenta US$ 50 bilhões por ano ao redor do mundo.

Defendo a rigidez da regulação e da fiscalização desses produtos e que o seu uso siga as recomendações aprovadas pelo órgão oficial, com prescrições feitas por profissional habilitado. A análise, a aprovação e a regulamentação dos fitossanitários devem proteger os agricultores e os consumidores de qualquer risco à saúde, em primeiro lugar.

Mas o que temos observado, nas últimas décadas, são centenas de processos abarrotando as gavetas da Anvisa. A duras penas, obtivemos uma vitória importante, quando a presidente Dilma Rousseff chefiava a Casa Civil e escalou sua assessora e hoje ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, para trabalharmos juntas.

Enfrentamos o cartel e mudamos um decreto da Anvisa, separando os pedidos de registro de fitossanitários em duas filas: a de produtos novos e a dos genéricos, em geral 50% mais baratos.

Antes da mudança, os genéricos não saíam do fim da fila. Os produtos novos tinham preferência para impedir a concorrência e garantir a sobrevivência do cartel do setor. Mas esse avanço acabou sendo consumido pela burocracia dessa sofisticada organização que atravessa governos.

Uma resistente "praga dos sete anos" assola a Anvisa.

Hoje, tanto a liberação de uma nova fórmula de defensivo, que exige rigorosa série de estudos e testes de campo, quanto a mera análise de um genérico, que já passou por todo o processo de avaliação toxicológica, demandam o mesmo tempo para receber o parecer técnico.

É inadmissível que sejam necessários os mesmos sete anos para liberar um produto novo ou um genérico, com prejuízos irreparáveis para toda a cadeia produtiva.

Não há justificativa técnica para que 600 pedidos de registros de genéricos idênticos à fórmula original estejam parados, punindo os nossos produtores, que gastam, anualmente, R$ 15 bilhões em defensivos agrícolas.
Os números ganham ainda mais relevância diante do peso expressivo dos defensivos no custo de manutenção das mais diversas culturas, das hortaliças aos grãos. No acumulado deste ano, as exportações de soja geraram R$ 50 bilhões em vendas.

Como defensivos representam 16% no custo de produção da soja e os genéricos que aguardam liberação teriam impacto de pelo menos cinco pontos percentuais nesse custo, os nossos produtores já poderiam ter economizado ao menos R$ 2,5 bilhões em 2012.

Não é de hoje que alerto sobre irregularidades na Anvisa. Em 2007, adverti que havia corrupção, proteção, lobby, reserva de mercado ou qualquer outro nome que se quisesse dar ao favorecimento de empresas, por parte de servidores da Gerência-Geral de Toxicologia.

O fiz de público, na CAS (Comissão de Assuntos Sociais). Denunciei a existência de um esquema para proteger empresas e impedir o registro de genéricos. Dirigentes indignados tentaram até me processar por calúnia.

A anunciada devassa em todos os processos que ingressaram no setor de agrotóxicos da Anvisa, de 2008 para cá, traduzem o porquê da recusa do Ministério Público em acatar a denúncia contra mim, entendendo que estava no livre exercício do mandato parlamentar.

Ainda não inventaram melhor defensivo contra essa praga chamada corrupção do que a democracia.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...