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22 de abril de 2013

A boate Kiss também é aqui



Depois da tragédia da Santa Maria (RS) todas as prefeituras do pais se lançaram num mutirão para vistoriar os locais com características semelhantes e Joinville não foi diferente, se formou uma força tarefa e foram visitados mais de 60 locais, bares, boates, salões de baile e assemelhados, locais de grande aglomeração de publico e potencialmente perigosos.

Os números oficiais em Joinville falam de 62 vistorias realizadas e 38 locais interditados, dos quais 8 já reabriram depois de feitas as reformas necessárias ou as adequações legais.

Há dois temas de fundo, o primeiro é que se não tivéssemos tido o incêndio da boate Kiss, nos estaríamos felizes e contentes frequentando locais públicos inseguros e mais que inseguros, perigosos. Pelos dados apresentados mais de 60% dos locais vistoriados foram interditados, um numero assustador.

O segundo e mais grave é o da ausência de responsabilidades, quem tem a obrigação de fiscalizar? Quem tem o poder de interditar locais peligrosos, que não cumprem a legislação e podem ocasionar, também aqui, uma tragédia como a de Santa Maria? O que falhou? Com que frequência este tipo de locais são vistoriados? Por que as vistorias anteriores não identificaram os motivos que agora levaram a interdição de 38 destes locais? Quem deve ser responsabilizado pela incompetência e não cumprir com a sua obrigação?

É comum ouvir reclamações pela severidade das fiscalizações de alguns órgãos e neste sentido a Vigilância Sanitária é a primeira que vem a cabeça, a pergunta é se preferimos a leniência conveniente e depois estamos preparados para assumir a responsabilidade da nossa omissão como sociedade ou devemos nos empenhar para que a lei seja cumprida e possamos contar com a segurança necessária que neste caso é a responsabilidade do Estado, em cada um dos seus níveis, municipal, estadual ou federal.

Deveremos lembrar neste caso que ter o poder e não exercê-lo é a maior das ignomínias 

16 de fevereiro de 2013

Santa Maria é aqui



A tragédia de Santa Maria ecoa ainda nas mentes e corações dos, que como eu, temos filhos da mesma idade que as vitimas e que perfeitamente poderiam ter estado num lugar como aquele.

Agora sucede que, a maioria dos locais vistoriados em Joinville não atendia a legislação e não cumpriam os requisitos que a lei exige para que possam funcionar.

A conclusão é que a tragédia de Santa Maria poderia ter acontecido aqui ou em qualquer outra cidade do país. O poder público que tem a obrigação de fiscalizar não o faz. Se não tivesse sido pelas mortes da Boate Kiss, nos continuaríamos alheios ao risco e continuaríamos felizes, sem saber que a inoperância dos órgãos de fiscalização poderia converter cada um dos locais interditados numa armadilha mortal.

O risco agora é que como sempre sucede no Brasil, tudo no passe de uma ação pontual, que em pouco tempo se esqueçam dos mortos e dos feridos e tudo volte a como era antes. Que as fiscalizações, as vistorias sejam feitas com menos rigor e voltemos a ser surpreendidos por uma nova tragédia que desta vez pode nos atingir com maior força e acontecer mais perto de nos.

Santa Maria foi um aviso, um alerta, tivemos a oportunidade de tomar medidas preventivas e de adequar os locais as exigências mínimas de segurança. Outros não tiveram esta segunda oportunidade.

3 de fevereiro de 2013

Quem se habilita aqui em Joinville?

Uma boa proposta de Elio Gaspari na Folha de São Paulo de hoje, quem se habilita por aqui?


A REDE PODERÁ PROTEGER A GALERA

Depois de uma tragédia como a de Santa Maria é garantido que começou outra: o constrangedor jogo de empurra de prefeitos, bombeiros e autoridades policiais dizendo a coisa e seu contrário ou fazendo promessas inúteis. Felizmente, as redes sociais da galera poderão evitar que casas de espetáculo funcionem como armadilhas para seus frequentadores.

A freguesia poderia adotar um sistema de proteção mútua. Sempre que houver festa, evento ou balada, alguém pode entrar na rede alertando a moçada.

Um pode dizer que já foi lá e as saídas de emergência são precárias, outro pode contar um incidente que testemunhou.

Pode-se até imaginar que em alguma cidade uma pessoa resolva fazer um guia de segurança das casas. Tem alvará? Está vencido? A casa exibe a licença do Corpo de Bombeiros? Quais dificuldades o freguês tem de enfrentar para chegar à rua?
Assim como não se vai a restaurante de comida ruim, não se deve pôr os pés onde a segurança é precária. Se uma casa fica mal falada na rede, recebe o mais grave sinal de perigo, aquele que lhe afeta o bolso.

Santa Maria mostrou que deixar essas coisas na mão dos governos acaba em tragédias e empulhações. Se o dono de uma casa perceber que perde freguesia porque a galera desconfia de sua segurança, fará tudo o que precisa para limpar seu nome.


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