31 de março de 2010

Lançamento do novo livro de Apolinario Ternes


Apolinario Ternes lançou o seu trigésimo livro, num evento muito prestigiado e concorrido no Circolo Italiano. O livro Tempos Modernos relata os últimos trinta anos da historia de Joinville.

Particularmente fiquei surpreso com a quantidade de pessoas que se declararam leitores deste blog e das crônicas que o jornal A Noticia publica nas segundas feiras. Confesso que estava satisfeito e grato aos leitores que enviam e-mails, comentários ou telefonam, opinando sobre os textos e concordando ou discordando deles. Porem não poderia imaginar que seriam tantos e que de modo gratuito se identificariam como leitores fieis.

A todos eles meu muito obrigado e a certeza que a sua leitura só aumenta a responsabilidade e o compromisso deste blog com Joinville.

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Um convite para agendar


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TV da Cidade - Ecologia em Ação Canal 20

Fui convidado a participar do programa Ecologia em Ação

Os horários do programa Ecologia em Ação são:

* Inédito: Sábado às 18h30min
* Reprises Programadas: Segunda-feira às 15h30min
* Reprises Indeterminadas: Duas exibições no Domingo entre 0h e 16h30

Falando um pouco de tudo, de ecologia, de cidadania, de paisagismo. Um papo descontraido com Gert Fischer.

Greves politicas


De Mila Ramos, recebemos este texto, as duas imagens separadas por mais de 70 anos, mostram porem o mesmo nível de fanatismo e ignorância.



Bücherverbrennung significa em Alemão literalmente queima de livros. É um termo muitas vezes associado à ação propagandística dos Nazistas, organizada entre 10 de Maio e 21 de Junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler. Em várias cidades alemãs foram organizadas nesta data queimas de livros em praças públicas, com a presença da polícia, bombeiros e outras autoridades.

Estudantes, em particular os estudantes membros das Verbindungen, membros das SA e SS, participaram nestas queimas.
A organização deste evento coube às associações de estudantes alemãs NSDStB e a ASTA que, com grande zelo, competiram entre si tentando cada uma provar que era melhor do que a outra.


Foram queimados cerca de 20.000 livros, a maioria dos quais pertencentes às bibliotecas públicas, de autores oficialmente tidos como "pouco alemães" (undeutsch).
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30 de março de 2010

Olha a tesoura


Olha como é facil enrolar os trouxas, preste atenção nas tesouras.
Pegou? Olha de novo. Viu como é fácil trocar de tesoura?
Será que da para acreditar neste afiador de tesoura? Eu não acreditaria.


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Feira do Livro em Joinville


Livros nos fazem mais livres
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Do Blog Taxi Driver

Uma pitada de humor sobre os engenheiros

Basta entender os Engenheiros, amá-los, abençoá-los, e dar graças a Deus por tê-los criado!!

1. Um Engenheiro não é prepotente, apenas está rodeado de inúteis.
2. Um Engenheiro não tem o ego muito grande, o quarto é que é muito pequeno.
3. Não é que o engenheiro queira sempre ter a razão, os outros é que sempre cometem algum erro.
4. Não falta sentimentos ao Engenheiro, os outros é que são bebês chorões.
5. Um Engenheiro não tem vida desorganizada, apenas tem um ritmo de vida muito particular.
6. Um Engenheiro não vê o mundo, Ele o muda.
7. Um Engenheiro não é um orgulhoso arrogante, os humanos é que simplesmente não entendem isto.
8. O Engenheiro não é um ser frio e calculista, Ele simplesmente acha divertido passar por cima de pessoas comuns.
9. Um Engenheiro não é problemático, os usuários é que não entendem nada.
10. Um Engenheiro não é crítico, os erros das pessoas é que são muito evidentes.
11. Um Engenheiro não é um inútil para fazer tarefas diárias, é que as pessoas comuns gastam a sua valiosa energia em coisas tolas, e um esfregão não necessita um planejamento muito complexo, e nem pode ser configurado.
12. Não é que o trabalho o absorva, é que... do que é que eu estava falando mesmo?
13. Um Engenheiro não comete erros, apenas testa os outros para ver se estavam prestando atenção.
14. Não é que eles se acham grande coisa, é que ELES O SÃO mesmo! Mas, lembrem-se: mesmo seres assim tão perto da perfeição, têm lá os seus problemas... De forma que os que não são engenheiros devem sempre procurar compreender essas almas tristes e torturadas entre a genialidade e a incompreensão.

DEUS, ABENÇOE PLENAMENTE QUEM ESCREVEU ISTO, JÁ QUE SÓ UMA MENTE ILUMINADA PODERIA TÊ-LO FEITO... CLARO, A MENTE DE UM ENGENHEIRO!
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Transporte Coletivo e Desenvolvimento



Transporte Coletivo e Desenvolvimento Urbano

Cada ação gera uma reação em sentido contrario da mesma intensidade. A implantação do bilhete único representou um impacto sobre a forma como a cidade passaria a crescer a partir daquele momento. Conhecendo o processo habitual de tomada de decisões no serviço publico é provável que o impacto não fosse considerado e se algum técnico tivesse conhecimento das implicações da decisão optasse por calar para não fazer marola.

Desde o ponto de vista político demagógico o bilhete unico é uma tacada de mestre. Impossível resistir ao discurso fácil. Uma passagem do Quiriri ao Itinga passou a custar o mesmo que uma do centro a estação ferroviária. Uma passagem do Rio Bonito ao Espinheiros teria o mesmo custo que do Bairro Boa Vista ao Centro. Esta forma de fazer de Robin Hood com o dinheiro dos outros é tentadora para os políticos de plantão, os de hoje, os de ontem e os de amanha. Porem tem impactos profundos sobre a cidade, o seu futuro e o seu desenvolvimento.

É claro que o sistema da bilhetagem única estimula e barateia as viagens longas e desestimula porque encareceram as viagens curtas, que alias representam o mignon da receita, as pessoas respondem aos estímulos, se for barato se estimula o consumo, se encarece se buscam outras alternativas, seja moto ou carro, as bicicletas em Joinville deixaram de ser uma opção de transporte já faz tempo.

Por outro lado se estimula o crescimento do perímetro urbano para alem do bom senso, porque o custo do transporte não é um desestimulador da sua ocupação. Na maioria de sociedades em que o planejamento urbano é um assunto tratado com seriedade, não se tomam decisões ao leu, se realizam estudos sobre o impacto de cada decisão e suas implicações alem dos quatro anos do mandato do administrador de plantão.

Estamos colhendo o que plantamos e continuamos pelo que parece preparando mal o solo, escolhendo a semente errada e colhendo pepinos, quando gostaríamos de colher flores.

Publicado no jornal A Noticia de Joinville

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De Guto Cassiano



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Desculpem

Nos últimos dias este blog tem abusado de textos de terceiros, principalmente da Folha de São Paulo. Reconhecemos.

O teor dos textos, a sua temática e a pertinência tem nós levado a incluir los no blog na integra. Como sempre citando a fonte e procurando posibilitar maiores elementos para o dialogo construtivo. Em quanto esperamos o retorno da comitiva joinvilense que participou do 5 Fórum Urbano Mundial. O objetivo também é o de trazer as versões originais dos próprios autores, evitando intermediarios tendenciosos.

Obrigado pela compreensão.

29 de março de 2010

O PAC de Chavez


Malucos tem aos montes, o nosso lançou o PAC 2 sem cumprir as metas do PAC 1. Vive num mundo irreal, misturando fantasia e realidade. Vai lançar o PAC 3 se a sua candidata não cresce nas pesquisas.

O vizinho maluco do norte, esta quebrando, ou melhor já quebrou o pais, mas nada o impede de montar Projetos Bolivarianos em Mali, por exemplo. Em quanto a Venezuela está cada dias mais pobre e tem venezuelanos sem moradia digna, Chavez dispõe dos recursos da nação ao seu bel prazer.

Viajando pelos países vizinhos é possível verificar que o nosso líder, não chega a estes extremos de maluquice megalomaníaca, mas doa aviões ao Paraguai, Negocia aumentos de preços de gás com Bolívia, ou perdoa a divida do Gabão, como se estivesse decidindo sobre o seu (dele) dinheiro e na realidade do seu (de você)

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Congresso Nacional


Em ano de eleição esta definição do Congresso Brasileiro, por José Simão da Folha de São Paulo, ganha força:

"Se gradear, vira zoológico; se murar, vira presídio; se cobrir com lona, vira circo; se botar lanterna vermelha, vira puteiro; e se der a descarga, não sobra ninguém. "

As cidades do Futuro, Hoje

Folha de São Paulo entrevista WILLIAM COBBETT

Pobres não são estúpidos ao migrarem para as cidades

Governos devem preparar centros urbanos para receber as novas populações, diz sul-africano especialista em favelas que participou do 5º Fórum Urbano Mundial, no Rio

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Os pobres não são estúpidos. Ao migrarem do campo para as cidades, tendência mundial que muitos analistas veem como irreversível, fazem isso após avaliarem suas condições de vida em áreas rurais e compararem com o que encontrarão nas cidades.
As estatísticas dão razão a eles. Por isso, a tentativa de interromper o fluxo migratório tende a ser inútil, e o melhor a fazer é preparar as cidades para receberem essa população.
O alerta é de um dos maiores especialistas mundiais em favelas, o sul-africano William Cobbett, que foi um dos principais palestrantes do 5º Fórum Urbano Mundial, realizado na semana passada, no Rio.


Cobbett já visitou favelas em todo o mundo e conhece bem a realidade brasileira. Atualmente, é diretor-geral da organização Aliança de Cidades, financiada pelo Banco Mundial e que apoia projetos de melhoria das condições de vida em assentamentos precários no mundo.
Para ele, a América Latina deve ser tomada como exemplo das consequências de uma urbanização mal planejada.
Ao tentarem negar o direito dessas populações de terem terra e serviços nas cidades, os governos locais deram margem para o crescimento de poderes paralelos, que hoje são ameaça à segurança.
Não deve ser por isso, no entanto, que se deve agir para melhorar as condições de vida nesses locais. O mais importante é reconhecer o direito dessas populações à terra e aos serviços básicos de uma cidade.
Leia a seguir a entrevista que Cobbett concedeu à Folha durante o 5º Fórum Urbano Mundial.


FOLHA - A ONU acabou de realizar um fórum mundial sobre urbanismo no Rio. Encontros como esse não tendem a ficar apenas no discurso e a resultar em pouca ou nenhuma ação?
WILLIAM COBBETT -
Temos que ser realistas quanto ao objetivo desses fóruns. Antes de partir para a ação, é importante formar consensos, nacionais e internacionais, sobre assuntos que precisam ser enfrentados e suas soluções possíveis.
É preciso criar um diálogo global sobre a importância das cidades, identificando seus problemas sociais, econômicos e políticos, mas buscando também saídas para elas.
Além disso, há um aspecto importante, que é a troca de experiência entre cidades.
Nada do que acontece ou aconteceu na América Latina será completamente diferente do que está se passando agora em alguns países da Ásia ou da África subsaariana.
É importante ter o que chamamos de aprendizado horizontal, ou seja, cidades aprendendo a partir da experiência de outras cidades, países aprendendo com outros países, em vez de contar apenas com o antigo modelo de assistência técnica, do hemisfério norte para o sul.

FOLHA - Em 2007, pela primeira vez na história mundial, a população urbana superou a rural em todo o planeta. Trata-se de um fenômeno irreversível, ou ainda é possível pensar em estratégias para manter as populações no campo, para que elas não sobrecarreguem as cidades?
COBBETT -
Cada país tem uma realidade distinta, mas a tendência global de urbanização é muito forte. Ela começou historicamente na Europa, nos Estados Unidos e em países da Ásia oriental. Depois se espalhou para a América Latina e agora acontece na África e no restante da Ásia. Pode-se discutir se ela é natural ou evitável, mas é fato que é uma transição demográfica em curso.
Acho que a resposta mais inteligente dos governos de países onde esse processo ainda está em curso é planejar com antecedência. É preciso ter consciência dos números e tendências, e é por isso que fóruns como esse são tão importantes. Em nenhum lugar do mundo houve sucesso em políticas de governos que tentaram manter pessoas em áreas rurais.
Se as pessoas querem migrar para as cidades, elas certamente o farão. Além disso, é preciso reconhecer que as pessoas pobres não são estúpidas. Elas olham para as condições que têm no momento e comparam com as cidades.
Se decidem migrar, fazem isso a partir de julgamentos. Elas pensam que, se mudarem para uma cidade, terão melhor acesso para elas e seus filhos a escolas, hospitais e serviços públicos em geral. E, estatisticamente, elas estão certas. É por isso que migram.

FOLHA - A transição do rural para o urbano então é positiva?
COBBETT -
Não podemos fingir que a urbanização é uma resposta a todos os problemas. Definitivamente, não é. Se mal gerenciada, como aconteceu na América Latina, governos terão que passar 10, 20, 40 anos resolvendo problemas de falta de planejamento.
É por isso que os países da África subsaariana ou a Índia, entre outros, têm muito a aprender com a experiência dos latino-americanos.
É importante se conscientizarem dos problemas que podem vir antes que eles se tornem inevitáveis e consumam décadas para serem resolvidos.
Eles precisam perceber que há um processo em curso e tentar o mais rápido possível se preparar para poder aproveitar os efeitos positivos que a migração do campo para as cidades traz para a economia.
É bom lembrar que todas as economias bem-sucedidas do mundo, sem exceção, passaram por um processo de urbanização e industrialização. Nenhum país atingiu níveis satisfatórios de renda sem passar por essa fase.

FOLHA - Mas, ao menos na América Latina, a urbanização veio acompanhada do crescimento da violência. Na África e na Ásia, países pobres que passam por essa transição não correm sério risco de verem crescer em favelas grupos criminosos ou terroristas à margem do Estado?
COBBETT -
Sem dúvida, e devemos nos preocupar seriamente com isso. Mas não deve ser por isso que devemos agir para impedir que a população viva em condições precárias.
É dever dos governos planejar o futuro de seus países. O que vimos em muitas cidades foi um fracasso das autoridades em prover terras e serviços básicos para os mais pobres, reconhecendo sua cidadania. Se eu vou para a cidade e o governo não me dá terra, água ou energia, eu vou conseguir isso informal ou ilegalmente.
O fracasso de governos locais e nacionais em reconhecer esses direitos é o que cria espaço para sistemas de poder alternativos à margem do Estado.
Só que, em muitas cidades, em vez de serem reconhecidos como cidadãos ao chegarem, a mensagem que os pobres recebem é oposta: vocês não são bem-vindos, não te daremos terra nem serviços e não reconhecemos seu direito de estar aqui. Os governos que negaram isso acabaram fracassando e agora se sentem ameaçados pela imagem da insegurança.
Mas, repito, não deve ser esse medo que nos leve a agir.

FOLHA - Mesmo melhorando as condições de vida em algumas favelas, as pessoas continuam carregando um estigma negativo por viverem ali?
COBBETT -
De fato, somente investir em favelas não resolverá o problema. É preciso mudar a forma como as pessoas de classe média e com propriedades veem a população que vive nessas áreas. Será que reconhecem que são cidadãos? Percebem que é preciso fazer investimentos não para que essas populações saiam dali, mas para que as favelas sejam incluídas e façam parte da cidade legal?
É a atitude discriminatória das elites que, em muitos casos, mantém os moradores de favelas nessa situação. A favela em si não é um problema, mas um sintoma da forma diferenciada com que as pessoas são tratadas nas cidades.
Além disso, em muitas cidades, a população em favelas ou assentamentos precários é a maioria da população. Então, não devemos encarar como um problema de favelas, mas como um problema das cidades.

FOLHA - O sr. vem com bastante frequência ao Brasil. Notou desta vez alguma diferença em relação às condições de vida nas favelas?
COBBETT -
Acho que há uma mensagem positiva a ser dada ao resto do mundo em relação ao Brasil. A Constituição de 1988 e o Estatuto das Cidades, de 2001, são importantes marcos de melhoria do gerenciamento do acesso às terras. Mas vocês têm uma história de 500 anos que não se muda em dez. É um processo longo que requer uma política estável e investimentos constantes. Acho que é isso que o governo vem fazendo nos últimos oito anos, mas ainda há muito a fazer.
Eu visitei nesta semana, por exemplo, a Rocinha, e vi os investimentos que o PAC está propiciando no local.
Mas o lixo nas ruas ainda é visível. Todo mundo joga tudo em qualquer lugar.
Os investimentos são importantes para as comunidades perceberem que os governos reconhecem o direito de as pessoas estarem ali e tratá-las como cidadãos, mas ainda há um longo caminho a percorrer.

FOLHA - O sr. conhece muitas favelas no mundo. Dá para identificar alguma peculiaridade das que já viu no Brasil?
COBBETT -
Em primeiro lugar, uma favela em Salvador é diferente de outra no Rio, que é diferente de uma em São Paulo. Mas uma característica do Brasil é que, aqui, vocês têm cidades fortes, e o prefeito tem autoridade para tomar muitas decisões importantes.
Em muitos países, o poder local não é tão forte.
Também chama a atenção na comparação das favelas brasileiras com as da Índia ou de países africanos que, aqui, o nível de miséria é muito menor.
Obviamente, não se trata de uma competição, mas quando se visita uma favela nesses países percebe-se que, apesar dos problemas, as condições de vida aqui são melhores.

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Sistema de flotação tampouco funcionou em São Paulo

O jornal Folha de São Paulo publica no seu caderno Cotidiano a informação que o sistema de flotação não funcionou para limpar o rio Pinheiros.

O sistema utiliza a mesma tecnologia que o sistema que foi implantado, também sem sucesso, em Joinville na gestão Tebaldi e que recebeu o nome de Flot-Flux e que custou alguns milhões de reais aos cofres públicos, do dinheiro do contribuinte. Permanecem no rio Cachoeira as "ruinas" da instalação, sem que exista nenhuma iniciativa para retira-las do rio.

SP falha em teste para limpar o rio Pinheiros
Governo do Estado gastou R$ 80 milhões e 2 anos de tentativas para tratar a água do rio e levá-la limpa à represa Billings

Sistema de flotação dos resíduos, que foi utilizado durante os experimentos, obteve avanços, mas não conseguiu barrar a poluição.

Fracassaram as primeiras tentativas do governo do Estado de São Paulo para tratar a água do rio Pinheiros e levá-la limpa à represa Billings, uma das principais fontes de abastecimento da região metropolitana. Foram consumidos dois anos de testes e R$ 80 milhões.
O sistema testado no Pinheiros foi a flotação, que consiste em reunir a sujeira em flocos e levá-la para a superfície do rio. Forma-se um lodo na parte de cima, que, então, é removido.
Embora tenha havido avanços, os testes conduzidos pelo governo José Serra (PSDB) mostraram que a flotação não foi capaz de barrar completamente a poluição.
Os experimentos acabaram no final de 2009. Por não ter obtido êxito, o governo será obrigado a testar a flotação em um canal fora do rio -etapa que deve começar em abril.
As falhas na flotação impedem, ao menos temporariamente, os planos do governo de submeter parte da água (em vez de "toda a água") do rio ao tratamento -o projeto estava previsto para começar em 2010.
Um acordo firmado na Justiça obriga o Estado a atender requisitos especificados pelo Ministério Público Estadual se quiser emplacar o projeto, estimado em R$ 350 milhões, segundo a Secretaria Estadual de Saneamento e Energia.
Entre as substâncias para as quais o tratamento é ineficaz está o nitrogênio amoniacal, indicador de presença de esgoto -impensável para estar na água levada para a Billings.
A substância também provoca a formação de algas, que podem interferir no gosto da água e levar à morte de peixes.
Sem dar solução para o problema, a flotação não pode ser implantada em todo o rio Pinheiros, disse o promotor José Eduardo Ismael Lutti, responsável pelo caso. "A qualidade da água obtida nos testes não atende os padrões legais e certamente virá a causar danos irreversíveis à Billings e, possivelmente, em consequência, à Guarapiranga, tanto sob o ponto de vista ambiental quanto no de saúde pública."
Mesmo em parâmetros onde o tratamento resultou em melhoria o resultado foi considerado insuficiente. Foi o caso do fósforo, formador de algas, cuja presença na água caiu 91%. Segundo a equipe técnica da FSP (Faculdade de Saúde Pública) da USP, porém, o que sobra de fósforo afeta a qualidade da água -a queda precisaria ser próxima a 99%. A FSP auxilia o Ministério Público no caso.
Também houve melhora na concentração de metais na água, no aumento de oxigênio dissolvido e na contaminação pela bactéria Escherichia coli, presente nas fezes humanas.
"O sistema de flotação -como concebido e testado- é insuficiente e inadequado para a missão a que se propõe: reverter esta água "melhorada" para a Billings", diz Lutti. Daí a necessidade de mais testes que comprovem a eficácia do sistema.
Como os testes são caros -os custos com produtos químicos consomem 80% do total investido-, há risco de o projeto se tornar inviável, diz o promotor.

Lodo
Há outro empecilho para implantar a flotação no Pinheiros: a necessidade de reduzir o volume de lodo que o sistema forma, disse Pedro Mancuso, especialista em reúso da água da FSP-USP e coordenador da equipe técnica que auxilia a Promotoria no assunto.
Para onde destinar o lodo é mais um problema: não há, em São Paulo, aterro sanitário capaz de receber o lodo da flotação. Há tecnologias disponíveis para resolver isso, mas que ainda não foram muito estudadas.
Governo afirma que sistema de flotação passa por melhorias
 A Secretaria de Saneamento e Energia disse que o sistema de flotação está passando por melhorias "para se obter maior eficiência do processo".

Em nota enviada à Folha, a pasta classificou os testes do sistema de "bem-sucedidos", embora admita que não tenham atingido os "índices rigorosos exigidos pelo Ministério Público".

"Um dos principais ganhos evidenciados pelos testes foi a remoção significativa de fósforo total (91%), de grande relevância para o controle de eutrofização (proliferação de algas) no reservatório Billings. O teste também demonstrou desempenho positivo em relação a outros parâmetros, como a contaminação por Escherichia coli (redução de 90%), remoção de matéria orgânica (DBO, 53%) e aumento do oxigênio dissolvido (34%)", diz a pasta.
Os padrões, afirma a secretaria, superam o exigido em resolução nacional quanto aos níveis de lançamento em corpos d'água e estão muito próximo ao exigido pelo Ministério Público. Segundo a Promotoria, no entanto, "a melhora está longe de evitar impactos significativos na Billings ou de atingir os índices legais exigidos".

A pasta não respondeu sobre a presença de nitrogênio amoniacal na água nem o que está fazendo para remover o lodo. Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria informou que a secretária Dilma Pena poderia falar sobre o assunto somente depois da Semana Santa. De acordo com o Ministério Público, estudos estão sendo feitos pelo governo nesse sentido.
O governo José Serra (PSDB) ressaltou ainda manter ou ter executado outras ações para despoluir o Pinheiros, entre as quais o Projeto Tietê, recuperação de mananciais (infraestrutura de saneamento, urbanização de favelas e criação de áreas verdes), despoluição de córregos e desassoreamento e barco cata-lixo, investimentos que somam R$ 2,835 bilhões.




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Formas de fazer politica

O prefeito Carlito se apresentou durante a campanha eleitoral, como uma novidade, defendendo uma nova forma de fazer política. Depois de eleito repetiu e ainda aprofundou as opções dos antecessores dos que tanto quis se diferenciar.

O dia a dia do exercício do poder deixa a todos os políticos parecidos. Na noite da vida publica todos os gatos são pardos.

Não esqueça

De Roberto Campos

O bem que o estado (leia-se também prefeitura) pode fazer é limitado;
o mal, infinito.

28 de março de 2010

A cidade policentrica

Da Folha de São Paulo

Cidade funcional deve ter múltiplos centros, diz senador francês

Especialista Yves Dauge afirma que transporte sobre trilho e bairros multifuncionais são segredo para metrópoles integradas socialmente

Para ex-diretor de Urbanismo da França, cidades planejadas dependem de corrida entre vontades política e privada e os assentamentos irregulares

CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO

Transportes sobre trilhos, bairros multifuncionais e múltiplos centros são o segredo de uma cidade funcional e integrada socialmente, diz o senador socialista Yves Dauge, que chefiou a delegação da França no 5º Fórum Mundial Urbano, encerrado na sexta no Rio.


Dauge, 75, foi diretor de Urbanismo do Ministério da Infraestrutura durante a Presidência de François Mitterrand (1981-1995), quando coordenou as "grandes obras", que incluem a pirâmide do Louvre.
Promotor de lei que prevê que toda cidade francesa deve ter pelo menos 20% de moradias sociais, Dauge diz que, para uma cidade planejada, a vontade política tem que travar uma "corrida incessante" com os investimentos privados e os loteamentos irregulares. Abaixo, trechos da entrevista à Folha.


FOLHA - Vemos uma competição entre países para ver quem faz o prédio mais alto, mais inusitado. Há uma dicotomia entre grandes obras e uma cidade menos segregada?
YVES DAUGE -
É falsa a ideia de que, quanto mais rica a cidade, mais os pobres serão bem tratados. Há mais do que dicotomia, há uma contradição. A cidade deve ser integrada social e territorialmente. Mas é preciso uma força política enorme para se chegar a isso.

FOLHA - As grandes cidades brasileiras têm má integração viária entre a periferia e o centro. Como lidar com isso?
DAUGE -
Com um sistema de transporte coletivo e com o conceito de multicentros. Sempre há um centro maior, em geral ligado à história da cidade. Mas os grandes aglomerados urbanos têm que ter múltiplos centros. Para isso, é preciso investimento intelectual e uma corrida incessante entre a vontade política e os investidores privados, os especuladores e os assentamentos irregulares, que não esperam.

FOLHA - Como contornar os efeitos sobre a ocupação territorial das disparidades de renda?
DAUGE -
Com uma abordagem fiscal. É possível redistribuir a renda dos impostos dos bairros que produzem muita riqueza para os mais pobres. Na França, criamos o Imposto de Solidariedade Urbana.

FOLHA - Como convencer os que devem pagar mais dos benefícios que poderão ter?
DAUGE -
É papel do político. A desigualdade não vai ser revertida naturalmente, e as ilhas de riqueza não podem sobreviver num mundo que se revoltará contra elas.

FOLHA - O senhor pode apontar na França exemplos positivos de cidades integradas?
DAUGE -
Nantes, por exemplo, é cercada a leste e ao norte por bairros e subúrbios com muitas moradias sociais.

FOLHA - Neste ano, completam-se cinco anos da revolta de jovens desempregados nas periferias das grandes cidades francesas. O problema foi sanado?
DAUGE -
Essa questão tem uma dimensão urbanística, mas é sobretudo ligada à imigração, e portanto à colonização, que deixou uma marca nos dois lados. Essa história pode se diluir, mas ela não terminou. Quando o Partido Socialista estava no poder, tentou criar uma polícia de proximidade nos subúrbios. A direita acabou com o projeto. Sempre é possível demolir os conjuntos residenciais, e dar uma pequena casa a cada um, como a direita já propôs. Mas isso é uma utopia total, porque a cidade não é a acumulação de casas individuais, mas um projeto coletivo. Entramos numa espiral perigosa, e precisamos recriar os laços, para restaurar a confiança que acabou.

O blog negritou alguns parágrafos, por considerar que tem forte relação com a nossa realidade local.


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Para pensar acordado


Frase


"Os grandes aglomerados urbanos têm que ter múltiplos centros. Para isso, é preciso investimento intelectual e uma corrida incessante entre a vontade política e os investidores privados, os especuladores e os assentamentos irregulares"

YVES DAUGE

Senador socialista francês e ex-diretor de Urbanismo da gestão Mitterrand.

Se transferimos esta frase para nossa realidade sambaquiana e local, já perdemos a corrida a que Yves Dauge se refere, faz tempo.


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Ferreira Gullar na Folha de São Paulo


A cara do cara

Teríamos que ver Lula não como o estadista, que pretende ser, e sim, como um espertalhão?



DEVO ADMITIR que, de algum tempo para cá, a personalidade de Lula tornou-se, para mim, motivo de surpresa e indagação. Trata-se, sem dúvida, de um personagem inusitado na história política do país. Contribui, para isso, obviamente, sua origem social, a condição de líder operário que, embora pouco afeito aos estudos e à leitura, chegou à mais alta posição que alguém pode alcançar no Estado brasileiro.

A trajetória que ele percorreu é, no entanto, compreensível, se se levam em conta os fatores que determinaram o processo político brasileiro durante os anos do regime militar. A repressão que a ditadura exerceu sobre os trabalhadores organizados, alijando dos sindicatos às lideranças surgidas do getulismo e do janguismo, propiciou o surgimento de uma liderança sindical, desvinculada tanto do peleguismo quanto dos comunistas que, por isso mesmo, prometia uma nova era na luta dos trabalhadores.

A figura principal desse movimento era Luiz Inácio Lula da Silva que, envolto nessa aura, fez renascer a esperança de velhos militantes incompatibilizados com o comunismo soviético, como também o entusiasmo de uma nova geração que se inspirava na Revolução Cubana. Não por acaso, Lula passou a usar a mesma barba que caracterizava as figura de Fidel e Guevara.

Enquanto durou a ditadura militar, ele e seu partido, o PT, mantiveram-se na luta pela restauração da democracia, ao lado do partido de oposição e de outras forças de esquerda. Finda a ditadura, Lula e seu grupo começaram a mostrar sua verdadeira face: tornaram-se adversários de todos os governos que se formaram, a partir de então. A própria Constituição de 1988 não contou com seu apoio, pois se negou a assiná-la.

De 1990 a 98, Lula fracassou em três tentativas de eleger-se presidente da República. Em 2002, deu um ultimato ao PT: para perder de novo, não se candidataria e, com isso, o partido abriu mão da postura radical, permitindo a Lula, inclusive, adotar como vice um empresário e comprometer-se com a política econômica de FHC, que haviam combatido ferozmente. Eleito, Lula repeliu a aliança com o PMDB e aliou-se a partidos menores, que seriam comprados com o mensalão. Quando o escândalo estourou, disse que não sabia de nada e obrigou seus auxiliares mais próximos a assumirem a culpa. Depois, os absolveu e, recentemente, afirmou que o mensalão foi fruto de uma conspiração contra seu governo. Não houve.

A coragem de fazer tal afirmação, quando a denúncia daquelas falcatruas foi feita pelo procurador-geral da República e aceita pelo Supremo Tribunal Federal, é quase inconcebível em alguém que ocupa a Presidência da República. Mas esse é o Lula que, após assumir o governo, afirmou nunca ter sido de esquerda e, enquanto abre o cofre do BNDES à grandes empresas, alia-se ao antiamericanismo de Chávez e Ahmadinejad e abraça-se a Bush, a Fidel e Sarkozy. Dá seu apoio às eleições corruptas do Irã e se nega a reconhecer o presidente legitimamente eleito de Honduras.

Mas nada chocou tanto a opinião pública, dentro e fora do Brasil, quanto sua afirmação de que é inaceitável que alguém se deixe morrer numa greve de fome. E, como se não bastasse, comparou os prisioneiros políticos, condenados por delito de opinião, aos criminosos comuns, presos por roubar ou matar. O ministro Amorim tentou defendê-lo, dizendo que Lula, por já ter feito greve de fome, estava agora fazendo uma autocrítica. Na verdade, Lula fingiu fazer greve de fome, em 1980, pois, como se sabe, comia escondido. Não se trata, pois, de autocrítica, mas da tentativa de desqualificar quem demonstrou a grandeza moral que ele não teve. Teríamos que vê-lo, não como o estadista, que pretende ser, e, sim, com um espertalhão, capaz de qualquer coisa que sirva a seus objetivos?

Seria, talvez, simples demais afirmar que sim. No entanto, como entender sua atitude, na visita recente ao Oriente Médio, quando se ofereceu, publicamente, para mediar o conflito entre judeus e palestinos, tarefa já entregue a um "quarteto" de alto nível composto pelos EUA, a comunidade europeia, a Rússia e a ONU? Como era de esperar, o oferecimento foi rejeitado pelos dois lados.
Lula certamente não contava com isso, mas, esperto como é, tampouco se julgaria capaz de resolver tão complexo problema. O que lhe interessava era posar de estadista preocupado com as grandes questões mundiais. É o mesmo cara que inaugura obras não concluídas e acha que só um retardado mental faz greve de fome para valer.

Teme a era pós-Lula.

Ferreira Gullar

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em 1919


Você pode até não acreditar, mas em 1919 e durante a época da lei seca nos Estados Unidos, surgiram varios movimentos com o objetivo de combater o consumo de álcool.

Um dos mais "exitosos" foi o deste grupo de senhoras que usando o lema "Os lábios que tocam o licor não tocarão os nossos". Defendiam a abstinência.

Não temos registro do resultado efetivo da campanha.

Fica o registro para o blog. Lembre, se beber não dirija.
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Campanha antecipada

Considerando a preocupação que o presidente Lula tem mostrado pelas multas recebidas da justiça pela realização de campanha eleitoral antecipada. A conta que deve estar sendo feita pelo PT e principalmente pelo seu tesoureiro deve ser que é mais econômico pagar as multas que o aluguel do jatinho.

A mensagem que fica para a sociedade é a de que o presidente esta muito pouco preocupado com as multas e que não deve mudar sua linha de conduta. Se a maxima autoridade do pais desrespeita a lei o exemplo para a sociedade não é bom e serve para estimular o descumprimento da lei.

Do mesmo modo que no passado já aproveitou para louvar a ignorância e defendeu publicamente a sua dificuldade com a leitura é de todos conhecido o seu  pouco habito para o trabalho. Acompanhar a agenda oficial mostra mais dias em viagem que os dias dedicados a despachar em palácio. 

A justiça deverá achar outros meios de desmotivar o presidente a continuar fazendo campanha antecipada ou acabará sendo alvo de chacota.

Uma imagem para Joinville

Jardim Paraiso (*)


Jardim Paraíso

A matéria publicada no jornal A Noticia mostrando a evolução do Jardim Paraíso, deve merecer estudos mais aprofundados e analise precisa.
A vinculação entre violência, doenças e marginalidade e ausência e omissão do poder publico fica patente. Aumentar a qualidade de vida das pessoas reduz a marginalidade e constrói cidadania.

O milagre do Jardim Paraíso é resultado de um investimento maciço de recursos públicos, para poder dotar o bairro de índices de saneamento, pavimentação e infra-estrura que não são os mesmos que na maioria dos bairros situados na periferia de Joinville.

Se por um lado devemos nos alegrar com a sensível melhoria que o bairro Jardim Paraíso tem alcançado, pelo outro devemos debater qual é o investimento todavia necessário para que toda Joinville atinja estes mesmos índices de qualidade. O passivo que Joinville alastra, e continuará carregando nas costas durante décadas é uma bomba de efeito retardado, o preço de um desenvolvimento feito a qualquer preço e sem planejamento.  Representa para esta geração e para as futuras, um lastro elevado e um risco de violência, insegurança e precariedade, inaceitáveis para uma cidade como Joinville.

A ausência do governo no dia a dia dos cidadãos, a falta de manutenção do patrimônio publico, os serviços inadequados e deficientes, exigem uma ação forte de governo. O Jardim Paraíso é uma prova disto. Falta agora mostrar o tamanho da conta, aonde estão os recursos e como será feito.

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27 de março de 2010

Dilma em campanha

Dilma foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhada de uma comitiva.
Depois de apresentar todas as maravilhosas propostas para seu governo (se eleita), disse às criancinhas que iria responder perguntas.

Uma das crianças levantou a mão e Dilma perguntou:

- Qual é o seu nome, meu filho?
- Paulinho.
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas.
A primeira é "Onde estão os milhões de empregos prometidos na campanha presidencial passada?"
-A segunda é "Quem matou o Prefeito Celso Daniel?"
-E a terceira é "A senhora sabia dos escândalos do mensalão ou não?".
Dilma fica desnorteada, mas neste momento a campainha para o recreio toca e ela aproveita e diz que continuará a responder depois do recreio.

Após o recreio, Dilma diz:

-OK, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas. Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Dilma aponta para ele.
-Pode perguntar, meu filho.
-Como é seu nome?
-Joãozinho, e tenho cinco perguntas:
-A primeira é "Onde estão os milhões de empregos prometidos na campanha
presidencial passada?"
-A segunda é "Quem matou o Prefeito Celso Daniel?"
-A terceira é "A senhora sabia dos escândalos do mensalão ou não?"
-A quarta é "Porque o sino do recreio tocou meia hora mais cedo?".
-A quinta é "Cadê o Paulinho?!”

De José Antonio Baço


– Não se iluda. Uma solução menos má ainda continua a ser má.

Uma sugestão verde


Uma alternativa verde a verticalização cinza. Na medida que o concreto avança sobre a cidade e cada vez menos existem áreas verdes remanescentes, uma alternativa criativa poderia ser a verticalização do verde. Fica a dica.

Balanços e aumentos (*)


Balanços e aumentos

A leitura de balanços é uma tarefa enfadonha, destinada quase que exclusivamente aos acionistas e a economistas. Para o cidadão comum, não despertam maior interesse e a sua letra pequena e linguajem criptica servem para afastar aos leitores que deveriam estar interessados na sua leitura. Ainda mais quando os balanços se referem a empresa publica, das que somos forçadamente acionistas.

A publicação do balanço da Companhia Águas de Joinville, serve como bom exemplo, ao mostrar um lucro significativo, comprova que o negocio da água em Joinville, como sempre foi sabido é um bom negocio. Já desde a época em que o sistema estava sob responsabilidade da CASAN, se discutia em rodas e salões a elevada rentabilidade de um negocio que drenava recursos de Joinville, para sustentar a paquidérmica estrutura da estatal.

Mudam os tempos, mudam as pessoas, mas a rentabilidade permanece. Agora o balanço publicado mostra que alem dos 8,3 milhões de reais de lucro divulgados, depois de pagarem impostos e pagar os juros sobre o capital próprio dos acionistas, neste caso a prefeitura municipal, que recebeu mais de 10 milhões de reais. O resultado final do ano 2009 ficou perto dos 20 milhões de lucro. Nada contra o lucro, desde que fosse integralmente direcionado a investimentos no saneamento que Joinville tanto precisa. Destinar mais de 10 milhões ao caixa da prefeitura, para tapar “buracos” e pagar folha. Mostra que as mazelas da administração anterior se repetem, agora no âmbito local.

A Prefeitura tem o direito de receber os juros sobre o seu capital na Companhia Água de Joinville, porem não parece ético, nem moral, com a carência vergonhosa que Joinville tem de saneamento, ingressar estes recursos no caixa, para pagar outras contas e deixar de investir em saneamento básico.

26 de março de 2010

Oportunidades (*)



Oportunidades

A vida esta feita de oportunidades aproveitadas e de oportunidades perdidas. O resultado final poderá ser avaliado a partir de como aproveitamos umas e como desperdiçamos outras. A vida de uma cidade também é o resultado das oportunidades que soube aproveitar.

Joinville tem ao longo do tempo tem mostrado pouca habilidade e ousadia para aproveitar as oportunidades que a vida tem lhe oferecido. A possibilidade de ter um teatro de primeiro nível foi trocada por um “galponsão multiuso” que tem ficado mais tempo fechado que recebendo eventos esportivos, como jogos de vôlei, futsal, ou recebendo grandes espetáculos nacionais e internacionais. Como foi pomposamente anunciado na época da sua inauguração. Agora estamos considerando a possibilidade de construir no seu estacionamento um teatro, que não pretende ocupar o vazio deixado pelo projeto anterior.

A oportunidade de projetar uma serie de parques, para que Joinville pudesse atender uma demanda que hoje já se converteu num clamor, vieram da mão de um financiamento do Fonplata, hoje vários milhões de dólares depois, Joinville continua longe de ter o parque que precisa, com áreas para lazer, grandes espaços abertos para caminhadas, ciclovias e bem arborizados e que sigam o modelo que Curitiba tem consolidado. Uma serie de pequenos parques, alguns inclusive praticamente sem grama ou arvores, será o legado que quedará para a cidade.

A retirada dos trilhos do trem é uma nova oportunidade, que a cidade tem. Projetar um parque que incluísse um atrativo roteiro para ciclistas, aproveitando a topografia, com passeios arborizados, aproveitando o traçado do trem, poderíamos reunir num único local, todas as ansiedades que a população manifesta e que não foram atendidas nos projetos do Fonplata. O novo parque seria viável por um custo bem baixo, desde que o projeto não sofresse da megalomania, que tem sido a constante dos projetos públicos, nos últimos tempos. Se inventarmos pavimentar todo o parque, não terá orçamento que possa dar conta da empreitada. Joinville tem a sorte de uma nova oportunidade para aproveitar ou para desperdiçar. A media de acertos tem sido baixa. Vamos torcer por uma ataque de bom senso.

25 de março de 2010

Forma de governar

A cada dia que passa mais difícil fica para o cidadão comum diferenciar a administração Carlito de quaisquer uma das anteriores administrações municipais. A forma de governar do PT, repete os erros e não agrega nenhuma virtude nova. Consolidando o conceito que "todos são iguais".

O que se por um lado não foi nenhuma surpresa, pelo outro causa um impacto forte sobre a população que esperava uma mudança de forma e de fundo. A decepção de uns e outros, deverá ser sentida nas próximas eleições.

Menos impactante que os aumentos que a prefeitura deverá conceder, é a forma como o tema é tratado e o pouco esforço que é feito para amenizar o tema, no caso do aumento da agua, a tese da inflação interna da aguas de Joinville é de uma estultícia constrangedora.

A perda da esperança e da ilusão é um preço alto a pagar para a sociedade, que fica mais pobre é mais descrente de um futuro melhor.

24 de março de 2010

Para pensar acordado

Autoridade que não tem ouvidos para escutar não tem cabeça para governar.

Provérbio dinamarquês

Publicidade inteligente


Aqui uma publicidade como esta não seria compreendida, porque em Joinville nós CORTAMOS as arvores.

Na campanha mostrada só uma imagem é colocada na calçada. Aqui não usamos sutilezas, cortamos e ponto.

23 de março de 2010

Reconhecimento

Reconhecemos que este blog tem dedicado um espaço e um numero de posts significativo a comentar o planejamento urbano de Joinville. Tem também veiculado textos de outros autores, com opiniões as vezes divergentes, buscando a pluralidade que surge do contraditório.

O objetivo é e continuará sendo o de promover o debate, permitir que a sociedade possa participar de maneira construtiva, que o futuro da cidade deixe de ser patrimônio exclusivo de um pequeno grupo de técnicos, convertidos por desígnio divino em donos absolutos da verdade.


O objetivo do debate e estimular a democratização da participação é servir de lente para permitir que o míope possa enxergar melhor. Porque a cidade se constrói e se projeta olhando o horizonte e procurando vislumbrar alem dele.


Mas da mesma maneira que não melhora a visão de um cego, se colocamos uma lanterna na sua mão, tampouco podemos esperar que os senhores da razão, os donos da verdade, os sábios que tem todas as respostas, vejam alguma utilidade num debate que só servirá para escutar as respostas que já conhecem.


Este blog continuara promovendo o debate sobre o planejamento de Joinville, como mais um dos espaços abertos e democráticos em que o dialogo e o confronto de idéias permite trazer mais luz a uma cidade que anda na escuridão.

Piada

Passagem de trens pode ter contribuído a queda do telhado da antiga estação ferroviária.
Só pode ser piada. Tipo relógio de mergulho enferrujou pela umidade. Pingüim resfriou pelo frio. Sorvete derreteu pelo calor.

O jornal A Noticia divulga o laudo da empresa contratada que informa que a passagem de trens pode ter contribuído para a queda do telhado do Museu da Indústria. O motivo seria uma influencia de vibração transmitida pelos trens. Como o trilho e os trens já estavam lá antes da reforma e não houve nem chuva nem vento, um párvulo poderia imaginar que a causa possa ter sido erro de projeto ou de execução.

Nenhum estudo até agora apontou culpados. Uma teoria aponta ainda para a possibilidade da transmissão de fortes ondas sísmicas secundarias causadas pela conjunção dos terremotos do Haiti, Chile e Taiwan, com a maré alta do Cachoeira.

Precisa dar uma atualizada no currículo

Aproveite as dicas dos especialistas

Atualizem seus Currículos
Você acha que não te contratam em uma Grande empresa porque o seu currículo é muito 'fraquinho'?
É muito simples, basta fazer algumas substituições no Nome da profissão!
A seguir, algumas dicas para você dar um reforço em seu currículo:


* Oficial Coordenador de Movimentação Interna (porteiro)

* Oficial Coordenador de Movimentação Noturna (vigia)

* Distribuidor de Recursos Humanos (motorista de ônibus)

* Distribuidor de Recursos Humanos VIP (motorista de táxi)

* Distribuidor Interno de Recursos Humanos (Ascensorista)

* Diretora de Fluxos e Saneamento de Áreas (a tia que limpa o banheiro)

* Especialista em Logística de Energia Combustível (frentista)

* Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (Pedreiro)

* Segundo Auxiliar de Serviços de Engenharia Civil (Servente, o chamado peão de obra!)

* Especialista em Logística de Documentos (office-boy)

* Especialista Avançado em Logística de Documentos (motoboy) -

* Consultor de Assuntos Gerais e Não Específicos (vidente) - esse é melhor !

* Técnico de Marketing Direcionado (distribuidor de santinho nas
esquinas) - que idéia genial!!!

* Especialista em Logística de Alimentos (garçom)

* Coordenador de Fluxo de Artigos Esportivos (gandula)

* Distribuidor de Produtos Alternativos e Alta Rotatividade (camelô) - não é perfeito???

* Técnico Saneador de Vias Publicas (gari)

* Especialista em Entretenimento Masculino (prostituta)

* Especialista em Entretenimento Masculino Sênior (prostituta de luxo)

* Dublê de Especialista em Entretenimento Masculino (travesti) - esse é bárbaro!!!

* Supervisor dos Serviços de Entretenimento Masculino (cafetão)

* Técnico em Redistribuição de Renda (ladrão) - bárbaro!!!!!!


Recebido do Jairo Aldo

22 de março de 2010

Sobre as organizações

As únicas coisas que evoluem sozinhas em uma organização são a desordem, os conflitos e o baixo desempenho.

21 de março de 2010

Aula de sexualidade com Apple

Apple ajuda a explicar a sexualidade para crianças de todas as idades, só em inglês.

Vale a pena dar uma olhada, bem legal e criativo, com linguagem atual e sem meias palavras.

Moto - Taxi


Com a chegada ao Brasil das primeiras motos chinesas com a configuração que permite a opção de moto-táxi e a tradicional omissão das autoridades locais, não vai levar muito tempo para que uma nova praga apareça nas nossas ruas, os moto-táxis com o perfil que parece nas imagens anexas.

Com espaço para até três passageiros, protegidos, mesmo que precariamente da chuva, os moto-táxis avançam de forma caótica por ruas e avenidas, sem respeitar ao transito, amparados na falta de fiscalização fora das áreas centrais.

A favelização das cidades é um processo constante irreversível, resultado da mistura simultânea de vários elementos:

- A falta de planejamento, que sempre corre atrás do crescimento e que reage, em geral mal e tarde a pressão ou aos fatos consumados.

- A ausência de fiscalização e a leviandade no cumprimento de leis e normas.

- O abuso de setores da sociedade que priorizam o lucro individual e transferem o ónus a toda a sociedade.

Exemplos claros são os próprios moto-táxis já existentes em Joinville, que existiam de forma ilegal durante anos e que foram legalizados pela impossibilidade de reverter um quadro já instalado. Agora a maioria dos acidentes com feridos e mortes são de motociclistas, o que onera ainda mais o custo da saúde que é pago por todos nós.

Do mesmo modo a extensão do perímetro urbano em direção a áreas agrícolas de baixo valor urbano porem com grande possibilidade de valorização, originara um transporte coletivo mais caro, porque os ónibus deveram fazer viagens mais longos, para que uns ganhem na valorização imobiliária, o custo maior para a sociedade é rateado entre todos os usuários do transporte coletivo.

O resultado é uma cidade mais ineficiente e mais cara para todos.

O Berço do Surf



No norte do Perú, no departamento de Lambayeque, é possível acompanhar todos os dias entre as 14:00 e as 15:00 horas a volta dos Caballitos de Totora. O engenhoso sistema que os pescadores peruanos desenvolveram para pescar.

Com pequenas embarcações feitas de uma planta da família da nossa Taboa, que chegam a suportar até 100 kg de peso, os pescadores de Pimentel e Sta. Rosa avançam mar adentro, por mais de 4 horas a remo, para pescar, na volta surfam as ondas e voltam a praia com a pesca do dia.










19 de março de 2010

La e aqui


A prisão do Governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e as acusações feitas ao vice-governador de SC, fazem que seja interessante conhecer como são tratados os casos de corrupção em outros países. No caso dos Estados Unidos em que a corrupção também corre solta, a rede Globo elaborou a matéria deste vídeo.
Veja, compare e tire as suas conclusões. Sobre corrupção, foro privilegiado e impunidade.

Denuncia no Congresso

Denuncia no Congresso



Ainda que a versão original seja em espanhol, é possível comprovar as semelhanças entre os políticos de la e os daqui. Deixando claro que quaisquer semelhança não é pura coincidência.

Estacionamento na calçada

O jornalista Jefferson Saavedra na coluna Portal do jornal A Noticia publica a seguinte nota:

CALÇADAS- - Em Balneário Camboriú, o MP está cobrando da Prefeitura que acabe com os estacionamentos de carros sobre as calçadas. Uma irregularidade corriqueira em Joinville, especialmente em frente aos estabelecimentos comerciais.

Pouco sabe ele que o IPPUJ elaborou uma proposta para permitir que a irregularidade de estacionar sobre as calçadas seja aprovada por lei em Joinvile, como quase sempre a turma que planejam a cidade durante meio expediente, continuam na contramão do bom senso.

Devemos pedir que o MP se manifeste?

18 de março de 2010

Para pensar acordado

É possível calar? Devemos calar ou devemos nos manifestar?


Quem não contesta o mal o favorece.

Cícero (106 AC-43 AC), político e orador romano

Chuvas e trovoadas


Chuvas, enchentes e cota 40

Duas coisas se repetem em Joinville com a mesma regularidade das marés, as chuvas e os intentos de modificar a legislação que preserva os morros acima da cota 40. As propostas para permitir a ocupação destas áreas voltam a cada nova legislatura com força e com argumentos renovados.

As fortes chuvas que não são uma novidade nestas terras deveriam servir de alerta e deveriam servir de aviso também as dezenas de mortes ocasionadas pelos deslizamentos em áreas da Serra do Mar, tanto no litoral carioca, como na baixada santista, como em Santa Catarina.

As enchentes em Joinville passaram a ser mais freqüentes e mais graves não pelo aumento da intensidade das chuvas e sim pela ocupação irresponsável e criminosa de áreas sabidamente alagáveis, pela impermeabilização da cidade, pela redução da calha de rios e córregos e pela construção desordenada de fundos de vale.

Os morros de Joinville pela sua formação geológica são bombas de efeito retardado que estourarão um dia o outro, se continuamos a sua ocupação seja por espigões ou construções precárias. A sua ocupação representa um risco desnecessário e um atestado de irresponsabilidade de toda a sociedade.

16 de março de 2010

Precedente perigoso


Precedente perigoso


Esta novela dos carros da Câmara começa a se alastrar mais do que seria aconselhável e não parece que vai terminar logo. O legislativo neste caso insiste em escorregar numa casca de banana atrás da outra, quando parece que consegue manter o equilíbrio, volta a tropeçar.


Começou com uma licitação à surdina, a Câmara defendeu a locação, mesmo tendo alternativas bem mais econômicas, mas como os recursos são públicos e orçamento, da câmara, esta folgado, economizar não era a prioridade.


Este contrato de aluguel mostra bem como funcionam as coisas, primeiro se alugaram alguns carros para os serviços gerais e para o uso compartilhado dos vereadores, nada escandaloso, nem meia dúzia de carros. Como ninguém pareceu se importar, no contrato seguinte o numero de carros aumentou, coisa de uma dúzia mais ou menos, o numero certo sempre fica difícil de obter. De novo ninguém se apercebeu da estripulia. Então vamos lá, desta vez mais de um carro por vereador, si bem é verdade que um ou dois vereadores, optaram por prescindir da mordomia.


No ato seguinte a imprensa da uma de detetive e descobre o contrato primeiro, depois descobre que nem os próprios vereadores cumprem o que a Câmara estabeleceu para disciplinar o uso de um bem publico. Um dos vereadores, alias com larga experiência e conhecimento para discernir o que é certo e o que é errado, insiste de forma desafiadora em não cumprir a lei, enfrentando os seus pares e a toda a sociedade.


A sua atitude serve para evidenciar que não se fiscaliza o uso dos carros e ainda coloca em xeque a autoridade da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Joinville. A situação começa a ficar complicada. Ainda mais porque a sociedade começa a questionar como será feita a fiscalização do uso dos ditos carros, durante a campanha eleitoral. Em 2010, vários vereadores já sinalizaram que desejam ser candidatos e poderão facilmente, aproveitando a fiscalização inexistente, utiliza-los em campanha, no que deve ser considerada uma vantagem injusta sobre os demais candidatos e uso de bem publico. A justiça eleitoral poderia inclusive mostrar interesse em acompanhar esta novela e os seus próximos capítulos.


Publicado no jornal A Noticia

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