"A elegância é um dom pessoal, como o talento, é a única forma de beleza permitida ao homem e a maior." (José María Vargas Vila)
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29 de setembro de 2012
22 de fevereiro de 2011
12 de fevereiro de 2011
Urbanidade
Urbanidade é uma palavra interessante, por um lado faz referencia ao que é urbano, em oposição a ruralidade, de fato a partir que a população passo a migrar de uma forma maciça para as cidades, passamos a formar parte de uma sociedade urbana.
A cidade vai se deteriorando aos poucos, não tendo outros responsáveis que nos mesmos, que aos poucos vamos perdendo a educação, a urbanidade e depois de perder a civilidade, nos convertemos numa sociedade de incivilizados.
Publicado no jornal A Noticia
A mesma palavra se usa também para definir a forma de comportamento, inclusive passou a ser sinónimo de boas maneiras.
Os dois sentidos estão intimamente ligados, ao passar a viver em sociedades urbanas e compartilhar também espaços mais próximos, foi preciso estabelecer normas de comportamento, que servem para facilitar o relacionamento entre as pessoas.
Muitas das ações e atitudes que num meio rural, com uma densidade de população menor, poderiam ser toleradas, são hoje incompatíveis com a vida na cidade.
Por outro lado o conceito de urbanidade envolve também situações novas que são resultado da vida na cidade, resultado da verticalização e que influem na nossa educação e nas relações entre as pessoas.
Na medida em que avançamos no espaço dos demais, ou que com as nossas ações podemos interferir na vida dos outros, se cria uma linha tênue, quase invisível, que divide o agir com urbanidade ou ser um anti-social, um incivilizado, porque o sinônimo de urbanidade é civilidade.
Quando jogamos lixo na rua, quando no transito dirigimos de forma perigosa, mesmo que sem cometer nenhuma infração, ou quando mantemos a musica excessivamente alta, depois das 8 da noite.
Quando não mantemos limpa a nossa calçada, inclusive quando não cumprimentamos o vizinho que encontramos no elevador, estamos contribuindo para perder parte da civilidade, que é imprescindível para facilitar o convívio entre as pessoas que formam parte de uma comunidade.
A perda da qualidade de vida que tanto nos preocupa, não acontece de uma hora para outra, é o resultado de uma perda gradativa, de pequenas perdas, aos poucos deixamos de enxergar o muro grafitado, o papel no chão, o saco de lixo rasgado, O buraco na calçada, a sujeira, o abandono.
Publicado no jornal A Noticia
15 de janeiro de 2011
Elegância

Somente no moral se vê minha elegância.
Enfeitar-me não sei; nem dou para casquilho,
Julgo estar muito bem, não sendo peralvilho.
_O que eu não faço nunca é, franco e por incúria,
Sair sem lavar bem a recebida injúria
Trazer o pundonor ébrio de sono e vinho,
Ter os brios de luto e a honra em desalinho!
Ando, sem nada ter que pela cor agrade,
Emplumado de orgulho e garbo e liberdade;
Se não prendo a cintura esbelta num corpete
A vergonha ajustou minh’alma num colete.
São-me os feitos e ações as fitas que apresento;
Qual bigode gentil, retorço o meu talento;
Faço, por onde vou, tornando-as bem sonoras,
As verdades vibrar como tlintlins de esporas!
Enfeitar-me não sei; nem dou para casquilho,
Julgo estar muito bem, não sendo peralvilho.
_O que eu não faço nunca é, franco e por incúria,
Sair sem lavar bem a recebida injúria
Trazer o pundonor ébrio de sono e vinho,
Ter os brios de luto e a honra em desalinho!
Ando, sem nada ter que pela cor agrade,
Emplumado de orgulho e garbo e liberdade;
Se não prendo a cintura esbelta num corpete
A vergonha ajustou minh’alma num colete.
São-me os feitos e ações as fitas que apresento;
Qual bigode gentil, retorço o meu talento;
Faço, por onde vou, tornando-as bem sonoras,
As verdades vibrar como tlintlins de esporas!
Edmond Rostand
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