...Ele pode chegar a ser o governador de Santa Catarina.
Se o governador Carlos Moises sofrer imepachment, e todo mostra que vai sofrer, a possibilidade que este seja o próximo governador do estado é muito provável.
Santa Catarina preparada para passar vergonha em 10,9,8,7...
“O critério que prevalece na administração da coisa pública é o do privilégio. Molha-se a mão do setor político que precisa da legitimidade eleitoral e jurídica. Controla-se os principais postos da burocracia estatal. Oligopoliza-se o mercado. Abusa-se da terceirização. A mudança da relação entre o Estado e a sociedade acabará acontecendo: ou de forma ordenada ou como resultado trágico de uma situação de anomia, que provocará radical insegurança às pessoas. Só com a mudança da atual lógica de fazer política haverá mudança na lógica da gestão pública.”
Joinville sempre tem oferecido aos governantes eleitos nomes importantes para participar do governo. Agora o governador Raimundo Colombo tem pela frente a responsabilidade de escolher os melhores dos melhores, para ajudar a governar Santa Catarina nos quatro próximos anos. Formar uma equipe de governo não é uma tarefa fácil, exige sabedoria e paciência. É de Maquiavel a frase: "dez adversários e um ingrato".
Muitos municípios, de nosso estado, conhecem o custo de não ter escolhido os melhores nomes para formar a equipe de governo, pessoas indicadas mais pelas suas relações, que pela sua competência, ou pela sua filiação partidária que pelo seu conhecimento, ajudam a compor uma equipe medíocre, sem capacidade para enfrentar e resolver os problemas do quotidiano. Por isto a importância de saber escolher os melhores.
Aceitar um cargo publico no governo estadual, representa ainda um enorme sacrifício. Alem do afastamento da família, deixar o trabalho ou os negócios particulares e ainda fazê-lo por uma remuneração que poucas vezes cobre os próprios custos é um esforço que poucos sabem valorizar. Aquele que se disponha a aceitar o desafio, se não tiver um projeto político pessoal ou ânsia pelo enriquecimento rápido, que em alguns casos pode vir da mão de alguns cargos públicos, pagará um alto preço pessoal.
Pode ser este o motivo por que cada vez seja mais difícil para Joinville emplacar nomes no governo estadual. Nem sempre os melhores estão disponíveis e na maioria dos casos os que estão disponíveis não são os melhores. No que poderia ser considerada uma crise de valores qualificados. O difícil dilema que as entidades empresariais, os partidos e a sociedade organizada enfrentam na hora de propor nomes com condições reais de ser indicados, aumenta pela falta de influencia das entidades empresariais e dos deputados estaduais da região. Um bom exemplo desta realidade, foi quando um empresário da cidade propôs ao governador eleito Luiz Henrique a indicação de um diretor da sua empresa para um cargo de primeiro escalão em Florianópolis, o governador respondeu: “Estou procurando CPF e não CNPJ” A demanda é por pessoas integras que estejam dispostas a fazer um sacrifício, que nunca será adequadamente reconhecido. A lista dificilmente terá mais de 2 ou 3 nomes.
Se considerarmos a dificuldade para administrar uma cidade sem uma boa equipe, podemos imaginar o desafio que será administrar um estado ou um país, sem poder contar com os melhores, entre os melhores.
Legislativo do DF é o mais caro do Brasil, Santa Catarina é medalha de bronze
Depois do Distrito Federal, os legisladores que custam mais proporcionalmente são os de Minas Gerais (R$ 10,3 mi) e Santa Catarina (R$ 8,2 mi)
Levantamento feito pela Folha mostra que o custo de cada deputado distrital será de R$ 14 milhões em 2010. Após o DF, os deputados estaduais mais caros são os de Minas (R$ 10,3 milhões) e de Santa Catarina (R$ 8,2 milhões).
Neste ano eleitoral, as Casas legislativas estaduais vão receber juntas R$ 6,7 bilhões, o que representa um aumento de 13% em relação a 2009. O volume de recursos públicos direcionados aos Legislativos neste ano vai ser quase equivalente aos gastos previstos para o Senado e para a Câmara, que serão, juntos, de R$ 6,8 bilhões.
Roraima, apesar de o orçamento da Assembleia ter caído em 2010, é o Estado onde o custo per capita do Legislativo é o mais alto entre as 27 Casas: R$ 258 por habitante em 2010.
Para custear os 24 deputados do DF, o governo local reservou no orçamento de 2010 R$ 354,5 milhões. A direção da Casa diz que o valor foi reduzido posteriormente para R$ 336 milhões. Em comparação, Tocantins -o Estado com a Assembleia Legislativa de menor previsão de despesa- separou R$ 79,6 milhões para bancar também 24 deputados.
Cada Estado tem autonomia para definir os valores repassados às Assembleias Legislativas pelo Executivo. Em Santa Catarina, há uma lei fixando uma porcentagem das receitas do Estado para o Legislativo.
O orçamento da Assembléia legislativa de Santa Catarina é de R$ 329,7 milhões ao ano, o que representa R$ 8,2 milhões para cada deputado. O legislativo custa a cada catarinense R$ 53,89 por ano.
Também há diferenças em relação à proporção de gastos com as Casas legislativas pelo país. No Amapá, 6,1% de toda a verba anual do Estado vai para a Assembleia, enquanto em São Paulo o percentual é de 0,5%.
As Assembleias de Sergipe e Acre tiveram os orçamentos congelados pelos respectivos Executivos em 2010. Em Alagoas, a proposta de Lei Orçamentária, ainda não votada, prevê também o congelamento do repasse em 2010.
Este texto foi elaborado a partir de informações do Jornal Folha de São Paulo
Nada mais fácil que defender com romantismo juvenil o ecologismo. Enquanto a maior parte da sociedade brasileira mora em cidades cada vez mais urbanizadas, impermeabilizadas, poluídas e violentas, maior o número de ecologistas que surgem para defender o meio ambiente dos outros. Na realidade, são os outros que devem preservar.
As nossas cidades ocuparam e invadiram todas e cada uma das áreas disponíveis. Não poucas vezes, os próprios edifícios públicos descumprem a legislação, construídos às margens de rios, sem respeitar os afastamentos exigidos e comprometendo o desenvolvimento futuro das próprias cidades. Fica difícil entender que rios podem ser encaixotados, o esgoto possa ser jogado a céu aberto, as construções ocupem as encostas e várzeas.
Imaginemos que num imóvel urbano, além dos recuos já determinados por lei e dos afastamentos mínimos necessários, algum iluminado exigisse um adicional de 20%, chamado reserva legal. Esta reserva não poderia ser incluída nos recuos e limitações já existentes na lei, representaria a expropriação de 20 % da área do imóvel, que não poderia ser utilizada e deveria ser preservada. A nossa cultura urbana não aceitaria um contra-senso deste tamanho e facilmente teríamos mobilizações para derrubar o absurdo. Porém, aceitamos que o produtor rural brasileiro constitua uma reserva legal obrigatória, de suas melhores áreas agricultáveis, que ficará impedido de utilizar. Que não possa incluir nesta reserva legal as áreas que já formam parte por lei das APPs (Áreas de Proteção Permanente) representa uma punição adicional e uma redução significativa das poucas áreas produtivas disponíveis.
Imaginar que um país de dimensões continentais possa ter uma única legislação que se aplique a cada bioma, estado ou município é uma quimera semelhante a que dominou o pensamento stalinista da extinta União Soviética. A realidade orográfica e hidrológica catarinense é tão diferente da amazônica ou do pantanal, que só no fantasioso mundo perfeito dos ecologistas de gabinete é possível imaginar leis que determinem com precisão milimétrica o número de metros de proteção que deverá ser respeitado nas margens de cada rio, desconsiderando a topografia das margens ou as características do local. Quando falta bom senso, se excede no detalhe o legislador.
Santa Catarina reúne condições singulares, pela sua estrutura fundiária, pelo perfil e variedade da sua produção rural e pelas características do homem do campo, com fortes princípios e cultura de preservação da terra e da água. E reúne condições de capacidade técnica, seriedade e uma acreditada rede de instituições públicas e privadas que podem sustentar este desafio.
De acordo com levantamento feito pela Fatma, quase 42 % do território catarinense já é coberto com floresta nativa. Só em Joinville são mais de 68 mil hectares. Os reflorestamentos comerciais representam 7% do estado. De todo o território catarinense só 16 % são destinados à agricultura. Pastagens e campos nativos somam 31%. As áreas de mata nativa se encontram bem distribuídas, desde os municípios ricos como Joinville aos menos favorecidos como Santa Terezinha.
O Código Ambiental catarinense sinaliza que é possível buscar um equilíbrio entre o campo e a cidade.A proposta catarinense representa uma chamada ao bom senso, ao reconhecimento de que existem áreas de exploração agrícola consolidadas há décadas, que devem ser reconhecidas e respeitadas. Ninguém quer desmatar nem um metro a mais, porém o que falta de bom senso na legislação vigente poderia ser incluído.
Para quem tiver interesse em ver a magnitude da tragedia, recomendo visitar o link Junqueiradas as imagens são impressionantes e servem de alerta e lembrança.
Caso o IPPUJ, continue com a ideia de jerico de manter em pauta o debate de aumentar o gabarito, para 30 pavimentos, para atender o desejo de 2 ou 3 construtoras de fora, que prefeririam, que o gabarito, aumentasse dos absurdos 24 pavimentos atuais, para 30 inicialmente, sem prejuízo que o numero pudesse ser revisto, de acordo com novos desejos. É bom começar a dar uma olhada nesta imagem. A imagem de Dubai, serve de referencia para o que pode chegar a ser o visual da pujante e cosmopolita cidade de Joinville em Santa Catarina.
o governo do estado poderia optar por pedir ajuda a policia holandesa. Em lugar de requerer os serviços da Força Nacional de Segurança e principalmente no litoral, para reforçar a tradicional Operação Veraneio, agentes de policia da Holanda, como esta da imagem, seriam muito bem recebidas pelos turistas, e porque não, também receberiam o aplauso dos próprios catarinenses. Fica aqui a sugestão.
O deputado Carlito Merrs (PT-SC), prefeito eleito em Joinville, se recusou a assinar as emendas à medida provisória nº 448 aprovadas pela Comissão Externa da Câmara, de deputados do Estado, sobre a calamidade catarinense. As emendas à MP 448, que destina recursos a SC, foram aprovadas por unanimidade.
Mers disse não querer "dar palanque" ao deputado Paulo Bornhausen (DEM), presidente da comissão por designação do petista Arlindo Chinaglia.
Ninguém pode ser responsabilizado pela tragédia que está fazendo Santa Catarina submergir sob a água, os escombros, a dor e uma centena de mortes. Não se trata de questão política, nem de administração. Mas há uma série de lições a se retirar.
A sensação para nós, os leigos, é que Sua Excelência, a Mãe Natureza, está enviando sinais de insatisfação. Já chacoalhou a Índia, a China, os Estados Unidos, o Caribe, entre outros, e está chegando ao Brasil, autoproclamado santuário com sol o ano inteiro e sem furacões e terremotos.
O sinal mais claro que a Natureza nos envia é que não se pode mais brincar com o aquecimento global e com as mudanças climáticas. Isso não é brincadeira. Não é tese de sonhador. Não é discussão para quem não tem o que fazer. Não é coisa para os inimigos das indústrias e do desenvolvimento. É, sim, questão de vida ou morte. Ameaça não apenas as futuras gerações e já começa a ameaçar a nossa, aqui, agora. Mundo, acorda enquanto é tempo!
No mais imediato, é possível concluir também que a Natureza gera a tragédia, e os homens completam. Como? Por exemplo, construindo cidades e povoados perigosamente perto dos rios, como é o caso em Santa Catarina, toda muito desenhada às margens do rio Itajaí. Basta somar chuvas torrenciais com maré alta, e lá se vão a segurança, as casas, as vidas.
Há, ainda, o perigo já sobejamente conhecido das encostas. Não precisa ser arquiteto, urbanista nem coisa nenhuma. Basta olhar para ver que uma inclinação acima de 20% torna qualquer habitação um perigo, no mínimo uma incógnita.
Se nós formos analisar detalhadamente, grande parte das mortes em tragédias assim vem por causa dos desabamentos, das casas que escorrem junto com a chuva, a lama e os seus donos.
As imagens de Santa Catarina são, literalmente, de chorar. Um Estado tão bonito, tão cheio de atrativos e tão cheio de gente linda que o Brasil exporta inclusive mundo afora. E assim, justamente na sua hora mais grandiosa, que é a chegada do Natal, do Ano Novo, do verão de praias maravilhosas e lotadas.
Uma grande ironia, aliás, é a nova revista de bordo da Gol: sua reportagem principal é justamente falando das maravilhas de Santa Catarina. Maravilhas que, hoje, estão debaixo d'água e entristecem todo o Brasil.
O grupo RBS lança a campanha Brilha Santa Catarina, uma bela iniciativa para promover a auto estima do catarinense. Importante promover a reconstrução do estado, não só da sua infraestrutura, principalmente dos catarinenses que tanto tem sofrido. Vamos apoiar esta ideia. Que brilhe Santa Catarina. E que venham todos a conhecer este Estado maravilhoso, formado por brava gente que não se deixa vencer, não se deixa abater, que brilha com a sua força.
A imagem anexada ajuda a entender os caminhos da corrupção.
leia no link do Cangablog Liminar derruba obrigatoriedade de registro de contratos de financiamentos de veículos em cartório. (Notícia publicada no site do Ministério Público).
O DETRAN está proibido de exigir o registro em cartório do contrato de alienação fiduciária (o veículo é a garantia do financiamento) para a liberação dos documentos de um veículo e, além disso, fica impedido de editar qualquer ato administrativo com o mesmo objetivo. O Juiz de Direito da Vara da Fazenda da Capital, Luís Antônio Zanini Fornerolli, concedeu liminar, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina, anulando os efeitos da Portaria 39/DETRAN/2008 editada pelo diretor do órgão de trânsito estadual. A multa pelo descumprimento da ordem judicial é de R$ 50 mil por dia.
Vale a pena ficar atento, porque a picaretagem voltará com certeza, transvestida de outras iniciativas, para manter não só esta burocracia doentia, como esta corrupção que nos destroi.
para quem tiver interesse em conhecer mais sobre burocracia, veja:
Em consideração às vítimas, aos quase seis milhões de catarinenses e ao País, cansado e sofrido de assistir a tanta tragédia, destruição e dor, não se deveria escolher o tema de todas as pautas para cair na repetição do mesmo. Pelas mesmas razões, imperativamente, se torna obrigatório o retorno.
Não se trata de buscar culpados ou apontar responsáveis, mas de buscar causas e tentar, ainda, reduzir os efeitos da repetição, pois ela virá, amanhã ou depois. Como agora, 25 anos depois de 1983, em mais dramática circunstância, cobrando preço maior. A enchente na cidade de Tubarão, em março de 1974, com 199 mortos, e as históricas enchentes do Vale do Itajaí em 1983 e 1984 se repetiram em novembro de 2008 em razão de efeitos combinados da natureza. Assim como os acidentes de avião precisam muitas vezes de fatores somados para determinar uma tragédia, também agora várias foram as combinações que explicam o tumulto das águas e o desassossego das terras. Tivemos novo espetáculo da dupla revolta da natureza, diante da vulnerabilidade humana mostrada em sua absoluta fragilidade.
As amargas experiências anteriores pouco serviram para os homens daqui. O poder público continua, como sempre e não apenas aqui, absolutamente ineficiente, ausente, omisso. De um lado, a população se instala onde não deve e não pode, mas o faz premida pela necessidade. De outro, o poder público, que tanto fala, tanto encena, tanto gesticula, nessas horas mostra sua inoperância e inutilidade. Um duplo castigo – a população imprudente e governos impudentes, um caso duplo de consciência mínima.
A tragédia de nossos dias, repetição de outras em menor escala de tantos outros anos, tende a se repetir. E teremos de novo o vôo de helicóptero de cinco minutos de deus-pai, com acólitos e áulicos, anunciando verbas iluminadas que jamais serão liberadas. Eles podem anunciar tudo, porque não há critério de cobrança, e tudo ficará no porão da burocracia, envolto no papel da não-seriedade, de uma nação especializada em premiar a inconseqüência do poder. E quanto maior o poder, maior a desfaçatez. Quem acredita, afinal, nesses rosários de providências, nesses milhões fáceis que as vozes burocráticas vomitam, nesse rosário de siglas, números e programas oficiais de benefícios, financiamentos e prorrogações? O flagelado que perdeu tudo prorroga o quê? O prazo de seu martírio? Onde? Fala com quem?
O que funcionou na tragédia? A Defesa Civil, em precárias condições na maioria das cidades. Em Joinville, os dois veículos do órgão estavam com problemas no início das inundações, revelou a imprensa. Não houve qualquer aviso para que as populações se retirassem dos locais de risco. Nada do planejado funcionou em todo o Estado, apesar das sucessivas tragédias. Funcionaram, exemplarmente, as Forças Armadas, os bombeiros, e todos os voluntários. E a solidariedade, comovente, dos catarinenses, e do todo o País. Enquanto por aqui circulavam pelas estações de tevê políticos cheios de palavras e destituídos de ação.
A tragédia é grande, e podia ter sido evitada, pois Santa Catarina já tem experiência, mas nada fez. Pelo contrário, continua devastando a mata atlântica. Não possui legislação ambiental adequada e, agora mesmo, cuida de aprovar um texto inadequado para a área. As prefeituras, mesmo de cidades grandes como Joinville e Blumenau, Jaraguá ou São Bento, para não falar da Capital do Estado, têm estruturas sofríveis de planejamento urbano e cuidam do trânsito sem técnicos e sem especialistas, e, assim mesmo, estão abarrotadas de servidores. Necessitam de sopro de competência, mas vivem apenas do jeitinho político.
Verbas milionárias foram anunciadas. O Estado deveria criar mecanismos para garantir a aplicação dos recursos – para que não fiquem na retórica, como sempre. A sociedade civil deveria organizar comitês para cobrar transparência na aplicação dos recursos. Onde está a sociedade civil? A solidariedade é bonita, mas não basta, é preciso organização. O que Santa Catarina não teve antes. Apesar das experiências amargas que acumula.
O texto publicado no jornal A Noticia, no domingo dia 7 de Dezembro, coloca com muita propriedade e com a elegância que lhe é caracteristica, muitos dos pontos de vista que este blog e a maioria dos seus leitores tem abordado durante estas semanas de dor e tristeza.Os destaques em negrito no texto são nossos.
Um show a informação e o link vale a pena, para quem quer ver como é o nosso estado e a gente catarinense. Nada a ver com esta turminha mediocre e pequena, que faz de conta que nào é com ele porque esta no seco e não perdeu nada.
Detentos de Joinville doam comida para desabrigados Segunda, 1 de Dezembro de 2008, às 14:00 Nenhum comentário> Joinville (1/12/2008) - A partir desta segunda-feira (1º/12), os 270 dos 360 detentos da Penitenciária Industrial de Joinville (PIJ) entram na campanha como forma de contribuição aos desabrigados pelas fortes chuvas em Santa Catarina. A forma encontrada por eles foi a doação das marmitas do jantar e destinar esta refeição às pessoas que precisam de comida.
Segundo o diretor da Penitenciária Industrial de Joinville, Richard Harrison, a idéia partiu dos próprios presos e contagiou a todos pela solidariedade e união. Os presos preparam a refeição sob a supervisão de uma nutricionista e de duas cozinheiras. Já o fornecimento da comida é terceirizado e a empresa fornecedora utiliza a mão-de-obra dos presos.
Na opinião do secretário de Desenvolvimento Regional de Joinville, Manoel Mendonça, toda contribuição é bem-vinda pois há milhares de famílias precisando de ajuda neste momento tão difícil na reconstrução das casas. “É importante o engajamento de todos para que possamos ajudar os mais necessitados”, ressalta o secretário.
As doações da comunidade estão sendo centralizadas no ginásio de esportes da Escola Estadual Osvaldo Aranha, na rua Lindóia, 103 - bairro Glória (próximo a Churrascaria do Lino), em Joinville. O telefone da escola Osvaldo Aranha é o (47) 3453-1940 (diretora: Angelice de Araújo).
Transporte - O motorista Nelson Rigo, da empresa TransNova de Cascavel (PR), viajou mais de dez horas para trazer donativos na Escola Estadual Osvaldo Aranha, um dos locais arrecadação da campanha em Joinville. Acompanhada de sua esposa, ele foi o primeiro a descarregar os mantimentos na manhã de sábado (29). “O proprietário da empresa cedeu dois caminhões para o transporte destes materiais que foram coletados em Cascavel. Esta é a contribuição do povo do Oeste do Paraná com os desabrigados catarinenses”, expõe Rigo.
O segundo caminhão a descarregar no sábado (29), também é do interior do Paraná: Maringá. O motorista e bombeiro Luciano Giovanini trouxe as mercadorias arrecadadas na cidade de Maringá e região. “Montamos um posto de arrecadação no quartel do Corpo de Bombeiros e as pessoas fizeram suas doações de produtos de limpeza e higiene, roupas, cobertores e também alimentos não-perecíveis”, enumera Giovanini. Ele estava muito contente em dar sua contribuição aos desabrigados de Santa Catarina.
Contribuição - Desde a semana passada, dez detentos da Penitenciária Industrial de Joinville, que cumprem detenção em regime semi-aberto, estão ajudando na montagem dos kits de donativos (alimentos, roupas, material de limpeza e higiene). Todos os órgãos vinculados ao Governo do Estado, incluindo escolas e gerências regionais, estão recebendo as doações da comunidade.
Durante todo o fim semana, diversos voluntários, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Regional em Joinville, dos órgãos estaduais e do Exército estiveram separando e montando os kits de alimentos e de donativos recebidos. Os materiais prontos já começaram a ser distribuídos às famílias da região Norte catarinense.
É impresionante o numero de textos e a quantidade de informações que os leitores deste blog estão nos encaminhando, não é possivel deiar de publica-los. Este não precisa nenhum comentario.
Hoje, sábado, 29/11/2008, continua chovendo muito aqui, em Jaraguá do Sul (SC). Mesmo assim, agora pela manhã, foram atendidos (com guarda-chuvas) duas turmas de professores do projeto (educação ambiental) em andamento - os professores insistiram para não cancelar. Usamos uma área de mata primária (virgem) com árvores gigantescas e centenárias que fica no centro de Jaraguá do Sul, que é plana e bem segura, às margens do rio que corta a cidade (propriedade particular do presidente do conselho diretor do Instituto Rã-bugio - ex-diretor da empresa WEG S.A).
Soubemos que o Governo de SC acabou de decretar o fim do ano letivo em SC nas áreas atingidas. Chove quase todos os dias desde o início de novembro. Foi uma pena porque nossa agenda estava lotada de escolas de outros municípios inclusive (com as despesas de transporte por conta deles). Mas voltarão depois da mesma maneira, com certeza.
Ainda não há previsão de quando poderemos chegar ao Centro Interpretativo da Mata Atlântica (CIMA), local de mata atlãntica preservada, onde atendemos as escolas nas atividades de interpretação de tilhas, pois há dois grandes desmoronamentos, um com uma estimativa de 90 mil toneladas de terra e outro com 50 mil toneladas obstruindo as avenidas bem próximo do acesso ao CIMA (ver foto anexada da área do CIMA em 28/05/2005, a seta amarela indica onde foram construídas as instalações – área total do terreno 40,6 hectares).
A ocupação das encostas é um dos principais temas que abordamos (educação ambiental). A gente levava os professores para alguns locais com este problema bem evidente, que não eram difíceis de serem encontrados. Agora, então, nem se fala. Teve 250 deslizamentos de encostas em Jaraguá e qualquer morador vê um no entorno de sua casa, senão no próprio quintal. Teve até 3 escolas parcialmente destruídas.
Para vocês terem uma idéia do problema da explosão demográfica em Jaraguá do Sul e da ocupação das encostas, de acordo com o censo do IBGE, em 1980 a população era de apenas 31 mil habitantes. Em 2007, saltou para 130 mil. São 100 mil pessoas em 27 anos!!!!! A população mais que quadruplicou (de 31 mil saltou para 130 mil!!!). Em Blumenau, que fica a 40 km, em 1980a população era de 144 mil e saltou para 293 mil em 2007, ou seja mais que dobrou. Ja em Guaramirim, município vizinho de Jaraguá do Sul, em apenas 5 anos a população saltou de 20 mil habitantes para 30 mil (censo IBGE 2007).
Todas as mortes de Jaraguá do Sul ocorrem bem perto do CIMA. Nove pessoas morreram no desmoronamento que soterrou suas residências a menos de 100 metros do acesso (foi 4 horas da madrugada de domingo – estavam todos dormindo). Entre os que morreram, estava a Assistente Social da Prefeitura, seu marido e seu filho de 11 anos e também uma adolescente de 13 anos de outra família. Seguem anexadas as imagens de outro desmoronamento a 300 metros da entrada, que pegou duas lojas de carros e fez também mais uma das vítimas. E também de outra residência próximo (3 mortes).
Estes dois desmoronamentos colossais ocorreram em uma avenida construída não faz muitos anos. Foi para melhorar o trânsito, pois trata-se do início de uma RODOVIA que liga Jaraguá do Sul a POMERODE/Blumenau que foi engolida pela expansão urbana (pelo vigoroso desenvolvimento econômico de Jaraguá). Então, para duplicar o trecho, eles rasgaram uma cota mais acima do morro. Na época, durante as obras do traçado desta avenida, tiveram que explodir uma gigantesca rocha de granito (ali é Serra do Mar), exatamente no local que desmoronou matando 9 pessoas.
Em seguida, as pessoas (classe média) construíram suas belas casas às margens desta nova avenida (em terrenos supervalorizados, obviamente). Acho que nem é preciso dizer que esta rocha poderia estar segurando toda a encosta naquele ponto (agora que perceberam). E são estas 90 mil toneladas de terra, rochas e escombros que estão obstruindo a avenida.
Nosso maior desafio agora não é chegar no CIMA, mas conseguir convencer a sociedade de que esta tragédia é um problema ambiental e diretamente relacionado com a devastação da Mata Atlântica, sendo uma das conseqüências do avanço ao sinal vermelho.
Germano Woehl Jr.
Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade Rua Antonio Cunha, 160 - Sala 25 Jaraguá do Sul - Santa Catarina CEP 89256-140 Tel. (47) 3274-8613 www.ra-bugio.org.br
Video sobre o consumismo
A História das Coisas em PORTUGUES (VERSÃO BRASILEIRA), MUITO RÁPIDO DE ACESSAR, clique neste link
Já comentamos, como os nossos leitores aproveitam e usam deste espaço para se manifestar de forma democrática sobre os temas que colocamos para debate.
Desta troca de ideias e de opiniões surgem novas ideias e principalmente opiniões que merecem ser aprofundadas e geram novos debates.
Em azul o texto do leitor, em vermelho os nossos comentários
A Associação Empresarial de Joinville – ACIJ fica devendo ao povo de Joinville e de Santa Catarina um posicionamento firme e uma mobilização efetiva para oferecer auxílio aos municípios do nosso Estado. Em sua última reunião do ano, a presidência reservou seu espaço para ouvir o Prefeito e fazer graça com o governo, mas nada apresentou, de forma cabal e estruturada para atender e dar apoio as vitimas da difícil situação do Estado.
A ACIJ é uma importante entidade empresarial que tem prestado grandes e importantes serviços a comunidade joinvilense e catarinense. Não é da sua tradição e cultura se furtar de agir, com energia e coragem em momentos de dificuldade.
Ouvi de um empresário nesta semana uma frase que me deixou estarrecido e talvez explique o pensamento da entidade. Disse o empresário: “para mim a enchente de Blumenau foi uma boa, aumentaram os meus pedidos” Esta triste afirmação provavelmente veio em decorrência de que algum concorrente tenha tido dificuldades.
Parece improprio de empresários éticos, se alegrar com a tragédia dos seus semelhantes, no momento de prestar ajuda, parece impensavél uma atitude destas e com certeza, se for verdadeira, deveria envergonhar aos conselheiros e associados da entidade. Ë porem perigoso confundir a entidade com o seu presidente. A entidade é muito maior que o seu presidente.
Antes de escrever este texto fui conferir no site da entidade para ver se ali continha alguma notícia ou campanha em favor dos atingidos pelas enchentes. Não encontrei nada, nenhuma manifestação, nenhuma chamada nem mesmo uma notícia. Confirma-se então que a mais importante entidade empresarial de Santa Catarina depois da FIESC lavou suas mãos frente ao estado de calamidade pública que vive Santa Catarina.
De fato a sociedade esta ainda esperando uma resposta adequada da entidade empresarial, tem faltado liderança e principalmente iniciativa. Fora do comunicado a imprensa, para informar do cancelamento dos eventos festivos relativos ao encerramento das suas atividades, e das ações individuas de boa parte dos seus associados, a ACIJ não tem agido a altura do momento e da gravidade da tragédia.
A infra-estrutura do Estado sofreu danos imensos e ainda não todos mensurados, milhares de pessoas (trabalhadores) encontram-se desabrigados, centenas de micro, pequenas, médias e grandes empresas sofreram prejuízos, algumas a ponto de encerrar suas atividades. Neste contexto tão dramático, não se ouviu uma só palavra nem manifestação oficial da entidade para mobilizar os empresários de Joinville em favor dos irmãos catarinenses.
Ao longo da sua quase centenária existência a ACIJ ganhou o respeito da sociedade catarinense e tem com ela um compromisso de responsabilidade. A resposta tem estado muito aquém da entidade e especialmente dos seus associados.
A grande ação restringiu-se ao cancelamento das comemorações de final de ano, atitude minúscula e decepcionante.
Já comentamos o pouco que isto representa, alias em prol da transparência seria importante que a entidade informasse, exatamente quanto representara esta significativa contribuição económica.
Esta situação mereceria uma vigilância permanente, a constituição de um grupo de avaliação de riscos, um elenco de medidas para auxiliar e atender entidades que se encontram, no momento, desestruturadas e necessitadas de apoio.
A elaboração de propostas e planos de contingência, para agir em casos de desastres naturais, poderia ser uma contribuição que a ACIJ poderia dar. historicamente a classe empresarial tem mostrado maior capacidade para agir e planejar em situações extremas.
Dentro do espírito de solidariedade há uma questão de reciprocidade, que não deve ser entendida como condicional, mas pode ser significar que um dia podemos estar numa situação de fragilidade a qual necessitaremos de apoio dos nossos irmãos e vizinhos. Santa Catarina precisa de instituições fortes, comprometidas não apenas com o seu umbigo. É um engano pensar que os problemas que Santa Catarina irá enfrentar no futuro não serão sentidos em Joinville. Muitas das cidades afetadas, não são compostas apenas de concorrentes, são compostas por empresas fornecedoras, clientes, prestadores de serviço e, principalmente consumidores.
Ë o momento de estar e permanecer unidos, da ajudar. A omissão é uma falta imperdoável.
Fica a lamentável impressão de que para a atual diretoria, a catástrofe é um bom negócio.
Nenhuma catástrofe, com perda de vidas humanas e de património pode ser um bom negocio para ninguém.