8 de dezembro de 2010

Os nomes de Joinville (*)

Os nomes de Joinville


Joinville sempre tem oferecido aos governantes eleitos nomes importantes para participar do governo. Agora o governador Raimundo Colombo tem pela frente a responsabilidade de escolher os melhores dos melhores, para ajudar a governar Santa Catarina nos quatro próximos anos. Formar uma equipe de governo não é uma tarefa fácil, exige sabedoria e paciência. É de Maquiavel a frase: "dez adversários e um ingrato".


Muitos municípios, de nosso estado, conhecem o custo de não ter escolhido os melhores nomes para formar a equipe de governo, pessoas indicadas mais pelas suas relações, que pela sua competência, ou pela sua filiação partidária que pelo seu conhecimento, ajudam a compor uma equipe medíocre, sem capacidade para enfrentar e resolver os problemas do quotidiano. Por isto a importância de saber escolher os melhores.


Aceitar um cargo publico no governo estadual, representa ainda um enorme sacrifício. Alem do afastamento da família, deixar o trabalho ou os negócios particulares e ainda fazê-lo por uma remuneração que poucas vezes cobre os próprios custos é um esforço que poucos sabem valorizar. Aquele que se disponha a aceitar o desafio, se não tiver um projeto político pessoal ou ânsia pelo enriquecimento rápido, que em alguns casos pode vir da mão de alguns cargos públicos, pagará um alto preço pessoal.

Pode ser este o motivo por que cada vez seja mais difícil para Joinville emplacar nomes no governo estadual. Nem sempre os melhores estão disponíveis e na maioria dos casos os que estão disponíveis não são os melhores. No que poderia ser considerada uma crise de valores qualificados. O difícil dilema que as entidades empresariais, os partidos e a sociedade organizada enfrentam na hora de propor nomes com condições reais de ser indicados, aumenta pela falta de influencia das entidades empresariais e dos deputados estaduais da região. Um bom exemplo desta realidade, foi quando um empresário da cidade propôs ao governador eleito Luiz Henrique a indicação de um diretor da sua empresa para um cargo de primeiro escalão em Florianópolis, o governador respondeu: “Estou procurando CPF e não CNPJ” A demanda é por pessoas integras que estejam dispostas a fazer um sacrifício, que nunca será adequadamente reconhecido. A lista dificilmente terá mais de 2 ou 3 nomes.


Se considerarmos a dificuldade para administrar uma cidade sem uma boa equipe, podemos imaginar o desafio que será administrar um estado ou um país, sem poder contar com os melhores, entre os melhores.

3 comentários:

  1. Escolher uma equipe de governo não é tarefa difícil, difícil é atender egos e a apadrinhagem que campeia a formação de um governo. Raríssimas serão as excessões de que o novo governador não se curve aos interesses menores e de pressões e grupelhos. Todo o problema começa antes das eleições quando as composições e apoios políticos não estão pautados em programas ou comprormisso com a sociedade e as suas reais necessidades, A esclha se dá por promessas de empregos e ocupação de espaços, de atender a apadrinhados em geral pouco letrados mas muito ávidos por "negócios".
    A maior obra do último governo foram as secretarias regionais que consumiram milhões de reais para o pagamento de um bando de "faz-de-conta", o maior cabide de emprego da história de Santa Catarina travestida sob o nome pomposo de "descentralização", suficiente para acomodar todos os afilhados da tríplice aliança bem como a sua necessidade de ter eternos "dependentes". Quando surgiu a segunda edição da tríplice aliança, capitaneada por Jorge Bornhausen e LHS, já era previssível que o próximo governo estaria condenado a administrar egos, cargos e interesses particulares em detrimento da recuperação ou resgate do Estado de Santa Catarina, que só tem "excelências" quando nos dirigimos aos políticos eleitos. Não há a menor chance para nós, pobres cidadãos e contribuintes, de ver este estado trilhar verdeiramente o desenvolvimento. Quando viajo por aí e vejo nossas estradas, me certifico desta minha afiormação.
    As nova oligarquia se juntou com a velha oligarquia e irão raspar o osso que ainda resta. Portanto, as escolhas nada tem nada haver com competências e expertises, as quais temos em grande quantidade na iniciativa privada. As escolhas serão de pessoas envoltas em caprichos, compromissos ou pelas pressões dos grupelhos comandados por poíticos profissonais que nunca construiram nada com seu próprio suor e dinheiro. Não há meia verdade neste caso e, com dizia meu sogro, "sai uma porcada gorda e entra uma porcada magra".

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  2. O que não dá é tirar um deputado federal para ser secretário. Joinville tem só dois deputados federais e ainda tira 1? Isso quer dizer menos R$ 48 milhões (R$ 12 milhões por ano) de repasse das emendas individuais, e que sua maior parte viria para Joinville. Sem contar a emenda da bancada catarinense que obviamente terá somente com 1 "Joinvillense" e somente por 2 anos. Mais de 200 mil votos no lixo.

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  3. Ronan
    Ótimo comentário, o texto tinha sido escrito antes de saber que o Deputado federal eleito Marco Tebaldi aceitaria a secretaria de educação. A sua leitura é perfeita.
    Em 2012 será muito oportuno lembrar destes e de outros comentários.

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