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22 de outubro de 2014

Os donos do ódio

Os donos do ódio

Quanto mais perto do domingo, maior o nível de agressividade presente na campanha eleitoral. Estamos vivendo a monopolização do ódio. Há um interesse evidente em fazer do ódio o elemento principal da campanha. A exploração política do “nos e eles”, tem dono no Brasil. Dividir o país entre uns e outros, entre pobres e ricos, entre brancos e pretos, entre norte e sul, entre os de olhos azuis e nos, tem permitido ganhar eleições e tem sido utilizada além do limite para criar e aumentar o ódio.

Quando a campanha eleitoral da os seus últimos estertores e quando as pesquisas mostram um resultado ajustado e hoje imprevisível, os donos do ódio não têm duvidado em colocar todo o ódio na rua. O patrulhamento tem alcançado níveis de virulência surpreendentes, para os que não parece haver limite. Tudo vale.

Estimular o ódio e acusar aos que discordam de deixar-se levar unicamente pelo ódio ao PT é de uma simplicidade estulta, é reduzir o debate a uma abordagem binária, que funciona bem para amedrontar os menos esclarecidos. E a sublimação do "nos e eles". O objetivo é claro e o risco real de perder o poder depois de 12 anos de lambuzar-se e regozijar-se com ele leva as pessoas ao desespero. Ter que voltar a um quotidiano de trabalho e normalidade, depois de ter gozado do poder não é fácil. O futuro pode ser muito duro para quem tenha que voltar onde estava antes. Ainda que a maioria tenha aproveitado bem a sua passagem pelo poder para fazer um bom pé de meia e não correr o risco de ter que voltar a marcar cartão ponto e cumprir horário.

Esquecem, ou não querem entender, que não compactuar com um governo que se alinhe com as aventuras bolivarianas da Venezuela de Maduro hoje e as de Chavez antes, ou com o Kirchnerismo amalucado dos vizinhos do sul, ou com o indigenismo plurinacional boliviano não é fruto do ódio e sim do bom senso. Que não é possível concordar com um governo que apoie o terrorismo do Estado Islâmico do ISIS. Esquecem também que não há nada de errado em achar que lugar de corrupto condenado é na cadeia, cumprindo pena e não em casa e menos ainda sendo homenageado pelos companheiros e que nada disso tem a ver com cultivar o ódio aos petistas honestos e íntegros que ainda sobrevivam no partido. Que não compactuar com a corrupção, não tem nada a ver com ódio, tem a ver com honestidade. Não querem entender que o acesso ao consumo a traves de créditos a juros escorchantes, não faz do Brasil um país mais justo e equitativo e que mudar índices estatísticos tampouco tira ninguém da miséria, só distorce indicadores.

Mas é mais fácil ver ódio nas criticas ao Bolsa Família, que entender que um programa social que aumenta ano trás ano o numero de beneficiários, não é a solução para combater a miséria e sim uma bomba de tempo que explodira em algum momento e que já criou uma geração de dependentes profissionais, que nem trabalham, nem procuram emprego.

Qualquer critica é vista sempre como o resultado do ódio. Se hoje o brasileiro melhorou de vida foi graças ao controle da inflação e se tem acesso a viajar de avião, a comprar carro, a comer mais e melhor ou a adquirir bens de consumo aos que antes não tinha acesso foi porque sua renda deixou de ser corroída pela inflação que o Plano Real, que o PT combateu com furibunda algaravia, controlou e permitiu que se restabelecesse o valor do dinheiro e que as pessoas melhorassem de renda.

Mas os donos do ódio não querem perder o poder, precisam dele. Aferram-se ao poder e as suas benesses, como cachorros que se negam a soltar o osso. Manter-se no poder tem se convertido num fim em si mesmo e vale tudo para continuar quatro anos mais.
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