31 de janeiro de 2008

Ausente


Lembram do texto Santa Catarina – Argélia, pois foi profético, estarei fora do dia 31 ao dia 19. Visitando a Argélia, para assessorar na implantação do desenvolvimento organizacional das câmaras empresariais daquele pais.

Com a tecnologia disponível é possível que possa manter o blog atualizado.
Vou sentir saudade do verde e da chuvinha, na volta colocarei algumas fotografias do segundo maior pais da África, rico em gas natural e que esta iniciando um processo de desenvolvimento, tomando como referencia os núcleos setoriais das Associações Comerciais e Industriais de Santa Catarina. Que iniciou aqui em Joinville. Um lindo exemplo.
Espero que ate a volta as figueiras continuem no seu lugar.

no An Cidade de hoje....

Na coluna do Jefferson Saavedra, uma imagem irônica do verdadeiro Aquabus.
No meio das enchentes, os onibus tem sido uma alternativa de transporte, porem a cidade tem mostrado a precariedade da sua infraestrutura e os joinvilenses tem sofrido.
Porque se permitiu a ocupação de areas alagaveis? quem deve ser responsabilizado pro isto?
Porque a ponte da rua Itaiopolis é mais larga, que a da frente da prefeitura ou do Mercado Municipal? Porque se esta estreitando a calha do cachoeira? porque se permite a construção sobre os rios e corregos?

29 de janeiro de 2008

Tem aqueles que chamam os outros de leigos


Querendo, com isto, desacreditar aos que deles discordam. Sendo que querem se referir aos que são estranhos ou alheios a um assunto; desconhecedores. O fazem com uma ponta de superioridade, quase de prepotência. Que falta de humildade.
Para eles....não para os leigos e sim, para os que do alto do seu conhecimento e sabedoria, se insuflam de sapiência....e como uma imagem vale mil palavras.
Olha aqui, uma figueira linda, das mesmas da beira rio, porem mantida por uma prefeitura responsável e ciosa da sua cidade, das suas arvores e respeitosa com os seus cidadãos.
Aonde? em Santa Monica, na Califórnia.
Querendo nós podemos fazer melhor.

28 de janeiro de 2008

Para fazer justiça....

Se você passa hoje, peal Avda. Hermann August Lepper, não terá mais oportunidade de ver mais o estado de abandono que mostra a foto do post Gostaria de entender, na realidade depois da polêmica que se iniciou, por conta das declarações do prefeito Tebaldi, com relação ao corte das Figueiras e das evidencias de abandono e descaso por parte da prefeitura municipal, o meio fio foi consertado.
Levaram 2 anos.....mais é melhor tarde do que nunca.

Gostaria de entender



Todos nos temos aqueles temas, que não temos bem resolvidos, aqueles pontos que gostaríamos de entender melhor, claro que não temos e não teremos nunca todas as respostas e o fato de ficar com perguntas sem responder, deve ser um dos pontos que permitem o desenvolvimento e o crescimento do ser humano.

Estes temas podem ser profundos, complexos e transcendentes, como por exemplo, saber se estamos sozinhos no universo ou saber quais os impactos, que o aquecimento global terá, na nossa forma de vida, como a conhecemos hoje.

Ou podem ser muito mais prosaicos, triviais, como por exemplo, porque a prefeitura insiste em pintar os meio fios de branco?

A cada meio ano, um grupo de funcionários, munido de baldes de tinta, sai a cumprir o seu trabalho que é o de pintar de branco ou de amarelo, dependendo do caso, os meio fios da cidade, no houve antes uma equipe que cuidasse do alinhamento, colocação, recolocação e limpeza dos meio fios, o que faz, que a pintura seja, muitas vezes uma lambida sobre a sujeira acumulada ao longo dos últimos seis meses, ou que a pincelada seja feita num meio fio caído, jogado ou torto, um belo exemplo disto é a beira rio, no tramo entre a Prefeitura Municipal e a Casa da Cultura, para os conhecedores a rua Hermann August Lepper, alguns meio fios estão jogados lá, faz mais de 2 anos, o que não tem sido impedimento para que tenham sido cuidadosamente pintados, pelos funcionários encarregados de tão importante missão.

Menos sentido faz ainda quando vemos que a maioria das faixas de pedestres, não são pintadas, e muitas, não são repintadas, e me refiro as faixas de pedestres porque elas, si são importantes para a nossa segurança. Também poderiam me referir a sinalização horizontal de transito, que em geral é precária ou inexistente.

Então faço aqui o meu apelo, gostaria de entender, porque dedicamos esforço e recursos públicos, para pintar e repintar os nossos meio fios, quando um bom jato d´agua, alem de muito mais econômico, seria mais útil, evitaríamos desta forma não só desperdício de dinheiro publico, e poderíamos nós dedicar a recolocar, alinhar, limpar e refazer os meio fios, que tanta falta fazem na maioria das nossas ruas.

Em tempo, a Prefeitura Municipal, no seu informativo " Joinville em Ação" do mes de novembro, informa que "Joinville é um grande polo econômico e turístico. Para atrair cada vez mais os visitantes e também os moradores a secretaria tem trabalhado na pintura do meio-fio."

Como ficou claro, com esta informação, que a Prefeitura tampouco sabe porque pinta o meio-fio eu fico pacientemente no guardo das sugestões dos leitores.

Publicado no AN Cidade

A corrente esta crescendo....

visite o link
Ajude a preservar as figueiras...

e veja o lindo vídeo postado no youtube
http://www.youtube.com/watch?v=JSQNFmQ14-8

Um trabalho muito bom, elegante, com uma musica maravilhosa, que nos transporta a uma outra Joinville possível.
Não deixe de visitar.

Qual é o termo correto...?

Boulevard Cachoeira, Boulevard ou Bulevar.
o Sr. Evald do América, pergunta?

Bulevar não se refere só a rua larga arborizada, traz junto também uma filosofia de vida, inclusive o dicionário contempla o termo bulevardismo, como caráter, espírito, ambiente, criatividade própria dos bulevares. Evidentemente que o autor, não conhecia o nosso aqui de Joinville.
Na realidade o termo Boulevard Cachoeira é o termo que consta na Wikipedia, de um visitada no texto
Wikipedia. depois que o leia eu não vou precisar fazer novos comentários.
Boulevard é um galicismo, uma expressão afrancesada, aceito no Brasil, neste Brasil que utiliza nomes estrangeiros, para que tudo fique mais pomposo e lindo.
Bulevar é a forma correta a que o nosso Aurélio se refere.
Nos nossos textos temos usado os três termos de acordo com o contexto.

27 de janeiro de 2008

Vem aí um capitulo interesante da historia de Roma

Vida é obra do Imperador Marco Antonio, das suas origens como amigo e braço direito de Julio César, a sua ascensão ao poder, a rede de intrigas que teceu, para chegar a ser César, como acabou lutando com os seus amigos, o seu romance com Cleópatra, uma das mulheres mais bonitas do seu tempo, a sua historia política. Como era o poder no Império Romano, a corte de Roma, a corrupção,a sociedade, a política. O drama de Fulvia a sua mulher que se envolveu em conflitos politicos e foi exilada e morta.
O triunvirato, a rápida deterioração do relacionamento de Marco Antonio, com Otavio e Lépido.
Marco Antônio era um homem com vícios vulgares, bebarrão e mulherengo e ao saber disso Cleópatra preparou um magnífico banquete no navio dela para recebê-lo, seduziu-o e os dois se tornaram amantes. Logo Marco Antônio teve que voltar a Roma e Otávio propôs um casamento político entre Marco Antônio e Otávia, irmã de Otávio. Quatro anos depois, ele voltou ao Egito onde repudiou a mulher e se casou com Cleópatra nos rituais egípcios, e tiveram três filhos: Cleópatra Selene, Alexandre Hélios e Ptolomeu XVI Philomentor. Otávio declarou guerra aos dois na batalha Naval de Actium, que fica na costa da Grécia, onde obteve a vitória; um ano depois ele derrotou os dois amantes numa batalha em terra firme, onde logo após Marco Antônio e Cleópatra se suicidaram.

Dizia Karl Marx, que : " A História repete-se: a primeira vez como tragédia, a segunda como comédia», ainda nesta linha de pensamento, podemos dizer que a história acontece uma vez como tragédia e se repete como comédia, à terceira é uma farsa. Uma farsa é uma comédia que se repete tragicamente. Quem conhece a historia , entende melhor o presente e poderá antecipar o futuro.

A transparência necessária


Da mesma forma que o nosso orgulho de cidadãos cresce, quando vemos a imagem da nossa Joinville, projetada nacionalmente, pela belíssima experiência que representa a Mãe Abigail. Quando a imagem de Joinville aparece nas paginas policiais, a nossa auto-estima recebe um forte abalo.

O noticiário recente, vincula o nome do secretario da saúde do município a uma operação policial, que tem recebido o nome de Falcatrua, e macula, caso se confirmem, as acusações, não só a imagem de um homem publico, que já tinha ocupado cargos de responsabilidade na administração estadual, e parecia destinado a desempenhar altos cargos na administração publica municipal, a partir das eleições que devem acontecer este ano.

Como também maculam, e muito especialmente a imagem de honestidade e de seriedade, que tem caracterizado o modo de ser joinvilense.

Uma vez divulgadas as acusações, um único caminho é possível, o do esclarecimento total e completo dos fatos, para salvaguardar a imagem publica dos inocentes ou condenar os culpáveis. Só a partir das mais amplas e transparentes auditorias, investigações e perícias, será possível, desfazer a imagem negativa, que caiu sobre Joinville.

É imprescindível, que o prefeito municipal, decrete imediatamente a instauração de uma sindicância. que reúna um grupo de funcionários públicos, acima de quaisquer suspeita e de notória capacidade, para garantir, a toda a sociedade, a lisura da gestão da saúde em Joinville.

O resultado deste trabalho permitira que situações como, as que lamentavelmente, estamos vivenciando, não voltem a se produzir e serão a garantia real da total isenção e transparência desta gestão municipal.

Quaisquer ações que tenham como objetivo, o que possam ser interpretadas, como uma manobra, para ocultar, não investigar, a luz dos fortes indícios. Poderá ter como resultado, uma situação ainda pior para os envolvidos, que mesmo sendo inocentes, sejam condenados pela sociedade.

Só a mais absoluta certeza e a total transparência, poderá devolver a honra manchada aos acusados e aos demais joinvilenses.

25 de janeiro de 2008

Você já se sentiu assim?

Como o problema agora é o talude...

para socializar conhecimento, coloco aqui o link

http://www.seplan.ba.gov.br/saofrancisco/subresu_revitalizacao.htm

das soluções adotadas para estabilizar os taludes das margens do rio São Francisco.

É possível obter soluções, que preservando as arvores, tenham um impacto ambiental e economico menor.

um trecho:

Nos rios tropicais, com densa e diversificada mata ciliar, é possível promover a estabilização das margens, apenas, com reflorestamento e pequenas obras de proteção

Aquabus


Agora que uma empresa da cidade, decidiu investir, podemos acreditar que finalmente, poderemos contar com este importante meio de transporte, para aproximar mais São Francisco do Sul e Joinville.

Cidades mais verdes



Enquanto Joinville, debate o corte ou não de 46 figueiras, por conta da ameaça que representam para um talude, que depois de décadas a prefeitura decidiu que pode desbarrancar. Outras cidades debatem a necessidade de entender o verde urbano como um investimento e não como um custo.

Entendem os especialistas, reunidos no 2 Congresso Europeu de Cidades Verdes, que os investimentos feitos na melhoria das áreas verdes das cidades, em parques e praças publicas, na implantação e na manutenção, da arborização urbana, representam ganhos significativos para as cidades, que passam a ter maior qualidade de vida.

Temas como conforto urbano, o verde urbano, a vegetação nativa e a vegetação formal, foram amplamente debatidos. A construção de uma visão do verde, que supere a simples abordagem ornamental e se foque na sua contribuição a melhoria da qualidade de vida.

Uma abordagem interessante considera que devemos deixar de olhar a cidade como simples pedestres e passar a ter uma visão como cidadãos. O olhar de quem participa.

É conhecido e esta demonstrado cientificamente que na medida em que os espaços públicos tem melhor qualidade a sociedade os incorpora ao seu quotidiano, as pessoas passam a usar mais os espaços que estão mais bem cuidados e oferecem mais conforto e segurança. Os bairros com praças bem cuidadas e bem iluminadas, apresentam menores índices de violência, tem os seus imóveis mais valorizados e melhoram a autoestima dos seus moradores.

Os espaços verdes são elementos que produzem bem-estar aos cidadãos, a aceitação de um espaço verde pela população cria um forte vinculo afetivo, que o transforma num espaço utilizado, querido e valorizado pelas pessoas.

Da qualidade dos seus espaços verdes, depende em grande forma a qualidade ambiental de uma cidade, o seu grau de coesão social e territorial. Os cidadãos se sentem estimulados a viver e valorizar uma cidade melhor e cada vez mais tem uma consciência clara do que isto representa.

Não estamos falando só de manter o pouco que temos, acreditamos que novas áreas verdes publicas, podem ser incorporadas a paisagem joinvilense, com a recuperação de espaços urbanos, atualmente degradados, abandonados e inseguros.

Publicado no AN Cidade

20 de janeiro de 2008

Quando brasileiro....

Quando o brasileiro esperto resolve ser burro, é melhor sair da frente.
Roberto Campos (1917-2001), economista e estadista

Para conhecer melhor as figueiras


Estas são imagens das figueiras ( Ficus benjamina) sendo utilizadas em arborização urbana, com a correspondente manutenção e cuidado. E no seu ambiente natural.

Figueiras de Joinville

Entre os textos publicados, nestes dias, sobre o possível corte das arvores da beira rio, poucos tem sido, tão brilhantes, concisos e diretos.
Tomo a liberdade de colocar-lo aqui a disposição de todos e dar publicamente os meus parabéns ao Sr.
Josiel Jair Bittencourt de Joinville. Publicado no Jornal A Noticia no domingo 20 de Janeiro 2008.


Figueiras de Joinville

Em meio à polêmica que tomou conta de Joinville, me senti no direito, como cidadão, de expressar minha opinião sobre o corte das figueiras. Minha primeira atitude foi ler sobre essa espécie de árvore. Por meio das leituras, descobri que são árvores pertencentes à família Moraceae, uma das primeiras plantas cultivadas pelo homem.

Um fato que chamou muito a minha atenção é que cidades do Brasil e do mundo preservam essas árvores. Mas Joinville encontra-se na contramão da história. Não vou nem entrar no mérito ambiental, para questionar os cortes dessas árvores. Qualquer pessoa entende que, na atual conjuntura, é preciso pensar muito antes de cortar uma árvore.

Essas 46 árvores em questão dão vida à margem do rio Cachoeira, que infelizmente está morto. Quem não se sente bem passando naquela parte da avenida Hermann August Lepper, toda arborizada? Elas fazem a gente esquecer, por alguns segundos, da correria do dia-a-dia.
Infelizmente, nosso prefeito não pensa assim. Segundo ele, “quem não conhece é contra. Quem é leigo não entende. Estas árvores estão causando insegurança. Não adianta a população reclamar”. Declaração infeliz, que demonstra arbitrariedade, intolerância e desrespeito.

Não interessa se são nativas ou não. Essas árvores são patrimônio ambiental do município, cabendo a este preservá-las. Portanto, nenhum dos argumentos justifica o corte das figueiras, muito menos os da Prefeitura – de que o custo da obra para preservá-las é três vezes maior do que cortá-las. A paisagem que essas árvores proporcionam não tem preço. Não interessa que a obra seja mais cara. Quem paga a conta mesmo somos nós, contribuintes.

Josiel Jair Bittencourt, Joinville

17 de janeiro de 2008

Feiras Livres


O blog esta começando a ficar conhecido, por uma parte, alcançamos a cifra inacreditável de mais de 1000 acessos, pelo outro começamos a receber contribuições, sugestões e criticas, com uma certa freqüência, o que nos estimula a continuar com esta empreitada, uma vez mais obrigado.
Jordi

Recentemente fui à Europa a qual resolvi chamar de “tour gastronômico”, em homenagem ao meu companheiro de viagem e membro da Confraria do Príncipe, Arno Kuhlem. Meu roteiro iniciou na Espanha, em Barcelona, seguindo ao litoral Sul da França até Cassis, depois rumamos ao interior francês na Provence, onde se encontram excepcionais produtos agrícolas para a culinária além de ótimos bistrôs. Uma passadinha na Itália, Suíça, de volta à França onde passamos por Dijon para comprar sua famosa mostarda, finalizando a primeira etapa em Paris, cidade que sempre é uma grande fonte de inspiração. Ávidos por bons pratos, seguimos nossa exploração até Trier, já na Alemanha e depois Roterdam na Holanda e Brugge na Bélgica. Alguém diria: “que cara mais bobo, usando o jornal para se exibir”. Nada disto. Minha narrativa é para falar sobre as feiras livres que em todas as cidades da Europa, das maiores às minúsculas, são um atrativo à parte. Oriundas na Idade Média resultantes do excedente de produção agrícola, as feiras livres mantém-se até hoje num nível de qualidade impecável. Produtos de excelente qualidade com procedência controlada, muitos dos quais exibem selos de qualidade emitidos pelas agencias que controlam as cooperativas de produtores. Em síntese, um espetáculo à parte da viagem. No Brasil, temos cidades que são igualmente reconhecidas pela qualidade das suas feiras livres e cito o Rio de Janeiro, com mais de 200 feiras semanais ou São Paulo, com cerca de 320 feiras semanais. Usando esta proporção, Joinville deveria ter, pelo menos, 20 feiras semanais. Além de oferecer produtos agrícolas e artesanais de ótima qualidade, as feiras proporcionam a proximidade do consumidor com o produtor e o exercício da barganha pela concorrência direta entre feirantes. Como fator mais relevante, as feiras livres são grandes incentivadoras de pequenos produtores rurais ou mesmo urbanos que podem, sem intermediários, oferecer produtos saudáveis, com preços justos, garantindo o sustento de uma ou mais famílias. Além disto, fazer a feira é uma verdadeira terapia e, no meu caso europeu, fazer turismo. Em Joinville já não existem feiras-livres. Lembro-me do Onévio Zabot e do Anselmo Cadorin como grandes incentivadores ao renascimento das feiras livres com apoio e incentivo da Fundação 25 de Julho. Não prosperaram e, sem um programa, sem incentivo, o pequeno produtor não terá sucesso e não veremos tão cedo alguma feira livre por aqui. Como golpe de misericórdia a esta idéia e, no entender do IPPUJ na sua formulação do Plano Diretor, as nossas propriedades rurais farão parte da chamada Zona de Expansão Urbana, que deverão virar chácaras, sitos, golfes, country clubes e condomínios fechados para afortunados, exterminando os poucos e resistentes produtores existentes, para deleite dos especuladores imobiliários. As poucas propriedades produtivas já não têm como principal fonte de sustento a agricultura, fazendo parte de um passado cada vez mais distante. Uma pena. Voltando à Europa, em Freiburg na Alemanha, conversei com um feirante e ele disse-me que a atividade de pequeno produtor e feirante já estava na família há quatro gerações sendo o principal sustento para 8 pessoas com excepcional nível de renda e qualidade de vida. Quem sabe nossos governantes, em suas incontáveis viagens ao exterior, pudessem um dia visitar uma destas feiras livres e voltarem inspirados.

Sérgio Guilherme Gollnick

Arquiteto e urbanista

Chegamos a mais de 1000 visitas....

é um inicio melhor do que teríamos podido imaginar, muito obrigado

14 de janeiro de 2008

de Mila Ramos....sobre as Figueiras

13/01/2008

Agora é brincadeira!

Não dá pra acreditar na justificativa dos técnicos da Prefeitura, de que as árvores da rua mais bonita de Joinville, do mais agradável e aconchegante trecho da Avenida Beira-Rio da nossa Joinville, estejam com os dias contados: eu não acredito que alguém vai ter coragem de deixar a motosserra fatídica da Amazônia se mudar para aqui!!

Há tempo venho dando voltas no meu retorno para a zona norte, onde moro numa rua cheia de hibiscos ressequidos, tortos, muitos deles mortos, só para andar sob as figueiras da Avenida da Lepper. Lindíssimas!

E agora, uma campanha para mudar as suas árvores porque desestruturam o afalto e o terreno que ladeiam o nosso famoso, traumatizado , apodrecido e sempre culpado de tudo, o Rio Cachoeira.

O que é isso? Convençam-me desse crime ambiental das nossas figueiras fortes e refrescantes.

Pelo amor de Deus, Excelentíssimas Autoridades! Reforcem a estrutura do alfalto usado ali, coloquem respaldo de cimento nas barrancas do pobre rio e preencham com material digno da confiança dos joinvillenses ( aquele mesmo material usado nas promessas de campanha )e salvem nossas árvores de mais um sacrifício.. Só os muito jovens não se lembram do terrível fim de notórias árvores da Praça da Bandeira: espatódeas, ipês, cedros..... amanhecidas no chão... Nem deu tempo de dizermos o que queríamos ( não é verdade, Borges de Garuva?) Falamos depois, chorando!

Agora queremos ser ouvidos antes do crime! Justifiquem-no! Provem que não há remédio para a beleza da nossa avenida e que palmeiras imperiais, lindíssimas , é claro, vão substituir com glórias e sangue azul, as nossas pobres figueiras.

Queremos falar! Queremos VOTAR nas figueiras da Beira –Rio!

E isso não é papo de poeta desocupada e de licença, não! É conversa de uma cidadã que conseguiu criar os limites virtuais entre Tijucas e Joinville, e que agora consegue ser JOINJUCANA, com muita honra e obstinação.

Lembro bem de que um joinjucano notório – Luiz Gomes, o nosso Lula - lutando pelo Rio Cachoeira, prometeu um mergulho em suas águas, crendo firmemente que conseguiríamos salvá-las do lixo... O mergulho perigoso saiu, mas não nas águas limpas, coisa que não conseguimos até hoje!

Eu não prometo subir nas figueiras da beira-rio porquê minha idade já não me permite certos arroubos.

Mas não corro da luta e quero ir à discussão sobre o porquê da derrubada fatal, quero ouvir a voz dos especialistas sobre o assunto ou serei bem capaz de colocar uma cadeira sob as sombras das figueiras condenadas à morte e ler um bom livro.

-Ou convençam-me, Senhores!

Mila Ramos

http://milaramos.zip.net

12 de janeiro de 2008

em 7 de Julho de 2007...


Para não esquecer esta é a perspectiva artistica que o IPPUJ apresentou a sociedade, aonde estão as arvores????

O Jornal A Noticia publicava a seguinte noticia.

Maquiagem para o Cachoeira

Margem do rio, no centro de Joinville ganhará calçadão com jardins

O rio Cachoeira, tal como a cidade vê hoje, deve começar a ser modificado a partir de quarta-feira. Amanhã à tarde, o prefeito Marco Tebaldi assinará a ordem de serviço para o início da primeira etapa das obras do Bulevar Cachoeira, um projeto para mudanças paisagísticas e viárias no trecho que vai da rua Padre Antonio Vieira, no bairro Saguaçu, até a rua Florianópolis, no bairro Guanabara.

Obras
Mudança na área próxima à Prefeitura deve começar na quarta-feira e ficar pronta em dois meses

A primeira parte da obra prevê a implantação de um muro de contenção no trecho de 230 metros entre o monumento da Barca, em frente à Prefeitura, até a ponte azul, próximo ao camelódromo. Placas de concreto com quatro toneladas cada uma, em forma de “L”, serão utilizadas para fazer o muro e ampliar a calçada nas margens do rio (veja desenho). Esta parte da obra custará R$ 500 mil, será paga pela Prefeitura e deve ser concluída em dois meses.
“Inicialmente vai ser um embelezamento das margens do Cachoeira. Vamos montar o calçadão com o objetivo de valorizar o eixo principal da Beira-rio”, diz o arquiteto do Instituto de Pesquisa e Planejamento para o Desenvolvimento Sustentável de Joinville (Ippuj), Vladimir Tavares Constante. Pedestres e ciclistas terão mais espaço para circular.
As outras etapas do projeto não têm data para serem executadas. Estão previstas a construção de uma praça-ponte ligando o Centreventos Cau Hansen ao Fórum, arborização do espaço para caminhadas, ciclovias e a intervenção na via para veículos, com definição de pistas expressas e corredor exclusivo para ônibus. O custo da obra completa é estimado em R$ 20 milhões. O dinheiro virá do plano para infra-estrutura turística Prodetur Sul, e o projeto não inclui melhorias na qualidade da água do rio.
Na área que vai da ponte da Prefeitura até a rua Florianópolis, o projeto sairá das margens do Cachoeira. O sistema viário seguirá pela rua Urussanga, que será transformada em canal para o trânsito do centro em direção ao bairro.
O coordenador do Serviço de Manutenção de Obras de Arte, engenheiro Fabiano Lopes de Souza, alerta que a primeira parte do trabalho deve trazer complicações para o trânsito na área central nos próximos meses. “Teremos que fechar uma das pistas na frente da Prefeitura. Como as peças são grandes e pesadas, teremos que trabalhar em pequenos trechos”, explica. As mudanças serão sinalizadas pela Secretaria de Infra-estrutura.

robson.bonin@an.com.br

Acredito que não seja preciso fazer nenhum comentario adicional, só para refrescar a memoria

  • - A obra foi entregue a população sem estar concluída em dezembro, levando para ser executada mais do dobro do tempo previsto.
  • - Para os ciclistas nada foi previsto
  • - Sombra para compensar as arvores derrubadas, NADA
  • - Só uma coisa é verdade, foi uma maquiagem, uma obra cosmética, com custo de obra estrutural.
  • - é importante ficar alerta


O bom senso vai prevalecer?


A informação que a prefeitura avalia a possibilidade de estudar outras alternativas, com o objetivo de preservar as figueiras da Beira rio, deve ser vista com alento e sinaliza claramente, como uma mudança de atitude do prefeito e da sua equipe, tradicionalmente pouco abertos a considerar outras alternativas.
É também o resultado da forte pressão popular que o jornal A Noticia soube, com muito profissionalismo evidenciar.
As posições colocadas pelos leitores e pela população de forma geral, mostram que as coisas estão mudando em Joinville.
Parabéns a todos, e vamos nos manter atentos, para que o bom senso prevaleça.

10 de janeiro de 2008

Porque cortar as arvores da Beira rio?


A decisão de cortar 40 arvores, frondosas e sadias, não é uma decisão impensada, ao contrario a prefeitura, já avisou, quando cortou as primeiras 7 arvores, para implantação do boulevard, que cortaria as demais e que o modelo em implantação teria continuidade.

Continuidade ao custo absurdo, que levou a gastar mais de R$ 550.000, na primeira fase, que facilmente serão aumentados em muitos milhares mais, se permitimos que a razão e a falta de bom senso, continuem sendo os critérios para traçar os caminhos do nosso desenvolvimento.

O corte de arvores em locais públicos, deve estar sujeito a uma maior fiscalização da sociedade, estas arvores plantadas, com recursos públicos, formam parte do patrimônio da cidade, do nosso patrimônio, por tanto não podem ser cortados ao bel prazer pelo administrador de plantão, de acordo com as suas veleidades momentâneas.

É possível, com pouco esforço e com menos recursos que os despendidos até o momento, apresentar uma opção, para que os joinvilenses, possam caminhar as margens do rio Cachoeira, aproveitando a sombra imponente das figueiras e sem causar um impacto ambiental da dimensão que representa o modelo atual.

Deve preocupar, quando a administração municipal, deixa de estar voltada a atender o cidadão, para se converter num fim nela mesma, quando deixa de prevalecer o bom senso e a pesar dos apelos da comunidade, os projetos são levados adiante, sem dialogo.

Com certeza ganharia muito a cidade, tendo um administrador sábio, que escutasse os anseios da sociedade e fosse capaz de reconhecer, que alternativas são possíveis, e que se for preciso buscasse profissionais, que desenvolvessem alternativas melhores, menos traumáticas para a população e com menor impacto ecológico e ambiental.

Todos ganhariam e ninguém poderia entender, uma atitude sabia, como um recuo e sim como uma oportunidade de construir a melhor solução para Joinville

É a hora de nos mobilizar pelas arvores da Beira Rio

Enquanto em alguns lugares as arvores são preservadas e as ruas e o trafego se adapta a elas, aqui....

A prefeitura de Joinville quer cortar mais de 120 arvores, na avenida Beira rio.
Manifeste a sua revolta, contra o absurdo deste corte, é preciso se mobilizar antes que seja tarde.
O trofeu motoserra de ouro, pelo maior corte de arvores em Joinville, vai para.....

É esta a Joinville que queremos ???

6 de janeiro de 2008

A cidade e os cidadãos


Nos diversos espaços que se disponibilizam à sociedade para nos manifestarmos (e este jornal é um bom exemplo disto), vemos que cada um tem aberta a possibilidade de manifestar as suas posições, contrárias ou favoráveis à idéias, conceitos, obras, ações.

É importante que as diversas opiniões sejam respeitadas e consideradas, que se estabeleça e se propicie o debate como um dos caminhos para promover o esclarecimento da sociedade e possamos facilitar a tomada de decisão, contribuindo ainda para a formação da cidadania.

As posições “a favor” ou “contra”, são parte do processo democrático, do processo participativo, que a sociedade não só permite, como deve estimular.

Os espaços de opinião dos jornais, as cartas dos leitores, os depoimentos e as posições daqueles que de forma individual, ou representando um coletivo da sociedade organizada, são oportunidades que precisam ser aproveitadas e valorizadas, eu diria defendidas, como elementos que garantem a construção e o fortalecimento da democracia.

Defender o direito de cada um se manifestar e se posicionar, deve ser um compromisso de todos e a conquista deste direito é, também, mérito de todos.

Como dizia Voltaire: “Eu discordo do que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo”.

É com este espírito que devemos participar, com o respeito às posições contrárias a nossa, com elaboração de argumentos consistentes e com o coração desarmado de preconceitos.

Só a partir destes princípios construiremos uma sociedade mais justa, mais participativa e melhor.

E você, já participa? Qual é sua contribuição ao desenvolvimento da sociedade em que vive?

Publicado no AN cidade

A Via Gastronômica



Alguns exemplos servem claramente para entender como são as coisas por aqui.

Inicialmente, alguns empresários de uma forma individual e desorganizada implantaram os seus negócios na que hoje passou a se chamar Via Gastronômica.

Alguns empreendimentos tiveram sucesso, outros não conseguiram cativar os desejos volúveis dos consumidores e fecharam as suas portas. Mas o passo inicial estava dado.

Aos poucos, um maior número de estabelecimentos escolheu a rua Visconde de Taunay e as suas imediações para se instalar e progredir. O poder público (e foram muitos os prefeitos e secretários que já passaram por aqui - desde que abriu o Parapluie, o Casablanca, o Slice, o Biergarten e tantos outros mais recentes) fez de conta que nada estava acontecendo, não soube antever a mudança que estava se iniciando e não tomou nenhuma providência. Deixou simplesmente “correr solto”.

O resultado está aí: uma pujante mostra do empreendedorismo e da criatividade do joinvilense, de empresários que foram capazes de antecipar uma demanda e investiram para atendê-la.

Quando os empresários perceberam que a falta de investimentos públicos e de medidas adequadas começou a inibir o desenvolvimento dos seus negócios, se uniram para buscar soluções conjuntas e propuseram, em parceria com o poder público, soluções que poderiam contribuir para a melhora da Via Gastronômica.

Não preciso comentar que fora a colocação de um totem, nada mais aconteceu e a situação só piorou. Imagino que, se por um lado os empresários do setor devem estar se sentindo frustrados e desiludidos, por outro lado devem agora acreditar piamente nas promessas que todos e cada um dos candidatos a prefeito, no pleito deste ano, farão.

É por isto que é bom que entremos num ano eleitoral, porque é o momento em que todas as promessas podem ser refeitas não só uma, mas mil vezes. Por algum estranho feitiço, os eleitores mesmo os mais esclarecidos, passam a acreditar que as coisas acontecerão.

É bom não perder a esperança, mas é melhor não se deixar iludir pelas falsas promessas e pelas empulhações.

Publicado no AN Cidade

A desambição e o desenvolvimento



O desenvolvimento de Joinville foi impulsionado, desde as suas origens, pela ambição dos seus líderes. A criação das suas empresas, os esforços feitos ao longo de décadas para dotar a cidade de uma rede de ruas, estradas, de abastecimento de água, de energia, ou inclusive quando foram instalados os primeiros telefones, foram construídos olhando não só a pacata Joinville daqueles dias, foram planejados e construídos antevendo o futuro de Joinville. Ambicionado uma cidade melhor, mais próspera e preparada para crescer.

Poucos exemplos são tão representativos daquela Joinville ambiciosa e altiva como a construção, há mais de um século, da Rua das Palmeiras e da atual sede do Museu Nacional de Imigração e Colonização, impensáveis hoje a luz do atual padrão das nossas obras públicas. Belo conjunto arquitetônico, que reúne num único ambiente o melhor e mais representativo de uma cidade que fitava o futuro.

Quando uma cidade cresce 1200 carros novos ao mês, e a medida que se toma é a implantação de mais binários, estamos vivendo uma fase de profunda desambição.

Não que os binários não sejam soluções adequadas a uma cidade como Joinville, que faz anos que deixou de ambicionar um futuro melhor para se conformar com um futuro possível.

A desambição não se limita ao trânsito, permeia também a nossa forma de tratar a saúde, onde o máximo que aspiramos é reduzir as filas, nem nos propomos a acabar com elas. Nem sonhamos em melhorar a nossa infra-estrutura urbana, só um remedinho aqui e outro lá.

A sensação é a de estarmos desistindo de sonhar e de querer uma cidade melhor. A sensação é a de que o que temos já está bom demais, que devemos nos satisfazer, que não temos o direito de querer uma cidade melhor, que pense e planeje um futuro melhor para os nossos filhos e netos.

Devemos recuperar a nossa capacidade de desejar veementemente, de querer com toda a força e dedicar a nossa capacidade a construir uma Joinville melhor. Afastando a mediocridade dos que querem nos convencer que já temos mais do que merecemos e que não devemos esperar mais. Que esta é a única Joinville possível.

Publicado no AN Cidade

Eu não posso ensinar...

nada a ninguém, eu só posso fazê-lo pensar - (Socrates)

2 de janeiro de 2008

Quantidade vs Qualidade



Passei hoje, na frente de uma placa que informa que uma obra publica, é a obra numero 1262 desta gestão municipal. Achei interessante, mesmo que este numero isoladamente não represente absolutamente nada.

E as outras 1261? Como mensurar o trabalho de uma administração municipal, pela quantidade de obras? Como avaliar a sua gestão pelo numero de obras? Sem avaliar o impacto de cada uma delas. Sem duvida é difícil, podemos estar colocando no mesmo balaio, na mesma conta, tanto a troca do bebedouro do ginásio ou a pintura da deposito do almoxarifado, como a implantação do sistema de esgoto ou a criação de um novo parque, quem sabe a conclusão e duplicação da Marques de Olinda. Com certeza não seria justo misturar alhos com bugalhos.

Deveríamos avaliar uma gestão pela sua contribuição a melhoria da qualidade de vida das pessoas, com indicadores claros de qualidade. Esta obra faz que 15.000 Joinvilenses tenham um espaço de lazer. Esta outra reduz o esgoto domestico no rio Cachoeira em 5.000 toneladas ao mês. Esta outra obra, aumenta a segurança de 7.500 ciclistas.

Estes poderiam ser indicadores interessantes. Porque a Joinville aonde se realizam sonhos, é uma cidade que optou pela qualidade de vida e não pela quantidade de vida.

O contribuinte desta cidade, quer uma cidade melhor, e a melhoria que o joinvilense procura esta atrelada a qualidade de vida, a uma qualidade de vida melhor, com mais parques e áreas verdes, para o seu lazer e o de sua família, com mais segurança, que permita que possa usufruir da vida, tão duramente conquistada. Com um transito que flua melhor e permita que a ida ao trabalho ou a volta ao lar, não seja uma maratona, que tire dele tempo do convívio familiar.

Vale a pena, olhar com mais carinho a qualidade da cidade que estamos construindo, o modelo que estamos deixando para as futuras gerações, se é um modelo quantitativo ou um modelo qualitativo.

Em quanto a propaganda oficial fala de uma Joinville que é mais, devemos pensar se não queremos uma Joinville que seja melhor.

Publicado no AN Cidade

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