Entre os textos publicados, nestes dias, sobre o possível corte das arvores da beira rio, poucos tem sido, tão brilhantes, concisos e diretos.
Tomo a liberdade de colocar-lo aqui a disposição de todos e dar publicamente os meus parabéns ao Sr. Josiel Jair Bittencourt de Joinville. Publicado no Jornal A Noticia no domingo 20 de Janeiro 2008.
Figueiras de Joinville
Em meio à polêmica que tomou conta de Joinville, me senti no direito, como cidadão, de expressar minha opinião sobre o corte das figueiras. Minha primeira atitude foi ler sobre essa espécie de árvore. Por meio das leituras, descobri que são árvores pertencentes à família Moraceae, uma das primeiras plantas cultivadas pelo homem.
Um fato que chamou muito a minha atenção é que cidades do Brasil e do mundo preservam essas árvores. Mas Joinville encontra-se na contramão da história. Não vou nem entrar no mérito ambiental, para questionar os cortes dessas árvores. Qualquer pessoa entende que, na atual conjuntura, é preciso pensar muito antes de cortar uma árvore.
Essas 46 árvores em questão dão vida à margem do rio Cachoeira, que infelizmente está morto. Quem não se sente bem passando naquela parte da avenida Hermann August Lepper, toda arborizada? Elas fazem a gente esquecer, por alguns segundos, da correria do dia-a-dia.
Infelizmente, nosso prefeito não pensa assim. Segundo ele, “quem não conhece é contra. Quem é leigo não entende. Estas árvores estão causando insegurança. Não adianta a população reclamar”. Declaração infeliz, que demonstra arbitrariedade, intolerância e desrespeito.
Não interessa se são nativas ou não. Essas árvores são patrimônio ambiental do município, cabendo a este preservá-las. Portanto, nenhum dos argumentos justifica o corte das figueiras, muito menos os da Prefeitura – de que o custo da obra para preservá-las é três vezes maior do que cortá-las. A paisagem que essas árvores proporcionam não tem preço. Não interessa que a obra seja mais cara. Quem paga a conta mesmo somos nós, contribuintes.
Josiel Jair Bittencourt, Joinville
Ótimo texto, realmente!
ResponderExcluirConciso, e objetivo.
Como também foi publicado no AN, a minha idéia era repensar o plantio das árvores no outro lado da Beira-Rio, principalmente em frente ao Centreventos e Big. Lá as árvores estão muito feias, e ali sim (apesar de eu não ter conhecimento técnico para tal) poderiam se plantar palmeiras imperiais, como a rua das palmeiras. Mas também não podemos esquecer o local da atual polêmica, e lá acredito, que deva ser refeita toda a estrutura das calçadas.
Pelo menos com este caso deu para ver que a Comunidade de Joinville ainda tem espírito comunitário, coletivo.
Grande abraço, e parabéns pelo blog.
Informo que mudei meu blog, para um endereço próprio.
http://charleshenrique.com.br