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14 de julho de 2014

40 - 1



Não, não é o resultado da final da copa entre Argentina e Alemanha, tampouco do jogo do sábado entre o Brasil e a Holanda, esta é a proporção entre joinvilenses é funcionários públicos municipais. Um funcionário para cada quarenta munícipes. Os matemáticos dirão que não é bem assim que são 42, ou 44 dependendo da base de calculo, vamos concordar que esses são números que nunca vão fechar direito, porque a quantidade exata de funcionários públicos é um mistério é pode mudar de acordo com a época do ano, a fonte ou quem pergunte. 

O que ninguém mais questiona é que a prefeitura municipal e todas as fundações, institutos e anexos tem se convertido na maior empregadora do município. Numa cidade que já foi chamada de Manchester catarinense e que fez por muitos anos da industria o seu motor econômico é interessante acompanhar o crescimento constante e sustenido da sua maquina pública.

Aos poucos o numero de funcionários aumenta, e aqui só estamos a falar dos municipais, também tem aumentado os números no nível estadual e federal. O aumento puro e simples da quantidade não deveria representar nada por si próprio, fora a constatação que o aumento não tem parado e que vem superando o crescimento vegetativo da população. O que sim deve preocupar ao cidadão atento é que cresce entre a sociedade a percepção que não tem melhorado a qualidade do serviço prestado pelo município. Ao contrario o município precisa licitar e contratar a maioria de serviços que antes eram prestados pelo quadro efetivo de servidores municipais. Hoje não há com achar alguém para trocar uma lâmpada, recolher o lixo, roçar o mato o cuidar de parques e praças.


 Joinville tem um governo municipal que fez da gestão a sua principal bandeira de campanha. O prefeito e sua equipe tem pela frente, o desafio adicional, da busca da eficiência do quadro de servidores, para que ofereçam os melhores serviços a sociedade que com seus impostos paga seus salários. Os indicadores de gestão, também no caso da gestão pública, são a produtividade, a eficiência, a economicidade e a qualidade. O custo que a sociedade paga pelo que recebe e o grau de satisfação do contribuinte com os serviços públicos oferecidos são a forma como o cidadão pode medir se 1 funcionário para cada 40 joinvilenses é muito ou pouco. 

Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

5 de julho de 2013

A pescaria do Rei


Era uma vez um rei que queria ir pescar.
Ele chamou o seu ministro da Meteorologia e pediu lhe a previsão do estado do tempo para as próximas horas. Este assegurou-lhe que não iria chover.

No caminho, o rei encontrou um camponês montando seu burro e que, ao vê-lo, disse:

- Majestade, é melhor regressar ao palácio porque vai chover muito.”

É claro que o rei ficou pensativo:”Eu tenho um ministro da Meteorologia muito bem pago que me disse o contrário. Vou seguir em frente.”

E assim fez … E, claro, choveu torrencialmente, a pescaria ficou estragada e o rei encharcado e resfriado.

Furioso, voltou para o palácio e despediu o ministro.Em seguida, convocou o camponês e ofereceu-lhe o cargo, mas este, sincero (não era político), disse-lhe:

- Senhor, eu não entendo nada disso, mas se as orelhas do meu burro estão caídas, significa que vai chover. O rei, então, usou a lógica e nomeou o burro.


Assim começou o costume de nomear burros, que desde então têm as posições mais bem pagas nos governos. 

4 de julho de 2012

Prêmio imerecido



O leitor Carlos Augusto Machado publicou nesta quarta feira esta carta na seção correspondente do jornal A Noticia:

Jordi Castan merece um prêmio pelo artigo desta segunda-feira (“Os dois infernos”, Você Leitor). Sempre atacando a administração pública, conseguiu agora ofender todos os servidores públicos. Uma opinião de alguém que já teve cargo comissionado e que nos enche de pessimismo todas as segundas-feiras.

Ao mesmo tempo em que agradeço a leitura, devo lembrar que o texto em nenhum momento se refere a TODOS os servidores públicos, só aqueles incompetentes. Que os há, não há nenhuma duvida, caso contrario as coisas públicas estariam melhor, as obras seriam executadas no prazo, dentro do custo e com qualidade igual ou equivalente as obras e serviços contratados e entregues pela iniciativa privada.

Com relação a minha passagem pelo serviço público em cargo comissionado, como corretamente fez questão de frisar, é justamente esta experiência a que me permite opinar com maior conhecimento de causa, tendo estado em ambos os lados do “balcão”.

Ainda o que ele entende como sendo pessimismo, há outros que o consideram realismo puro e simples. Alguns enxergam o copo como estando meio cheio, outros o enxergam como meio vazio e alguns simplesmente bebem o seu conteúdo sem se preocupar muito com quão cheio ou vazio esteja o copo.


4 de novembro de 2011

Para pensar acordado


Há um outro cancro na Europa: existem funcionários demais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os governantes acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado.

Prof. Kuing Yamang

24 de outubro de 2011

4 de maio de 2011

Greve


Greve


É interessante ver como o numero de incendiários aumenta, os estoques de combustível estão cheios e o radicalismo toma conta, o discurso fácil em defesa de uma minoria que mantém em cheque a toda uma cidade e consome praticamente a metade de todo o seu orçamento, deixando migalhas para atender a população e fazer os investimentos imprescindíveis ao desenvolvimento de Joinville.


A longo dos anos, o serviço público tem se convertido num fim em si mesmo, acumulando e incorporando vantagens e benesses incompatíveis com uma sociedade justa e igualitária. A sucessão de administradores irresponsáveis que aumentaram o custeio da maquina publica e concederam estatutos privilegiados e redução da carga de trabalho, sem a necessária redução do salário proporcional, criaram este monstro incontrolável, voraz, barulhento, esfomeado, guloso, que vive eternamente insatisfeito.

23 de maio de 2010

Funcionario publico é caro


LORENNA RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Folha de São Paulo


O Brasil gasta mais com seu funcionalismo público que países como Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Espanha. O servidor brasileiro custa mais em relação ao PIB que em 16 de 26 países da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos, que reúne países ricos), segundo estudo divulgado ontem.

O número de funcionários públicos federais, estaduais e municipais no Brasil está abaixo da média dos países-membros da OCDE -12% do total de empregados, ante 22%. Mas o custo deles é um dos mais altos nesta comparação. No Brasil, correspondia a 12% do PIB (a soma de todos os bens e serviços produzidos em um determinado período) em 2006, ano considerado no estudo, enquanto nos países da OCDE a média chegava a 11%. O Brasil gasta menos que países onde tradicionalmente o serviço público tem grande peso, como França e Noruega. O estudo diz que o funcionalismo brasileiro é caro e sugere que se foque mais em resultados e meritocracia, com menos cargos por indicações políticas.

A OCDE destaca o envelhecimento do funcionalismo público. Hoje, cerca de 40% da força de trabalho do governo federal tem mais de 50 anos e está prestes a se aposentar. A organização cobra a implementação de esquemas de aposentadorias complementares para que o regime público de previdência seja sustentável. A criação de um fundo complementar para o setor público já era prevista na reforma da Previdência Social de 2003, mas ainda não foi regulamentada. Segundo a OCDE, depois de ter diminuído entre 1995 e 2000, no governo FHC, o número de servidores públicos voltou a subir a partir de 2003, início do governo Lula.

Dados do Ministério do Planejamento mostram que o total de funcionários públicos federais aumentou em mais de 125 mil entre 2002 e o ano passado.
No atual governo, os reajustes dos servidores públicos federais alcançaram até 255%, ante um congelamento quase generalizado no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A maioria dos reajustes foi alcançado depois de longas paralisações.

Número em alta
"Embora o emprego no governo federal represente apenas 15% do funcionalismo no Brasil, seus custos têm crescido rapidamente nos últimos anos, e essa tendência de crescimento deverá continuar no futuro próximo", alerta o relatório. Uma das principais recomendações do relatório é a alteração no sistema de contratações de funcionários em cargos comissionados, que não precisam de concurso público. De acordo com o documento, o governo poderia deixar a indicação política apenas para o nível mais alto da carreira. Os cargos intermediários seriam preenchidos com base em uma lista em que os candidatos seriam ranqueados de acordo com a experiência, a competência e o desempenho.

Outra recomendação é racionalizar a remuneração dos servidores, vinculando salários a resultados alcançados. O estudo sugere a diminuição na quantidade das carreiras e a modificação em sua estrutura, que prioriza o tempo de casa e a idade na promoção dos empregados, e não a qualificação. "É recomendável que o governo aumente as pressões para a busca de eficiência na gestão da força de trabalho. É altamente recomendável que as remunerações devam ser cada vez mais vistas como ferramentas para melhorar a gestão dos servidores públicos", avalia.

Funcionalismo é caro no país

Não é só este blog que alerta para o alto custo e a baixa eficiência do setor publico, também o jornal Folha de São Paulo.

Funcionalismo é caro no país, diz especialista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Especialista em formação de salários, o economista Nelson Marconi, que trabalhou na área de recursos humanos no governo FHC e hoje coordena o curso de economia da FGV-SP, concorda com o diagnóstico da OCDE de que o funcionalismo público no Brasil é caro.



FOLHA - A OCDE diz que o salário no setor público é muito alto. Está fora da realidade de mercado?

NELSON MARCONI - Está se pagando um salário superior ao que se poderia pagar. De acordo com a última Pnad (pesquisa do IBGE), os salários do setor público são 100% superiores aos do setor privado. Na verdade está pagando recursos em excesso. Antes, a política de reposição estava desatualizada.
No atual governo, teve uma combinação da questão política, o Executivo resolveu criar uma estratégia de equiparação ao Legislativo e ao Judiciário, já fora da curva. Os sindicatos viram nisso uma chance. Vai criar problemas mais tarde.

FOLHA - Resultou em mais eficiência para a máquina pública?

MARCONI - Você conseguiu contratar servidores mais qualificados. Mas esse incentivo que tem para a entrada no serviço público não vai necessariamente configurar em um bom desempenho.
As carreiras têm regras pouco definidas para o desenvolvimento, as diferenças salariais [entre o início e o teto da carreira] foram encurtadas. O estímulo para desempenho é muito pequeno.

FOLHA - É preciso reformar?

MARCONI - Você tem que fazer mudanças ao longo do tempo. A reforma já foi feita há dez anos, mas há vários itens que têm que ser regulamentados, como a avaliação de desempenho, a comissão de remuneração, que seria formada por pessoas externas ao governo, e o fundo de pensão para a aposentadoria dos servidores federais.
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