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11 de março de 2013

A duplicação da Avda. Santos Dumont



Nem é necessário comentar a afeição que temos em acreditar em Papai Noel ou no coelhinho da Páscoa ou no Saci Perere.  Acreditamos que porque o foguetório anunciou a assinatura de uma ordem de serviço para a duplicação da Avda. Santos Dumont possa ser uma realidade ou esteja próximo de ser. Ledo engano. A duplicação tem tudo para ser mais uma daquelas obras públicas que se alastra por anos a fio.

Dois temas chamam a atenção sobre este obra, a primeira que o governo de estado ainda tenha credibilidade ao ponto de reunir mais de duas dúzias de políticos em volta de um ato que já não deveria iludir ninguém. Foguetório, discursos inflamados e salamaleques não deveriam nem ser noticiados. A menos que o fossem na seção de humor dos jornais. Por que o ato estava mais perto da pantomima que de um ato público. A historia recente, já deveria ter mostrado aos joinvilenses que o que começa mal, dificilmente termina bem. E sem os projetos executivos completos, sem as licenças necessárias e sem as desapropriações é um atentado ao bom senso que se faça um ato envolvendo governador, secretários de estado, prefeito e secretários do município entre outras autoridades.

O segundo tema é o das desapropriações. A cantilena que a prefeitura não tem recursos para fazê-las e  que conta com a boa vontade dos proprietários para que doem as áreas afetadas pela duplicação. A simples ideia que alguém acredite sinceramente que as pessoas doarão me faz lembrar de aquela historia da antiga União Soviética em que um comunista de carteirinha foi visitado por um comissário para testar a sua fidelidade ao partido.

Comissário: - Se você tivesse duas casas, você doaria uma para o partido?
- Claro, para que preciso duas casas, se com uma tenho suficiente para mim e minha família.
- Ótimo, camarada, não esperava menos de você. E se tivesse dois carros?
- Pois ficaria só com um. Não preciso de dois.  
- É isso mesmo camarada, não esperava menos de você. Respondeu animado o comissário. – E se tivesse duas vacas?
- Para que precisaria duas vacas? Com uma teria o leite, queijo e de vez em quando os bezerros, poderia perfeitamente dar uma para o partido.
- E isso mesmo. O partido precisa de companheiros como você. E me diga, se tivesse duas galinhas, daria uma para o partido?
- Não, de nenhuma maneira.
- Mas como? Você daria uma casa, um carro, uma vaca e não daria uma galinha? Como pode ser?
- Pois é comissário, EU TENHO duas galinhas.

Do mesmo modo, parece-me que a maioria dos que defendem e acham natural que alguém doe áreas na Avda. Santos Dumont são os que não têm nenhuma área lá.

Precisa duplicar? Duplique-se e pague-se o valor justo pela área. Nada mais justo.
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