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7 de dezembro de 2009

De Mila Ramos...


Um texto irretocavél. De alguem que não aceita desistir de defender no que acredita.

FOTO DO MEU TEMPO


Mila@MilaRamos.com


Fiz o que chamei de foto final da Avenida Hermann Lepper, a das árvores condenadas à derrubada final. Uma sombra destinada, agora, à luz inclemente do longo verão joinvillense, uma beleza descartada.


Fotografei-a porque quero guardar nossas figueiras enfileiradas rente ao Rio Cachoeira.


A Justiça decidiu que é certo derrrubá-las? OK, sou voto vencido.

Voz vencida, não!

Quero guardar - ou guardarão por mim -, a sua bela vista, já que não poderemos esperar os anos, as décadas que se terão passado, até que o belo projeto de construção do novo cenário da Beira-Rio criado por especialistas da área, surja dos restos apodrecidos das nossas figueiras, hoje vivas, intensas, lindas.


Quanto tempo passará até que cresçam as futuras árvores que serão plantadas com a ciência e a sabedoria dos estudiosos do assunto “uma árvore específica para cada lugar, para cada asfalto, para cada rio”?


Quanto tempo e para que geração brotarão as árvores robustas que farão os velhos habitantes da nossa cidade esquecer, que as vozes que pediam só um asfalto melhor, uma encosta protegida por um muro de pedras igual ao que foi feito na frente da Prefeitura, um canteiro aterrado para amparar as raízes das figueiras que clamavam por socorro, essas vozes foram caladas.


Quanto tempo? Sei lá!

A pressa é em derrubar as figueiras. O resto pode esperar, não é Senhor Prefeito?


Desmintam-me!


O tempo é hostil diante do futuro. O certo é que os operários que obedecerão às ordens de derrubar as árvores, eu e muitos de nós, favoráveis ou não, à derrubada das figueiras da Beira Rio, aqui não estarão para ver o novo projeto realizado.

Como não verão o Rio Cachoeira limpo e piscoso, como não verão a Avenida Santos Dumont abrindo passagem para o progresso do turismo em Joinville, como não verão mais as pessoas que sentavam em cadeiras na frente da casa, para ver o domingo passar, é claro!


São coisas da modernidade: plantar árvores novas e derrubar árvores velhas, cultivar artes novas e deixar morrer a história da cidade e de seus fundadores, esquecer a Orquestra da Lyra, o prédio da Prefeitura antiga, com sua torre belíssima, coisas assim, de somenos importância para os modernos.

Quero pedir perdão por ter defendido as figueiras da Beira Rio e a revitalização do Rio Cachoeira.


Dos modernos, quero o perdão por escrever tanto sobre a Joinville do tempo dos antigos.


14 de janeiro de 2008

de Mila Ramos....sobre as Figueiras

13/01/2008

Agora é brincadeira!

Não dá pra acreditar na justificativa dos técnicos da Prefeitura, de que as árvores da rua mais bonita de Joinville, do mais agradável e aconchegante trecho da Avenida Beira-Rio da nossa Joinville, estejam com os dias contados: eu não acredito que alguém vai ter coragem de deixar a motosserra fatídica da Amazônia se mudar para aqui!!

Há tempo venho dando voltas no meu retorno para a zona norte, onde moro numa rua cheia de hibiscos ressequidos, tortos, muitos deles mortos, só para andar sob as figueiras da Avenida da Lepper. Lindíssimas!

E agora, uma campanha para mudar as suas árvores porque desestruturam o afalto e o terreno que ladeiam o nosso famoso, traumatizado , apodrecido e sempre culpado de tudo, o Rio Cachoeira.

O que é isso? Convençam-me desse crime ambiental das nossas figueiras fortes e refrescantes.

Pelo amor de Deus, Excelentíssimas Autoridades! Reforcem a estrutura do alfalto usado ali, coloquem respaldo de cimento nas barrancas do pobre rio e preencham com material digno da confiança dos joinvillenses ( aquele mesmo material usado nas promessas de campanha )e salvem nossas árvores de mais um sacrifício.. Só os muito jovens não se lembram do terrível fim de notórias árvores da Praça da Bandeira: espatódeas, ipês, cedros..... amanhecidas no chão... Nem deu tempo de dizermos o que queríamos ( não é verdade, Borges de Garuva?) Falamos depois, chorando!

Agora queremos ser ouvidos antes do crime! Justifiquem-no! Provem que não há remédio para a beleza da nossa avenida e que palmeiras imperiais, lindíssimas , é claro, vão substituir com glórias e sangue azul, as nossas pobres figueiras.

Queremos falar! Queremos VOTAR nas figueiras da Beira –Rio!

E isso não é papo de poeta desocupada e de licença, não! É conversa de uma cidadã que conseguiu criar os limites virtuais entre Tijucas e Joinville, e que agora consegue ser JOINJUCANA, com muita honra e obstinação.

Lembro bem de que um joinjucano notório – Luiz Gomes, o nosso Lula - lutando pelo Rio Cachoeira, prometeu um mergulho em suas águas, crendo firmemente que conseguiríamos salvá-las do lixo... O mergulho perigoso saiu, mas não nas águas limpas, coisa que não conseguimos até hoje!

Eu não prometo subir nas figueiras da beira-rio porquê minha idade já não me permite certos arroubos.

Mas não corro da luta e quero ir à discussão sobre o porquê da derrubada fatal, quero ouvir a voz dos especialistas sobre o assunto ou serei bem capaz de colocar uma cadeira sob as sombras das figueiras condenadas à morte e ler um bom livro.

-Ou convençam-me, Senhores!

Mila Ramos

http://milaramos.zip.net
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