8 de março de 2017

Começou a cansar


A administração municipal segue patinando, não sai do lugar e na medida que o joinvilense comum se da conta que nada vai mudar e que o cenário é de quatro anos mais de inépcia e de frustração, as pessoas assumem cada dia com maior frequência que cansaram de defender a gestão municipal e o alcaide. Na medida que o tempo passa e sem nenhum cambio de atitude e ritmo até os seus apoiadores mais recalcitrantes mostram sintomas de esgotamento. Cada vez mais esta mais difícil encontrar argumentos para defender o gestor municipal e sua administração. Até o momento os defensores de ontem ainda não expressam raiva o revolta, só decepção. A decepção resultado da perda da esperança. Faltam muitos meses ainda para que o governo acabe e não seria nenhuma surpresa se esta decepção fosse se transformando em raiva.

5 de março de 2017

As enchentes e o lixo.


Repetir uma mentira mil vezes faz que se converta em verdade. Em alguns casos só precisa ser repetida uma dúzia de vezes e pimba! Já tem uma serie de bobos repetindo-a e jurando que é verdade. Assim o poder público conta com a ajuda inestimável desde exercito de zumbis que repetem qualquer idiotice ou invencionice que escutam.

No caso das enchentes é evidente que o aumento da frequência, da intensidade, da gravidade e do nível das aguas tem muitas causas é não se pode reduzir unicamente a culpar de forma genérica as pessoas que jogam lixo na rua. Mesmo sabendo que a justificativa é estulta, não passa enchente que não escutemos estas sandices.

Não se sustenta a afirmação que o lixo, que uma minoria ainda joga nas ruas e córregos, seja a causa das enchentes. Temos um serviço de limpeza eficiente, as ruas estão limpas, mais ainda se as comparamos com o estado geral de abandono da cidade, chegamos inclusive ao perfeccionismo de pintar os meio fios tortos e jogados na calçada, mas não há papel ou lixo jogado na cidade. Assim que há que identificar outras causas para as enchentes em Joinville.
A falta de manutenção de rios e córregos, o secretário responsável reconhece que o ideal seria fazer quatro vezes ao ano, mas por falta de recursos só é feita a limpeza duas vezes, por tanto só a metade do necessário. Há muita gente que mora perto destes rios afirmando não ter visto ninguém limpando faz mais de um ano.

Limpeza de bocas de lobo e valetas é outra das tarefas que a prefeitura fica sempre devendo, nem adianta perguntar ou cobrar, na ouvidoria a resposta sempre será que já esta incluída na programação e fica por isso mesmo.
O aumento da impermeabilização do solo urbano ou a perda da permeabilidade é outra das causas e esta ainda unida aos aterros constantes das áreas de espraiamento das aguas de chuva, sem ter por onde infiltrar no solo a agua de chuva chega mais rapidamente às ruas e as enchentes são mais rápidas e mais intensas.

A ocupação dos fundos de vale, a redução do afastamento das margens dos rios, o corte indiscriminado da mata ciliar, a falta de fiscalização, a busca de liminares para construir em recuos menores que os previstos em lei, a construção sobre rios e a canalização de córregos e rios tem um peso muito maior que o lixo eventual que uma minoria possa ainda seguir jogando. Mas o governo e as autoridades insistem que esse é o problema e seguem sem fazer nada. Até a próxima enchente quando incluirão na lista de motivos as milenares marés, como responsáveis. Porque os culpados são sempre os outros.

Mentiras


Saramago escreveu sobe George W. Bush: "Ele sabe que mente, sabe que nos sabemos que esta a mentir, mas, pertencendo ao tipo comportamental do mentiroso compulsivo, continuará a mentir.

Sem muito esforço posso fazer uma lista de politicos locais que tem o mesmo comportamento e atitude. Mentem, sabemos que mentem e continuam mentindo cada dia, mentem sobre coisas banais, mentem sobre pessoas, sobre prazos e datas, mentem sobre metas e objetivos, não há nada sobre o que não mintam. 

O resultado mais perverso desta mitomania compulsiva e sistemática e que no dia seguinte acreditam nas mentiras que publicam os jornais, resultado das suas mentiras, empulhações e patranhas de hoje. Ao final não conseguem diferenciar mais a realidade da mentira. 

1 de março de 2017

A velha e boa classe média

VELHA E EFICIENTE RECEITA....

Vejam este diálogo de quase 400 anos.
O diálogo, da peça teatral
"Le Diable Rouge", de Antoine Rault, entre os personagens Colbert e Mazarino,
durante o reinado de Luís XIV, século XVIII que, apesar do tempo decorrido, é bem atual.

Atentem principalmente ao último trecho:

Colbert:
Para arranjar dinheiro, há um momento em que
enganar o contribuinte já não é possível.
Eu gostaria, Senhor Superintendente,
que me explicasse como é possível continuar a gastar
quando já se está endividado até o pescoço.

Mazarino:
Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas
e não consegue honra-las, vai parar na prisão.
Mas o Estado é diferente!
Não se pode mandar o Estado para a prisão.
Então, ele continua a endividar-se.
Todos os Estados o fazem!

Colbert:
Ah, sim? Mas como faremos isso,
se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino:

Criando outros.

Colbert:
Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino:
Sim, é impossível.

Colbert:
E sobre os ricos?

Mazarino:
E os ricos também não.
Eles parariam de gastar.
E um rico que gasta, faz viver centenas de pobres.

Colbert:
Então, como faremos?

Mazarino:

Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente!
Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer.
É sobre essas que devemos lançar mais impostos,
cada vez mais, sempre mais!
Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos.
Formam um reservatório inesgotável...
É a classe média
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