5 de março de 2017

As enchentes e o lixo.


Repetir uma mentira mil vezes faz que se converta em verdade. Em alguns casos só precisa ser repetida uma dúzia de vezes e pimba! Já tem uma serie de bobos repetindo-a e jurando que é verdade. Assim o poder público conta com a ajuda inestimável desde exercito de zumbis que repetem qualquer idiotice ou invencionice que escutam.

No caso das enchentes é evidente que o aumento da frequência, da intensidade, da gravidade e do nível das aguas tem muitas causas é não se pode reduzir unicamente a culpar de forma genérica as pessoas que jogam lixo na rua. Mesmo sabendo que a justificativa é estulta, não passa enchente que não escutemos estas sandices.

Não se sustenta a afirmação que o lixo, que uma minoria ainda joga nas ruas e córregos, seja a causa das enchentes. Temos um serviço de limpeza eficiente, as ruas estão limpas, mais ainda se as comparamos com o estado geral de abandono da cidade, chegamos inclusive ao perfeccionismo de pintar os meio fios tortos e jogados na calçada, mas não há papel ou lixo jogado na cidade. Assim que há que identificar outras causas para as enchentes em Joinville.
A falta de manutenção de rios e córregos, o secretário responsável reconhece que o ideal seria fazer quatro vezes ao ano, mas por falta de recursos só é feita a limpeza duas vezes, por tanto só a metade do necessário. Há muita gente que mora perto destes rios afirmando não ter visto ninguém limpando faz mais de um ano.

Limpeza de bocas de lobo e valetas é outra das tarefas que a prefeitura fica sempre devendo, nem adianta perguntar ou cobrar, na ouvidoria a resposta sempre será que já esta incluída na programação e fica por isso mesmo.
O aumento da impermeabilização do solo urbano ou a perda da permeabilidade é outra das causas e esta ainda unida aos aterros constantes das áreas de espraiamento das aguas de chuva, sem ter por onde infiltrar no solo a agua de chuva chega mais rapidamente às ruas e as enchentes são mais rápidas e mais intensas.

A ocupação dos fundos de vale, a redução do afastamento das margens dos rios, o corte indiscriminado da mata ciliar, a falta de fiscalização, a busca de liminares para construir em recuos menores que os previstos em lei, a construção sobre rios e a canalização de córregos e rios tem um peso muito maior que o lixo eventual que uma minoria possa ainda seguir jogando. Mas o governo e as autoridades insistem que esse é o problema e seguem sem fazer nada. Até a próxima enchente quando incluirão na lista de motivos as milenares marés, como responsáveis. Porque os culpados são sempre os outros.

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