Quanto mais leio este paragrafo mais acho que Roberto Burle Marx em 1976 anteviu o futuro de Joinville en mãos de "progressistas de araque" e "gestores de opera bufa".
6 de maio de 2019
Meio Ambiente e destruição da Natureza
Quanto mais leio este paragrafo mais acho que Roberto Burle Marx em 1976 anteviu o futuro de Joinville en mãos de "progressistas de araque" e "gestores de opera bufa".
12 de junho de 2013
5 de junho de 2013
5 de junho dia do Meio Ambiente
Gosto quando a natureza nos desafia |
Há uma predisposição a fazer deste dia um dia de clichês, de imagens e frases estereotipadas, ou de lindas paisagens ou impactantes imagens que mostram a nossa capacidade de destruir a natureza.
Eu escolhi para hoje esta imagem que mostra a capacidade que a natureza tem de se recuperar, de regenerar, de rebrotar a cada oportunidade.
Gosto de me maravilhar com cada folha, cada flor, cada semente. Me impressiono com a mesma facilidade com o córrego mais singelo ou com a catarata mais caudalosa. Ouço com a mesma fruição o assobio do sabia ou o gorjear de um pardal. Tudo na natureza me apaixona e mexe com este sentimento atávico que nos leva de volta as nossas origens mais primitivas e originais.
Mas esta imagem consegue ao mesmo tempo sintetizar a força destrutiva do homem e a resposta vigorosa e tenra da natureza. A surpresa da vitoria do mais frágil.
Aproveitemos o dia para lembrar do vinculo intimo que há entre a natureza e nos, entre o meio ambiente e a nossa própria existência. Entre a sua preservação e o nosso futuro como espécie.
26 de janeiro de 2013
10 de janeiro de 2013
Causos de Joinville
21 de julho de 2011
Para pensar acordado
Marcelo da Cunha
Joinville esta conseguindo com esforço acabar com a beleza dos morros, matas e do seu litoral, deixando que a ocupação de suas areas verdes, apoiada e estimulada pelo próprio poder publico, converta a cidade que outrora foi considerada a "Cidade Jardim do Brasil" ou a "Cidade das Flores" num amontoado de construções cinzas e mal planejadas.
18 de janeiro de 2011
O custo da ignorância
Publicado na Folha de São Paulo - Ricardo Young
Em meio às tragédias da semana não faltam acusações. Ora são as autoridades incompetentes, ora é a população temerária, ora é o contingenciamento de recursos, ora são as mudanças climáticas.
Todo mundo tem explicações para tudo; no entanto, não há um conjunto de ações coordenadas que possam afastar o fantasma das tragédias ambientais.
Há fatores macro, sistêmicos e complexos que fóruns mundiais, como as convenções recentemente realizadas em Nagoia e Cancún, estão tentando compreender, entrar em consenso e decidir sobre protocolos globais.
Mas há outros locais e comportamentos sobre os quais podemos agir já e, com isso, evitar o pior e fazer toda a diferença. Dentre esses fatores, destaco duas ignorâncias: a ambiental e a política. Somos muito pouco alfabetizados nas questões ambientais. Não me refiro nem à ignorância inofensiva como a de não saber diferenciar uma sibipiruna de um pau-brasil. Refiro-me à ignorância maior e imperdoável da intrínseca interdependência entre todos os sistemas e espécies da natureza. Convencionou-se que o ser humano é a espécie mais importante e a natureza deve servir às suas necessidades às expensas da comunidade da vida.
Portanto, há uma cultura de apropriação, abuso e desprezo em relação ao meio ambiente, que, somada à ignorância, faz com que o principal resultado da cultura antropocêntrica seja ameaça constante ao meio ambiente em geral e à condição humana, em particular. Não conhecer o meio ambiente e suas dinâmicas e não se comprometer com a vida faz com que nossos aglomerados urbanos assemelhem-se a histórias de horror, palcos de tragédias sem fim e de um desânimo inconsolável quanto ao "Nosso Futuro Comum" (ver Relatório Brundtland).
Outra ignorância que mata é a política. A educação política deveria fazer parte dos currículos escolares desde a mais tenra infância. Cidadania é a condição que define a vida em sociedade, a condição do ser político, agente da dinâmica social. No Brasil, não temos qualquer formação que dê ao aluno os saberes mais rudimentares sobre o funcionamento em sociedade, sobre direitos ou deveres.
Somos literalmente objetos de políticas publicas, hipotecamos direitos aos políticos profissionais e ignoramos nossos deveres primários. Cremos na força do voto e paramos aí, quando o voto é só o passaporte para a cidadania e para a participação política, sua verdadeira jornada. Nossas duas ignorâncias potencializam as tragédias que nos afligem de forma crescente. Permanecemos cegos em busca de um ensaio.
15 de junho de 2010
Bom senso
Triste pelejaXico Graziano |
Nada positiva essa encrenca sobre o Código Florestal. A opinião pública anda confusa, até assustada. Argumentos esdrúxulos partem de ambos os lados, tanto dos ambientalistas quanto dos ruralistas. Virou um besteirol rurambiental. Embora contenha defeitos, não é verdade que o relatório Aldo Rebelo escancare as portas da destruição florestal. Tampouco é aceitável acusar, como fez o deputado, as ONGs ambientalistas de servirem ao capital internacional. Agricultor não é sem-vergonha nem ecologista serve à maldade. A radicalização só atrapalha a superação desse sério impasse sobre a legislação florestal do País. Bandidos contra mocinhos funciona bem no cinema, não na roça. Nessa matéria, que importa ao futuro da sociedade, não pode haver vencedores nem vencidos. Será imperdoável votar uma proposta de modificação do Código Florestal que derrote o ambientalismo, por mais estranhas que sejam certas posições dentro dele. Por outro lado, se o ruralismo perder para a ingenuidade verde, melhor seria decretar o fim da agricultura. Ninguém sabe, assim procedendo, como viveriam os seres humanos. O dilema entre produzir e preservar não comporta pensamento obscurantista nem simplista. Ao contrário, somente a luz do conhecimento poderá encontrar saídas que levem ao novo, e imprescindível, modelo civilizatório. O mundo alimenta, hoje, 6,5 bilhões de habitantes, seguindo há séculos, no campo e nas cidades, uma trajetória de confronto com a natureza. Até 2050 a população talvez se estabilize em 9 bilhões de pessoas. Vai piorar a pegada ecológica. Querer praticar a agricultura predatória dos antepassados será burrice incomensurável. Por outro lado, defender a regressão agrícola soa insano. Conclusão: somente a tecnologia agropecuária resolve esse impasse, fundamentando uma proposta conciliadora entre a produção e a preservação. Uma saída negociada que unifique as posições em disputa. Nem tanto a Deus nem tanto ao diabo. O caminho do meio. A agricultura sustentável deve fazer parte da solução, não do problema ambiental. Um roteiro de consenso para a reformulação do Código Florestal deve começar por expor seus porquês. Vamos lá. Quatro fortes razões justificam alterar a lei elaborada em 1965: 1) Existe dificuldade em conceituar a reserva florestal legal nas propriedades abertas antes da vigência da lei. Áreas de agricultura consolidada exigem tratamento distinto de locais ainda cobertos com vegetação nativa. 2) Certas áreas chamadas de preservação permanente, como várzeas, encostas e topos de morro, servem há décadas à agricultura de arroz, uva, café, entre outras, exigindo sua legalização produtiva. 3) agricultores que, na Amazônia Legal, abriram terras antes de 1995, quando a reserva obrigatória era de 50% da área da fazenda, não podem ser criminalizados pela posterior elevação dessa proteção ambiental para 80%. Raciocínio semelhante vale para o cerrado. 4) A legislação precisa auxiliar o agricultor a resgatar seu passivo ambiental, favorecendo a recuperação especialmente das matas ciliares, aquelas que protegem rios e nascentes. Corredores ecológicos mais valem que pedaços de reserva isolados no território. Existem várias possibilidades para avançar nesses quatro pontos básicos, adequando o Código Florestal à realidade presente, sem punir os agricultores de bem. Sendo assim, é aceitável: 1) Permitir a utilização de sistemas agroflorestais que misturem culturas com espécies arbóreas, inclusive exóticas, para facilitar a recuperação de áreas degradadas. 2) Realizar a compensação de passivo ambiental noutro local, fora da propriedade, mesmo ultrapassando o território do Estado quando houver identidade de bioma, na mesma bacia hidrográfica. 3) Incluir a área de preservação permanente (APP) no cômputo da reserva legal (RL), desde que o agricultor firme compromisso de recuperação ambiental com prazo máximo de dez anos. 4) Oferecer aos Estados maior capacidade de normatização e execução prática da lei florestal, estimulando o fortalecimento dos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente. Mas existem limites que não podem ser ultrapassados. É, portanto, inaceitável que o Congresso Nacional: 1) Anistie os fazendeiros que desmataram recentemente suas reservas florestais, afrontando conscientemente a legislação, particularmente após 2001, data da última alteração do Código Florestal. 2) Facilite novos desmatamentos, em qualquer bioma e para qualquer tamanho de propriedade; ao contrário, deve estabelecer uma moratória mínima de cinco anos na supressão de florestas nativas em todo o País. 3) Diminua o tamanho da reserva legal obrigatória, uma instituição genuinamente brasileira. Decididamente, há espaço para compor uma boa posição entre o ambientalismo e o ruralismo, valorizando ambos. Para tanto, porém, é preciso superar o argumento polarizado. O raciocínio dualista, predominante na tradição ocidental, sempre opõe o bem contra o mal, o certo e o errado, santo contra pecador. Poderosa na religião, tal lógica costuma prejudicar a evolução das ideias e a solução dos problemas da sociedade. Assim acontece agora com a reformulação do Código Florestal. Será necessário substituir esta briga atual, em que todos saem perdendo, por um jogo de vencedores, bom para o meio ambiente, bom para a agricultura. Acontece que nenhum jogo de futebol da Copa do Mundo chegaria ao final sem arbitragem. A grande culpa por essa encrenca recai sobre o governo Lula, que parece se divertir assistindo à triste peleja entre os agricultores e os ambientalistas. Um descaso contra a galinha dos ovos de ouro do País. AGRÔNOMO, É SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO. E-MAIL: XICO@XICOGRAZIANO.COM.BR |
14 de maio de 2010
O que podemos fazer pelo Ambiente Urbano

Enchentes, terremotos, vendavais e outras catástrofes ambientais têm causado milhares de mortes e incalculáveis prejuízos econômicos. Recebem ampla divulgação pela mídia.
A destruição do meio ambiente e o impácto negativo para a humanidade é apontada por numerosas pesquisas científicas. Empresários e governantes mostram-se preocupados com a gravidade da situação. Mas ainda é pequeno o número de empresas que desenvolvem ações relevantes em prol da natureza. O fracasso em Copenhague revela o descaso de todas as esferas de governo com as questões ambientais.
O que eu e você podemos fazer para promover a reconstrução do meio ambiente urbano? Abaixo algumas sugestões fáceis, práticas e geradoras de bem-estar e desenvolvimento para todos.
1. Reduzir drasticamente o consumo de produtos excessivamente embalados e materiais de limpeza tóxicos; separar e destinar metais, óleo de cozinha, papéis, plásticos e vidros para a reciclagem.
2. Cultivar plantas em escritórios (uma para cada trabalhador), em apartamentos (uma para cada morador), nos corredores de edifícios comerciais e residenciais (uma para cada sala comercial ou apartamento).
3. Em volta de casas ou empresas, substituir a brita e /ou concreto pelo plantio de grama, plantas ornamentais e medicinais, árvores ornamentais e frutíferas.
4. Instalar fossa-filtro.
5. Cobrir muros e paredões com vegetação.
6. Construir a calçada sem qualquer degrau, plantando faixa de grama junto ao meio-fio e árvores apropriadas para calçadas.
7. Manter o veículo regulado quanto a emissão de ruído e gases, substituindo o catalizador conforme orientação do fabricante.
8. Reduzir drasticamente o consumo de água e energia elétrica.
O resultado desta ação solidária será uma cidade com ruas
arborizadas, calçadas em boas condições para caminhar com
segurança e com faixa de serviço gramada, muros cobertos por vegetação, casas com jardim, horta e pomar, apartamentos e escritórios com plantas, corredores de edifícios comerciais e residenciais com plantas.
Nesta cidade, os moradores poderão desfrutar da sombra das árvores e de um clima mais fresco, respirar o ar mais rico em oxigênio e menos poluído, alegrar-se com o canto dos pássaros, alimentar-se de modo mais saudável, ter mais oferta de vagas no mercado de trabalho, enfim, viver de modo mais pacífico consigo mesmos, com os outros e com a natureza.
Todas as forças vivas da sociedade são convidadas a participar deste mutirão para revitalizar o meio ambiente urbano. Quando isso ocorrer, todos nós teremos oferecido à humanidade um modelo exemplar de relacionamento com a natureza.
Entretanto, é fundamental que eu e você façamos a nossa parte e não esperemos pelo outro, especialmente se esse outro for o governo. Em minha palestra "meio ambiente e paz - soluções para o século XXI", desenvolvo essas e outras propostas com maior profundidade.
De Odair Pavesi