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11 de julho de 2013

Como conseguem? (*)

Cada ano ao preencher a declaração do imposto de renda e ver o quanto toca pagar, alem do que já foi retido todos os meses, surge a mesma duvida. Como será que conseguem? Como será que todos os milhões de Reais que são roubados do país pela rede de corrupção, que esta enquistada na maioria das instituições públicas, alguns dizem que não há uma, que fique a salvo, não sejam identificados pela receita?

Mesmo nao havendo, por motivos óbvios, valores oficiais que permitam dimensionar o real tamanho deste cancro, os valores estimados se situam no Brasil, na casa dos R$ 69 bilhões, mais da metade do PIB de Santa Catarina. Se tomarmos como base estes valores, chegamos a triste conclusão que é possível que a corrupção subtraia valores que permitiriam  aumentar para 51 milhões o numero de estudantes matriculados na rede publica ou aumentar o numero de leitos na rede publica de 367.397 para 694.409.

A pergunta fica martelando, como será que eles fazem? Como conseguem burlar o  T- Rex o famoso supercomputador da receita? Como conseguem construir patrimônios milionários e manter longe o olhar perspicaz dos auditores e fiscais da Receita Federal do Brasil? Como é possível que mesmo computador que identifica um lançamento errado, um décimo além da vírgula, possa não identificar esses novos ricos?

Jatinhos, helicópteros, iates, viagens internacionais em primeira classe, cartas de vinhos de milhares de Reais, e mansões suntuosas formam parte de quotidiano de quem antes de entrar na vida política ou passou a fazer negócios com o governo, só tinha um apartamento alugado, carro usado e um carne de prestações novo. É difícil de compreender e mais difícil ainda de aceitar. Em quanto cada ano o contribuinte é escorchado um pouco mais e precisa trabalhar mais dias só para pagar os impostos e sobra menos dinheiro ao fim do mês, há uma elite, com minúsculas, que viceja e cresce dentro do governo ou a sua sombra.  Uma corja que engorda suas contas, à custa de assaltar a nossa saúde, hipotecar a educação dos nossos filhos e roubar o futuro e a esperança deste país.

Ao cruzar com essa gente, tenho a impressão, que riem debochadamente de nos, dos pagadores de impostos, esta  maioria silenciosa que constitui o Brasil produtivo.

Ainda há quem se surpreenda com que as pessoas tenham esgotado a sua paciência e tenham saído a rua. É provável que se julgar condenar e colocar na cadeia corruptos não fosse uma exceção e se o dinheiro fruto do roubo fosse devolvido ou os bens fruto da corrupção fossem expropriados a nossa realidade seria muito diferente.

18 de maio de 2012

Carta aos contribuintes


A Receita Federal do Brasil é um dos serviços públicos mais eficientes o que mostra que é possível contar com um serviço público que atua com eficiência e qualidade. 

15 de maio de 2012

Basta de impunidade


O maior problema da impunidade, alem do péssimo exemplo que proporciona para agente honesta, especialmente aquela minoria que ainda teima em se manter honesta, é que serve como um estimulo permanente a que novas estripulias sejam cometidas uma e outra vez, pelos que tendo padrões de honestidade mais laxos O atual nível de falta de Ética, imoralidade e sem-vergonhice só se justifica pela absoluta sensação de impunidade.

Final de abril é o momento em que uma parcela significativa da população cumpre com a sua obrigação de acertar as contas com o leão, uma vez os impostos pagos, ou a restituição encaminhada, não há como não pensar, nem que seja por um instante, como é possível que a onipresente Receita Federal do Brasil, no forme um grupo de auditores de elite dedicados unicamente a identificar os sinais externos de riqueza incompatíveis com os rendimentos dos nossos políticos?. Numa cidade como Joinville, as festas e o fausto de gente que nunca teve outra receita conhecida, que não fosse o salário proveniente do serviço publico, surpreendem. Claro que muitos destes novos ricos têm no seu quintal um prospero e vicejante laranjal, mas ofende o bom senso ver tanta prosperidade, adquirida de forma tão vertiginosa e suspeita.

Nada mais normal que sentir neste momento do ano, com maior intensidade  que nos cabe o papel de otários, sentir que com os nossos impostos ano trás ano contribuímos para enriquecer ainda mais a estes sátrapas.  Ajudaria muito a recuperar a credibilidade no país se de forma sistemática as contas pessoais, dos seus familiares e amigos próximos, fossem esquadrinhadas pelos mesmos auditores que analisam as de cada um dos contribuintes. Acreditar que todos são iguais ante o fisco seria uma forma de contribuir a recuperar a autoestima de uma boa parte dos cidadãos que se sentem burlados ao pagar correta e pontualmente seus impostos.



Publicado no jornal A Noticia de Joinville SC

2 de março de 2009

Não da para entender


Começou o período para preencher e entregar o Imposto de Renda. Confesso que desta vez preciso de ajuda. Me preocupo sempre de não ser pego na malha fina por algum erro bobo. Reviso as contas mais de uma vez, guardo todos os comprovantes de cada um dos pagamentos dedutíveis feitos e não esqueço de lançar cada um dos valores recebidos dos clientes. Mesmo assim não fico tranqüilo, fico sempre com a sensação de culpa, de ter cometido algum erro e de ter que pagar com multa e correção por conta de algum esquecimento.

Há o fato injusto de que mesmo quem ganha muito pouco está obrigado a pagar imposto e de que muitos dos salários tributados, pelo valor que representam, nem poderiam ser considerados renda. A falta de correção da tabela do IR e os aumentos mesmo que insignificantes dos salários, faz que um número cada vez maior de brasileiros tenham valores retidos todos os meses e sejam contribuintes compulsórios do Imposto de Renda. A máquina arrecadadora esta bem azeitada é eficiente. Tem agido com maior voracidade e tem arrecadado cada vez mais.

Por outro lado, quando vejo que um deputado em Minas não declarou um castelo de R$ 25 milhões, ou que o Diretor-Geral do Senado, oculta uma casa de R$ 5 milhões, penso que tenho que trocar do contador, que não devo estar bem assessorado. Se administradores públicos em pouco mais de seis anos de mandato, conseguem fazer um patrimônio tal que não precisam mais trabalhar. E o pior é que não são casos isolados: muita gente, principalmente detentores de cargos públicos manifestam uma grande dificuldade em lembrar de todos os bens que tem. Deve ser porque tem muitos e não conseguem lista-los todos.

Deve ter algo que me escapa. Não deve ser o meu contador, que se esforça para que as contas sempre fechem, tampouco deve ser a Receita Federal que com os seus supercomputadores vasculham a vida atual e pregressa de todos os CPFs deste País. Mas tem coisas que não da para entender.



Publicado no Jornal A Noticia
A imagem deste post é de autoria de Guto Cassiano
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