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26 de novembro de 2021

Verde urbano, podemos fazer mais.

 Arvores atrapalham o trânsito?



Sou testemunha do empenho do prefeito Adriano Silva e da vice-prefeita Rejane Gambin para deixar Joinville mais verde, mais florida e mais bonita. Não tem sido e não será uma tarefa fácil, até porque não há, especialmente dentro da própria prefeitura, o mesmo entendimento e a mesma vontade.


Não é de hoje que há arboricidas confortavelmente instalados nas secretarias que teriam por obrigação aumentar o verde nos espaços públicos, plantar mais arvores seria um bom início, deixar de cortar os que ainda sobrevivem nas ruas e praças seria uma boa sequência.


O cidadão comum que teima em utilizar o canal de comunicação da ouvidoria, tem poucas chances de ver seus pleitos atendidos, primeiro porque a ouvidoria não é propriamente uma ouvidoria e sim um “reclame aqui”. O serviço esta mais orientado a proteger e justificar a inoperância da própria prefeitura que de fato a “ouvir” as queixas e resolve-las. Uma pena, porque o resultado é que cada vez menos o cidadão utiliza a ouvidoria e busca outros caminhos e alternativas para expressar sua frustração e descontentamento. A melhor evidencia que a ouvidoria não está para resolver, e isso não é de hoje, é o fato que esteja sediada na SECOM, a secretaria que tem como missão divulgar, promover e publicitar as ações do governo municipal, mas não tem a força para resolver os problemas denunciados pelos cidadãos.


Como amostra de como o prefeito e a vice-prefeita tem um trabalho árduo pela frente esta troca de mensagens entre a ouvidoria é um cidadão.


A solicitação feita o cidadão propõe o plantio de arvores na rotatória em que estão instaladas bombas da Companhia Águas de Joinville. Justifica a sua proposta pelo aumento do verde, para deixar a cidade mais bonita e esconder ou disimular o monstrengo que a CAJ instalou la.


 A resposta do técnico florestal, convertido em especialista em trânsito não permite o plantio por conta das arvores interferirem no trânsito.

 


Infelizmente nada mudou na arborização. Os arboricidas vicejam, gente que não gosta de arvores, que não tolera o verde, que prefere o cinza, a feiura contra a que tanto lutam o Prefeito e sua Vice.  É um caso em que o técnico florestal não autorizou o plantio de arvores porque no seu entendimento prejudica a visibilidade. Se ele ao menos tivesse ido ao local entenderia que não tem problema algum de visibilidade naquela região. Que arvores com tronco livre de 3 metros de altura não atrapalham a visibilidade e deixam a cidade mais verde.


O resumo é que quem precisa tratar de arborização quer tratar de trânsito e quem precisa tratar de trânsito está fazendo política.


Para aqueles que ainda não entenderam a importância de cidades bem arborizadas e a contribuição da arborização urbana a melhoria da qualidade de vida esta imagem deve ajudar. Ainda que para os técnicos florestais que cuidam do transito essa informação seja inútil. 



9 de janeiro de 2013

Cidades + verdes

Se você, como eu, é dos que quer uma cidade mais verde e menos quente, apoie esta ideia


19 de dezembro de 2010

Cidades Verdes



Cidades Verdes



Estocolmo e Hamburgo foram as primeiras cidades européias a receber o Premio Cidade Verde. A cada dois anos a premiação se outorga a duas cidades que tem uma política de desenvolvimento urbano voltado a sustentabilidade, a promover a qualidade de vida e que fazem disto um compromisso. Vitoria-Gasteiz e Nantes foram as cidades premiadas nesta segunda edição.

Vitoria-Gasteiz é uma cidade do Norte de Espanha, fez grandes progressos na adoção de medidas para tornar mais ecológico o ambiente urbano tradicional. O centro da cidade é rodeado por um «cinturão verde», uma ampla zona verde parcialmente recuperada de zonas degradadas, assegurando assim a toda a população (cerca de 250 000 habitantes) a possibilidade de viver à distância máxima de 300 metros de um grande espaço aberto verde. Foram criadas numerosas medidas para apoiar e aumentar a biodiversidade e os serviços relativos aos ecossistemas. A flora e a fauna são monitoradas e a fragmentação do habitat é reduzida, formando corredores ecológicos para a preservação da fauna nativa. Alem de implantar uma rede de ciclovias, transporte publico elétrico e fechamento de ruas para o transito de veículos particulares, priorizando o pedestre. A cidade fez também grandes esforços para reduzir o consumo de água e tem por objetivo passar a consumir menos de 100 litros/dia por habitante.

No caso de Joinville poderíamos, se a nossa permanente falta de humildade nos permitisse, aproveitar as excepcionais condições que a natureza nos brinda, e concentrar nossos esforços em manter para as futuras gerações, as áreas de morro ainda remanescentes e a preservação do ameaçado cinturão verde que é a nossa área rural em torno da cidade, objetivo da cobiça de uns e do descaso e desídia de outros. Morar em cidades não quer dizer que tenhamos que aceitar, sem maiores estudos e propostas, os modelos propostos. Alternativas são possíveis e devemos nos esforçar em alcançá-las.

A pesar dos nossos técnicos de plantão estar mais motivados a participar e ganhar os prêmios concedidos as Cidades mais Cinzas e são avessos a quaisquer outras cores que não sejam o cinza concreto ou o gris paver, quem sabe, se como aconteceu com Saulo de Tarso, um dia caem do cavalo e vem finalmente a luz. Mas como estes exemplos são europeus, por aqui não devem nem ser considerados como alternativas possíveis. Uma pena, porque perdemos todos.

Publicado no jornal A Noticia

26 de outubro de 2010

IPTU Verde


IPTU VERDE


Existe uma grande diferença entre a visão de longo prazo e a de curto prazo. O preço de olhar e pensar só no curto prazo é caro. A visão curta induz o administrador publico a aumentar os impostos para ter mais recursos para executar mais obras e investimentos, para resolver os problemas que a cidade tem. A visão estratégica, aquela que enxerga além do horizonte dos quatro anos de uma gestão, e que busca se antecipar aos problemas.



São Carlos no estado de São Paulo implantou o IPTU Verde, que desonera em até 4%, os proprietários que plantem arvores e mantenham áreas permeáveis. O objetivo é manter e aumentar a qualidade de vida das cidades, aumentar a cobertura verde, pelo aumento de numero de arvores, reduzir a temperatura urbana, pelo efeito que o sombreamento produz em ruas e jardins. Porem o principal objetivo desta política é a de aumentar a permeabilidade do solo, evitar ou minimizar o efeito de chuvas e enxurradas. O conceito é simples, evitar construir grandes obras publicas, como piscinões, tubulações e galerias, para resolver os problemas ocasionados pela impermeabilização das cidades.



O IPTU Verde, nos moldes que tem sido implantado em São Carlos - SP seria uma alternativa inteligente e viável, para uma cidade, como Joinville, que ainda mantém áreas verdes significativas, que devem ser preservadas. O resultado seria uma cidade mais verde, mais sustentável e com maior qualidade de vida para todos. É possível reverter ainda às iniciativas de aumentar a impermeabilização da cidade, que o poder publico esta estimulando de forma irresponsável e inconseqüente. Devemos deter a constante transformação de áreas verdes e jardins em áreas de estacionamento pavimentadas. A redução de recuos e o aumento das áreas construídas representam uma bomba de tempo, que exigirá futuramente pesados investimentos públicos, para resolver problemas que poderiam ser evitados.



A lógica é que é mais econômico evitar fazer obras, para corrigir problemas que não precisariam existir, se a cidade e principalmente os seus administradores desenvolvessem uma visão estratégica de médio e longo prazo. Numa cidade situada quase ao nível do mar, com elevado nível freático, que sofre influencia de marés em grande parte do seu perímetro urbano, não é lógico estimular a impermeabilização, o aumento do cinza e a perda da qualidade de vida. O preço será maior, Não será pago por esta administração, certamente será pago pelos mesmos contribuintes de sempre.


Publicado no jornal A Noticia de Joinville

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