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3 de janeiro de 2009

Historia das marcas

CONSUL - Brasil. Eletrodomésticos. 1950.

Rudolfo Stutzer, um dos fundadores da empresa, precisava de dinheiro para começar seu próprio negócio. Sua intenção era abrir uma oficina na qual ele pudesse fabricar produtos de uso doméstico, uma vez que o mercado brasileiro sofria com a escassez de manufaturas por causa da II Guerra Mundial. Stutzer resolveu então pedir ajuda a um amigo próximo, o senhor Carlos Renaux, rico empresario do ramo da tecelagem. Renaux era conhecido por ter recebido o título de cônsul honorário do Brasil em Arnheim, na Holanda. Depois de ser agraciado com essa honraria, ele passou a ser chamado apenas pelo apelido “cônsul”.

renaux1Quando Stutzer abriu seu pequeno negócio com o dinheiro emprestado por Renaux, pôs a marca Consul em todos os produtos que fabricava. Foi a forma que ele escolheu para homenagear a pessoa que o apoiou. No entanto, a grande fabricante de eletrodomésticos que conhecemos hoje ainda não existia. Ela começou a ser concebida quando Stutzer recebeu em sua oficina uma geladeira quebrada. Naquela época esse tipo de conserto era difícil, pois os refrigeradores eram importados. No entanto, depois de desmontar e esmiuçar as peças do aparelho, Stutzer e outros dois amigos (Guilherme Holderegger e Wittich Freitag) perceberam que eram capazes de fazer um igual. O resto é história.

Curiosidades de Sobremesa

1 - A Consul foi a primeira empresa brasileira a fabricar uma geladeira.

2 - A marca Consul não possui acento, ao contrário da grafia do substantivo cônsul. A explicação é simples: depois da construção da primeira geladeira, os fundadores da empresa concentraram-se em identificá-la. Pegaram então o nome cônsul e tentaram esculpi-lo em madeira, para que posteriormente fosse colado na porta do refrigerador. Eles usaram uma serra tico-tico no trabalho, que se mostrou perfeito, exceto pela dificuldade de se esculpir o acento circunflexo da palavra. Diante do problema, ficou decidido que a marca não teria acento, escolha que persiste até hoje.

3 – “Põe na Consul” é um dos slogans mais conhecidos da publicidade brasileira. Diz a lenda que a criação da expressão aconteceu durante um reunião de publicitários. Eles já estavam há horas procurando um slogan, quando resolveram parar para descansar. Um deles disse: gente, vamos parar para esfriar a cabeça, depois nós voltamos. Um outro publicitário fez uma brincadeira, dizendo: é, põe a cabeça na consul. A piada então inspirou o slogan.

4 – Outra teoria diz que eles simplesmente pegaram a expressão “põe na geladeira”, usada na época para se referir a um assunto que deveria ser deixado para depois. Só trocaram a palavra geladeira por consul.

5 – A fábrica de tecidos de Carlos Renaux funciona até hoje. Eles têm também uma marca de roupas chamada Renaux Blue Label.

21 de fevereiro de 2008

As ruas da Argélia

Tive oportunidade, por motivos de trabalho de conhecer algumas cidades da Argélia, alem claro de Argel a capital, surpreende ao visitante o cuidado e a atenção com as ruas, praças e jardins tanto os públicos, como os privados.

Entre as plantas que formam o verde urbano, algumas velhas conhecidas nossas, é comum encontrar Jerivás ( Syagrus romanzoffianum ) Tipuanas ( Tipuana tipu ) alem de Lantanas ( Lantana camara ), Paraiso ( Melia azederach) entre outras muitas, que dão vida e cor a paisagem árida de um pais do norte africano.

Alem do cuidado e da manutenção esmerada, que não estamos mais acostumados a ver por aqui, desde a saudosa gestão do prefeito Wittich Freitag. As plantas e especialmente as arvores são regularmente podadas, mantendo desta forma o seu porte e as suas características, não representando nenhuma ameaça nem para veículos, nem para pedestres.

Algumas ruas e praças de Argel, estão arborizadas com Figueiras, os mesmos fícus, que as nossas autoridades, condenam e como os arautos papais da época das cruzadas, querem erradicar. Pensei ao ver as primeiras figueiras cuidadosamente podadas, com um verde vivo, intenso, que o destino estava brincando comigo, eu quer tinha saído de Joinville, com as figueiras na cabeça, as encontrava de novo e desta vez bem longe de casa. Parei o carro e fiz uma fotografia.

Seguindo viagem, cheguei a Tipaza e Cherchell, na época do império romano, denominadas Cesárea, um dos mais importantes centros econômicos do mediterrâneo, com coliseo, templos, banhos e toda a infra-estrutura urbana que caracterizava as cidades romanas, inclusive esgoto e água. O parque que rodeia as importantes ruínas romanas, também estava arborizado com figueiras, que forneciam uma sombra agradável a famílias completas que aproveitavam o sol de inverno para passear. Figueiras que acompanharam as caminhadas de Albert Camus e que proporcionam ainda hoje a sombra, que estimula a tomar um chá com menta e curtir uma boa conversa. A mesma sombra, que as mesmas figueiras proporcionavam aos cidadãos de Bedjaia, uma linda cidade portuária, que tem as ruas e praças arborizadas.

Como nas ruas de Oran, como as de cada uma das cidades que tive oportunidade de percorrer e conhecer. As mesmas figueiras compartilhando espaço com Jerivás, Tipuanas, Paraísos e Tamareiras.

Aqui temporariamente, o prefeito aceitou mante-las, ainda que deixando no ar uma velada ameaça.

Para quem não tem oportunidade de ir a Argélia, uma recomendação visitar na rua Papa João XXIII as figueiras que o SESI mantem, com o mesmo cuidado e capricho que os argelinos tem com as suas.

Publicado no AN Cidade

2 de outubro de 2007



Remember Winston

“Lembrem de Winston Churchill “, uma placa de pedra, com estes enigmáticos dizeres, recebe aos visitantes que adentram na Abadia de Westminster pela porta oeste.

A placa é a homenagem que a Rainha e o Parlamento britânico ofereceram ao que foi o seu líder e guia, nos seus momentos mais difíceis. No período crucial da Segunda guerra mundial, com o Reino unido ameaçado pela maquina de guerra nazista.

Num momento em que o pais se encontrava frente ao seu maior desafio histórico, eis que surge um líder que faz renascer a esperança e conduz o pais através de um longo caminho de sacrifício, em que prometeu “Sangue, suor e lagrimas “ mais que garantiu a sua sobrevivência. Uma mensagem para as futuras gerações.

Nós não temos uma Abadia de Westminster em nossa cidade e tampouco sofremos experiências tão traumáticas como as que os britânicos tiveram que enfrentar, como a terrível experiência de uma guerra.

Mas não nos faltam lideres que de uma forma exemplar se constituem em referencia, em momentos difíceis, cidadãos que de uma forma extraordinária, se constituem nos alicerces de uma sociedade, que tem no empreendedorismo, no trabalho, na honestidade, na solidariedade e no trabalho comunitário os seus pilares.

Ousarei colocar três nomes de joinvillenses ilustres que se constituem modelos referenciais e que exemplificam os valores que alicerçaram a nossa comunidade, não como únicos representantes deste seleto grupo, mais como reflexão, para colocar nos nossos corações a nossa placa de homenagem “lembrem de ....” como uma mensagem que transcende o tempo e serve de alerta aos joinvillenses do futuro.

Wittich Freitag, Jose Henrique Carneiro de Loyola e Baltasar Buschle, Joinvillenses natos ou não que escolheram esta cidade e esta comunidade para empreender o caminho da sua vida, que nela constituíram família, que bem sucedidos, na sua vida profissional, ainda tiveram e tem tempo para se dedicar a promover o associativismo e benemerência e a solidariedade. Que ainda num sacrifício adicional dedicaram parte das suas vidas a servir a sua comunidade na vida publica, aceitando o desafio de construir uma cidade melhor. Frente a omissão da maioria e o afastamento dos melhores, se faz preciso reflexionar, sobre o modelo de sociedade que estamos construindo e das referencias que estamos legando aos nossos filhos. Quando a maioria cala e se omite, a sociedade perde.

Três belos exemplos para lembrar.

Publicado no AN Cidade

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