7 de janeiro de 2019
A reunião do colegiado
8 de março de 2017
Começou a cansar
4 de maio de 2015
O proximo pode ser ainda pior
Há uma disputa no ar para identificar qual tem sido a pior administração dos últimos tempos, no âmbito local, os ânimos andam acessos e ha apoiadores fervorosos em favor e contra deste ou daquele candidato. Comissionados de este e viúvas daquele disputam todos os espaços disponíveis para mostrar que o outro foi pior
É preciso voltar décadas, no tempo, para encontrar um prefeito que seja reconhecido, pela maioria, como um bom gestor. O problema é que as nossas referencias são muito pobres, mais que pobres são paupérrimas. Andamos como Diógenes a busca de um administrador honesto, que também seja competente é esperar demais. Nos contentamos com tão pouco que é só olhar os nomes que estão começando a se assanhar para 2016. A lei de Murphy explica que não há nada tão ruim que não possa piorar, a luz dos nomes que circulam pelos bastidores, Joinville tem uma relação de amor apaixonado com a dita lei. Seguiremos como Diógenes buscando um homem honesto, a historia não menciona se Diógenes desistiu de buscar um que fosse competente e se contentou com buscar um homem honesto, que, alias, não encontrou.
O filosofo é poeta latino Lucrecio definiu bem a atual situação que estamos vivendo. Explicava ele, que os tolos acreditam que a maior montanha que existe é a mais alta que conhecem, e não imaginam que possam existir outras maiores, porque seu mundo não vai além dos limites da sombra da torre da igreja da vila. Ao avaliar as coisas unicamente a partir do pouco que conhecemos, a nossa capacidade de juízo e avaliação fica comprometida. Buscamos soluções para os problemas que Joinville enfrenta, em candidatos medíocres, com pouca ou nenhuma capacidade para resolver os problemas que já são graves, sem prever que poderão ficar muito piores se seguimos elegendo mal os nossos administradores.
Nos preparamos para o pior conhecido, sem perceber que o próximo prefeito poderá ser pior que o pior que já tivemos, enfrentamos continuamente o paradoxo do chamado "pior possível" o pior conhecido é superado por outro ainda pior. Corremos o serio risco de que a frase: "Não pode ser pior" nos remeta a padrões de gestão tão terríveis que não estejamos preparados para enfrenta-los e sejam ainda muito piores que os que até agora conhecemos.
12 de maio de 2013
O Iprefeito
O modelo de prefeito tradicional a que estamos acostumados será substituído por um novo modelo, mais moderno, com maiores prestações e principalmente com soluções prontas para todos os problemas havidos e por haver. O Iprefeito pela sua extraordinária eficiência, onisciência e capacidade de trabalho nao precisará vir acompanhado de periféricos externos como secretários, assessores e chefes de gabinete. Poderá prescindir de presidentes de fundações, autarquias e institutos. Terá na ponta da língua ou dos dedos dependendo de qual for o caso, as propostas e projetos ideais para cada problema. Acabar-se-á a custosa estrutura dos Institutos de Planejamento, o Iprefeito saberá instantaneamente qual é a melhor alternativa para a mobilidade urbana, aonde deverá ser construída uma nova ponte, qual a melhor solução estrutural ou de engenharia. Qual o seu custo e quem a empresa melhor qualificada para vencer a licitação. Poderá inclusive em instantes compor o hino da Companhia Municipal de Água e esgoto ou escrever uma ode ao desenvolvimento da maior cidade do estado utilizando indistintamente sonetos heptassílabos ou haikais.
Caso o Iprefeito venha a ser o modelo utilizado, nao haverá em Joinville espaço para quem não tenha a competência para acompanhar o ritmo de trabalho do Iprefeito. O novo modelo, lançado inicialmente na sua versão beta, já tem mostrado as suas vantagens sobre os modelos precedentes. Como nao precisa receber salário é mais econômico que as versões anteriores. Não precisa de tempo para analisar as diversas soluções e alternativas já que vem programado com as melhores respostas, é verdade que alguns representantes dos setores mais críticos, consideram que as respostas sao sempre as mesmas e não dependem dos problemas apresentados e mais parecem soluções pré-gravadas no programa original, restos de uma versão "demo" utilizada durante a campanha eleitoral e que ainda nao foram atualizadas e contrastadas com a realidade. Tampouco precisa despender muito tempo escutando a assessores e especialistas, que em poucos meses ficarão obsoletos. A melhor definição do novo protótipo é que o Iprefeito ouve a todos, mas não escuta a ninguém.
Publicado no jornal A Notícia de Joinville SC
8 de setembro de 2011
Eu sou o estado (*)
L’etat c’est moi
Os artigos e cartas publicados nos últimos dias utilizando o sufixo « ville » tem provocado alem de comentários apaixonados, melhor ou pior fundamentados, uma onda de nacionalismo ou bairrismo perigoso, que deve ser acompanhada com atenção e sumo cuidado. Em comum o confundir a cidade de Joinville, com as suas virtudes e defeitos, com o seu Prefeito e sua equipe, ou com a administração municipal.
Joinville como município, composto pelos seus cidadãos, suas organizações sociais, sua historia e tradições e principalmente sua idiossincrasia, não pode e não deve ser confundida, com o seu governo atual. A cidade transcende a temporalidade do governo, deste ou do próximo. Em nenhum momento os textos tem se referido a cidade, como soma de todos os elementos que a constituem. É normal, é até uma estratégia valida, que o governo, sentindo-se acuado pelas criticas que pipocam a cada dia com maior intensidade e freqüência, se utilize do bordão, “Joinville ame-a ou deixe-a” Uma forma de tentar colocar, nos que criticam o governo e a administração, a pecha de inimigos de Joinville.
Acusar de serem contra Joinville, os que querem e propõem uma cidade melhor, é estulto e sem sentido, porque os que hoje se manifestam com veemência, evidenciando o quanto a cidade tem regredido, o fazem porque procuram uma cidade melhor para todos. Por outro lado, não parece correto, que o governo municipal, de forma ufanista, insista em vangloriar-se e em querer capitalizar, como próprios, méritos que não lhe correspondem, seja a beleza natural, o desenvolvimento da economia local. A pujança das suas empresas e principalmente dos seus empreendedores, tem a ver menos com as ações do governo local e muito mais com o trabalho e o esforço de gerações.
Do mesmo modo que o Rei Sol errou ao afirmar: “O estado sou eu”, Este governo municipal não pode cometer o mesmo erro e esquecer que Joinville é muito maior que sua administração e que esta administração é muito menor que a cidade que governa. Querer confundir a sociedade, convertendo a critica a esta gestão, como sendo uma critica a cidade em que moramos e que queremos ver progredir e desenvolver com qualidade e harmonia, não engana a quase ninguém. Joinville não é só vocês, Joinville somos todos.
29 de abril de 2011
Nem pacote, nem reforma
Pacote ou reforma?
Na medida em que são mais bem conhecidas, o conjunto de medidas apresentadas pelo prefeito para melhorar a eficiência da gestão municipal é possível identificar melhor o que é possível esperar. Até agora não chega a ser uma reforma, porque não apresenta nenhuma mudança estrutural digna deste nome, e só propõe, na tônica habitual nesta gestão, remendos e mudanças cosméticas, tem tudo para ser um pacote.
A ausência de valores, não permite avaliar o impacto de cada uma delas, nem verificar em base a que informações é possível identificar os “aproximadamente 10 milhões de economia” anunciados pelo prefeito. O risco é o governo municipal se coloque de novo numa enrascada, que acabe dando mais prejuízo que os recursos previstos. Já aconteceu com o ITBI ou no episodio do aumento do IPTU para os imóveis sem calçada.
A falta de estudos mais elaborados e consistentes, ou a ausência deles, caso existam, na apresentação feita, faz temer que, uma vez mais, as medidas tenham sido tomadas na base do achismo, o que tem tudo para gerar mais desgaste. A sociedade poderá melhor apoiar o pacote de medidas, quanto maior a transparência e o nível e qualidade das informações.
Devemos apoiar todas as medidas que tenham como objetivo a redução de custos e o aumento da eficiência do poder público. Avaliar com atenção o seu impacto real, sem confundir o que é desejável com o que é possível. Ainda considerar se realmente as medidas propostas gerará a redução custos prevista, não poucas vezes a fantasia prevalece nestes casos, e muitas vezes os custos permanecem inalterados a pesar do esforço feito. Finalmente evitar que novos impostos e taxas sejam criados para onerar ainda mais a sociedade.
Em resumo o pacote apresentado não permite identificar e medir realmente o seu impacto sobre as contas públicas e sobre os bolsos dos contribuintes. Os poucos dados apresentados e os valores mencionados pelo prefeito, criam mais duvidas e esclarecem pouco. Prefeito, luz, mais luz, para que seja possível sair do mundo do achismo e boa vontade para o mundo real e concreto dos dados e dos valores.
6 de janeiro de 2010
Saúde Doente

Saúde Doente
A noticia que o ultimo dos seis aparelhos de raios-X do hospital São José quebrou e que o hospital não pode oferecer mais o serviço de raios-X, um dos atendimentos mais básicos e solicitados pela população, deve nos escandalizar. A mesma noticia, nos permite saber também, que os seis aparelhos do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt estão operacionais e funcionando. Em termos futebolísticos uma goleada de
O prefeito Carlito Merss, reconhece que o problema da saúde em Joinville, não é um problema de recursos e sim de gestão, o que, se não serve para aliviar as filas, deve servir para tranqüilizar aos milhares de pacientes que a cada dia procuram os serviços de saúde no município.
Numa cidade com 500.000 habitantes, dos quais mais de 180.000 são segurados do sistema de saúde complementar, é claro que não poderia faltar dinheiro. Uma parcela significativa da população, a traves do seu esforço e principalmente dos seus recursos, faz uma dupla contribuição, a obrigatória e a voluntária. Numa conta singela 500.000 pagam para poder atender a 320.000, não devem por tanto faltar recursos.
Se o problema é claramente de gestão, como o prefeito declara, a solução parece bem mais fácil, porque no caso de Joinville, o município desde faz anos tem a gestão plena do sistema. Não cabe por tanto procurar outros responsáveis que os que administram a nossa saúde e a nossa cidade. Ou será que o problema não é só de gestão?
30 de novembro de 2009
Conceitos basicos...
- ADENSAMENTO É FILOSOFIA DE CIDADE
10 de agosto de 2009
Hay Gobierno? Donde esta?
Mais Estado
Falar de mais ou menos estado, perece nos levar a uma discussão ideológica sobre modelo de sociedade, sobre o papel do estado e principalmente sobre liberdade e democracia.
Porem a falta de estado, representada pela ausência contumaz dos serviços mínimos na maioria das situações quotidianas que envolvem o cidadão e a sociedade, representa um elevado custo social e deve ser encarado com seriedade por todos e cada um de nós.
A presença do estado, esta representada por uma sucessão de pequenas ações diárias e constantes que nos lembram de nossa vida em sociedade e da necessidade de princípios mínimos de ordem, respeito e cidadania. A ausência de faixas de pedestre na frente de escolas e locais públicos, a falta de sinaleiros em cruzamentos perigosos, que tenham ocasionado acidentes de transito ou atropelamentos. A falta de manutenção publica em parques, praças e passeios públicos.
A ausência de policiamento ostensivo em locais de aglomeração de publico, a invasão de flanelinhas e outros modelos autóctones de privatização de espaços públicos. O excesso de ruído, em horários de descanso, sem que as autoridades se façam presentes e tomem as providencias necessárias. A iluminação publica escassa ou inexistente em ruas e logradouros. A inexistência de placas indicadoras dos nomes das ruas e praças. São exemplos diários e constantes da falta de estado.
Quanto mais o estado se faça presente com os serviços e as ações que são a sua obrigação e responsabilidade, menos a sociedade ficará vulnerável aos efeitos nocivos da privatização feita pela marginalidade e o descumprimento da lei. A ausência do estado abre espaço para que outros segmentos, não sempre os adequados assumam o papel.
2 de janeiro de 2009
Em tempo de nova administração municipal
Na hora da troca de comando na Prefeitura.
A frase de Thomas Jefferson é duplamente inteligente, porque permite duas leituras distintas, ambas verdadeiras. Qual é a sua?
O prefeito Marco Tebaldi, saiu do cargo com mais prestigio e respeito, ou ficou com menos, daquele que tinha ao assumir?
E Carlito Merss, acabara seu mandato, com mais prestigio, ou concluirá desgastado e em crise?
20 de novembro de 2008
Maldade
17 de novembro de 2008
O Sindico

A maioria conhece bem um sindico, quem mora em condomínio, seja vertical ou nos horizontais, que tanto estão crescendo por aqui, conhece o sindico e sabe qual é o seu trabalho. É um dos moradores que é escolhido para administrar os espaços e os assuntos comuns a todos. O cargo de sindico e “executivo” e não legislativo, ele tem a responsabilidade de executar, resolver, fazer acontecer. Muitos condomínios optam por fazer quase que um rodízio entre todos os proprietários, assim todos um dia terão a mesma responsabilidade.
Olhar o prefeito como um sindico, parece que aproxima mas da realidade, que o faz mais parecido com cada um de nós.
É como saber se o sindico que escolhemos é bom? Podemos usar para avaliar o desempenho do sindico de Joinville, os mesmos critérios e princípios que utilizamos para acompanhar o sindico do nosso condomínio. Sem querer esgotar o tema, proponho aqui alguns pontos a seguir:
- O sindico esta presente e é fácil de encontrar? Ou é alguém que viaja muito, e quando esta, parece inalcançável, nunca tem tempo para escutar os demais condôminos?
- Revisa os preços dos contratos antigos? Ou os renova sem negociar, porque não é o seu dinheiro que paga as contas? Em todo caso exige faturas detalhadas e justifica todas as despesas e custos não previstos? Fecha contratos de alto valor por longos periodos, comprometendo o caixa futuro da comunidade de proprietarios?
- Verifica se a manutenção do condominio é deficiente ou se o imóvel esta descuidado? As manutenções preventivas e periódicas são feitas com regularidade e são contratadas, só empresas idôneas? Existe no condomínio um controle detalhado dos serviços feitos, da sua periodicidade e dos custos respectivos?
- São feitos sempre ao menos três orçamentos, antes de contratar um serviço? Existe um acompanhamento cuidadoso dos trabalhos contratados, dos efetivamente feitos e dos valores pagos?
- O custo do condomínio é adequado ao nível dos serviços que recebe ou você sente que esta pagando caro, pelo serviço que tem? As despesas do condomínio aumentam ano a ano, acima do seu salário? O sindico se esforça em manter a taxa do condominio baixa, sem perder a qualdiade dos serviços?
- As reuniões de condomínio são abertas a todos, os temas são discutidos abertamente ou parece sempre que um pequeno grupo já tem tudo decidido e a sua participação nas reuniões é meramente figurativa?
Vamos acompanhar juntos, o desempenho do novo sindico. Esperar que o sindico que sai entregue todas as contas em dia, as obras concluidas e que o nosso condomínio prospere, com uma boa administração.
10 de novembro de 2008
Tebaldi desiste de viagem à Europa
O jornal A Noticia informa que o prefeito Tebaldi desiste de viagem à Europa
O prefeito Marco Tebaldi comunicou há pouco a assessores que desistiu da viagem para a Alemanha e França, onde assinaria convênios de intercâmbio com cidades-irmãs de Joinville. A missão oficial está mantida e Tebaldi será substituído pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Raul Bérgson. A princípio, Tebaldi desistiu por problemas particulares. Os motivos serão divulgados ainda hoje pela assessoria de imprensa da Prefeitura.
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7 de novembro de 2008
Viajar

Por conta das novas tecnologias que nos obrigam a passar a maior parte do tempo da viagem em filas, em salas de embarque cheias em aeroportos distantes ou em situações que relembram sessões de strip-tease de inicio do século XIX, tendo que tirar sapatos e cintos em controles de segurança cada vez mais exigentes. Viajar perdeu boa parte do encanto de outras épocas.
No meio de uma viagem destas, a internet me permitiu receber a informação de outra viagem, a do nosso prefeito, com a correspondente comitiva e custeada pelos cofres públicos.
Como o que me sobrava era tempo, comecei a pensar na possibilidade que a qualquer momento aparecesse ele, seguido da sua comitiva, para a sua última viagem internacional. Imaginei se no seu roteiro para Alemanha e França, não teria a oportunidade de me deparar com a sua comitiva oficial, formando um grupo animado e festeiro. Alegre e divertida, encaminhando se a cumprir uma heterogênea agenda política e administrativa.
Mas por mais que me esforce, não consigo imaginar que importantes motivos oficiais levam o nosso alcaide a realizar uma viagem internacional, quando lhe restam menos de dois meses de mandato. Qual o custo da viagem, qual o tamanho da comitiva? E principalmente quais os tratados internacionais, as reuniões e as visitas previstas? Qual a importância desta viagem? Até foram realizados determinados questionamentos em sessão da Câmara de Vereadores. Evidentemente não seria esta Câmara a que poderia negar a autorização para a viagem, inclusive por contar com a participação de dois parlamentares.
Convenci-me depois de um tempo de reflexão, que minhas preocupações, careciam de fundamento. Uma viagem internacional, neste momento, Não poderia ser uma viagem oficial. Só poderia se justificar por motivos pessoais, uma viagem de férias, puro lazer, porque ninguém é de ferro. Para se repor do esforço realizado ao longo de todo seu mandato. Melhor, porque além de não onerar os cofres públicos, acredito que ele, mais do que ninguém merece umas boas férias. Depois de tanto trabalho árduo.
Claro que tem quem possa pensar que as férias do prefeito, poderiam começar depois do dia primeiro de janeiro, quando do seu retorno ao quadro de funcionários da Prefeitura Municipal de Joinville. O que não deixa de ter a sua lógica.
Publicado no Jornal A Noticia
5 de outubro de 2008
Resultados da eleição em Joinville - 2

As pesquisas divulgadas parecem ter acompanhado a evolução do eleitor e principalmente as mudanças, que como resultado dos debates e do desenvolver natural da campanha tem se produzido.
A abstenção foi pequena, menor que na maioria das cidades de porte semelhante e os votos brancos e nulos, mostram que o joinvilense compreendeu a importância do momento politico.
As alianças e coligações que se formem a partir deste momento, definirão o resultado do segundo turno.
O eleitor de Joinville parece ter sinalizado que quer uma mudança, e que a alternância no poder pode estar bem próxima.
3 de outubro de 2008
DOMINGO É DIA DE VOTAR
Embora ainda tenhamos algumas tentativas de tutelar a consciência do eleitor, homens e mulheres de todas as idades e condições sociais podem expressar livremente os seus desejos de mudanças através do voto. Mesmo que as propostas formuladas pelos candidatos ainda não tenham ficado totalmente compreensíveis, foi possível identificar o espírito de cada um para com os verdadeiros problemas que nos cercam ou preocupam.
Educação, saúde, mobilidade urbana, cultura, economia, agricultura, meio ambiente e gestão pública estiveram no centro das grandes discussões da campanha. Infelizmente, o debate de temas tão abrangentes e importantes só nos é permitido durante a campanha política levando-nos a sonhar e ter ambições para com o futuro da nossa cidade muitas vezes sem a necessária profundidade de análise.
Se iremos ser os avalistas dos próximos eleitos, dentro das nossas expectativas, é preciso avaliar qual será o candidato que, de forma mais sincera e clara soube ter a visão dos problemas da cidade e, sobretudo, transmitir-nos confiança quanto à capacidade de torná-las realidade. Precisamos entender que numa campanha política muitas são as promessas dentre as quais estão aquelas que serão possíveis, desejáveis e necessárias, mas também nos são apresentadas propostas e promessas fáceis, ilusórias e até mentirosas que tem um único objetivo de distrair o eleitor como se tudo fosse possível ser resolvido num passe de mágica.
Precisamos ser ambiciosos nas busca das soluções para os nossos problemas, é verdade, mas esta ambição ou sonho não significa que devemos acreditar em tudo que nos dizem ou prometem. Coerência de idéias, transparências, diálogo, acessibilidade e um currículo de vida que demonstre boa conduta social e financeira é parte imprescindível da avaliação para a escolha. A idéia de democracia passa hoje muito além das eleições ou da alternância de poder, ela necessita ser um código moral que terá como aval o nosso voto. É preciso analisar cada candidato com muito critério, evitando arrependimentos futuros.
Penso que há muitas razões para que tenhamos esperança em superar as dificuldades que nossa cidade enfrenta embora queiram nos fazer acreditar que elas não existam. A verdade é que estas eleições podem mostrar que a nossa sociedade tem a necessária maturidade e consciência dos seus deveres e direitos. Por isto, precisamos nos certificar de que o candidato que iremos escolher venha a exercer o poder não para criar um feudo ou abrigar, a custa do dinheiro público, seus apadrinhados, ou ainda usar o seu cargo como trampolim político das ambições pessoais, como já vimos no passado. O Prefeito é o Servidor Público Número Um e deverá exercer seu mandato a serviço do cidadão. Neste sentido devemos saber escolher aquele candidato que tenha ou compreenda o valor do diálogo, que exerça o poder congregando as vontades da sociedade de forma permanente para construir uma Joinville verdadeiramente democrática.
Precisamos saber escolher aquele candidato que ofereça maior transparência, pois hoje, mais do que nunca, este princípio é inerente ao exercício do poder. É preciso destacar também que o voto para vereador não tem segundo turno e será decidido no primeiro turno. A composição da Câmara de Vereadores é fundamental para que nossa cidade venha a ser mais digna e humana. Precisamos de vereadores comprometidos com valores éticos e morais, que tenham a honestidade como princípio de conduta e que apresentem propostas e independência.
Através do nosso voto, iremos nos congratular com a democracia que nos traz a esperança, a confiança em nós próprios, pois esta é a primeira condição do nosso sucesso coletivo. A eleição é, em si, a expressão do pensamento e da atitude coletiva. Neste domingo é dia de votar, de expressar pelo voto a nossa vontade em relação ao futuro de Joinville e de exercer aquilo que é um direito e um dever de cidadania. Não vamos perder esta oportunidade.
Sérgio Guilherme Gollnick
Arquiteto e Urbanista