3 de outubro de 2008

DOMINGO É DIA DE VOTAR

A campanha política deste primeiro turno das eleições municipais termina nesta semana e chega o momento de celebrar a democracia com o nosso voto. Ao longo dos últimos meses ouvimos muitas propostas e promessas dos candidatos para prefeito e vereador. Há muito Joinville não tinha a oportunidade de vivenciar uma campanha política com muitos favoritos, tão aberta e democrática.
Embora ainda tenhamos algumas tentativas de tutelar a consciência do eleitor, homens e mulheres de todas as idades e condições sociais podem expressar livremente os seus desejos de mudanças através do voto. Mesmo que as propostas formuladas pelos candidatos ainda não tenham ficado totalmente compreensíveis, foi possível identificar o espírito de cada um para com os verdadeiros problemas que nos cercam ou preocupam.
Educação, saúde, mobilidade urbana, cultura, economia, agricultura, meio ambiente e gestão pública estiveram no centro das grandes discussões da campanha. Infelizmente, o debate de temas tão abrangentes e importantes só nos é permitido durante a campanha política levando-nos a sonhar e ter ambições para com o futuro da nossa cidade muitas vezes sem a necessária profundidade de análise.
Se iremos ser os avalistas dos próximos eleitos, dentro das nossas expectativas, é preciso avaliar qual será o candidato que, de forma mais sincera e clara soube ter a visão dos problemas da cidade e, sobretudo, transmitir-nos confiança quanto à capacidade de torná-las realidade. Precisamos entender que numa campanha política muitas são as promessas dentre as quais estão aquelas que serão possíveis, desejáveis e necessárias, mas também nos são apresentadas propostas e promessas fáceis, ilusórias e até mentirosas que tem um único objetivo de distrair o eleitor como se tudo fosse possível ser resolvido num passe de mágica.
Precisamos ser ambiciosos nas busca das soluções para os nossos problemas, é verdade, mas esta ambição ou sonho não significa que devemos acreditar em tudo que nos dizem ou prometem. Coerência de idéias, transparências, diálogo, acessibilidade e um currículo de vida que demonstre boa conduta social e financeira é parte imprescindível da avaliação para a escolha. A idéia de democracia passa hoje muito além das eleições ou da alternância de poder, ela necessita ser um código moral que terá como aval o nosso voto. É preciso analisar cada candidato com muito critério, evitando arrependimentos futuros.
Penso que há muitas razões para que tenhamos esperança em superar as dificuldades que nossa cidade enfrenta embora queiram nos fazer acreditar que elas não existam. A verdade é que estas eleições podem mostrar que a nossa sociedade tem a necessária maturidade e consciência dos seus deveres e direitos. Por isto, precisamos nos certificar de que o candidato que iremos escolher venha a exercer o poder não para criar um feudo ou abrigar, a custa do dinheiro público, seus apadrinhados, ou ainda usar o seu cargo como trampolim político das ambições pessoais, como já vimos no passado. O Prefeito é o Servidor Público Número Um e deverá exercer seu mandato a serviço do cidadão. Neste sentido devemos saber escolher aquele candidato que tenha ou compreenda o valor do diálogo, que exerça o poder congregando as vontades da sociedade de forma permanente para construir uma Joinville verdadeiramente democrática.
Precisamos saber escolher aquele candidato que ofereça maior transparência, pois hoje, mais do que nunca, este princípio é inerente ao exercício do poder. É preciso destacar também que o voto para vereador não tem segundo turno e será decidido no primeiro turno. A composição da Câmara de Vereadores é fundamental para que nossa cidade venha a ser mais digna e humana. Precisamos de vereadores comprometidos com valores éticos e morais, que tenham a honestidade como princípio de conduta e que apresentem propostas e independência.
Através do nosso voto, iremos nos congratular com a democracia que nos traz a esperança, a confiança em nós próprios, pois esta é a primeira condição do nosso sucesso coletivo. A eleição é, em si, a expressão do pensamento e da atitude coletiva. Neste domingo é dia de votar, de expressar pelo voto a nossa vontade em relação ao futuro de Joinville e de exercer aquilo que é um direito e um dever de cidadania. Não vamos perder esta oportunidade.


Sérgio Guilherme Gollnick
Arquiteto e Urbanista

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