12 de outubro de 2008

Falar do passado


O texto original tinha sido postado no final de Setembro.

Este blog, não imaginava os desdobramentos que a campanha traria neste segundo turno. Em azul o texto original de Setembro. Impressiona a velocidade com que a campanha tem chegado perto do fundo do poço.

Passa a ter uma importância ainda maior, o passado dos candidatos, como no filme estrelado por Jane Fonda em 1971 (Klute) traduzido no Brasil por "O passado condena". O eleitor Joinvilense deve mais que nunca estar alerta para evitar que alguns nomes da nossa politica local, frequentem as paginas policiais com a mesma tranquilidade com que passeiam pelas de politica.

Chama a atenção a sensação de impunidade, que faz que alguns dos protagonistas das noticias dos últimos dias, tenham passado a se considerar, como estando acima do bem e do mal. O fato de se considerar imunes, os leva a agir cada vez mais de uma forma descarada, quase debochada. Ao negar tudo, com a maior tranquilidade, buscam confundir ao eleitor. O papel da midia é neste momento crucial, porque é ela quem neste momento assume a responsabilidade de trazer as informações com equidade e isenção. Elementos imprescindíveis, neste momento de duvida e emoção.


Não cabe a menor duvida, que nunca tivemos uma campanha municipal, em Joinville, em que os candidatos tivessem a sua vida tão vasculhada. Em que ficassem tão expostos, em que tanto espaço houvesse para o debate, para troca de idéias e de conceitos.

Não tem faltado oportunidade para que cada um apresente os seus projetos, as suas propostas e questione as dos demais candidatos. Com a transparência ganhamos todos e teremos melhores condições para escolher aquele candidato que melhor tenha sabido se comunicar com os eleitores nos debates que o processo eleitoral tem oferecido.

Um ponto, porem, me deixa incomodo, quando questionados, alguns dos candidatos, insistem em não querer falar do passado, em querer só debater os seus projetos para o futuro. Eu entendo e concordo que devemos olhar o futuro, porque estaremos votando no futuro. Mas preciso votar com um olho no passado. Quem é o candidato? Como foram as suas campanhas anteriores? Como tem agido, quando tem ocupado cargos na vida publica? Com que transparência tem prestado contas aos eleitores e aos contribuintes?

Porque é pelas suas obras que os reconheceremos, as palavras parecem ser capazes de sustentar tudo, o promessômetro é um exemplo disto, a quantidade de promessas de difícil execução e cumprimento, pesam negativamente, para aqueles que historicamente, não tem se destacado pelo cumprimento da palavra dada. Promete mais, quem menos tem intenção de cumprir.

Acredito, que nenhum milagre fará que o candidato que na sua vida passada, foi pouco serio, deixou duvidas quanto a sua lisura e seriedade, possa agora mudar da noite para o dia, e passe a ter um comportamento e uma atitude distinta da que tenha pautado a sua vida.

Posso acreditar que as virtudes depois de eleito tenderão a diminuir e os vícios e defeitos experimentaram uma forte tendência a aumentar.

Por isto preste atenção no passado do seu candidato, o seu passado determinará o nosso futuro.

2 comentários:

  1. Gozado, quando li este texto me deu a impressão de que você falava do PT nacional, mas acho que não...
    NULO!!!!

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  2. Caro Alvaro,
    Existe claramente um alinhamento entre uns e outros, para cometer os mesmos erros.
    Tambem é consideravel o peso e a importancia que uma amnesia coletiva e seletiva tem nestes casos.
    A dificuldade contumaz em prestar contas transparentes e em escutar a sociedade, são traças da personalidade dos cnadidatos que devem ser acompanhados de perto.
    Voto Nulo Jamais. Voto Util!

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