2 de dezembro de 2008

Comentario de um leitor...


Já comentamos, como os nossos leitores aproveitam e usam deste espaço para se manifestar de forma democrática sobre os temas que colocamos para debate.
Desta troca de ideias e de opiniões surgem novas ideias e principalmente opiniões que merecem ser aprofundadas e geram novos debates.
Em azul o texto do leitor, em vermelho os nossos comentários

A Associação Empresarial de Joinville – ACIJ fica devendo ao povo de Joinville e de Santa Catarina um posicionamento firme e uma mobilização efetiva para oferecer auxílio aos municípios do nosso Estado. Em sua última reunião do ano, a presidência reservou seu espaço para ouvir o Prefeito e fazer graça com o governo, mas nada apresentou, de forma cabal e estruturada para atender e dar apoio as vitimas da difícil situação do Estado.


A ACIJ é uma importante entidade empresarial que tem prestado grandes e importantes serviços a comunidade joinvilense e catarinense. Não é da sua tradição e cultura se furtar de agir, com energia e coragem em momentos de dificuldade.


Ouvi de um empresário nesta semana uma frase que me deixou estarrecido e talvez explique o pensamento da entidade. Disse o empresário: “para mim a enchente de Blumenau foi uma boa, aumentaram os meus pedidos” Esta triste afirmação provavelmente veio em decorrência de que algum concorrente tenha tido dificuldades.


Parece improprio de empresários éticos, se alegrar com a tragédia dos seus semelhantes, no momento de prestar ajuda, parece impensavél uma atitude destas e com certeza, se for verdadeira, deveria envergonhar aos conselheiros e associados da entidade. Ë porem perigoso confundir a entidade com o seu presidente. A entidade é muito maior que o seu presidente.


Antes de escrever este texto fui conferir no site da entidade para ver se ali continha alguma notícia ou campanha em favor dos atingidos pelas enchentes. Não encontrei nada, nenhuma manifestação, nenhuma chamada nem mesmo uma notícia. Confirma-se então que a mais importante entidade empresarial de Santa Catarina depois da FIESC lavou suas mãos frente ao estado de calamidade pública que vive Santa Catarina.


De fato a sociedade esta ainda esperando uma resposta adequada da entidade empresarial, tem faltado liderança e principalmente iniciativa. Fora do comunicado a imprensa, para informar do cancelamento dos eventos festivos relativos ao encerramento das suas atividades, e das ações individuas de boa parte dos seus associados, a ACIJ não tem agido a altura do momento e da gravidade da tragédia.


A infra-estrutura do Estado sofreu danos imensos e ainda não todos mensurados, milhares de pessoas (trabalhadores) encontram-se desabrigados, centenas de micro, pequenas, médias e grandes empresas sofreram prejuízos, algumas a ponto de encerrar suas atividades. Neste contexto tão dramático, não se ouviu uma só palavra nem manifestação oficial da entidade para mobilizar os empresários de Joinville em favor dos irmãos catarinenses.


Ao longo da sua quase centenária existência a ACIJ ganhou o respeito da sociedade catarinense e tem com ela um compromisso de responsabilidade. A resposta tem estado muito aquém da entidade e especialmente dos seus associados.


A grande ação restringiu-se ao cancelamento das comemorações de final de ano, atitude minúscula e decepcionante.


Já comentamos o pouco que isto representa, alias em prol da transparência seria importante que a entidade informasse, exatamente quanto representara esta significativa contribuição económica.


Esta situação mereceria uma vigilância permanente, a constituição de um grupo de avaliação de riscos, um elenco de medidas para auxiliar e atender entidades que se encontram, no momento, desestruturadas e necessitadas de apoio.


A elaboração de propostas e planos de contingência, para agir em casos de desastres naturais, poderia ser uma contribuição que a ACIJ poderia dar. historicamente a classe empresarial tem mostrado maior capacidade para agir e planejar em situações extremas.


Dentro do espírito de solidariedade há uma questão de reciprocidade, que não deve ser entendida como condicional, mas pode ser significar que um dia podemos estar numa situação de fragilidade a qual necessitaremos de apoio dos nossos irmãos e vizinhos. Santa Catarina precisa de instituições fortes, comprometidas não apenas com o seu umbigo. É um engano pensar que os problemas que Santa Catarina irá enfrentar no futuro não serão sentidos em Joinville. Muitas das cidades afetadas, não são compostas apenas de concorrentes, são compostas por empresas fornecedoras, clientes, prestadores de serviço e, principalmente consumidores.


Ë o momento de estar e permanecer unidos, da ajudar. A omissão é uma falta imperdoável.


Fica a lamentável impressão de que para a atual diretoria, a catástrofe é um bom negócio.


Nenhuma catástrofe, com perda de vidas humanas e de património pode ser um bom negocio para ninguém.


5 comentários:

  1. Mestre,
    Enquanto alguns pingados fragelados de coração pensam só em seu umbigo, outros tantos até mesmo que normalmente só faz coisas erradas, ajudam nessa hora!
    Vale a pena dar uma olhada nesse blog.

    Notícias de Bumenau www.allesblau.net

    Detentos de Joinville doam comida para desabrigados
    Segunda, 1 de Dezembro de 2008, às 14:00 Nenhum comentário> Joinville (1/12/2008) - A partir desta segunda-feira (1º/12), os 270 dos 360 detentos da Penitenciária Industrial de Joinville (PIJ) entram na campanha como forma de contribuição aos desabrigados pelas fortes chuvas em Santa Catarina. A forma encontrada por eles foi a doação das marmitas do jantar e destinar esta refeição às pessoas que precisam de comida.

    Segundo o diretor da Penitenciária Industrial de Joinville, Richard Harrison, a idéia partiu dos próprios presos e contagiou a todos pela solidariedade e união. Os presos preparam a refeição sob a supervisão de uma nutricionista e de duas cozinheiras. Já o fornecimento da comida é terceirizado e a empresa fornecedora utiliza a mão-de-obra dos presos.

    Na opinião do secretário de Desenvolvimento Regional de Joinville, Manoel Mendonça, toda contribuição é bem-vinda pois há milhares de famílias precisando de ajuda neste momento tão difícil na reconstrução das casas. “É importante o engajamento de todos para que possamos ajudar os mais necessitados”, ressalta o secretário.

    As doações da comunidade estão sendo centralizadas no ginásio de esportes da Escola Estadual Osvaldo Aranha, na rua Lindóia, 103 - bairro Glória (próximo a Churrascaria do Lino), em Joinville. O telefone da escola Osvaldo Aranha é o (47) 3453-1940 (diretora: Angelice de Araújo).

    Transporte - O motorista Nelson Rigo, da empresa TransNova de Cascavel (PR), viajou mais de dez horas para trazer donativos na Escola Estadual Osvaldo Aranha, um dos locais arrecadação da campanha em Joinville. Acompanhada de sua esposa, ele foi o primeiro a descarregar os mantimentos na manhã de sábado (29). “O proprietário da empresa cedeu dois caminhões para o transporte destes materiais que foram coletados em Cascavel. Esta é a contribuição do povo do Oeste do Paraná com os desabrigados catarinenses”, expõe Rigo.

    O segundo caminhão a descarregar no sábado (29), também é do interior do Paraná: Maringá. O motorista e bombeiro Luciano Giovanini trouxe as mercadorias arrecadadas na cidade de Maringá e região. “Montamos um posto de arrecadação no quartel do Corpo de Bombeiros e as pessoas fizeram suas doações de produtos de limpeza e higiene, roupas, cobertores e também alimentos não-perecíveis”, enumera Giovanini. Ele estava muito contente em dar sua contribuição aos desabrigados de Santa Catarina.

    Contribuição - Desde a semana passada, dez detentos da Penitenciária Industrial de Joinville, que cumprem detenção em regime semi-aberto, estão ajudando na montagem dos kits de donativos (alimentos, roupas, material de limpeza e higiene). Todos os órgãos vinculados ao Governo do Estado, incluindo escolas e gerências regionais, estão recebendo as doações da comunidade.

    Durante todo o fim semana, diversos voluntários, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Regional em Joinville, dos órgãos estaduais e do Exército estiveram separando e montando os kits de alimentos e de donativos recebidos. Os materiais prontos já começaram a ser distribuídos às famílias da região Norte catarinense.

    Secretaria de Estado de Des Reg Joinville

    Fonte: www.allesblau.net

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  2. Que me perdoe quem escreveu em azul. Mas acreditar em empresário fanfarrão?...ñão sei se são melhores que os políticos que temos........
    Agora as respostas em vermelho são de doer....e olha que sou fã do blog..........
    Em tempo....quem dirige a ACIJ?
    Tem pretensão política?
    na minha opinião este herdeiro é "mais um mito, dos muitos,.
    criados pelos Joinvillenses"
    Dizem até que éum dos mentores do "piscinão" da UFSC

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  3. Prezado Anonimo,
    agradeço a sinceridade da sua resposta, procurei nos comentarios em vermelho, diferenciar muito bem, o espirito da ACIJ e da maioria dos seus associados, da do presidente e da diretoria. Não seria justo, colcoar a todos no mesmo saco.
    Aceito as criticas sobre os cometnarios em vermelhor, de fato este blog ja teve comentarios mais felizes.
    Com relação ao Piscinão da UFSC, em nenhum momneto o presidente da ACIJ tem escondido a sua importante contribuição na identificação do imovel e na sua adquisição. Não é nenhum secreto.
    Recomendo ainda que leia o nosso post sobre o tema do piscinão da UFSC.
    Abraço

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  4. Valeu a informação positiva de tudo que esta acontecendo, são estes os pontos que devemos destacar.
    A Solidariedade
    A Força
    A União
    O Deseinteresse
    A Capacidade de se doar
    O Jeito Catarinense de ser
    Colocarei logo um link com o site que voce indicou.
    Obrigado

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  5. É uma pena que uma entidade como a ACIJ, tenha um presidente como o atual.
    Se o processo eleitoral fosse democrático a realidade seria outra.

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