25 de dezembro de 2008

Cobiça

Charles Ponzi na decada de 20 (wikipedia)


A vida nos mostra que, quanto mais conhecemos os homens, mais nos damos conta de quanto são parecidos.

Alguns dos seus valores e virtudes e dos seus vícios e defeitos, parecem distribuídos equitativamente entre ricos e pobres, entre dispensadores e parcos e entre espertos e estultos.

O recente escândalo financeiro arquitetado por Bernard Madoff é uma prova de que as mesmas pirâmides que recentemente levaram a Colômbia a quase entrar numa crise institucional e que tinham recentemente gerado revolta na Albânia, são as mesmas,com outros nomes e valores. As mesmas que vez por outra aparecem por estes lados, com menos estardalhaço e sem envolver nomes tão famosos, nem valores tão significativos. As pirâmides não ficam restritas a ignaros e pobres, também ricos e famosos, alguns inclusive destas terras, tem se visto envolvidos na estafa, que o ontem todo-poderoso presidente da NASDAQ, promoveu entre seus amigos e mais chegados.

O que tem igualado a uns e outros têm sido a cobiça e a ganância descabida. Que os tem levado a esquecer o bom senso e o comedimento. Os tem feito também desconsiderar o trabalho e o esforço como valores e princípios a ser seguidos. O lucro rápido e fácil faz que como afirme Warren Buffet “É quando a maré baixa, que é possível ver quem estava tomando banho desnudo”

Estafadores devem o seu sucesso aos cobiçosos, sem eles, nenhum destes logros prosperaria. Que se repitam com a mesma freqüência que os cometas se deixam ver. Desde Richard Whitney, ou Charles Ponzi, campeão dos campeões e pioneiro deste tipo de empreitadas, a Bernard Madoff, não devem faltar candidatos, que na busca do ganho fácil, engrossem as fileiras dos enganados.

Também aqui, entre nós tem muito brilho que não é ouro e muito enganador que sobrevive da cobiça dos outros, sem que precisemos ir muito alem do nosso Cachoeira.

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