Árvores da praça Nereu RamosNo texto do arquiteto Marcel Virmond Vieira publicado no “Anexo Idéias” de domingo, ele afirma que a árvore que caiu na praça Nereu Ramos estava doente e com problemas fitossanitários. A árvore não estava doente, mas era tombada pelo município. Nenhum tratamento ou cuidado recebeu desde que foi tombada pelo próprio prefeito Marco Tebaldi. Houve omissão do poder público, como tantas outras vezes, na proteção de um bem tombado.
As árvores foram protegidas pelo decreto nº 12.388, de 2/5/2005. O decreto atesta o estado fitossanitário satisfatório das duas árvores e determina que as áreas em que elas estão “deverão ser desimpedidas de qualquer obstáculo que prejudique os padrões atuais de absorção hídrica do solo e a manutenção das suas raízes, de modo a permitir a perfeita sobrevivência dos espécimes descritos no artigo 1º”. O que tampouco foi feito.
Jordi, os projetos das nossas praças que vem sendo executados carecem de uma visão do paisagísmo e da nossa história, vc bem sabe. Não existem levantamentos da situação das árvores nas áreas públicas e elas, em geral, ficam a mercê de traços dos projetistas que apenas se preocupam em fazer tudo denovo, apenas em pensar na paginação feitas com blocos de concreto, que somente quem passar de avião poderá entender o desenho. São desconsideradas as raízes históricas das nossas praças, é ignorado o patrimônio do entorno (já tão abandonado) e não existe uma relação com o cidadão, seja na exposição e debate das idéias e projetos, seja na busca de uma nova identidade. Triste ver que a opinião do arquiteto Marcel não venha a ser de compromisso com a cidade, apenas de uma permanente justificação dos erros e abusos que vem sendo cometidos. Talvez porque ele tenha alguma participação, não sei. Vc está correto quando faz uma análise sobre como as coisas deveria ser feitas e tratadas. A Prefeitura, desde há muito não tem mais um departamento de praças e jardins, não tem profissionais que estudem e se dediquem a manutenção e ampliação do verde público. Não existe uma política de arborização e assim somos bindados com estes lugares áridos onde a vegetação natural é substituída por blocos de concreto e pela grama sintética. A própósito, também vi o Marcel escrever sobre a necessidade de um novo teatro em Joinville. Antes, deveriamos saber quem projetou o Teatro Juarez Machado, que tem graves problemas acústicos, que é um outro remendo ao projeto original ou mesmo o Cau Hansen, que de um teatro passou a ser um ginásio bombado ao qual pretensamente se deu o nome de arena, e a prova disto é que o Ministério Público move uma ação para contra o Município para que os erros de projeto sejam corrigidos. Quanto a Lyra, ao qual o arquiteto também fez menção em sua matéria na A Notícia, o citado barzinho localizado onde antigamente existia o Bierkeller, é um espaço que oferece boa música, bons conjuntos e, embora não atenda ao cardápio dos engomadinhos de Joinville, oferece cultura pop de bom nível. O teatro da Lyra é um ícone de Joinville e cumpre perfeitamente sua missão, precisando apemas de cuidado. Quando se realiza eventos é necessário profissionalismo, saber conciliar as agendas dos eventos. Já fui ao Teatro Juarez Machado ouvir um quarteto de cordas e fiquei envergonahdo pela confusão e barulho, pois no mesmo momento havia uma formatura na parte superior, ou seja, acabou a arte e começou a bandalheira. Já fui ao Cau Hansen assistir um show e tive que sair da cadeira para não ficar molhado pelo gotejamento. Já fui ao Cau Hansem assitir Zizi Possi e não ouvi nada porque a acústica não permitia. Nosso patrimônio ficou refém de alguns poucos privilegiados que atendem apenas aos desejos dos nossos ditadores, como se eles fossem deuses. Espero que isto seja modificado a partir de agora. Somente espero...
ResponderExcluirPrezado Anônimo,
ResponderExcluirObrigado pela sua contribuição, Joinville tem muito a melhorar, e a demanda da populaçào por mais espaços verdes de qualidade, por mais espaços culturais e por mais qualidade de vida, esta aos poucos se convertendo num clamor popular.
Por pouca sensibilidade que as nossas novas autoridades eleitas tenham, muitas coisas deveriam mudar na nossa querida Joinville.