Balanços e aumentos
A leitura de balanços é uma tarefa enfadonha, destinada quase que exclusivamente aos acionistas e a economistas. Para o cidadão comum, não despertam maior interesse e a sua letra pequena e linguajem criptica servem para afastar aos leitores que deveriam estar interessados na sua leitura. Ainda mais quando os balanços se referem a empresa publica, das que somos forçadamente acionistas.
A publicação do balanço da Companhia Águas de Joinville, serve como bom exemplo, ao mostrar um lucro significativo, comprova que o negocio da água em Joinville, como sempre foi sabido é um bom negocio. Já desde a época em que o sistema estava sob responsabilidade da CASAN, se discutia em rodas e salões a elevada rentabilidade de um negocio que drenava recursos de Joinville, para sustentar a paquidérmica estrutura da estatal.
Mudam os tempos, mudam as pessoas, mas a rentabilidade permanece. Agora o balanço publicado mostra que alem dos 8,3 milhões de reais de lucro divulgados, depois de pagarem impostos e pagar os juros sobre o capital próprio dos acionistas, neste caso a prefeitura municipal, que recebeu mais de 10 milhões de reais. O resultado final do ano 2009 ficou perto dos 20 milhões de lucro. Nada contra o lucro, desde que fosse integralmente direcionado a investimentos no saneamento que Joinville tanto precisa. Destinar mais de 10 milhões ao caixa da prefeitura, para tapar “buracos” e pagar folha. Mostra que as mazelas da administração anterior se repetem, agora no âmbito local.
A Prefeitura tem o direito de receber os juros sobre o seu capital na Companhia Água de Joinville, porem não parece ético, nem moral, com a carência vergonhosa que Joinville tem de saneamento, ingressar estes recursos no caixa, para pagar outras contas e deixar de investir em saneamento básico.
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