15 de abril de 2010

O Novo Teatro (*)



O Novo Teatro

A proposta de construir, ao custo de R$ 18 milhões o novo teatro de Joinville, no estacionamento do Centreventos, porque é caro adquirir outros imóveis no centro da cidade. Não parece uma idéia brilhante. A impressão é que economizar no imóvel é uma decisão pouco analisada e em geral as decisões tomadas as pressas, não acostumam a ser boas. A proposta de utilizar as ruas adjacentes como estacionamento, esta alinhada com a sugerida em outras situações semelhantes passadas e futuras pelo poder publico.


Quando foi concebido o projeto do Centreventos, existia o consenso que o projeto não era o ideal, mas seria o melhor possível, por partir da premissa de aproveitar uma construção inacabada, que estava inclusive começando a deteriorar. O resultado final foi este que esta ai, um pato. Você sabe o pato é um animal curioso, voa, mas não o faz com a graça de outras aves, caminha com uma graciosa torpeza e nada com pouca agilidade. Da mesma forma um projeto que se propõe atender ao mesmo tempo, grandes eventos desportivos, concertos de musica erudita, apresentações de dança ou servir para formaturas e congressos, provavelmente acabara não sendo o ideal para nenhuma delas. Agora prospera de novo a tese da solução menos pior.

A ociosidade do Centreventos tem provocado que os espaços na sua volta, tenham se transformado numa terra de ninguém, parte do estacionamento foi convertido num Expocentro, e outra parte esta sendo sugerida como sendo a ideal para o novo teatro. O resultado deste amontoado de edifícios e inquilinos pode não ser o imaginado pela administração municipal, podendo ficar mais próxima de um cortiço cultural que de um Centro Cultural e de Eventos.

A dificuldade que o poder publico tem para administrar os espaços públicos, fica evidenciada a cada evento que se realiza no Centreventos pela ação de flanelinhas que “privatizam” o estacionamento e se apossam, mesmo que temporariamente, do espaço. Agora estes empreendedores correm o risco de perder o seu ganha pão.


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Um comentário:

  1. Jurei que não iria me manifestar sobre este assunto porque ja "comi o pão que o diabo amassou" em outra época, mas não me contive. Quando o Luiz Henrique propôs construir o centreventos, fiz uma missiva no jornal condenando o projeto, a forma e o destrato com que o arquiteto Rubens Mesiter foi submetido, pois não entendia o motivo de deixar de construir um teatro que foi discutido, concebido e elaborado sob a tutela e dinheiro das estidades empresariais de Joinville, comandada pela ACI. Ali, onde hoje está o Centreventos, havia sido projetado um teatro dentro das mais aperfeiçoadas técnicas, por um profissional reconhecidamente detentor de conhecimento e notório saber, para colocar no lugar um ginásio melhorado. Desta minha manifestação colhi a ira do então prefeito. Sob justificativas toscas, gastaram um expressivo valor na construção do centreventos talvez próximo do que seria necessário ao teatro e, no fim, nunca explicaram o sumisso do dinheiro da Lei Rouanet que havia sido depositado para a construção do teatro, que sumiu no confisco da poupança no governo Collor. Como diria minha mãe, "são águas passadas que não voltam mais". Então, vamos ao que interessa. Minha proposta é muito simples. Ao invés de construir um teatro em outro espaço, porque não resgatar o projeto do Teatro Municipal projetado pelo arquiteto Rubens Meister? Assim, teríamos, pelo menos, três ou quatro vantagens sobre a proposta que atualmente está exposta ao qual ainda acho que plaina sob as nuvens dos propósitos pouco concretos visto que os empreiteiros sequer conseguem receber seus serviços. Pois então! Primeiro - eliminaríamos este elefante desnorteado, oneroso e inacabado chamadao Centreventos, supostamente uma "arena multi-uso", sob a ótica de quem vendeu gato por lebre. Segundo - teríamo uma única estrutura que estaria ao nível das melhores salas de teatro do Brasil. Terceiro - boa parte da estrutura já está pronta, bastando apenas demolir o que não presta, como por exemplo aquele galpão transvestido de ginásio construído na parte frontal. Daríamos ao espaço um ar muito mais nobre para o painel do Juarez Machado, que deveria ser contemplado no projeto do Meister, bem como ao Bolshoi um espaço que se faz imprescindível. Quarto - nossos ouvidos seriam brindados com uma acústica verdadeira e necessária a espaços de artes c~enicas e dança, distanciando-nos das reverberações, ecos e outras coisas que hoje somos obrigados a conviver. Por fim, teríamos garantido um amplo e necessário estacionamento, cujo cuidado e paisagismo poderiam ser incluídos nesta nova intenção. No entanto, tenho certeza que esta opinião, a do blog e outras que virão, apenas irão suscitar ainda mais a volúpia das contrariedades e absurdos que estão em marcha no paço. Eis porque não queria me manifestar.

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