29 de abril de 2010

Bogota 2 (*)


Bogotá 2


Na crônica anterior abordei neste espaço algumas considerações sobre Bogotá, as suas semelhanças e diferenças com Joinville. Na condição de visitante freqüente da capital Colombiana, de cidadão curioso e usuário do seu transporte coletivo, tem oportunidade para sorte de uns e desassossego de outros poder compartilhar uma visão sobre a cidade que parece ter se convertido num referente para transporte coletivo e mobilidade.


A cidade de Bogotá se organiza numa quadricula de Ruas e Carreras, as ruas tem o seu traçado no sentido leste – oeste e as carreras no sentido norte –sul, fazendo que a orientação na cidade seja fácil, mesmo para turistas. A denominação é um numeral que se origina no centro da cidade e se estende em direção a periferia, no sentido norte são mais de 250 ruas e outras tantas no sentido sul, para citar um exemplo.


O Transmilenio tem se convertido em referencia de transporte coletivo para dezenas de administradores públicos, é uma versão mais sofisticada da solução que existe faz anos em Curitiba. O sistema Transmilenio, responde por 24 % dos transporte coletivo da Bogotá, menos de um quarto do total da demanda da cidade, o restante do serviço é prestado por milhares de ônibus e microônibus informais que congestionam ruas e carreras, numa disputa intensa por passageiros. Tem faltado dizer que mesmo que o Transmilenio circule pela carrera 14, nada impede que as carreiras 17,15,13 e 7 por citar algumas continuem sendo atendidas pelos ônibus informais, que oferecem um serviço paralelo. Sem integração entre os sistemas e sem uma política de redução dos ônibus informais, Bogotá avança célere na direção de um dos sistemas de mobilidade mais complexos e confusos que os recursos públicos podem criar, sem desconsiderar a capacidade dos nossos técnicos.



O modelo de Bogotá esta baseado em pesados investimentos públicos. Não parece que esta alternativa seja viável em Joinville dada a situação de eterna precariedade das finanças municipais. Deveriam ser alertados os navegantes, que a implantação de um modelo semelhante é improvável na nossa cidade.


Em tempo, os técnicos da administração local e os vereadores que acompanharam a viagem a Bogotá, a convite da empresa Logitrans, de acordo com a informação divulgada previa a viagem, estão devendo a sociedade um relatório preciso do que viram e sobre qual será a influencia que poderá vir a ter a sua viagem. Quais as alternativas possíveis para que Joinville possa planejar uma cidade que no futuro próximo tenha um modelo de mobilidade em que pedestres, ciclistas e o transporte publico sejam referencia e prioridade?





share/Bookmark

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...