19 de abril de 2009

Ainda a UFSC e desta vez não é o Campus


Recebemos o texto de Charles Henrique Voos, que aborda um outro aspecto da vinda da UFSC, o fato é que muitos são os que quiseram sair na foto e aproveitar para se promover com a vinda da UFSC, querendo assumir a paternidade.
Os questionamentos são bem vindos e merecem ser compartilhados. Até porque o autor esta certo, não é só de indústria que esta cidade é feita. Em azul o texto.


Muito me orgulha em saber que finalmente setores organizados da sociedade joinvilense “compraram uma discussão” no que se refere à escolha dos cursos a serem oferecidos no futuro Campus da UFSC em Joinville (não estou entrando no mérito da escolha do terreno, restrinjo-me aqui aos cursos escolhidos).

No começo deste mês de Abril, quatro procuradores do MPF protocolaram uma Ação Civil Pública contendo uma série de indagações sobre a vinda da UFSC, principalmente no atendimento das “vocações industriais da região” na escolha dos cursos de engenharias, e no esquecimento das necessidades e vontades populares, evidenciando reflexões presentes na cidade há mais de 4 anos, que infelizmente só agora vêm a tona, devido ao fato de que as manifestações eram esparsas, principalmente no site de relacionamentos Orkut, na comunidade “Quero uma Federal em Joinville”. Eu, indignado com esta situação, também enviei vários artigos aos jornais de Joinville (“UFSC: Necessidade ou vocação?” A Notícia, 16/05/2008, “Necessidade versus vocação”, ND, no início de 2008), mas pouca indagação foi construída.

Não contente ainda, procurei o Vereador James Schroeder (PDT), e após evolução das conversas, participei da elaboração da Moção nº 112/2009, a qual pede a reflexão e consulta popular na escolha dos cursos a serem oferecidos. Pouca repercussão foi dada novamente (apesar do começo dos questionamentos na imprensa, como no ND na página 13 do dia 17/04/2009), porém fico extremamente feliz que estes Procuradores e este Vereador foram corajosos em refletir, num extremo conhecimento das alterações sócio-espaciais que Joinville sofreu ao longo dos últimos anos, deixando de ser um pólo somente industrial, para ser um grande setor de serviços e demandas nas áreas de humanas, sociais aplicadas, licenciaturas, saúde e biológicas.

Ficam aqui meus elogios. Só espero que ninguém me acuse de não ser joinvilense só porque estou indagando algumas questões as quais explano há muitos anos. Quero que a UFSC venha, mas de maneira correta.



Charles Henrique Voos

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