12 de abril de 2009

Legislador – Executivo




Cada um de nós tem o seu perfil, a sua forma de ser, de agir. Se vamos a formar uma equipe de amigos para jogar bola, um imediatamente preferirá ser o goleiro, ou volante, outro escolhera o papel de dianteiro ou de extremo.

Na gestão de uma empresa, não é diferente, quem tem um perfil mais adequado para a área financeira, provavelmente não se desempenhara tão bem na área comercial ou na direção de tecnologia.

Administrar uma cidade do porte de Joinville requer características excepcionais, tanto na forma de liderar e gerenciar, como na habilidade para compor a equipe que compartilhará a responsabilidade da gestão. Além da complexidade inerente a administração de uma cidade com 500.000 habitantes e não poucos problemas estruturais devemos acrescentar ainda o componente político.

Chegar ao cargo construindo uma coligação fará que algumas vezes os nomes colocados a disposição ou indicados pelos partidos aliados, não sejam os mais idôneos para o cargo, o que agregará dificuldades as já antecipadas. Não sempre as pessoas que tem um perfil mas voltado para o legislativo, tem o mesmo desempenho no executivo.

Os conceitos de tempo, de urgência ou de gravidade são percebidos de forma completamente diferente pelo legislativo e pelo executivo, alguns projetos de lei perambulam como zumbis pelos corredores de Câmaras e Assembléias durante legislaturas, sem chegar a ser votados. Debates e discussões pouco produtivas e infrutíferas, tomam dias e semanas, sem que nenhum resultado concreto chegue a sociedade. Esta forma de trabalho, que rende longos discursos, intermináveis diatribes e pingues resultados eleitorais, não pode ser a mesma que utilize o executivo.

Imaginemos que frente a um incêndio, uma enchente, ou uma situação emergêncial quaisquer, tivéssemos que criar comissões, grupos de estudo, elaborar detalhados diagnósticos e proceder a demoradas verificações de quorum, para poder tomar decisões. Quando as tomássemos, mesmo que sendo excelentes, pode ser que o incêndio já tivesse consumido tudo, ou que a enchente tivesse levado todos os pertences. É hora de agir como executivo, tomar decisões e assumir a responsabilidade do cargo.

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