29 de novembro de 2008

Hospital São José


Falar de saúde em Joinville é um tema delicado, o bom senso recomendaria ficar a margem, gente demais tem feito política com a saúde, alguns tem tentado construir uma carreira política desde a saúde e uma minoria tem tentado até fazer caixa com a saúde.
O Hospital São José é o reflexo da nossa saúde e de como ela é gerida.
Recentemente o jornal A Noticia, veiculo na coluna Portal a nota, com o titulo:

Diferenças entre os Sãos Josés

Semelhança só no nome. No São José de Jaraguá do Sul, que não é municipal como o de Joinville, mas fez 60% dos atendimentos pelo SUS, o acelerador linear está pronto para funcionar (foto acima). Só falta uma vistoria do Ministério da Saúde. Em Joinville, o equipamento capaz de qualificar o tratamento de câncer vai chegar nas próximas semanas, mas não tem nem onde ficar: deu problema na construção da casamata e não tem data para a obra começar. No São José de Jaraguá, os empresários se encarregam de comprar parte dos equipamentos. O comando da instituição é de um empresário, Paulo Mattos, ex-presidente da Acjis. Em Joinville, no governo LHS, até foi formada uma comissão de notáveis para tentar dar um jeito no São José. Ficou na promessa.

Em 12 de novembro de 1998, o Decreto Municipal 8.858, nomeou para integrar o Conselho de Administração do Hospital São José. Um grupo de empresários e executivos de algumas das maiores empresas de Joinville, com o objetivo de resolver o grave problema de gestão e de credibilidade que este importante hospital estava enfrentando.

Alem dos mais importantes secretários municipais, foram nomeados, o empresário José Henrique Carneiro de Loyola que assumiu como presidente e os tambem empresários Carlos Rodolfo Schneider, Ernesto Heinzelmann, Francisco Amaury Olsen, Jamiro Wiest e Miguel Abuhab. Que em exatos nove meses, conseguiram recuperar o caixa do hospital, recompuseram os estoques de medicamentos e o que é mais importante recolocaram o hospital São José no caminho do resultado, estabelecendo modernos modelos de gestão, com a colaboração inclusive da Fundação Dom Cabral. Uma vez alcançados os objetivos propostos, exatamente em 11 de Agosto de 1999, como o jornal A Noticia divulgou, tomou posse como presidente do Conselho de Administração do Hospital o Secretario de Administração e Recursos Humanos da prefeitura Municipal de Joinville, José Alaor Bernardes, com o que se deu por concluída a participação deste grupo de “notáveis”. Voltando o Hospital a estar exclusivamente sob a responsabilidade administrativa do município. Por tanto é injusto afirmar que a participação empresarial ficou na promessa. A participação e contribuição de notáveis da sociedade local na administração de entidades publicas, não deve ser vista com naturalidade, ela representa a falência da estrutura publica, que não sendo capaz de gerar os bens e serviços que são da sua responsabilidade, precisa da contribuição voluntária, para executar o que não tem sido executado pelos profissionais que tem esta função publica como obrigação.

A situação atual do Hospital São José, caso se confirmem as graves acusações veiculadas na imprensa local, envergonham a sociedade joinvilense e os responsáveis devem ser punidos.

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