22 de novembro de 2008

Ainda sobre as enchentes...

O dia de hoje tem sido pródigo em comentários, em troca de e-mails, em telefonemas, em fotografias e a publicação pelo jornal A Noticia do texto sobre as enchentes, parece ter sido providencial. Recebi este comentário, que transcrevo em azul e itálico, com comentários meus em preto.

Jordi

O teu artigo sobre as enchentes é de total conhecimento de cidadãos da terra que não podem se externar e que nao conseguem publicar um artigo nos jornais locais, que dão mais espaço para o padrecos BOFFe, do que para cidadãos preocupados com a qualidade de vida da cidade e do Estado.

Pelas informações que recebi, durante a fase de levantamento de dados para escrever o texto que o jornal publicou hoje, estou seguro que para a maioria dos leitores da velha guarda, nada era novidade, pode ser que a publicação no espaço nobre do jornal A Noticia, tenha sido a novidade.
Posso dizer, desde o meu ponto de vista, que o jornal hoje esta mais aberto a publicar opiniões divergentes das oficialistas de sempre, não acredito que o jornal seja chapa branca. E acredito que temos hoje um espaço aberto para o debate, a opinião e a pratica do jogo democrático.

Anote o exemplo escandaloso da engenharia que não teve a cadeira de cálculo na "faucudadi" : a ponte que fica defronte ao Tênis clube que tem 14 metros de vão rebaixado que recebe todas as aguas que passam sob a ponte da Fabril Lepper, com 28 metros de largura com vão ampliado.
Levei o tema diversas vezes ao CEAJ - CENTRO DE ENGENHEIRO E ARQUITETOS DE JOINVILLE, mas como a entidade só é colonizada pelos engenheiros que projetam e aprovam tais aberrações , recebi do Eng. Julio Fialkoski - hoje CONURB,
me proibindo de frequentar as reuniões enquanto presidente da entidade. Fiquei proibido de apresentar projetos que iam ao encontro de determinados profissionais da prefeitura. O CEAJ não representa a engenharia, a arquitetura e a agronomia de Joinville.
Não tem expressão alguma, quando poderia ser um dos maiores icones do municipio e do Estado.
Voltando à ponte:
Chove torrencialmente e a agua que não consegue passar pela ponte do tenis, vai para o centro da cidade.
Erro proposital e consentido da engenharia pública

Parece óbvio que até um aluno da primeira serie, pode perceber a olho nu, que a ponte localizada frente ao Ténis Club, é hoje um dos maiores problemas que o rio Cachoeira tem, estranho que ninguém comente e mais estranho ainda que a prefeitura, a traves do IPPUJ, insista em elaborar um projeto descabido, para construir uma praça ponte, frente ao Centreventos. Este novo modelo de praças de concreto, parece ter caído nas graças dos nossos planejadores.
Outra pergunta que podemos nos fazer e se o Boulevard Cachoeira que reduziu a calha do rio Cachoeira, contribuiu ou não a aumentar o efeito das enchentes na margem oeste do rio. A redução da área de expansão da calha do rio, acaba tendo um impacto que deve ser considerado.

Mas o prefeito que autorizou a construção de ponte, recebeu o projeto de um engenheiro que assinou uma ART, UMA CONSTRUTORA QUE SE SUJEITOU (CONCORRENCIA FRAUDULENTA ganha pelo menor preço e ai quem ganhou não respeito o gabarito de 24 metros e fez a obra nos 14.) Certamente deu comissão para todo o bando.

Triste para Joinville e para cada um dos contribuintes ver como algumas praticas, estão de tal forma enraizadas na cultura desta cidade, que parecem formar parte dela e da forma do joinvilense ser. Lamentável que esta cultura tenha prosperado com tão viçosamente.

Minha familia que tem uma casa na rua Jeronimo Coelho, não consegue se livrar do elefante atolado na água, cada vez que chove.
Toda a familia sofre. O cheiro de mofo e podre que sobra depois das enchentes faz o pessoal todo ficar doente. Minha sogra, a mulher do Pizzatto da Brahma, que fez tanto bem para Joinville, sofre aos 84 anos por que um engenheiro achou que pela ponte de 14 passa toda a agua que passou pela ponte de 24.

A sua família é uma das tantas que paga, e paga caro pela falta de seriedade e pela incompetência, que tem se apossado desta terra.

Trata-se de uma corja de FDP irresponsaveis, bandidos e criminosos que pouco se importam com a dor alheia e o mal que causam aos contribuintes que pagaram milhões de reiais durante dezenas de anos para receber na idade avançada essa qualidade de vida.

Enquanto isso desfilam com carros importados comprados com dinheiro sujo que todos sabemos donde veio.

Ofendem a todos estes signos externos de riqueza, ainda mais quando a sua origem pode não ser a idónea. Mas quanto mais conhecemos as pessoas e alguns dos próceres desta cidade, mais difícil fica jogar a primeira pedra, porque os honestos e probos não são tantos como pode parecer.

Mas tambem tem um prefeito que autorizou construir a casa verde dentro do Rio Cachoeira. Veio para o IAPTEC, - iNSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÕES DOS TRANSPORTES (MOTORISTAS DE CAMINHÃO E ONIBUS) para construir a sede em Joinville. Como não tinham um terreno, o prefeito paternalista e safado, disse:
Tem um terreninho que esta cheio de mangue na beira do Rio Cachoeira que esta de bobeira ali. Só funciona quando da enchentes.
Por que não construimos a casa verde nesse terreno? Dai, olhando de cima - Google Earth - voce vê nitidamente a safadeza que
cometeram contra as pessoas que sofrem ha tantos anos com as enchentes na rua do Principe, Rio Branco, Itajai, Nove de março, Terminal, tudo em homenagem a esse fdp do prefeito de então e de seus engenheiros que deixaram fazer.

Pagaremos todos estas e outras irresponsabilidades, o ideal seria que também os que as cometeram tivessem que pagar.

Enquanto não tivermos a coragem de mostrar as canalhices praticadas em nossa cidade com o dinheiro do contribuinte, continuaremos escrevendo artigos que são publicados, criam a revolta por sabermos que ninguem vai sofrer nenhuma penalidade pelo uso do dinheiro publico para beneficio proprio prejudicando tanta gente por tanto tempo.

Cada um tem os meios e a coragem que escolhe ter, escrever pode ser uma arma poderosa, divulgar as opiniões e promover debates também, participar de audiências publicas, são ferramentas que temos e que devemos utilizar. Como dizia Darcy Ribeiro "Só há duas opções nesta vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca"

Abracos do Gert

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